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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Palmeiras: Classificação épica!

Jogo travado, sufoco, desespero, um a menos. De repente, um chute. Um golaço! Assim, o Palmeiras conseguiu de maneira heróica a classificação para as oitavas-de-final da Taça Libertadores. Aliás, com todo o espírito de raça e entrega que a competição exige. O que parecia improvável para alguns, aconteceu: o Palmeiras classificou. Agora, que se segurem, pois o time vem voando.

A partida foi como esperada. Luxemburgo congestionou o meio-campo e fez duas opções louváveis: sacou o fraquissímo Fabinho Capixaba e deu chance a Wendel na direita, e colocou o jovem Souza como segundo volante, tirando o também fraco Jumar. Apostas certeiras. Outra boa opção foi vir com três zagueiros. Já o Colo-Colo veio com a formação tradicional, no 4-4-2, visando explorar os ótimos Macnelly Torres e Lucas Barrios.

O primeiro tempo foi travado. Muito travado. Com cara de mata-mata. Porém, o Palmeiras perdeu três boas chances de gol. Duas com Keirrison - uma no travessão e outra na trave do goleiro Muñoz. Barrios também quase marcou para a equipe chilena. O alviverde marcava muito bem Torres - que acabou saindo contundido ainda no primeiro tempo - e Barrios, o que fazia o time chileno sem muita força ofensiva. O que se destacava no Palmeiras era a entrega dos jogadores em cada lance. Se o objetivo de Luxemburgo era sair do primeiro tempo sem tomar gols, conseguiu.

Ao meu ver, Luxemburgo mecheu mal ao tirar Wendel para colocar Willians, visto que o time se portava bem em campo. Porém, se a idéia era por outro atacante, não teria quem tirar a não ser o lateral. E o segundo tempo virou um teste para cardíacos. O jogo ficou aberto. Quem começou melhor foi o Colo-Colo, aproveitando das bobeadas palmeirenses no meio. Aos 13, a melhor chance chilena, com Barrios, que chutou e Pierre, com o peito, salvou o alviverde. Cinco minutos depois, Marcão foi expulso - tomou dois amarelo em três minutos.

Os chilenos resolveram administrar o resultado, visto que o empate os classificava. Assim, o Palmeiras foi para o sufoco, mesmo com um a menos. Luxemburgo teve que tirar Pierre e Diego Souza por problemas, colocando Evandro e Ortigoza. Aí começou a pressão palmeirense. O paraguaio quase fez o gol, aos 38, após receber ótimo lançamento de Willians. O goleiro Muñoz fez grande defesa. Dois minutos depois, Maurício Ramos cabeceou por cima, com perigo.

A cada gol perdido e vendo o tempo passar, o desespero palmeirense só aumentava. Um gol separava o time entre céu e inferno. Classificar ou não. Aí a bola caiu nos pés de Cleiton Xavier. O relógio marcava 42 minutos do segundo tempo. O árbitro paraguaio Carlos Torres já indicava três minutos de acréscimo. Ou seja, eram apenas mas seis minutos de jogo. Antes de chegar a Cleiton, a jogada começou na esquerda, e a marcação chilena fez o Palmeiras voltar o jogo, até o meio. O camisa 10 palmeirense recebeu e estava marcado por dois jogadores do Colo-Colo. Ele dominou, foi para cima, driblou o primeiro e mandou o chute. Um pombo sem asas. A bola viajou, o goleiro Muñoz saltou e se esticou todo, tocando de leve nela. E morreu no ângulo. Golaço!

Se o relógio passava rápido demais para os palmeirenses, parecia a ser o mais devagar possível pós o gol. O teste final para os cardíacos veio aos 46. Colo-Colo no ataque, a bola sobra na área palmeirense e acaba espirrando em direção ao gol. Marcos saltou e bola passou caprichosamente ao lado da trave. Ufa! Foi só esperar o fim.

Uma vitória com cara de Libertadores: sofrida, suada e gostosa. O gol no fim valeu mais para o Palmeiras do que uma goleada. Dá muita moral para um equipe que andava desacreditada. Não se pode esquecer de dizer que a vitória foi justa, pois o alviverde foi melhor. Mas, é fato que o time tem problemas a ser resolvidos. Keirrison precisa aparecer nos jogos decisivos, o que não fez - mesmo tendo mandado duas na trave, sumiu na maior parte da partida. A zaga ainda não é confiável, mas vem melhorando. Mesmo com tudo isso, eu coloco o Palmeiras como um dos semifinalistas. Podem cobrar.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Corinthians Fenomenal

Campeão? Ainda é cedo. Porém, o Santos tem que mudar muito para reverter a bela vantagem conquistada pelo Corinthians nesse domingo. O Timão mostrou eficiência na defesa, um goleiro em boa fase e um Ronaldo decisivo. Quer mais? Já o Santos foi facilmente marcado. Cristian anulou bem Neymar, Kléber Pereira cansou de perder gols. Com tudo isso, é difícil não dizer que o Corinthians já é "campeão". Isso só não acontece se Vagner Mancini fizer um verdadeiro milagre. O que não é fácil ver depois do jogo de ontem.

