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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Flu, Bota e os componentes do Z4

Sport, Náutico, Santo André e... Coritiba. Esses são os quatro que disputarão a Série B em 2010. Hoje, passado quase uma semana, é natural não ver nem Botafogo e Fluminense entre esses quatro. Porém, algumas rodada atrás e isso era algo difícil de acreditar.

O Sport fez por merecer. Começou o ano ganhando facilmente o Pernambucano. Mas, analisando hoje a situação dos principais times do estado, não foi nada demais. A eliminação frente ao Palmeiras na Libertadores gerou uma queda em qualidade e estrutura. Revelação de brigas internas, a saída de Nelsinho Batista, Paulo Baier, entre outros fatores, foram derrubando o rubro-negro. No fim, um elenco muito fraco, apostas erradas, trocas de treinadores. Ou seja: todo o enredo propício para a queda à Série B. Mais chocante é a imensa queda, do título da Copa do Brasil em 2008 e participação na Libertadores ao rebaixamento em 2009. É hora de rever tudo na Ilha.

Outro pernambucano, o Náutico, já vinha batendo na trave por alguns anos. Ano passado, por exemplo, escapou apenas na última rodada. Esse ano não escapou. Igual ao ano passado, começou bem o Brasileiro, chegando a figurar até no G4. Mas, assim como em 2008, o técnico saiu por proposta do Atlético/PR. Ano passado, foi com Roberto Fernandes. Esse ano, com Waldemar Lemos. E, assim como em 2008, o time teve uma queda imensa de qualidade. Geninho até tentou, mas era difícil. No fim, o Timbu até fez bons jogos, mas os resultados não vinham. E o rebaixamento veio. Justo pela falta de preparo.É o tipíco caso do "não aprendeu a lição". Será que a queda ensinou algo?

O Santo André chegou a Série A com um time "velho", apostando na experiência de alguns atletas e na base do time que conquistou o acesso na Série B em 2008. A equipe até foi bem no Paulistão e dava sinais de que não faria apenas um passeio pela primeira divisão. Começou o Brasileirão surpreendendo e chegou a liderar na segunda rodada. Mas o Ramalhão ficou no quase. Com o passar das rodadas, o time foi caindo. Para "ajudar", a direção resolveu demitir Sérgio Guedes. Foi o ponto que desencadeou a queda. O time demorou para entrar nos eixos, até conseguiu respirar nas últimas rodadas, sonhou com uma improvável salvação no último jogo, mas não deu. Porém, é só observar: uma equipe que depende dos gols de Nunes e das jogadas de Marcelinho Carioca, não tem muito o que se esperar.

Por fim, a queda do Coritiba. Sempre disse aqui que não acreditava na queda do Coxa. Por mais irregular que foi durante a competição, o elenco era bom e tinha no comando Ney Franco. Mas, a equipe paranaense caiu demais justamente na reta final. Foi fatal, pois veio de encontro com subida de Botafogo e Fluminense. Um grupo de bons valores cai para a Série B. A mesma base que chegou as semifinais da Copa do Brasil, mas que perdeu tempo após a eliminação, mantendo René Simões. E o ano do centenário fica marcado pela queda. Não entrarei na discussão dos vândalos que fizeram aquela batalha campal no Couto Pereira. O Coritiba é maior que eles.

Agora, os dois que se salvaram. Começando pelo Botafogo. Já disse antes. Penso que o alvinegro merecia mais cair do que o Coritiba. O Bota tem um elenco fraco. E ainda teve Victor Simões e Reinaldo visitando várias vezes o departamento médico do clube. Se no Carioca, a equipe era comandada por Maicossuel, a saida do meia-atacante quebrou o esquema do então técnico Ney Franco, que demorou demais para achar uma nova solução - aliás, não achou. Chegou Estevam Soares e quase nada mudou. No fim, Jóbson e o Botafogo conseguiram reverter a situação, venceu São Paulo e Palmeiras no Engenhão e se salvou. Por méritos próprios? Penso que mais pelos tropeços dos outros.

E o Fluminense. Esse sim fez por merecer. Quando todo mundo já jogava a pá de cal, o tricolor se reergueu. Enquanto matemáticos davam o Flu praticamente rebaixado, Cuca e companhia contrariaram. O jogo chave? Contra o Atlético/MG, então um dos líderes, no Maracanã. Boa atuação e vitória que trouxe a torcida ao lado do time. A partir dali, a equipe se acertou, ganhou padrão tático com Cuca e chegou ao incrível número de 11 jogos invicto. Incrível porque antes disso, o time só apanhava e somava apenas quatro vitórias. Fred, então chinelinho, voltou com tudo, marcando quase um gol por jogo. De bônus, quase veio o título da Copa Sul-Americana. Uma arrancada digna de sucesso. E foi isso que o Fluminense conseguiu.

Ano que vem, chegam Vasco, Guarani, Ceará e Atlético/GO. Que se preparem. Não é fácil se manter na Série A.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Os 4 da Libertadores e o triste fim do "campeão" Palmeiras

Internacional, São Paulo e Cruzeiro. Esses três, somados ao campeão brasileiro, Flamengo, e ao campeão da Copa do Brasil, Corinthians, serão os representantes do Brasil na próxima Libertadores. Deixemos de lado os dois campeões e coloquemos nossa atenção aos outros três. E também naquele que ninguém esperava ficar de fora: Palmeiras.

Começando pelo Internacional. De favorito no início a descartado no fim, o colorado chegou a ser campeão por quase uma hora, no domingo. O colorado começou a competição como grande favorito. Porém, com a saída de alguns atletas, princiapalmente Nilmar, e a queda de rendimento dos principais atletas, como Taison e D'Alessandro, após a derrota na final da Copa do Brasil, fizeram o Internacional ser, digamos, esquecido durante o campeonato.

Com a saída de Tite e a chegada de Mário Sérgio como tampão, isso ficou ainda mais evidente. Porém, o colorado foi se ajeitando e, se não voltou ao futebol ofensivo e envolvente de antes, pelo menos conseguiu resultados importantes. Assim, comandados pelos gols de Alecsandro e Andrezinho, o Inter conseguiu entrar na última rodada brigando diretamente pelo título. O tetra não veio, mas o time fecha o ano do centenário ao menos com uma vaga na Libertadores. Aliás, não foi o centenário esperado. O título nacional que era almejado (Copa do Brasil ou Brasileirão) não veio. Curiosamente, acabou como vice em ambos. Só que esse vice-campeonato acabou sendo melhor que a encomenda, digamos.

O São Paulo, terceiro colocado no Brasileirão, passou por todas as situações possíveis nesse Brasileirão. Começou desacreditado, rondou até a zona de rebaixamento. Com a queda na Libertadores, diante do Cruzeiro e a saída de Muricy, e sem Rogério Ceni, machucado, o tricolor paulista foi descartado por muita gente. A chegada e o começo de Ricardo Gomes não animou a torcida. Mas, a reviravolta veio. O treinador conseguiu achar o seu time ideal, Hernanes e Jorge Wagner, então sumidos na temporada, voltaram a mostrar bom futebol. Washington, contestado ou não, fazia seus gols. Dagoberto cresceu muito. Rogério voltou ao gol e o tricolor entrou de vez nos eixos. Uma boa sequencia de resultados alavancou a equipe, que chegou firme na briga pelo G4 e depois diretamente na luta pelo título.

Nas últimas rodadas, com os tropeços do então líder Palmeiras, o tricolor paulista se aproveitou e assumiu a ponta. Faltando três rodadas, o hepta parecia uma questão de tempo. E eis que o time tropeçou em Botafogo e Goiás e viu o título escorrer pelas mãos. Na última rodada, ele improvavelmente viria. Veio pelo menos a Libertadores. No geral, é algo muito bom. Pelo fim, apenas consolação.

A última vaga ficou com o Cruzeiro. Inesperado. No fim do primeiro turno, praticamente improvável. Começou sim bem cotado. Mas, a derrota na final da Libertadores e a saída dos seus principais jogadores de meio - Ramires e Wagner - levaram a uma (esperada) queda. Adílson demorou para reorganizar o time. Mas, conseguiu. O segundo turno apareceu como um novo campeonato para a Raposa. A chegada de Giberto, desacreditado no começo, deu novo rumo à equipe.

No melhor estilo mineiro, o Cruzeiro chegou. Até em título foi falado. Está certo que era um sonho distante demais. Alguns tropeços no fim, como os empates com Grêmio e Atlético/PR, e parecia que nem a Libertadores viria. Nas últimas rodadas, poucos além da torcida azul acreditavam. E, nessas coisas engraçadas que o futebol proporciona, na última rodada, no finalzinho, veio a vaga. Justo com um gol de Kléber. Ele que foi contestado pela torcida após jogar futebol com a torcida palmeirense, na vespéra do jogo contra o próprio alviverde. Justamente ele marcou o gol que classificou o Cruzeiro. E eliminou o Palmeiras.

Palmeiras, que foi de virtual campeão para ser apenas mais na Copa Sul-Americana. Uma queda incrível, do qual já analisamos depois da derrota para o Grêmio. A boa vitória contra o Atlético/MG deu falsas esperanças ao torcedor, que chegou até a sonha com um improvável título. São vários fatores que podem ter influenciado. As contusões, a falta de opção no elenco, entre outros. Incrível é como um time que liderou metade do Campeonato e era dado, no minímo, como candidato ao título, fica de fora até mesmo da Libertadores. Enfim, o Palmeiras consegue terminar o Brasileiro com uma das maiores "amareladas" da história do Campeonato.