O jogo começou da maneira esperada. Muita marcação, jogo travado e estudado. Isso até os 10 minutos. Pará fez falta dura em cima de Morais, perto da grande área. Chicão bateu bem, como sempre, e fez: 1 a 0. Mesmo sem criar boas chances e com menor posse de bola, o Timão tinha um posicionamento perfeito em campo. A primeira boa chance do Santos veio apenas aos 22 minutos, com Madson batendo de fora, para defesa de Felipe. Dois minutos depois, apareceu Ronaldo. Chicão deu um chutão para frente e a bola caiu o pé de Ronaldo. Caiu não. Ele dominou com uma categoria de quem conhece. Livre, entre os zagueiros, dominou e bateu, sem chances para o goleiro Fábio Costa: 2 a 0! O Fenômeno quase fez o terceiro, chutando de fora, por cima do gol.

A equipe santista demorou, mas acordou na partida. Perdeu três grandes chances. A melhor foi aos 36. Paulo Henrique fez grande passe para Kléber Pereira - posição irregular não marcada - no meio da zaga corintiana. O atacante quis driblar Felipe, adiantou demais e o goleiro salvou. Na sobra, Neymar chutou e Felipe desviou para escanteio. Aos 40, Triguinho tabelou pela esquerda, entrou na área e obrigou o camisa 1 corintiano fazer ótima defesa. No escanteio, Fabão entra no meio da área e desvia. O goleiro do Timão fez mais uma defesa fantástica.

Vágner Mancini acordou o time santista, que logo no começo do segundo tempo chegou com Fabiano Eller, que cabeceou por cima, após jogada ensaiada na cobrança de falta. Aos 9, Triguinho cruza para Kléber Pereira, livre na área, que manda para fora. A persistência santista valeu a pena. Triguinho fez mais uma tabela com Madson, entrou na área e surpreendeu Felipe ao cruzar fechado. O goleiro acabou colocando pra dentro do gol: 2 a 1.

Se esperava, logicamente, uma grande pressão do peixe. Aconteceu: Madson, Neymar, Kléber Pereira. Todos tentaram, mas paravam ou na zaga ou no ótimo dia do goleiro Felipe. Aí, uma certo atacante, sumido no segundo tempo - como todo o meio-campo e ataque corintiano - apareceu. Eram 31 minutos. Elias achou Ronaldo entre os zagueiros - mais uma vez. Ele dominou, deu um drible seco em Triguinho e, ao ver Fábio Costa adiantado, mandou por cobertura. Golaço! 3 a 1 Corinthians.

O Santos ainda tentou. Aos 35, Robson bateu forte, da entrada da área. Quem salvou? Felipe. 36, pressão santista. Quem segurou? Felipe! Foi realmente o dia do goleiro mais feliz para esse camisa 1. Final: 3 a 1 Corinthians.

O Corinthians tem um time com cara de campeão. Eu disse isso aqui no começo do ano. Seria um time com a cara do Corinthians e favorito ao título. Chegou e, sinceramente, é muito difícil acreditar que o Santos fará três gols de diferença no jogo de volta. Nem mesmo com a ausência de Chicão na zaga isso deve acontecer. É um time compacto, firme, com um treinador que sabe encaixar cada peça no sistema tático. Treinador que sabe fazer a diferença, sem alarde. Digo mais: com esse grupo, o Corinthians entra sim favorito ao título brasileiro.

Sobre Ronaldo, vamos com calma. Fez sim dois gols de quem conhece, de jogador diferenciado. Mas, apareceu muito pouco na partida. Quem merece os holofotes nesse dia é Felipe. Outro que não tinha minha confiança, mas tem se destacado pela raça e força. Fechou o gol, só tomou um porque ele próprio colocou para dentro. Com tudo isso, é difícil não achar que o Timão já é 90% Campeão. Não tanto como o Cruzeiro, mas quase que podemos dizer: só falta a faixa.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tudo igual no Maraca

Flamengo e Botafogo novamente fizeram um jogo equilibrado. Um verdadeiro jogo de xadrez. Não poderia ser diferente com Cuca e Ney Franco como técnicos. Foi uma boa partida, com os dois times buscando o gol desde o começo, muita disposição e emoção. Ficou evidente que os dois treinadores não contam com opções no banco de reservas. Pelo menos, não há altura. Isso pode ser o diferencial para decidir o título. Quem conseguirá o cheque-mate?

O jogo começou mostrando o que era esperado. O Flamengo explorando as jogadas laterais. O Botafogo, a saída rápida com Maicossuel. Os dois times começaram apostando nos chutes de longe - dois para cada lado. O jogo seguiu com os adversários se estudando. Aí veio o pênalti. Aos 18, Juan foi derrubado por Alessandro na área. O próprio lateral bateu e fez: 1 a 0 Fla! O gol abriu a partida. Aos 22, Fábio Luciano, livre, quase faz o segundo. Sete minutos depois, após boa jogada pela direita, Léo Moura perdeu cara a cara com Renan, que saiu bem e fez grande defesa.

O Flamengo parou nesse lance. Dali em diante, o primeiro tempo foi todo alvinegro. Quem apareceu foi Maicossuel, e fez a diferença. Primeiro, aos 30, ele passou por Wellinton e bateu forte, passando muito perto. Depois, aos 35, sofreu falta frontal, quase na linha da grande área. Em jogada ensaiada, o camisa 10 apenas ameaçou e Juninho encheu o pé, a bola passou pela barreira e matou Bruno: 1 a 1. Cinco minutos depois, Maicossuel cobrou falta na cabeça de Reinaldo. Virada do Bota: 2 a 1! Antes, Fahel tinha perdido um gol frente a frente com Bruno.

Cuca voltou para o segundo tempo com Josiel no lugar de Zé Roberto. Foi trocar alguém com vontade por um apagado meia. Quem esperava muitas emoções na segunda etapa, se enganou. O Botafogo voltou em cima, querendo matar o jogo. Maicossuel era o grande nome da partida. Porém, a melhor chance foi a de Alessandro chutando de fora da área, para boa defesa do goleiro flamenguista.

Você já ouviu dizer que tem coisas que só acontecem com o Botafogo? Se não ou se você tinha dúvidas, ontem ficou comprovado a verdade. Em um só lance, aos 15 minutos, o time perdeu Maicossuel, com um estiramento, e Reinaldo, com um problema no tornozelo. Os principais jogadores do time até ali. O alvinegro criou apenas mais uma chance, com Gabriel - fominha - que perdeu gol. Tinha Victor Simões livre. O Flamengo acordou apenas aos 35, com Émerson, que fez boa jogada e obrigou Juninho e Renan salvarem. E, daquelas coisas incríveis que só acontecem com o Botafogo, veio o empate. Willians fez uma jogada de raça pela direita. Perdeu, recuperou, caiu, levantou, invadiu a área e bateu cruzado. A bola desviou no braço do zagueiro Émerson - de novo - e matou o goleiro: 2 a 2.

Ao meu ver, apesar de o rubro-negro ter mais volume de jogo, o Botafogo merecia a vitória. Maicossuel jogou demais. Driblou, chutou, armou, provocou. Enfim, foi o camisa 10 mais uma vez. Porém, a contusão tirou o meia do próximo jogo. Uma pena. Falando em camisa 10, o do Flamengo estava apagado, assim como todo o meio-campo. Salvo apenas Kléberson, no que se trata de armação. Mesmo assim, fez pouco. Os alas apareceram, mas somente na primeira etapa. O grande problema do Fla ficou mais uma vez evidente: sem as laterais, não existe variação. Ney Franco vai precisar não cair no mesmo problema - no caso, saber jogar sem Maicossuel.

E ficou tudo para o próximo domingo, no mesmo horário e no mesmo local.

Trem Azul!

Incontestável! Assim pode se afirmar a goleada do Cruzeiro sobre o Atlético. Confesso que não esperava um resultado elástico, principalmente pelo que o Atlético apresentou até aqui. Porém, em campo, o Cruzeiro foi extremamento superior. A Raposa teve melhor posicionamento e variação de jogadas, devido a possibilidade no elenco.

Émerson Leão veio a campo da pior maneira: recuado, com vários volantes. Rafael Miranda foi o escolhido para o lugar de Éder Luís, suspenso. Péssima escolha, pois acabou improvisando um pesado Lopes no ataque. Tudo isso deixou Diego Tardelli isolado, sozinho. Adílson Batista veio com Thiago Ribeiro no lugar de Wellington Paulista, deixndo dois jogadores de movimentação no ataque.

Mesmo assim, a partida começou travada. O Cruzeiro ameaçou duas vezes o goleiro Juninho. Porém, as duas melhores chances foram do Atlético. Primeiro depois de bom passe de Tardelli para Carlos Alberto, que bateu de primeira e a bola passou rente a trave. Depois, Júnior bateu cruzado, de fora, e a bola passou em frente ao gol de Fábio. Depois, da-lhe erros de passe dos dois times. O primeiro gol saiu aos 39 minutos. Em rápida saída de bola, Wagner acabou recebendo na área e tocou inteligente, de calcanhar, para Kléber, que mandou de pé esquerdo: 1 a 0! A comemoração foi polêmica: Kléber imitou galo, fez chororô e agora será julgado (!) por isso. Provocação que gera violência? Opinem.

Leão tentou arrumar o time no intervalo, tirou Márcio Araújo para a entrada de Kléber. Adílson colocou Soares no lugar de Thiago Ribeiro, buscando mais velocidade. Mais uma vez o treinador cruzeirense se deu melhor. A Raposa foi para cima, obrigando o goleiro Juninho trabalhar - e bem. Porém, aos 10 minutos, Wagner cobrou escanteio e Leonardo Silva subiu no terceiro andar para fazer: 2 a 0. Com a mesma joagda e mesma dupla, o Cruzeiro fez o terceiro. Wagner cobrou e Leonardo Silva cabeceou: 3 a 0. Aos 18, a situação que ficou pior ainda parao Galo: Renan, após falta dura, foi expulso. Caminho aberto para o sacode azul. Usando da velocidade do trio Jonathan-Ramires-Soares pela direita, saiu o quarto gol, com Jonathan, aos 33. Ramires e Leandro Almeida se enfrentaram e foram pro chuveiro. Mas, aos 41, Jonathan apareceu livre novamente e sacramentou: 5 a 0! Chocolate no Mineirão.