Veja como fica os grupos dos brasileiros na Libertadores:

- Grupo 1 – Corinthians, Cerro Porteño, Colômbia 2 e Racing-URU ou Colômbia3;
- Grupo 2 – São Paulo, Paraguai 2, Once Caldas e México 2;
- Grupo 5 – Internacional, Cerro-URU, Deportivo Quito e Argentina 6 x Emelec;
- Grupo 7 – Velez Sarsfield, Chile 2, Deportivo Itália (VEN) e Cruzeiro x Potosi;
- Grupo 8 – Flamengo, Universidad do Chile, Caracas e Argentina 5 e Chile 3;

Crônica do hexa: a Nação, o Imperador, o Sérvio e o Tromba


Antes tarde do que nunca, começo a análise do fim do Brasileirão. E dou início com o Flamengo campeão brasileiro. Aliás: hexacampeão. Um título digno de crônica. Mas, não será isso que farei aqui.

A campanha rubro-negra não começou da melhor forma. Goleadas sofridas para Coritiba e Sport desencadeavam um clima de desconfiança na Gávea. O pior veio em agosto. Mais precisamente, a última rodada do primeiro turno e as duas primeiras do segundo turno. Derrotas para Grêmio, Cruzeiro (no Maracanã) e Avaí, com o time jogando muito mal, colocaram a prova o então interino Andrade. Porém, foi a parti da derrota para o time catarinense que as coisas mudaram,

A arrancada começou contra o Santo André? Não. A sequência invicta sim. A arrancada começou quando a diretoria manteve Andrade. Depois, o Flamengo mostrou que poderia ser campeão brasileiro em uma partida em especial. No dia 10 de outubro, no Maracanã, contra o São Paulo. O rubro-negro saiu perdendo, mas conseguiu a virada, mesmo sem Adriano, que estava com a seleção. Conseguiu a virada graças a um nome: Pet. Foi ali que se percebeu: o sérvio voltou a apresentar um grande futebol. Foi ali que o Flamengo mostrou que queria ser campeão.

É evidente que Andrade conseguiu organizar o time aos poucos, e chegou a, digamos, perfeição. Álvaro e Maldonado chegaram sem alarde, mas deram um equílibrio as duas maiores deficiências do time: a zaga e o meio. Maldonado, principalmente. Ele conseguiu equilibrar o meio-campo, coisa que não acontecia desde a saída de Ibson. Foi o companheiro que faltava ao bom marcador Willians. Outro detalhe importante: o retorno de Léo Moura e Juan ao time foi fundamental. Principalmente pela mudança de postura tática de ambos. Não eram mais um ala, como nos últimos anos. Aprenderam a ser laterais de fato.

Pet deu o toque de craque que faltava ao time. Adriano chamou para si o poder ofensivo. E até Zé Roberto começou a ser regular. Tudo isso foi reflexo do trabalho de Andrade. Ele ganhou o grupo e soube ajustar a equipe.

O rubro-negro não tinha um elenco forte. Longe disso. Tinha sim 11 titulares que se completaram taticamente. A ausência de lesões e desfalques na reta final - com exceção de Adriano - ajudaram muito nessa arrancada. Some a tudo isso uma nação apaixonada, que cresce com o time e faz o time crescer.

No fim, Pet acabou começando os dois gols, da virada contra o Grêmio. Um novo herói também surgiu no fim: Ronaldo Angelim. Em uma partida que parecia fácil. Mas, se fosse assim, qual seria a graça? Melhor de virada, na raça. Reflexo fiel do que ocorreu em todo Brasileirão.

O Flamengo é Hexa. Graças a quatro "personagens". Uma nação que agiu como "fermento", empolgada por um certo Imperador, que deixou a Europa para comandar por aqui. Esse Imperador tinha ao seu lado um "velho" sérvio, capaz de trazer a mágica ao time. E comandando tudo isso, o "Tromba" Andrade, sem marketing, mas com tranquilidade e eficiência. Uma crônica com um final feliz para todo torcedor rubro-negro.

Imagens: TerraEsportes e YahooEsportes

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Foi o sorteio! Que venha 2010!


E finalmente aconteceu o sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2010. Começa a temporada dos palpiteiros. Surgem os especialistas sobre o futebol norte-coreano, ganense, hondurenho, etc. Claro que o PB não ficará de fora dessa.

Teremos uma Copa com grupos equilibrados. Teremos sim aquelas barbadas, mas temos vários grupos que serão decididos jogo a jogo.

- O grupo A, dos anfitriões, é o mais equilibrado. São 4 times que não tiveram uma boa preparação para a Copa. A África do Sul conseguiu complicar frente à Brasil e Espanha na Copa das Confederações, mas no resto, derrotas e insucessos. Trocou novamente de treinador, tirando Joel Santana e trouxe novamente Parreira. Os franceses só chegaram com uma mãozinha de Henry. Chegam pela repescagem, com um elenco velho e com um técnico pressionado. Uruguai só entrou aos "45", ganhando a última vaga na repescagem, contra Costa Rica. Tem um time com bons jogadores na zaga e no ataque, mas perde no meio e nas alas, além dos goleiros irregulares. E o México sofreu na mão de Sven-Goran Eriksson, viu a vaga para a Copa ser ameaçada, mas a troca de treinador fez bem. Porém, o time não tem jogado bem e não tem a mesma força da última Copa.

Meu palpite para a chave: se a África estreiar bem, leva a vaga pela empolgação da torcida. Mas, penso que passam França e Uruguai.

- No grupo B, a Argentina não pegou moleza, como muitos tem falado. Porém, não é um grupo de assustar. A Nigéria conta com os Obinnas e Oba Oba Martins, mas não parece ter o mesmo potencial da época de Kanu e companhia. Coréia do Sul não é a mesma de 2002, mas não é fraca. E a Grécia tem o esqueleto do time que foi campeão da Eurocopa, mais chegou apenas pela repescagem e sem convencer.

Ou seja: a previsão de que a Argentina se classifica é correta. A outra vaga fica em aberto. Difícil dizer quem passa.

- No grupo C, a Inglaterra tem pela frente uma chave mais fácil do que a da Argentina. A pedreira será os Estados Unidos, que tem evoluído muito nessa década e chega com pretensões de repetir, ao menos, a campanha de 2002 - onde foi eliminado pela Alemanha nas quartas. Os outros dois são a Argélia, time guerreiro que conseguiu passar pelo bom time do Egito e chegar à Copa. E a Eslovênia, do qual confesso não saber muita coisa.

Inglaterra e Estados Unidos se classificam. O confronto entre os dois deve definir quem fica em primeiro.

- Se temos que definir um grupo da morte, esse é o grupo D. A Alemanha terá pela frente três bons adversários. De começo, pega a Austrália, que provou que não chegava a Copa apenas por passar pelas "peladas" na Oceania. Entra dessa vez com uma vaga garantida facilmente pelo continente asiático. Com um time rodado pela Europa, deve dar trabalho mais uma vez, assim como na Copa 2006, onde só caiu frente a Itália em um pênalti mandraque. Depois, vem a Sérvia, seleção que vem com a sina de ir bem nas eliminatórias, mas não fazer muito na Copa. Fecha o grupo uma das mais fortes seleções africanas: Gana. Não apenas pela campanha nas eliminatórias, mas por ter seus principais jogadores nos grandes da Europa. Time com força física e velocidade.

Das quatro, vejo a Sérvia como mais fraca. Alemanha tem a mesma base de 2006, porém não fortaleceu o ataque. Isso pode complicar. Mas, é difícil ve-los fora das oitavas. Mas, para mim, Gana passa como líder da chave.

- O grupo E também é equilibrado também. Holanda precisa provar que dessa vez entra para suprir as expectativas. Tem time para isso, contando com o mesmo meio-campo e ataque de antes. A Dinamarca não chega para passeio na África. Tem um time bem disposto taticamente. Pode ser a grande surpresa desse Mundial. O Japão segue evoluindo seu futebol, mas ainda não põe medo. E Camarões, de Eto'o, vem mais forte após ficar fora da última Copa.

Por mais que Japão e Camarões possam complicar, é difícil ver Holanda e Dinamarca fora nessa chave.

- Já no grupo F, ou acontece uma zebra muito grande, ou Itália e Paraguai já estão garantidos. Atuais campeões do mundo, a Itália tem um time "velho", mas sempre forte. Desacreditada então, aparece mais perigosa. Paraguai foi a grande sensação das eliminatórias, mas ainda deixa todos um pé atrás. Porém, deve ao menos chegar as oitavas. Nova Zelândia será o saco de pancadas da Copa. Se não a mais fraca seleção, está entre as mais. E, por fim, a Eslováquia, sem tradição.

Ou seja: Itália e Paraguai nas oitavas. Só não acontece isso se passar uma zebra enorme.

- Agora, o grupo G, do Brasil. Era uma das chaves que a CBF queria, por não ter muita locomoção durante a primeira fase. Ótimo. Depois, veio a Coréia do Norte. Maravilha. Time desconhecido, mas que não põe medo em ninguém. Porém, depois, só veio pedreira. Começando pela Costa do Marfim, seleção africana mais complicada, contando com Kalou, os dois Touré e, principalmente, Drogba. Um time que já disputou uma Copa e vem mais calejado. Joga "em casa". Ou seja: osso duro. E, para fechar com chave de ouro, nada melhor que ter Cristiano Ronaldo e Portugal pela frente. Sinceramente, tenho mais medo de Costa do Marfim. Portugal não é uma maravilha. Pode ter um poder ofensivo forte, com Deco, CR7, Nani e Liédson. Mas, tem uma zaga e uma marcação frágil. Chegou a repescagem europeia a duras penas. Passou também sem convencer. Enfim, ou muda muito, ou não coloca tanto medo.

Eu jogo, sem dúvidas, Brasil e Costa do Marfim nas oitavas. Portugal não me pega. E a Coréia do Norte. Bem, é apenas a Coréia do Norte.

- Fechando os grupos, o grupo H, a chave da, para muitos, favorita Espanha. Como bem disseram os jornais espanhóis após o sorteio, um grupo fácil e um cruzamento de morte, já que podem pegar Brasil, Costa do Marfim ou Portugal. Mas, na primeira fase, nada demais. Suiça tem evoluído, mas não tanto para surpreender. Vai brigar com o Chile, de Valdívia e Bielsa, pela segunda vaga do grupo. E Honduras vai passear.

Eu vejo Espanha líder, com 100%, e Chile em segundo, com Bielsa curando a ressaca da eliminação de 2002 com a Argentina.

Que venha 2010!

Ps: Ah! Charlize!

Imagens: Estadão.com

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quase campeão

A penúltima rodada:
- praticamente tirou o quase campeão São Paulo do título
- apresentou um novo líder e um novo provável campeão: o Flamengo;
- trouxe de volta os esquecidos Inter e Palmeiras;
- viu o Fluminense sair da zona de rebaixamento depois de 27 rodadas;
- rebaixou o Náutico;
- colocou o Botafogo novamente na zona de rebaixamento;
- manteve o Santo André ainda a espera de um milagre;

Foi uma rodada incrível. E, no gol de Zé Roberto, que aconteceu no mesmo momento que o empate do Goiás contra o São Paulo, mudou a direção na briga pelo título. Os olhos se voltavam a quatro jogos na busca pelo título. E em mais quatro na briga contra o rebaixamento. Ah, teve também mais dois jogos. Porém, confesso que esses pouco importam nesse momento. Segue as análises dos jogos. Só vi os 4 que brigavam diretamente pelo título. Do resto, só gols e alguma coisa.

- Corinthians 0x2 Flamengo: Não vou entrar em discussões do tipo "Corinthians facilitou". O Flamengo se mostrou mais ousado no começo do jogo, enquanto o time corintiano errava muitos passes. Mano perdeu Edu e Ronaldo por lesão muscular - o que já não é a primeira vez na temporada - e desestruturou a equipe. Melhor organizado, o Fla, com Zé Roberto, fez 1 a 0, em bom lançamento de Willians e no buraco na zaga corintiana. Aliás, apostar em Escudero e Paulo André na mesma defesa é morte súbita. No segundo tempo, o Corinthians teve maior posse de bola, mas não chutava. Chegava sempre com DeFederico, mas poucas vezes com objetividade. Chicão foi merecidamente expulso. E aí, o Flamengo dominou o jogo e conseguiu o segundo gol, de pênalti, com Léo Moura. Felipe ficou parado no meio. Ao meu ver, esperava um chute ali. Sobre o torcedor que invadiu o campo, não perderei tempo.

O fato é: Flamengo sai de Campinas líder e muito perto do título. O Corinthians jogou em ritmo de férias, e isso não é motivo de culpa, de corpo mole. É apenas um time sem objetivos.

- Goiás 4x2 São Paulo: São Paulo entrou perto do título. Saiu longe. Quando fez 1 a 0, com Washington, e jogando melhor, parecia que o time sairia do Serra Dourada com a mão na taça. Porém, quando Vítor empatou - belo gol - e Richielli virou, o tricolor sentiu a pressão. O jogo era equilibrado, mas o Goias era melhor.Fernandão fez o terceiro, no segundo tempo. Quando Washington descontou, dava sinais de que o São Paulo reagiria. Mas, Léo Lima, um pouco depois, jogou a ducha de água fria.

São Paulo agora vê a situação invertida. Torcerá contra todos para ser campeão. Impossível? Não. Improvável? Sim. E o Goiás acabou "decidindo" o Brasileiro, se analisarmos apenas a reta final.

- Sport 1x2 Internacional: O Inter começou errando muito, afobado e perdeu boas chances, principalmente com D'Alessandro. O Sport abriu o placar, com Vandinho. E o Inter se afobou mais ainda. No intervalo, Mário Sérgio tirou D'Ale e colocou Andrezinho. Isso melhorou o toque de bola e o posicionamento do Colorado, que conseguiu a virada: empatou com Kĺéber e virou com o próprio Andrezinho, e falta.

E o Inter acaba a rodada como vice-líder e garantido na Libertadores 2010. E, por ironia do futebol, depende do Grêmio para ser campeão.

- Palmeiras 3x1 Atlético/MG: Bastou Cleiton Xavier voltar ao time, que o Palmeiras parecia outro. Voltou a ser aquele que muitos davam como provável campeão. Logo no primeiro minuto, o meia aproveitou o cruzamento de Deyvid Sacconi e abriu o placar. Depois, Diego Tardelli mostrou oportunismo e empatou a partida. Mas, não demorou muito para o Palmeiras passar a frente de novo.

No erro de Éder Luís, Vágner Love saiu na cara de Carini, que saiu do gol e cortou, fora da área. A bola espirrou e ia caindo nos pés de Diego Souza. Ia. Ele não esperou. Acertou um chutaço, do meio-campo, dentro do círculo central. A bola voou e, em uma parábola, caiu como que se fosse puxada pelas redes para marcar de vez esse Brasileirão. Sorte? Pode ser. Mas, que foi um golaço-aço-aço!, foi. Palmeiras 2 a 1. No fim do primeiro tempo, Deyvid Sacconi novamente deu grande passe e deixou Love na boa para matar o jogo: 3 a 1.

No segundo tempo, Roth mostrou o velho Roth. Tirou Éder Luís e Márcio Araújo, jogadores leves que não vinham bem, para "travar" o meio com Ricardinho e Corrêa. Sim, tirou um atacante por um meia, e um meia por um volante. Enfim, o Palmeiras apenas trabalhou a bola e esperou o fim.

O Verdão foi outro. Aquele mesmo que era quase campeão, após o jogo contra o Santos. Cleiton e Diego, juntos, dão outra cara ao time. Pode-se dizer: antes tarde, do que nunca. Já o Galo fez uma grande campanha. Pode até parecer que "morreu na praia". Mas, com o elenco que tinha, Celso Roth, apesar de algumas bobagens, levou o time além do esperado.

- Atlético/PR 2x0 Botafogo: Comandado mais uma vez por Paulo Baier, o Furacão venceu o Botafogo, escapou de vez do rebaixamento e jogou o alvinegro pro Z4. O Atlético escapa graças a Antonio Lopes, que mudou a cara da equipe depois de sua chegada. Já o Botafogo, que até parecia tranquilo depois de vencer o São Paulo, tem um grande problema pela frente. Tem que vencer, no Engenhão, o Palmeiras, que sonha com um título e precisa de um ponto para se garantir na Libertadores. Tarefa complicada, amenizada pela volta de Juninho e Jóbson. Será que dá?

- Cruzeiro 4x1 Coritiba: Duas goleadas em dois jogos. Assim, o Coxa chega na última rodada. Saiu na frente, com gol de Jéci (!), mas depois que sofreu o empate, foi dominado pelo Cruzeiro. O time mineiro jogou bem, comandou as ações e goleou. Resultado que deixa o Cruzeiro vivo na briga pela Libertadores. E o Coritiba terá agora uma "final" contra o Fluminense. Não merecia chegar a essa situação. Será a "maldição do centenário"? Se cuida Corinthians...

- Fluminense 4x0 Vitória: Se alguém, como eu, esperava um Flu apático depois da goleada sofrida em Quito, se enganou. O que se viu foi um Fluminense arrasador, com toques rápidos e boas chegadas ao ataque. Alan abriu o placar no começo. Fred ampliou. Conca, no segundo tempo, fez dois e liquidou a fatura. Tricolor fora da zona de rebaixamento após 27 rodadas. Depende apenas de si próprio para escapar da degola e jogará por um empate no Couto Pereira. Incrivelmente merecido. E o Vitória só não cai por causa do bom começo com Carpegiani. Se não...

- Santo André 5x3 Náutico: No duelo dos desesperados, chuva de gols, vitória do Ramalhão e rebaixamento do Timbu. Nunes abriu o placar, Wanderley ampliou, Bala diminuiu, e Wanderely fez mais um: 3 a 1 Santo André, tudo isso no primeiro tempo. No segundo tempo, Romulo fez 4 a 1, Anderson Lessa descontou, Nunes fez o quinto do Ramalhão e Nílson deu números finais: 5 a 3 para o Santo André, que graças as derrotas de Botafogo e Coritiba, ainda tem esperanças de não cair. Para isso, precisa vencer o Inter, no Beira-Rio. Isso de começo. Se conseguir, já estará de bom tamanho. Depois, tem que torcer novamente por derrotas de Coritiba e Botafogo. Impossível? Não. Improvável? Sim. E o Náutico, depois de muito bater na trave, caiu.

- Grêmio 4x2 Barueri: Não valia nada. Douglas Costa, Adílson e Souza abriram 3 a 0 para os gaúchos. Val Baiano fez dois e diminuiu, mas Maxi López matou o jogo.

- Avaí 2x2 Santos: Não valia nada. Único empate da rodada. Mesmo com um a menos, o Santos buscou o empate na Ressacada. Cristian abriu logo de cara 2 a 0 para o Avaí. Na segunda etapa, Kléber Pereira descontou e Paulo Henrique, aos 44, empatou.

Imagens: Terra Esportes.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Melhores do Brasileirão 2009

Dunga e Jorginho divulgaram os indicados para o Prêmio Craque do Brasileirão 2009. Os indicados foram escolhidos em votação feita com jogadores, técnicos e jornalistas. Como sempre, nada que agrade a todos. Mas, desta vez, alguns nomes aparecem muito mais pelo que foi feito em 2008, como em 2009. Outros, estão ali sabe-se lá por que. E tem algumas coisas como "volante pela direita", ao invés de primeiro volante, ou jogadores do mesmo time brigando pela mesma posição, que criam uma salada. Enfim, vamos à lista e à análise.