O Cruzeiro jogou fácil. Como destaquei aqui ontem, quem soubesse utilizar os laterais poderia matar a partida. Jonathan e Gerson Magrão fizeram muito bem isso, principalmente no segundo tempo. O Atlético não tinha ninguém que assumisse a ligação no meio. Lopes foi fraquissímo. Os alas apareceram muito pouco. E ficou exposto que o time não tem um elenco forte. Ao contrário do Cruzeiro, que tem grupo para ir longe no Brasileiro e, principalmente, na Libertadores.

Ah, antes que me esqueça: Cruzeiro campeão! Para alegria da amiga Clítia Milagres, do "A Bela e a Bola"! Só falta a faixa.

domingo, 26 de abril de 2009

Pitaque nas decisões

- Corinthians quase campeão;
- Cruzeiro "campeão";
- Bota e Fla: tudo pro último jogo;
- Furacão perdeu mais segue favorito;
- Atlético/GO e Vitória fizeram o dever de casa;
- Em SC, regulamento doido pode salvar o Avaí;

Enfim, tem muito mais. Pitaque. Logo atualizo.

Decisões estaduais: Quem larga na frente?

Hoje começam as decisões em vários estaduais. Clássicos não irão faltar. Jogão então, é o que mais teremos. Vamos as análises:

- Em São Paulo, a decisão alvinegra. Santos e Corinthians iniciam hoje, na Vila Belmiro, a briga para ver quem ficará com o caneco. Talvez muita gente não esperava os dois na final, mas isso foi conquistado com determinação e méritos. Para a primeira decisão, os dois times terão desfalques: Roberto Brum, pelo peixe, e Dentinho, pelo timão, ambos suspensos. Quem perde mais? Ao meu ver, o Corinthians. Sem Dentinho, quebra o esquema que deu certo nas partidas contra o São Paulo, jogando com três homens de frente. Visto que Mano não tem um jogador com as mesmas características, o time perde. Já para o lugar de Roberto Brum, Vágner Mancini deve colocar Pará, o que não faz muita diferença.

As apostas: o Santos manterá o estilo de jogo, apostando na velocidade dos jovem trio Madson-Paulo Henrique Lima-Neymar. O Corinthians, confia na evolução de Douglas e Jorge Henrique e no poder de decisão de Ronaldo. O detalhe: a marcação santista não é tão boa quanto a corintiana, mas a entrega do time da Vila vem sendo maior. Palpite: Santos.

- No Maracanã, Botafogo e Flamengo voltam a se encontrar. Não é só um reencontro após uma semana, mas pelo terceiro ano consecutivo. A pergunta que virou drama é a "quem será tri-vice? Cuca ou o Bota?". Brincadeiras e dramalhões a parte, são dois times que não mantiveram uma constância até aqui. O Flamengo demorou para convencer, mas conseguiu absorver o estilo de jogo implantado por Cuca - isso após o treinador parar de inventar, diga-se de passagem. No Botafogo, o começo de Carioca foi muito bem, mas o time caiu na "mesmice". Ney Franco precisa achar novamente uma maneira de fazer o time rodar. Isso se dá em achar alguém para colaborar com Maicossuel na armação das jogadas - quando o camisa 10 é bem marcado, como no último domingo, o time não se acerta. Os dois times contam com desfalques: Aírton, pelo Fla, machucado, e Thiaguinho, pelo Bota, suspenso. Wellinton e Everton Silva brigam por uma vaga no rubro-negro, e Gabriel está confirmado na esquerda do alvinegro.

As apostas: Cuca coloca suas fichas em seus alas, como sempre. Léo Moura e Juan tem a capacidade de desequilibrar. Se não eles, aposto em Ibson. Já Ney ainda depende do seu bom trio de frente, formado por Maicossuel-Victor Simões-Reinaldo. O detalhe: o jogo deve ser mais uma vez travado no meio-campo, e uma bola parada novamente pode decidir a partida. Palpite: Empate.

- Em um jogo esperado desde o início do Mineiro, Cruzeiro e Atlético farão a decisão. Dois times que estão em grande fase até aqui. O lado azul de Minas vem embalado pela classificação na Libertadores. O lado alvinegro, pela vaga nas oitavas da Copa do Brasil. Será o confronto de artilheiros: Kléber e Diego Tardelli. Dois marrentos, polêmicos, que falam o que pensam, e jogam muito. Além disso, será o confronto entre a melhor defesa (Atlético) e o melhor ataque (Cruzeiro). Particularmente, são duas equipes que tem mostrado muita competência tática, devido o ótimo trabalho de Adílson Batista e Émerson Leão. Conseguiram firmar apostas no time titular, contam com atacantes em ótima fase e conquistado resultados. O problema do Galo é a ausência de Éder Luís, suspenso. Kléber, atacante, ou Rafael Miranda, volante, podem ser as opções. A Raposa vem completa para o confronto. A única dúvida é se Thiago Ribeiro ou Wellington Paulista começam no ataque.

As apostas: Sem dúvida, os dois times contam com a ótima fase de seus artilheiros, Kléber e Diego Tardelli. O diferencial deve ser o poder de meio-campo, onde vejo vantagem para o Cruzeiro, que conta com os bons Ramirez e Wagner. Leão aposta na força da defesa e na rápida saída pelos lados. O detalhe: as jogadas pelos lados do campo, visto que os laterais de ambos os times não marcam bem. Palpite: Cruzeiro.