Goleiro: Bruno (Flamengo), Marcos (Palmeiras) e Victor (Grêmio);

- Bruno, ao meu ver, aparece como surpresa. Mais pela fase do time e pelos últimos jogos. Não fez um campeonato tão regular. Marcos fez um bom ótimo primeiro turno, mas caiu um pouco no segundo. Já Victor, vencedor ano passado, apareceu como um dos destaques do tricolor gaúcho, com boas atuações e grandes defesas.

Esqueceram: Glédson (Náutico) - Sem ele, o Timbu tinha ido antes do Sport; Fábio (Cruzeiro) - Teve atuações parecidas com a de Bruno e Marcos, mas foi melhor.

Voto: Victor (Grêmio).

Lateral-Direito: Jonathan (Cruzeiro), Léo Moura (Flamengo) e Vítor (Goiás);

- Jonathan foi bem e merece a indicação. Léo Moura conseguiu a regularidade, foi menos decisivo, mas jogou muito pelo time. Vítor fez um bom primeiro turno, mas não voltou tão bem depois de contusão.

Esqueceram: Ninguém. Se Figueroa (Palmeiras) jogasse mais algumas partidas, entraria fácil. Apodi (Vitória) fez um grande primeiro turno, mas caiu com o time.

Voto: Léo Moura (Flamengo).

Zagueiro Central (ou pela direita): André Dias (São Paulo), Chicão (Corinthians) e Danilo (Palmeiras);

- André Dias aparece mais uma vez na lista, e com justiça. Tem bom posicionamento e tempo de bola. Danilo (embora que Maurício Ramos jogasse mais pela direita. Danilo seria o quarto-zagueiro, ou o que atua pela esquerda) foi muito bem na zaga palmeirense, até mesmo na queda de produção do time. Bem no jogo aéreo e na marcação . Já Chicão, sabe-se lá por que apareceu na lista. Teve um ótimo primeiro semestre (leia bem, semestre), mas no Brasileirão, foi irregular como todo o time corintiano. Tem muita gente melhor que ele.

Esqueceram: Para lembrar alguns que foram melhor que Chicão: Juninho (Botafogo), Álvaro (Flamengo) e André Luís (Barueri). Entre outros.

Voto: Danilo (Palmeiras).

Quarto-Zagueiro (ou pela esquerda): Miranda (São Paulo), Réver (Grêmio) e Ronaldo Angelim (Flamengo);

- Os mesmos três que disputaram o prêmio ano passado. Miranda caiu nos últimos jogos, mas tem crédito pelo geral. Posiciona-se como poucos e tem tranquilidade com a bola nos pés. Réver se firma cada vez mais como um bom zagueiro. Tem inteligência e controle. Já Ronaldo Angelim não fez muito para chegar a lista. Não foi o mesmo do ano passado.

Esqueceram: como nunca se sabe como é feita a análise do posicionamento da zaga, repito aqui Álvaro (Flamengo) e Maurício Ramos (Palmeiras), já que Danilo foi colocado como zagueiro-central.

Voto: Miranda (São Paulo).

Lateral-Esquerdo: Armero (Palmeiras), Júlio César (Goiás) e Kléber (Internacional);

- A posição mais injusta entre todas. Armero teve bons jogos, mas na maioria, foi apático. Não tem regularidade. Kléber mais uma vez aparece muito mais pelo nome do que por méritos. Jogou bem nesta última parte, e em alguns jogos. Já Júlio César foi, ao meu ver, um dos melhores jogadores do primeiro turno, caiu um pouco no segundo, mas merece estar na lista - o que não ocorreu ano passado.

Esqueceram: Eltinho (Avaí), Diego Renan (Cruzeiro) e Márcio Careca (Barueri). O primeiro, principalmente, fez um grande campeonato e merecia estar na lista. Diego Renan foi a grata revelação da Raposa, e Márcio Careca foi regular. Tudo o que Kléber e Armero não foram ou fizeram.

Voto: Júlio César (Goiás).

Volante pela direita (deveria ser primeiro volante): Hernanes (São Paulo), Pierre (Palmeiras) e Willians (Flamengo);

- Só para a CBF - ou sei lá quem - que Hernanes e Pierre jogaram na mesma posição nesse Brasileiro. Hernanes foi muito mais meia que volante. E jogou bem. Aliás, o São Paulo cresceu quando ele evoluiu. Fez o time jogar. Pierre foi o bom e velho guerreiro, com marcação e disposição incríveis. Willians foi muito bem, não tanto como Pierre, mas também marca e desarma muito.

Esqueceram: Ninguém, já que os três merecem a indicação. Mas, o certo seria colocar ou Sandro ou Guiñazu (Internacional) aqui, e Hernanes como volante pela esquerda, ou seja, segundo volante. Principalmente Sandro. Porém, alguém acha que os dois jogam na mesma posição dentro do mesmo time, e Hernanes é quase um cabeça-de-área. Então...

Voto: pela posição (primeiro volante), seria Pierre (Palmeiras). Mas, entre os três, fico com Hernanes (São Paulo).

Volante pela esquerda (deveria ser segundo volante): Guiñazu (Internacional), Maldonado (Flamengo) e Sandro (Internacional);

- Repito que colocar Sandro e Guiñazu na mesma posição é uma burrice. Os dois jogam juntos. Como atuariam na mesma posição? Enfim... Guiñazu fez um bom primeiro turno, mas sumiu no segundo. Não vejo muitos méritos. Sandro foi bem, marca com eficiência e aparece na saída de jogo. Foi lembrado por Dunga justamente por isso. Maldonado é o bom e velho das outras passagens pelo país. Dá um equilíbrio incrível ao meio-campo. Já disse algumas vezes que vejo o chileno como grande responsável pela ascenção do Flamengo. Prova disso é a má atuação do rubro-negro sem ele, contra o Goiás.

Esqueceram: Pode parecer loucura, mas Léo Lima (Goiás) merecia um lugar nessa lista, ao invés de Guiñazu.

Voto: Maldonado (Flamengo).

Meia-Direita: Cleiton Xavier (Palmeiras), Diego Souza (Palmeiras) e Souza (Grêmio);

- Os dois meias palmeirenses brigando como meia-direita é mais um fato dos que só a organização da premiação pode explicar. Mas, os três nomes estão aí com justiça. O PB colocou Cleiton Xavier como craque do primeiro turno. Pelos pés dele, o Palmeiras chegava ao gol. E sua saída do time provocou, junto com outros fatos, a queda de rendimento na competição. Foi o garçom e o homem de equilíbrio. Diego Souza tem o Brasileiro dividido entre "antes da Bolívia" e "depois da Bolívia". O jogador não conseguiu render o mesmo depois da passagem pela Seleção. Logicamente que isso também se dá pela mudança tática, após a saída de CX. Porém, no geral , Diego mais desequilibrou do que sumiu. E Souza entra com méritos na lista. Mesmo com o Grêmio não mantendo um bom futebol, o meia seguiu fazendo seu papel com honra.

Esqueceram: Se um dos dois palmeirenses saíssem dessa parte e fossem para o lado esquerdo, Paulo Baier (Atlético/PR) e Marquinhos (Avaí) mereciam a lembrança.

Voto: Cleiton Xavier (Palmeiras).

Meia-Esquerda: Conca (Fluminense), Marcelinho Paraíba (Coritiba) e Petkovic (Flamengo);

- Outra lista em desacordo. Conca foi bem, mas penso que não o suficiente para aparecer na lista de melhores. Marcelinho Paraíba foi muito mais atacante do que meia. Jogou muito, mas aparece na posição errada. Já Petkovic é o que todo mundo tem falado. O cara que deu a qualidade de criação e o homem que desequilibrou quando o Flamengo precisou. Se ser craque é desequilibrar nas decisões, o prêmio é dele. Basta lembrar o que ele fez contra São Paulo, Palmeiras e Atlético/MG.

Esqueceram: penso que Diego Souza (Palmeiras) competiria aqui, e não como meia-direita. Entrariam aqui: Giuliano (Internacional), Jorge Wagner (São Paulo) e Gilberto (Cruzeiro). O primeiro foi esquecido talvez pela ausência em parte do Brasileiro, devido à Seleção Sub-20. Jorge Wagner é, junto com Hernanes, os grandes responsáveis pelo crescimento e chegada do São Paulo. Já Gilberto, que chegou para ser lateral, vestiu a camisa 10 e levou o Cruzeiro para uma arrancada incrível.

Voto: Petkovic (Flamengo).

Primeiro atacante: Diego Tardelli (Atlético/MG), Fernandinho (Barueri) e Fred (Fluminense);

- Diego Tardelli foi bem durante todo a competição. É sim um dos grandes responsáveis pelo Galo estar até agora brigando pela parte de cima da tabela. Não só fez gols, mas jogou pelo time, brigando, voltando para marcar e dando bons passes. Fernandinho entra na lista pelo primeiro turno. Rápido e ousado, caiu depois do afastamento devido problemas de contrato. Já Fred está pelo que fez no segundo turno. Foi chamado de decepção, por ter saído do time no meio do campeonato (devido uma contusão). Hoje é visto, com razão, como peça fundamental para o tricolor carioca ainda estar vivo na luta contra o rebaixamento. Porém, Fernandinho foi bem no primeiro, Fred foi bem no segundo. Mas, Tardelli foi bem nos dois turnos.

Esqueceram: Dagoberto (São Paulo). Foi mais regular e decisivo do que Fernandinho. Marcelinho Paraíba (Coritiba) também entraria aqui, mas foi colocado como meia.

Voto: Diego Tardelli (Atlético/MG).

Segundo Atacante: Adriano (Flamengo), Iarley (Goiás) e Ronaldo (Corinthians);

- Artilheiro e decisivo. Assim foi Adriano nesse Brasileiro. A referência que faltava ao ataque rubro-negro nos últimos anos. Cada dia mais se aproxima de ser o bom e velho Imperador. Por isso, ajudou muito o Fla a estar na briga pelo título. Iarley alternou bons e mals momentos. Porém, mais bons do que mals. Ronaldo não jogou muitos jogos e o elenco corintiano também não ajudou. Mas, ele resolveu sempre que pode, com boas jogadas e gols. Não foi o mesmo do primeiro semestre. Porém, merece aparecer aqui.

Esqueceram: Alecsandro (Internacional). Foi melhor que Iarley, apesar de não mostrar muita regularidade.

Voto: Adriano (Flamengo).

Treinador: Andrade (Flamengo), Celso Roth (Atlético/MG) e Silas (Avaí).

- É justo que os três estejam na lista. Andrade pegou um Flamengo desorganizado, superou a impaciência de torcida e alguns dirigentes, para levar o time a lutar pelo título até o fim. Celso Roth mais uma vez repetiu o que vez com o Grêmio ano passado. Começou bem, caiu de produção, deixou os rivais chegarem e pode ver até a Libertadores escapar. Mas, nenhum dos dois conseguiram fazer o que Silas fez. Levar um time tecnicamente fraco a brigar, matematicamente, por um G4 até as últimas rodadas, não é pouco. Passou por cima de toda desconfiança do péssimo começo para provocar uma arrancada incrível.

Esqueceram: Ricardo Gomes (São Paulo). Mais um que enfrentou desconfiança de torcida e imprensa e fez o tricolor jogar um futebol, no mínimo, competitivo.

Voto: Silas (Avaí).

Revelação: Fernandinho (Barueri), Giuliano (Internacional) e Paulo Henrique (Santos).

- Gratas revelações. Fernandinho encantou no primeiro turno, com velocidade, ousadia e dribles. Deu muito trabalho para defesas adversárias. Giuliano teve que conquistar seu espaço aos poucos. Tem qualidade técnica incrível. Paulo Henrique foi o único que salvou no fraco time do Santos nesse Brasileiro. Tem tudo para despontar como cerébro do time na próxima temporada. Mas, ainda falta regularidade (palavrinha mágica e quase escassa nesse post).

Esqueceram: Dois que não foram superiores aos três da lista, mas merecem lembrança. Diego Renan (Cruzeiro), bom lateral, que tem qualidade e apoia muito bem. E Jucilei (Corinthians), que jogou sem os holofotes, mas fez um ótimo Brasileiro.

Voto: Fernandinho (Barueri).

Árbitro: Héber Roberto Lopes, Leonardo Gaciba e Paulo César Oliveira.

- Não sou especialista, por isso, serei breve. Héber não comprometeu em seus jogos. Gaciba não foi nada demais. E Paulo César voltou a boa fase.

Voto: Héber Roberto Lopes.

Opine. Amanhã, posto os indicados para a Seleção do PB, onde você poderá votar e participar também.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Quem quer ser campeão?

Entenda. A pergunta acima não quer saber quem vai ser campeão. Mas, a dúvida é saber quem quer levantar o caneco. Incrível o número de tropeços da turma de cima da tabela. Principalmente nesse segundo turno. A rodada esquentou ainda mais a briga pelo título. Principalmente, serviu para trazer de volta o Internacional. E o colorado ganhou um fôlego e tanto. Vamos aos jogos.

- No sábado, o Náutico surpreendeu, saiu na frente, sofreu a virada para o Corinthians, mas foi atrás e conseguiu a vitória no último minuto: 3 a 2. Porém, com os resultados de Fluminense e Botafogo, é pouco provável que o Timbu fique na Série A. Já o alvinegro, como já tinha dito, está de férias desde o clássico contra o Palmeiras (ou até antes) e perdeu um semestre para arrumar o time para 2010.

- Na Arena da Baixada, um bom jogo com um empate ruim para Atlético/PR e Cruzeiro. O Furacão segue com risco de rebaixamento. A Raposa deixou o G4 abrir vantagem. Ou seja: quase um "morrer abraçado". Mas, entre os dois, teoricamente o resultado acabou sendo pior para o Cruzeiro, que dificilmente conquistará uma vaga na Libertadores do ano que vem.

- O grande jogo da rodada foi no Engenhão. O Botafogo errou menos e, por isso, venceu o São Paulo. Não foi um grande jogo tecnicamente. Porém, foi muito brigado, disputado, como uma decisão. Jóbson abriu o placar com um golaço. Washington empatou no último minuto do primeiro tempo. O gol fez o tricolor voltar melhor para a segunda etapa. Jorge Wagner fez o segundo. Mas, quando alguns davam o Botafogo como morto, o alvinegro adiantou a marcação, foi para cima e logo depois chegou ao empate, com Renato completando jogada de Jóbson. O São Paulo ainda perdeu duas boas chances de liquidar a partida. Quem fez isso foi o nome do jogo: Jóbson. Após um tiro-de-meta que seria escanteio (no lance, Hernanes chutou de fora e Jefferson desviou com a ponta dos dedos), Victor Simões desviou de cabeça, Jóbson dominou, cortou Miranda e fuzilou: 3 a 2 Bota. Vale dizer que, nessa altura, Richarlyson e Juninho haviam sido expulsos. Depois, o time carioca perdeu mais dois (Jóbson, logo após o gol, e Rodrigo Dantas, no finalzinho). Uma vitória comemorada no Engenhão e no Maracanã. E em mais um monte de lugar.

Botafogo continua respirando fora do Z4. Se não vencesse, ficaria na zona de rebaixamento. Mesmo com a derrota, o São Paulo segue líder e depende só de si mesmo para ser tetra. Porém, o time sentiu os desfalques. Resta saber se Ricardo Gomes encontrará solução durante a semana.

- Outro resultado importante na parte de baixo da tabela foi a boa vitória do Fluminense sobre o Sport, na Ilha. Um 3 a 0 que só começou após o rubro-negro ficar com um a menos, após a expulsão de Moacir. O tricolor por pouco não saiu da zona de rebaixamento. Uma coisa é fato: o Flu merece estar ali pelo que fez em boa parte do Brasileiro. Mas, essa arrancada no fim é digna de se livrar da situação. E o Sport mostra cada dia mais porque caiu.

- O Santo André venceu o Avaí, por 4 a 2, e ainda respira. Por aparelhos, mas respira. Porém, não escapa. E o Avaí já conseguiu muito. Uma Libertadores seria demais.

- Na Vila, o Santos finalmente resolveu jogar bola: 4 a 0 sobre o Coritiba. E o Coxa vê a zona de rebaixamento mais perto. Pelo time e o treinador que tem, não merece. Porém, quem perde de 4 a 0 para esse time do Santos...

- Mais de 83 mil pessoas. Mosaico, festa, comemoração desde a vitória do Botafogo. Estava tudo pronto pro Flamengo chegar a liderança. Só esqueceram de avisar que, para isso, tinha que vencer o Goiás. O Esmeraldino deu um sufoco no primeiro tempo, obrigando Bruno a fazer boas defesas. Do outro lado, Harley também tinha trabalho. O rubro-negro abusou de perder gols. Pet não estava em bom dia. Adriano também não. E o time percebeu como Maldonado faz diferença na parte tática. Ele controla o meio. Com tudo isso, zero a zero que não valeu muita coisa para o Fla. Agora o Goiás tentará travar o caminho do São Paulo.

- Com gols de Leandro Domingues e Roger, o Vitória bateu o Barueri e lançou fora qualquer possibilidade de cair. Ambos vão apenas "curtir" o fim do Brasileiro.

- Fechando a rodada, outra decisão. No Mineirão, o simples 1 a 0 colocou o Internacional de novo na briga pelo título e deixa o Atlético/MG mais longe da vaga pela Libertadores. Jogando de maneira inteligente, o Inter fez 1 a 0, em boa troca de passes até sobrar para Giuliano completar. Depois, os gaúchos travaram o Atlético, que pouco conseguiu fazer. O colorado não depende de si, mas pode chegar na última rodada com grandes chances de ser campeão. Por incrível que pareça, isso é fato. E o Galo ainda depende de si para chegar ao G4. Pela frente, mais uma "final", agora contra o Palmeiras. É "só" vencer.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

E o Verdão deu adeus ao título

A derrota de 2 a 0 do Palmeiras para o Grêmio não foi incomum. Perder no Olímpico não é anormal, já que o tricolor gaúcho está a mais de um ano invicto em sua casa. O resultado no Olímpico apenas acaba com o sonho palmeirense de ser mais uma vez campeão brasileiro. Título que, muitas vezes, era claro para muitos. Mas, que escapou pelas mãos.

Pouco mais de um mês - dia 4 de outubro, para ser mais exato - e o Palmeiras venceu o Santos, na Vila Belmiro, por 3 a 1, com superioridade e boa exibição de Diego Souza e Cleiton Xavier. Ali, o PB disse o seguinte: "o Palmeiras tem cada vez mais cara de campeão". Tinha. Uma rodada depois, o Palmeiras de Muricy Ramalho começou a triste queda. Para quem não lembra: logo após a vitória contra o Peixe, o Verdão empatou em casa contra o Avaí, na raça. A partir daquela vitória na Vila, esperava-se que o time embalasse de vez, para matar o Brasileirão com duas ou três rodadas de antecedência - ou seja, essa. Não aconteceu. Dos 27 pontos disputados após aquele jogo, computou apenas seis. Não derrotou nenhum dos adversários que se encontram na zona de rebaixamento - perdeu para Náutico, Santo André e Fluminense, e empatou no sufoco contra o rebaixado Sport. Caiu diante do Flamengo, em casa, em um dos jogos de "seis pontos". E, na rodada que alguns diziam que seria até de um possível título palmeirense, o que se vê é o contrário: o time sai da briga.