- Esses três campeonatos eu posso analisar melhor porque tenho acompanhado as equipes até aqui. Vamos aos outros clássicos e decisões:

- Em Salvador, tem Ba-Vi, o clássico mais vibrante do Brasil! Já eram três anos sem o confronto dos dois na final. Esse ano, o Bahia venceu um e empatou o outro clássico. Revanche rubro-negra? Carpegiani deve promover a estréia de Marco Aurélio, ex-São Caetano, na zaga do Vitória. Outro que pode estrear é o meia Leandro Domingues, ex-Flu, que começa no banco. Já Alexandre Gallo aposta na dupla de ataque Beto e Reinaldo Alagoano. Rogério, volante, é desfalque. O jogo é em Pituaçu. O Leão joga por dois resultados iguais, devido a melhor campanha.

- No Catarinense, Chapecoense e Avaí iniciam o duelo. O Avaí quer começar o ano em que volta para a Série A com um título. Aliás, o time de Florianópolis não conquista o Estadual há 12 anos. O Verdão de Chapecó, campeão em 2007, quer novamente surpreender, mas virá com três desfalques para esse primeiro jogo. Domingo passado, o Chapecoense venceu o Avaí, na Ressacada, por 1 a 0. Hoje, muda o local e também o clima.

- Tem clássico também na decisão do Campeonato Goiano. Atlético e Goiás chegam a decisão merecidamente. Ambos foram donos das melhores campanhas durante a competição e não enfrentaram grandes problemas para chegar até a final. Os dois treinadores, PC Gusmão e Hélio dos Anjos, adotaram o clima de mistério para o jogo. Espera-se um jogão.

- Mais duas decisões: no Cearense, Ceará e Fortaleza; pelo Paranse, São Raimundo e Remo.

- Por fim, o Paranaense, que não tem uma "final" literal, mas que pode definir o campeão. O jogo que define: Atletiba. Grande clássico do Paraná. O jogo pode sacramentar o título para o Furacão (caso vença o J. Malucelli tropece contra o Nacional, fora de casa), ou pode colocar o Coxa de novo na briga. O alviverde teve uma semana conturbada, com troca de treinador. René Simões ainda não estará no banco.

Vamos lá. Vai começar.

sábado, 25 de abril de 2009

Copa do Brasil: e a zebra passeou de novo...

A semana na Copa do Brasil:

- A grande notícia da Copa do Brasil é, logicamente, a eliminação do Santos frente ao CSA. Acidente de percurso? Sim. Fatalidade? Sim. Mesmo com tudo isso, o CSA mereceu porque não se entregou, mesmo sendo "pequeno". O Peixe menosprezou de certa forma a partida e pensou que teria vida fácil. Não foi assim. Logo aos sete minutos, o experiente e rodado Júnior Amorim saiu cara a cara com Fábio Costa e, após a bola bater em seu joelho ao tentar domina-la, ele tirou do goleiro e mandou pro gol. Depois disso: foi se fechar e ver o que dava. Aí brilhou a estrela de Jefferson, que fez importantes defesas. Kléber Pereira, que entrou no segundo tempo, cansou mais uma vez de perder gols - chances incríveis, por sinal.

A minha pergunta é: o que vale mais? Copa do Brasil ou Campeonato Paulista? Reclama-se tanto dos estaduais, mas são neles que normalmente os grandes apostam as fichas para, quem sabe, "salvar o ano". Mentalidade pequena. Muito pequena. Enfim, Santos eliminado.

- Incrível a fase do Internacional. Como tem jogado D'Alessandro. O colorado é de longe o time de futebol mais compacto é belo no Brasil. Com tudo isso, não seria o Guarani que pararia a equipe gaúcha: 5 a 0, fora o baile! Índio, Taison, Alecsandro (2) e Bolívar marcaram o gols. Dos cinco, três vieram de passes de D'Ale. Segurem o Inter! Pode ser que muita gente queime a língua de novo, mas os comandados de Tite entram como favoritos na Copa do Brasil e no Brasileirão.

- O que acontece com o Fluminense? De provável time sensação do ano a uma equipe sem criatividade e padrão tático. Os 3 a 0 sobre o Águia de Marabá são enganadores. A equipe paraense perdeu várias chances na primeira etapa, o que poderia complicar e muito a vida do tricolor. No segundo tempo, o bom garoto Maicon entrou e ligou o time de Parreira. Resultado: dois gols do garoto - um deles, uma bomba de fora - e passe para o outro, marcado por Eduardo Ratinho. A torcida tricolor sabe que, com esse futebol, o Flu não irá longe. Parreira pediu reforços e deve - e precisa - ser atendido.

- Quem também vive grande fase é Diego Tardelli. Tem jogador que parece só jogar ao ser comandado por um treinador. Esse é o caso de Diego, quando comandado por Émerson Leão. Tardelli marcou, de pênalti, o primeiro gol da vitória sobre o Guaratinguetá, por 2 a 0. Júnior marcou encobrindo o goleiro após tentar um cruzamento - ele disse que foi intencional. O Galo vai, do jeito mineiro, convencendo.