O torcedor mais fanático pode dizer: mas, ainda dá. Matematicamente sim. Estruturalmente e emocionalmente, não. A briga entre Maurício e Obina, na saída para o intervalo, foi apenas o ápice de um elenco que dá sinais de racha algumas rodadas. Nas entrevistas, sempre escapava um "tem gente que não se dedica"ou "pensa que é chegar, ganhar bem, e pronto". Nem Muricy, que sempre conseguiu reverter problemas em elenco, dessa vez não foi capaz.

O Palmeiras merecia ser campeão? Sim. Há um mês atrás. Dali pra frente, se viu um time mal organizado, sem disposição tática. Vale lembrar que o time perdeu três jogadores de referência no time: Maurício Ramos, que vinha em boa fase com Danilo; Pierre, que dispensa comentários e é o melhor volante do campeonato; e Cleiton Xavier, rei das assistências e motor do time. Isso interferiu sim. Porém, são vários pontos que terminam com esse capítulo: o Palmeiras não será campeão.

Agora, resta a Muricy e seus comandados, pelo menos assegurar uma vaga na Libertadores. E olhe que, pela situação, se ela vier, será lucro. Uma certeza já se tem: 2010 começa com muita pressão sobre o Palestra Itália.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um final de semana daqueles - Parte I

Depois de uma 33ª rodada, onde tivemos um jogo disputado entre Palmeiras e Corinthians, vitória apertada do São Paulo sobre o Barueri, Bruno salvando o Flamengo contra o Santos, Atlético/MG vencendo no sufoco o Goiás e Inter e Cruzeiro tropeçando em casa, a briga pelo título ganhou novos ares de emoção em mais uma rodada. Some também a briga na parte de baixo da tabela, com as ótimas vitórias de Botafogo, no Beira-Rio, e Fluminense, no Mineirão, e do Santo André, sobre o Grêmio. além do Náutico derrotando o Sport no clássico pernambucano.

Depois disso, a 34ª rodada começou com tudo, em um jogo travado entre Grêmio e São Paulo, no Olímpico. Com direito a três expulsões do tricolor paulista, Rogério Ceni salvando em cima da linha e o Grêmio abusando de errar. No fim, 1 a 1, e São Paulo líder. Pelo menos por enquanto.

O final de semana promete. Em destaque, dois jogos. Dois grandes confrontos, com cara de decisão. Mais dois "mata-mata". Além de outros duelos interessantes.

- No Mineirão: Atlético/MG e Flamengo. Duelo dos artilheiros Diego Tardelli e Adriano. Confronto com casa cheia, lotada. Dois times que conquistaram uma vitória suada. Um empate não é bom para ninguém. Além disso, um duelo a parte entre Celso Roth e Andrade. Treinadores que muitos queriam que caíssem, mas seguiram e estão na briga pelo título.

- No Maracanã, um jogo de opostos. Fluminense jogando a vida e tentando ganhar fôlego para escapar da Série B. Palmeiras também joga tudo para voltar a liderança e, com uma vitória, abrir dois pontos. Flu vem embalado pela virada contra o Cruzeiro, domingo, e a classificação na Sul-Americana. Verdão sem Marcos, conseguiu um heróico empate no clássico e teve semana inteira livre. Jogaço.

Além dos dois duelos com cara de final, quase todo jogo vale muito - pelo menos para um.

- Santos x Náutico: Peixe só tenta garantir uma vaguinha na Sul-Americana. Para o Timbu, vale a fuga do rebaixamento;

- Vitória x Avaí: Vale muito pouco. Só Sul-Americana em jogo. E os dois estão quase lá;

- Sport x Cruzeiro: Sport praticamente cai para a B se não vencer. Cruzeiro tem que ganhar se quiser continuar com o sonho de G4;

- Corinthians x Santo André: Timão em férias. Ramalhão, embalado com duas boas vitórias, tenta fugir do Z4;

- Barueri x Internacional: O Inter sonha com o G4. Falar em título é complicado mas, a rodada pode sim recolocar o Colorado na briga. Para o Barueri, vale apenas complicar.

- Atlético/PR x Goiás: Furacão quer dizer tchau para qualquer perigo de rebaixamento. Goiás tenta vencer uma depois de sete jogos e sair da ladeira.

- Botafogo x Coritiba: jogo fundamental para o Botafogo provar que a eliminação na Sul-Americana não afetou o time. Se vencer, dá um bom passo para fugir do Z4.

É só o primeiro de cinco finais de semana geniais. Prepare-se.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sete Rodadas, Seis Times e Um Só Campeão

Pode-se dizer que, na próxima quarta-feira, começa um "novo" Brasileirão. Inicia pela 32ª rodada. O Palmeiras sai em vantagem mínima, de um ponto. Atrás dele, Atlético/MG. Um pouco mais, Internacional e São Paulo. Quase junto vem o Flamengo. E um pouco mais distante, mas nem tanto, o Cruzeiro. Seis times em busca do mesmo objetivo: ser campeão brasileiro 2009.

Como em praticamente 99% dos blogs, o Pitacos da Bola também fará aqui uma análise sobre cada um desses que brigam pelo caneco. E também, a tabela de jogos restante de cada um.

- Palmeiras: Goiás (c), Corinthians (n), Fluminense (f), Sport (c), Grêmio (f), Atlético/MG (c) e Botafogo (f).

Queimou toda a gordura possível e agora já não pode mais errar. Mais um tropeço nos próximos jogos pode ser fatal. Tem um jogo chato, contra o Goiás, em casa. Depois, o clássico contra o Corinthians, que deve ser o último jogo sério do rival no ano. Aí pega os desesperados Flu, fora, e Sport, em casa. Visita o Grêmio, outra pedreira, no Olímpico. Depois, pode ter uma decisão em casa contra o Galo e fecha contra o Botafogo, talvez tentando ainda fugir do rebaixamento, fora.

O time perdeu a força no meio-campo e, com isso, não consegue se encontrar. Sem Pierre, o momento é de Muricy colocar em prática o tão usado esquema com três zagueiros. Precisa ganhar do Goiás de qualquer jeito. Se não, o título escapará entre os dedos.

- Atlético/MG: Fluminense (f), Goiás (f), Flamengo (c), Coritiba (f), Inter (c), Palmeiras (f) e Corinthians (c).

Outro que tem uma tabela complicada pela frente. Começando pelo desesperado Flu, no Maracanã. Depois, visita o Goiás, também fora. Aí, vem a primeira das três "decisões", contra o Flamengo, no Mineirão. Vai até o Couto Pereira, enfrentar o Coxa e volta para mais duas: Inter, também em casa, e Palmeiras, no Palestra. Encerra contra um provável Corinthians em férias.

Um time com vontade. É o que o Galo tem demonstrado nas últimas partidas. Uma equipe que se entrega em busca da vitória. Foi o que se viu contra São Paulo e Vitória. Deve ser assim nas próximas partidas. Com Correa jogando bem e Diego Tardelli comandando o time, o Atlético pode surpreender. Porém, ainda falta mais regularidade na defesa.

- Internacional: São Paulo (f), Botafogo (c), Barueri (f), Santos (c), Atlético/MG (f), Sport (f) e Santo André (c).

Serão duas decisões e alguns duelos mais tranquilos - teoricamente. Começa com o grande duelo com o São Paulo, no Morumbi. Depois, recebe o Botafogo, que tenta a todo custo fugir da zona de degola. Pega o Barueri, fora, e o Santos, em casa. Dois jogos mais tranquilos para depois tr duas pedreiras fora: o Atlético, no Mineirão, e o desesperado Sport, na Ilha. Fecha contra o Santo André, provavelmente em situação de risco, mas é no Beira-Rio.

Mario Sérgio conseguiu devolver vontade ao time. Ficou evidente no fim do Grenal. Mas, ainda gera desconfiança. Precisa confirmar a regularidade nos próximos jogos. Time para isso tem. Desde o começo todos acreditam nisso. Falta demonstrar isso em campo.

- São Paulo: Inter (c), Barueri (c), Grêmio (f), Vitória (c), Botafogo (f), Goiás (f) e Sport (c).

Não pode se chamar de uma tabela difícil. Teoricamente, os piores duelos são contra a dupla Grenal. O Inter, já nesta quarta, porém, em casa. Depois, tem obrigação de ganhar o Barueri, no Morumbi. Sai para enfrentar o Grêmio, em jogo complicado. Depois, recebe o Vitória, em outro jogo com o dever de vencer. Tem dois duelos fora, contra Botafogo, talvez ainda brigando contra o Z4, e o Goiás. Fecha contra o Sport, ou já rebaixado, ou jogando a vida.

A vitória contra o Santos veio na hora certa e do jeito certo. Suado, com determinação. O duelo contra o Inter é chave: uma vitória trará de volta a importante regularidade. Está acostumado a crescer nessa fase de pontos corridos. Mas, não é o mesmo dos últimos anos. É fato.

- Flamengo: Barueri (f), Santos (c), Atlético/MG (f), Náutico (f), Goiás (c), Corinthians (f) e Grêmio (c).

Uma tabela, teoricamente, tranquila. Barueri, fora, e Santos, no Maraca. Depois, dois duelos complicados: Galo, no Mineirão, e Náutico, nos Aflitos. Depois, fecha com três jogos mais fáceis - lembrando, sempre teoricamente: Goiás, em casa, Corinthians, em férias, fora, e Grêmio, em casa.

Deixaram chegar, agora aguente. Com Pet e Adriano jogando muito, Léo Moura e Juan voltando a boa fase e a torcida junto. Assim chega o Flamengo para essa reta final. Seria uma piada dizer, algumas rodadas atrás, que esse Flamengo chegaria a brigar pelo título. Porém, aconteceu. E, com a massa rubro-negra, isso pode fazer a diferença, como fez anos atrás quando o time brigava somente pelo G4. É o time que apresenta o melhor futebol e em melhor fase. Entra com tudo nessa reta final.

- Cruzeiro: Santo André (c), Fluminense (c), Sport (f), Grêmio (c), Atlético/PR (f), Coritiba (c) e Santos (f).

Se fizer a lição de casa, chega. Terá, de cara, três adversários que brigam contra o rebaixamento. Porém, dois no Mineirão - Santo André e Flu. O Sport, na Ilha, é o jogo mais complicado. Depois, Grêmio, em casa. Atlético/PR, fora, pode ser mais um jogo difícil. Coxa e Santos encerram a campanha, provavelmente sem grandes objetivos.

A chegada do Cruzeiro surpreende. Não se pode dizer, com todas as letras, que a Raposa está na briga pelo título. Porém, a tabela é mais cômoda do que dos outros cinco. O time está motivado, vem de bons resultados e tem treinador e time para brigar. Corre por fora. Mas, como bom time mineiro, pode chegar como quem não quer nada e surpreender ainda mais.

Façam suas apostas, senhoras e senhores! Tudo pode acontecer nessas próximas rodadas. E, para quem fala tanto em "mata-mata": cada jogo agora, será assim. Matar ou morrer.

Amanhã venho com a análise da zona de rebaixamento.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

31ª rodada: mais embolado ainda

Aconteceu tudo o que se previa - e tudo o que o torcedor palmeirense não queria. Todos que poderiam terminar a rodada mais perto do líder, venceram. Com isso, a 31ª rodada chega ao fim com seis times brigando pelo título e, consequentemente, pelo G4. E cinco tentando escapar da Série B. Aos que amam o velho "mata-mata", boa notícia: eles começam na próxima rodada. Vamos aos jogos:

- No sábado, Mineirão lotado e o Atlético venceu o Vitória, por 1 a 0. Diego Tardelli foi um dos nomes da partida: fez o gol da vitória, perdeu um pênalti e marcou como ninguém. Não foi uma partida fácil. O time baiano pressionou e criou boas oportunidades. Carini fez duas boas defesas na segunda etapa. E viu uma bola bater na trave. Foi um jogo de luta, com dois times buscando o gol. Melhor para o Galo, que fica um ponto atrás do Palmeiras e mostra que o Mineirão pode ser diferencial nessa reta decisiva.

- E, nos Aflitos, o Náutico derrotou o Barueri, por 2 a 1, e segue vivo tentando escapar do rebaixamento. O bom Bruno Mineiro abriu o placar, Márcio Careca empatou para os paulistas e Patrick fez o gol da vitória - um gol chorado, por sinal. Carlinhos Bala ainda perdeu um pênalti. Timbu ainda vivo. Porém, precisa de muito mais para escapar.

- Um jogão na Vila. O placar descreve bem isso: Santos 3x4 São Paulo. Não foi um jogo bonito, de belas jogadas. Foi um jogo movimentado, disputado a cada momento. A arma decisiva foi a bola parada. André abriu o placar para o Peixe, logo aos cinco minutos. Hernanes, em bela cobrança de falta, empatou. Rodrigo Souto, de cabeça, fez o segundo e Washington empatou novamente. Tudo na primeira etapa.

No segundo tempo, o jogo não mudou: correria e disposição dos dois lados. Porém, se no primeiro o Santos pressionou mais, o São Paulo comandava as ações no segundo. Aos 14, Jorge Wagner, com liberdade, acertou belo chute no meio da área e virou o placar. Não demorou muito e o Santos empatou novamente. Triguinho fez boa jogada pela esquerda e Róbson, que acabara de entrar, fez, de cabeça - aliás, os três gols santistas foram assim. Mas, um minuto depois, Rogério Ceni quebrou longo jejum e fez o gol da vitória são-paulina. E acabou expulso um pouco depois. O Peixe pressionou, mas não conseguiu novo empate.

Um belo jogo, que - finalmente - mostrou a Luxemburgo que não tem como o Santos chegar ao G4. E foi o tipo de jogo para acordar novamente o São Paulo. O tricolor precisava de uma vitória assim para voltar à briga.

- Outro time que precisava de uma vitória em clássico, para realmente acordar, era o Internacional. E nada melhor do que bater o rival Grêmio: 1 a 0, gol de D'Alessandro, o carrasco dos Grenais. Gol marcado no início de um jogo truncado, com muita marcação, pegada, discussão e raras chances de gol. Típico de um Grenal. O Grêmio tem time para muito mais do que ficar apenas no meio da tabela. Porém, pagou o preço pela falta de regularidade. E o Inter mostrou, no fim da partida, que voltou a disputa. Não somente pelos dois pontos de diferença do líder. Mas, pela vontade representada na euforia pela vitória de ontem.

- No Couto Pereira, outro bom clássico. O Coritiba lutou e, com um gol no finalzinho, venceu o Atlético/PR, por 3 a 2, e vê a zona de rebaixamento um pouco mais distante. Ariel, atacante do Coxa, fez os dois gols da primeira etapa. O primeiro, contra, ao tentar cortar o escanteio. Mas, logo depois, se redimiu, empatando o jogo. No segundo tempo, Jéci (!) virou o placar para o Coritiba, mas Marcinho empatou novamente. E, no finalzinho, Marcelinho Paraíba cobrou falta e achou Marcos Aurélio livre, para encher o pé e dar a vitória ao Coxa. Um belo jogo, disputado, discutido, pegado. Como todo bom clássico. Digno do ótimo público presente: mais de 30 mil pagantes. Os dois times paranaenses sofreram com o começo da competição. A chegada de Ney Franco e Antônio Lopes colocou a casa em ordem e, se fosse antes, talvez ambos estariam um pouco melhor na tabela.

- Goiás e Fluminense ficaram no 2 a 2, no Serra Dourada. Resultado que impede o Esmeraldino de chegar próximo ao G4 e não ajuda muito tricolor a fugir do rebaixamento. O Goiás começou melhor, dominou o primeiro tempo e abriu 2 a 0 - Iarley e Romerito - em 16 minutos. Mariano, no fim do primeiro tempo, diminuiu. No segundo tempo, o argentino Ezequiel González empatou, em bela cobrança de falta. Mesmo empatando, nos últimos dois jogos - este e contra o Univ. do Chile, pela Sul-Americana - o Flu mostrou uma melhora significativa. Ainda mais por conseguir um empate sem os seus dois melhores jogadores: Alan e Conca. Ainda há esperanças, mas fica cada vez mais complicado. Já o Goiás, confirma o que eu esperava. A falta de camisa pesou na reta final.

- O Corinthians, em ritmo de férias, não conseguiu parar o embalado Cruzeiro, mesmo no Pacaembu; 1 a 0 para a Raposa, que se candidata de vez ao título. Gilberto fez o gol da vitória dos mineiros. O Timão até pressionou na segunda etapa, mas parou na marcação cruzeirense e no goleiro Fábio, com boas defesas. O jogo pragmático feito pelo Cruzeiro deu certo, e deixa a Raposa apenas seis pontos atrás do Palmeiras. Para quem seria um mero espectador até três rodadas atrás, pode surpreender mais ainda, pois tem a tabela mais "fácil" dentre os seis que brigam pelo título - post de amanhã, que já dá para conferir no Twitter (clique no banner ao lado). E o Corinthians está quase em férias. Último jogo antes disso: o clássico contra o Palmeiras.

- Quem vai parar o embalo do Flamengo? O Botafogo até tentou, teve oportunidades, mas parou nos erros de finalização e no pênalti defendido por Bruno. No fim, ganhou quem tinha Adriano. Um belo gol do Imperador, passando no meio de dois e batendo forte, rasteiro. Gil, no fim, perdeu um gol feito. Mas, nada que contenha a ascensão flamenguista, agora três pontos a menos que o Palmeiras. O Bota voltou para a zona de rebaixamento. Vai ter muita briga pela frente, se quiser escapar.

- Por fim, na Ressacada, Avaí e Sport ficaram no 2 a 2, em bom jogo. Em sete minutos, o rubro-negro fez 2 a 0, com Wilson e Luciano Henrique. Mas, Marquinhos, ainda no primeiro tempo, e Luiz Ricardo, no segundo, empataram o jogo. E o Sport acabou no lucro, graças a boa atuação de Magrão. Avai na Série A e na Sul-Americana em 2010. Já é um lucro dos grandes para os catarinenses. Sport tentando respirar a todo custo, mas continua em situação delicada. Quem quer fugir da Série B não pode deixar escapar uma vitória, abrindo 2 a 0.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Temporada de Secadores


Está aberta, mais do que nunca, a temporada de Secadores do Brasileirão. Com o tropeço do Palmeiras contra o Santo André, a posição mudou de lado. A 31ª rodada promete ser de muita emoção e olho vivo em várias partidas.

Primeiro, uma rápida análise da derrota palmeirense. Quem tem acompanhado o PB pelo twitter (twitter.com/pitacosdabola) já viu o que penso. O Palmeiras não tem mais equilíbrio no meio e uma defesa apática. Ver Edmílson como cabeça-de-área é péssimo. Lento, com falhas de posicionamento e marcação - falhas que não são apenas dele, mas do sistema defensivo todo. E o Santo André se aproveitou disso. O trio Camilo-Junior Dutra-Nunes aproveitou as brechas e matou o jogo. Quatro jogos sem vencer e o Palmeiras pode ver todo mundo se aproximar.