- A Ponte Preta empatou com o Figueirense em zero a zero, e se garantiu, devido o empate por 2 a 2 em Florianópolis;

- O Atlético/PR bateu o ABC, na Arena, por 3 a 1, em boa atuação do trio Rafael Moura, Marcinho e Wallyson , que marcaram os gols da vitória rubro-negra. Um fato: Geninho tem o grupo nas mãos. Isso pode render muito.

- No Sergipe, o Confiança foi eliminado pelo Icasa, perdendo por 2 a 1.

- Quem não anda em boa fase é o Paraná. Após ver a acabar as chances no Paranaense, foi eliminado em casa frente o Fortaleza, após empate por 1 a 1. Que abacaxi nas mãos do ex-goleiro e agora técnico Velloso.

- O último classificado foi o Náutico. Em grande partida, o Timbu venceu o Críciuma por 3 a 2, em casa, de virada. Juliano marcou o gol da classificação, aos 40 do segundo tempo. Lá vai o Timbu!

- Após o desfecho da segunda fase, ficam definidos os confrontos das oitavas-de-final. Abaixo, o mando de campo dos jogos de ida:

dia 29:
- Vitória x Atlético/MG;
- Atlético/PR x Corinthians;
- Americano x Ponte Preta;
- CSA x Coritiba;
- Flamengo x Fortaleza;
- Náutico x Internacional;

dia 30:
- Vasco x Icasa;
- Goiás x Fluminense;

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Libertadores: semana 100% brasileira

Semana perfeita para os times brasileiros na Libertadores: 4 jogos, 4 vitórias. Depois do Palmeiras, que venceu na terça-feira, Cruzeiro, São Paulo e Sport fizeram o seu papel e também fizeram os três pontos em casa. Além disso, Raposa e Tricolor fecham a primeira fase na liderança de seus grupos, e o Sport está na frente no grupo 1, o da morte. Para completar, os argentinos se deram mal. Até o Boca, para sorte do Grêmio, que pode fechar a primeira fase com melhor campanha.

- Em um jogo fácil, mas de forte marcação e butinadas equatorianas, o Cruzeiro venceu o Deportivo Quito, por 2 a 0, e sacramentou a liderança do grupo 5. Aliás, o time precisou de metade do primeiro tempo para liquidar o jogo: Léo Fortunato, aos 13, e Wagner, em belo chute de fora, aos 26, fizeram os gols do jogo. Para manter a rotina, a Raposa teve novamente um jogador expulso: Fabrício. Pelo lado equatoriano, dois foram expulsos, e deveriam ser três, caso o árbitro Carlos Amarilla visse a agressão de Edwin Tenorio em Kléber. Olha que o atacante nem revidou! Enfim. Cruzeiro classificado em primeiro. O trem azul tem time para ir longe.

Junto ao Cruzeiro, o Estudiantes também se garantiu na próxima fase. Sem convencer, diga-se de passagem. Empatou em zero a zero com o Universitário de Sucre, da Bolívia. Não tem cara de quem vai incomodar.

- O São Paulo mais uma vez venceu e não convenceu. Desorganizado, com Hernanes e Jorge Wagner apagados, Borges sumido e sem conseguir furar o bloqueio colombiano, o tricolor suou para conseguir os três pontos contra o mistão do América de Cali - nem o técnico veio. O susto veio aos 8 minutos, quando Parra mandou para as redes, após bom contra-ataque: 1 a 0 América. Washington perdeu três boas chances de empatar ainda no primeiro tempo. Porém, a virada só veio na segunda etapa, com Dagoberto. Primeiro, completou cruzamento de Jean, se antecipando a zaga, aos 13 minutos. Aí veio a grande lambança do goleirão da equipe colombiana. Aos 22, o zagueiro Viáfara recuou para Mesa que, ao tentar chutar para frente, chutou a bola em cima de Dagoberto, e a bola acabou indo pro fundo do gol! Incrível! Hilário! Virada tricolor: 2 a 1. Porém, o América só não empatou porque é ruim. O São Paulo vai chegando, mas sem convencer ninguém. Nem mesmo Muricy.

Na outra partida que definiu o grupo 4, o Defensor venceu o Independiente Medelin, por 4 a 3, e se garantiu como segundo colocado. O gol da classificação saiu no último minuto de jogo, em partida disputada em Montevidéu.

- Na Ilha do Retiro, outro jogo duro e virada brasileira. O Sport conseguiu a classificação no tenebroso grupo da morte, o grupo 1 da Libertadores. O jogo foi complicado. No primeiro tempo, o rubro-negro não conseguiu escapar da forte marcação do Colo-Colo. Quem conseguiu chegar foram os chilenos, uma vez com Millar e outra com Cereceda. A única boa chance do Sport foi em uma tentativa de calcanhar de Ciro, após chute fraco de Dutra. Muñoz defendeu.

A segunda etapa foi totalmente diferente. Logo aos 4 minutos, Millar recebeu ótimo passo de Barrios e, dentro da área, chutou cruzado. A bola passou por Magrão, bateu na trave e entrou: 1 a 0 Colo-Colo! O gol de empate saiu aos 14 minutos: Hamilton chutou forte, de fora da área, e a bola explodiu na trave. No rebote, Moacir apareceu livre e mandou para as redes: 1 a 1! Mais 15 minutos e veio a virada: Luciano Henrique tentou chute, mas foi travado pela zaga chilena. A bola acabou espirrando e, na pequena área, Vandinho só escorou entre o zagueiro Jara e o goleiro Muñoz. Festa na lotada Ilha: 2 a 1 Sport! Vale mencionar que houve falta de Vandinho em Jara, quando o atacante empurra o marcador antes de fazer o gol. Aí foi só manter o placar.

Sport classificado, com méritos e muito suor, em um dos grupos mais equilibrados e de bons times nos últimos anos da Libertadores. A outra vaga fica entre Colo-Colo e Palmeiras, que farão o primeiro "mata-mata" em Santiago, na próxima quarta-feira.

- Se para os brasileiros a rodada foi 100%, os nossos hermanos argentinos foram muito mal. Nem o Boca se salvou. Foi até o Equador e perdeu para o Deportivo Cuenca, por 1 a 0, gol de Preciado - com falha de Pato Abbodanzieri . Com a vitória, os equatorianos deram bom passo para a classificação. Vai brigar pela segunda vaga do grupo 2 com o Deportivo Táchira, que vai até La Bombonera pegar o Boca na última rodada. O Cuenca visita o Guarani, no Paraguai.

Quem não anda bem das pernas já algum tempo é o River Plate. Tomou uma goleada do Nacional do Paraguai, time que não havia ganho nenhum jogo até aqui - estava com apena um ponto ganho em quatro jogos. O placar: 4 a 2! E de virada, já que o River saiu na frente, mas depois viu um massacre. O maior participante argentino sai de maneira lastimável e pode acabar na lanterna de um grupo 3 que classifica o San Martín, do Peru. O único que se salva é o outro Nacional, o do Uruguai, que vem jogando muito. Peruanos e uruguaios se enfrentaram na terça-feira e empataram em 1 a 1, garantindo ambos nas oitavas-de-final.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Verdão ainda vivo

O Palmeiras venceu a LDU por 2 a 0, no Palestra Itália, e manteve viva as esperanças de classificação para as oitavas-de-final da Libertadores. A equipe alviverde fez pro gasto, frente um fraco adversário. Essa LDU não é sombra da equipe campeã ano passado - que não era nenhuma maravilha, mas mostrava maior disposição. Enfim, o Palmeiras jogou pro gasto e segue vivo.

O jogo foi fraco. Luxemburgo veio com três zagueiro, dando maior liberdade aos laterais - que não apareceram. O Palmeiras tentava criar, mas parava nos erros de passe e no congestionamento feito pela LDU na defesa. Foram apenas dois bons lances do alviverde no primeiro tempo. O Verdão chegou logo no começo da partida com Keirrison, chutando da pequena área, com Cevallos fazendo grande defesa. No finalzinho, Fabinho Capixaba (!) bateu de fora e o goleiro equatoriano mais uma vez salvou. Porém, o lance mais perigoso foi da LDU, em chute de longe de Willian Araújo, que acertou a trave de Marcos. Foi só do primeiro tempo.

Na segunda etapa, Vanderlei Luxemburgo voltou com uma alteração: o meia-atacante Marquinhos no lugar do pifío Fabinho Capixaba. Foi o suficiente para botar fogo no jogo. Logo aos 3 minutos, o próprio Marquinhos bateu escanteio, Cevallos saiu mal e, depois de confusão na área, Marcão - quase que com os cravos da chuteira - empurrrou para as redes: 1 a 0 Palmeiras!


Depois de sofrer o gol, a LDU adiantou um pouco a equipe e tentava encontrar espaços para surpreender os donos da casa. Em vão. Aos 20, Marquinhos chutou de longe e obrigou Dominguez (que substituiu Cevallos após o gol, devido uma contusão) a se esticar todo. Porém, o garoto acabou sendo expulso, aos 25 minutos, após se enroscar com Bolaños. Eu não expulsaria, mas o árbitro não foi injusto. Isso não abalou o Palmeiras que seguiu forte na partida. Faltava um gol para aliviar a torcida que lotava o Palestra. E ele veio aos 37: Diego Souza cobrou falta de longe e soltou uma bomba, que fez o goleiro Dominguez aceitar: 2 a 0 Verdão! Fim de papo.

A equipe palmeirense não jogou bem. Keirrison e Cleiton Xavier pouco fizeram na partida. Armero não apoiou como de costume e marcou mal. A zaga ganha mais segurança com Marcão, porém o adversário pouco assustou. Fabinho Capixaba não merece jogar numa equipe como o Palmeiras. Para piorar, Sandro Silva sofreu uma luxação no ombro e ficará três meses fora. Quem se destacou foram Diego Souza, o mais lúcido na partida, e Marquinhos, que em 25 minutos fez tudo o que não tinha feito no time: criou, chamou o jogo, bateu de fora, deu velocidade. Pena que foi expulso.

Agora, o foco está na próxima quarta-feira, quando joga em Santiago, no Chile, precisando de uma vitória. Digamos que o confronto contra o Colo-Colo será o primeiro "mata-mata" que o Palmeiras terá. Que não seja o único. Eu acredito que não será, e o time vai mais longe do que esperam.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Rumo à final

Foram decididos os finalistas em vários estaduais. Também entra em reta final alguns estaduais que não terão decisão. Vamos a alguns deles.