Se todo mundo secou o Palmeiras na quarta-feira, a torcida alviverde vai secar meio mundo no fim de semana. E teremos os secadores na parte de baixo da tabela. Secadores, a temporada já está aberta. Vamos aos jogos do final de semana.

- Primeiro, o Atlético/MG, que joga em casa contra o Vitória. Se vencer, o Galo fica um ponto atrás do alviverde. O Vitória precisa vencer se quiser seguir sonhando com um possível G4.

- Nos Aflitos, tudo ou nada para o Náutico contra o Barueri. É vencer ou vencer.

- Domingo de clássicos. Começando pelo SanSão, onde o Santos ainda sonha - vai entender - com o G4 e o São Paulo precisa por fim aos tropeços e ficar a dois pontos do Palmeiras.

- Tem Atletiba, com o Atlético em boa fase, querendo escapar de vez do Z4, e o Coritiba precisando da vitória para distanciar do perigo do rebaixamento.

- No Beira-Rio, um Grenal daqueles. Grêmio ainda sonhando com G4, Inter ainda sonhando com o título. Os colorados também podem ficar a dois pontos do Verdão.

- No Serra Dourada, duelo de opostos. Goiás brigando para se recuperar e continuar vivo na briga pela Libertadores. Fluminense no desespero, aos pedidos de "Joel" e a Série B batendo à porta.

- Corinthians e Cruzeiro duelam no Pacaembu, com os corintianos tentando manter uma boa impressão nesse fim de campeonato e o Cruzeiro louco para manter a subida em busca do G4.


- Botafogo precisando sair da zona de rebaixamento. Flamengo com a chance de ficar apenas três pontinhos abaixo do Palmeiras e entrar de vez na briga pelo título. Esse é o clássico do Engenhão.

- E na Ressacada, o Avaí é mais sonhando com o G4 (!) e o Sport precisando urgentemente vencer.

Ou seja: são 9 times pensando, sonhando ou dentro do G4 (Santos e Barueri, me perdooem, mas não dá...); destes, quatro que podem ficar pertinho do Palmeiras; e seis equipes (mais o Santo André) precisando vencer para fugir do rebaixamento.

Secadores, preparai-vos. Chegou a hora.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

29ª rodada: ótima para o Flamengo, boa para o Cruzeiro

A 29ª rodada não mudou muito para alguns times. Mas, para Flamengo e Cruzeiro, digamos que ela foi quase perfeita. O rubro-negro encostou de vez no G4 e se candidata seriamente a uma vaga na Libertadores. Se o time carioca bobear, a Raposa entrou também nesta briga. E o principal: são dois times que embalam no momento certo, faltando nove rodadas.

Já na briga pelo título, mais uma vez muita coisa poderia mudar, mas não foi o que aconteceu. No sábado o São Paulo perdeu e o Inter empatou. Ontem, derrotas de Palmeias e Atlético/MG, e empate do Goiás. E, querendo ou não, todos que cederam jogadores à Seleção tropeçaram nas últimas duas rodadas. Menos o Flamengo. Vamos aos jogos:

- No Maracanã, uma vitória justa. O São Paulo pode até reclamar do pênalti defendido por Rogério Ceni que o árbitro mandou voltar. Mas, o Flamengo foi superior durante toda a partida. Comandados desdo o ínico por Petkovic, o rubro-negro perdeu várias oportunidades no primeiro tempo. O São Paulo chegou duas vezes, e abriu o placar. Um lançamento primoroso de Dagoberto para Hernanes, que com toda a calma e categoria fez o gol. No segundo tempo, o mesmo jogo, mas com o tricolor se segurando e apostando em mais um contra-ataque. E veio o pênalti de Jorge Wagner em Toró. Pet cobra, Rogério Ceni defende mas, segundo o árbitro, o goleiro se adiantou - o que fez, de fato, mas em lance que se for marcar, 90% das penalidades voltariam. Pet cobrou de novo e, com categoria, empatou. Tome pressão flamenguista, com a zaga sãopaulina e Rogério segurando. Mas Pet apareceu novamente e fez um belo passe para Zé Roberto virar o placar: 2 a 1 Fla. Festa garantida no Maraca.

- E o Fluminense conseguiu imprtante vitória sobre o Santo André, fora, por 2 a 1. Era um dos típicos jogos de seis pontos. Ainda mais para o Flu. Alan - bom atacante - e Fred, de pênalti, abriram o placar ainda no primeiro tempo. Camilo diminuiu. O Ramalhão até pressionou, principalmente nas bolas paradas, com Marcelinho, mas não conseguiu. A situação tricolor ainda é delicada: está a sete pontos do Botafogo, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Porém, como diria o sambista: sonhar não custa nada. O mesmo pode-se dizer para o Santo André.

- No Pacaembu, Ronaldo marcou, participou no gol de Elias e ajudou o Corinthians a voltar a vencer: 2 a 1 sobre o Grêmio, que vê escorrer pelas mãos a chance de brigar pelo G4. O tricolor gaúcho pressionou em boa parte do primeiro tempo, mas os dois gols corintianos liquidaram a partida. Nem o gol de Tcheco, no segundo tempo, ajudou. E Ronaldo, inchado, gordo, seja o que for, consegue desequilibrar. Porém, penso que o grande trunfo desse jogo foi o retorno da zaga titular - William e Chicão - que deu maior equilíbrio defensivo, o que faltava a tempos no Corinthians.

- Centenário, no Brasil, é quase igual a decepção. Diga o Coritiba, que na partida que praticamente comemorava os 100 anos do clube - o jogo foi dia 10, e o aniversário, ontem - foi marcado por uma derrota para o Barueri, em pleno Couto Pereira. Os gols vieram no segundo tempo. Márcio Careca abriu o placar para os visitantes, Bruno Batata empatou, mas Thiago Humberto fez, no finalzinho, o gol da vitória do Barueri. A falta de regularidade mata o Coxa, que ainda precisa ficar de olho para não cair - o que acho muito improvável.

- Fechando os jogos de sábado, o Internacional apenas empatou com Atlético/PR, por 1 a 1, e perdeu a chance de encostar nos líderes. O Colorado foi melhor durante boa parte do jogo, tinha mais volume e pressionava mais. Dominou o primeiro e o segundo tempo e via o time rubro-negro apenas se segurar. Porém, Patrick abriu o placar para o Furacão, aos 33 dos segundo tempo. O empate veio na base da pressão e do sufoco, com Alecsandro, aos 44. Mudou o técnico, mas pouca coisa mudou no Inter nesses dois jogos, mas pelo menos se mantém no G4. E o Atlético virou especialista em segurar e complicar jogo fora.

- Em Recife, o líder e desfalcado Palmeiras não teve chances contra o Náutico: 3 a 0. Com sobras. Com muitos desfalques, o alviverde sofreu com a falta de entrosamento. Além disso, pegou um Timbu motivado, bem disposto em campo e jogando bem. Com isso, o placar se tornou justo. Cláudio Luiz abriu o placar no começo, Bruno Mineiro ampliou ainda na primeira etapa e sacramentou o placar no segundo tempo. O único destaque do Palmeiras foi o goleiro Marcos. No Náutico, a zaga foi muito bem e o ataque com velocidade. Uma derrota que só foi "tranquila" para o Verdão porque todo mundo tropeçou. Já o Náutico, venceu na hora certa para tentar escapar da zona de rebaixamento.

- Jogando no Pacaembu, o Santos não passou de um zero a zero com o Vitória. O Peixe pressionou e cansou de desperdiçar chances. O Vitória chegou muito pouco. A torcida santista, que lotou o estádio, perdeu a paciência e pediu a cabeça de muita gente. E Luxemburgo segue acreditando no G4. Vai entender.

- O Goiás empatou com o Sport, em casa, por 1 a 1, e vai dando sinais que perdeu o bom pique que estava antes. E, no Serra Dourada, mais uma torcida perdeu a paciência, desta vez com o treinador Hélio dos Anjos. Injusto, ao meu ver. Léo Lima abriu o placar no começo do segundo tempo, mas Luciano Henrique empatou. Resultado ruim para o Goiás, mais ou menos para o Sport, que precisa de mais para escapar da Série B.

- No Engenhão, uma aula de amadorismo da direção botafoguense, que não esperava a sua torcida em peso no estádio, liberou gente sem ingresso e deixou gente que pagou, fora. Enfim, tirando isso, uma grande partida entre Botafogo e Avaí. Mais uma vez o time catarinense começou muito bem e abriu 2 a 0 de cara, com Émerson e William, ambos no fim do primeiro tempo. No segundo, Estevam Soares apostou em Victor Simões e o "pantera" salvou o alvinegro. Dois gols que garantiram o empate: 2 a 2. E o Bota quase virou. Resultado bom para o Glorioso, pelas circustâncias. E o Avaí não consegue, mais uma vez, aguentar a pressão, assim como aconteceu contra o Palmeiras na quinta. Mas, Silas sabe incomodar. Isso sabe.

- No Mineirão, tudo azul. Com gol de Wellington Paulista e para alegria da blogueira e amiga do PB, Clítia Milagres, o Cruzeiro derrotou o Atlético/MG e entrou de vez na briga pelo G4. São só cinco pontos que separam a Raposa (6°) do Galo (4°). Confesso que não esperava. E tinha gente já pedindo a cabeça de Adílson Batista. O Cruzeiro foi melhor no primeiro tempo, e fez o gol do jogo com Wellington Paulista, aos 11. Na segunda etapa, o Atlético melhorou, mas sentiu falta de Diego Tardelli. Fábio fez boas defesas e garantiu a vitória cruzeirense. A briga pelo G4 vai ficando cada vez mais emocionante. Se no fim do primeiro turno, acreditava que ficaria entre cinco times, Flamengo e Cruzeiro resolvram esquentar essa disputa. Façam suas apostas.