- No Rio, o Flamengo bateu o Botafogo por 1 a 0, e conquistou a Taça Rio. O gol foi marcado pelo zagueiro Émerson, contra. Não vi a partida e pouco posso dizer. Pelo que li, foi um jogo com poucas chances de gol, onde o Fla dominou o meio campo, conseguiu anular o trio de ataque botafoguense - principalmente com Willians marcando Maicossuel - e achou o gol contra no segundo tempo. Ney Franco parecia ter reencontrado o bom futebol da sua equipe na partida contra o Vasco. Ficou perdido de novo. Destaco a frase colocada por Lédio Carmona em seu blog: "Quem será tri-vice? Cuca ou Botafogo? Mais do que uma piada, isso tem jeito de drama." Exatamente. Serão mais dois capítulos pela frente.

- Decisão também em Minas. Deu o óbvio, que todo mundo sabia desde o começo: Atlético x Cruzeiro. Justo, merecido e auxiliado pelas maluquices do regulamento criado pela Federação Mineira. O Galo venceu o Rio Branco, por 1 a 0. O gol foi de Diego Tardelli. Sobre a partida do Raposa, vou deixar nas palavras de uma parceira cruzeirense do blog: Clítia Milagres, do "A bela e a bola":

"Cruzeiro fez a tarefa de casa, com um time misto, não deu muito trabalho ao Ituiutaba e nem esse deu perigo ao gol de Fábio. Primeiro tempo sem graça, segundo tempo um pouco melhor. Foi um jogo onde o Cruzeiro apenas administrou o resultado."

O jogo terminou 2 a 1, gols de Vanderley e Leonardo Silva - Kléber perdeu um pênalti no fim. Façam suas apostas: Cruzeiro, que perdeu apenas um jogo no ano (para o Estudiantes, por 4 a 0); ou Atlético, com 12 jogos invicto. Confesso que não tenho opinião sobre. A Raposa tem um grupo melhor ao meu ver. Porém, é claro que Emerson Leão acertou o Galo e conseguiu revelar bons talentos. Um jogaço!

- Em SC, Avaí e Chapecoense farão a final. Na prévia, ontem, o Avaí viu cair uma invencibilidade de um ano na Ressacada, após a derrota de 1 a 0 para o Verdão. Para piorar a situação do Leão, alguns torcedores - leia ignorantes, marginais, como quiser - hostilizaram, discutiram e entraram em confronto com os jogadores. O fato desanimou vários do grupo do Avaí. Isso porque os cerca de 30 marginais "torcem" pelo time. Imaginem se fosse torcida rival...

O Avaí chegou tranquilo a final, apesar da derrota na última rodada. Porém, a Chapecoense vem forte e tem o bom atacante Bruno Cazarine, artilheiro do campeonato. Uma boa decisão.

- Pelo Campeonato Goiano, teremos Goiás x Atlético na final. O Atlético despachou o atual campeão Itumbiara, com duas vitórias (5x1 e 2x1). O Dragão, comandado por PC Gusmão, vem numa crescente e fez um excelente Goiano até aqui. O Goiás também se clasificou co duas vitórias sobre o Crac (3x1 e 2x0). A força e a tradição do Esmeraldino pesa, além de também ter feito uma grande campanha. Ambos os times mandaram no Grupo B,na primeira fase, com o Goiás ficando na liderança. Vale a pena ficar de olho no clássico goiano.

- Na boa terra, em Salvador, tudo tende a dar BaVi na final. Nos confrontos de ida pela semifinal, os dois times venceram, ambos por 2 a 1. O Bahia bateu o Fluminense, em Feira de Santana; o Vitória ganhou do Atlético, em Alagoinhas. Sem dúvida, vamos ter um BaVi.

- Aqui pelo Paranaense, faltam apenas duas rodadas para acabar o octagonal final. Três times tem chances matemáticas de chegar ao título. O Atlético venceu o Paraná com supremacia, no sábado, por 3 a 0. Ontem, o J. Malucelli bateu o Cianorte a assumiu a vice-liderança. Graças a derrota do Coritiba, em pleno Couto Pereira, para o Iraty, por 1 a 0. A coisa não anda nada boa nesse começo de ano para o alviverde. Ivo Wortmann foi demitido após a derrota, e Celso Roth deve ser anunciado nos próximos dias. Será que dá para salvar o centenário?

A situação na tabela: Atlético lidera com 14 pontos, seguido pelo J. Malucelli, 13, e Coxa, 11. Domingo que vem tem Atletiba, na Baixada. Pode decidir o Paranaense.

- No Cearense, temos clássico na final: o Fortaleza foi campeão do segundo turno, após empate em 2 a 2 contra o Guarany (primeiro jogo foi 4 a 1 para o tricolor). Agora, fará a decisão será entre Ceará (campeão do primero turno).

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Os primeiros campeões 2009

Saíram os dois primeiros campeões estaduais de 2009. Ambos de maneira incostestável, com supremacia e de forma invicta. Além disso, tanto Internacional quanto Sport tem mostrado potencial para ir longe no Brasileirão desse ano. É esperar para ver.

- O Inter mais uma vez consagra-se campeão com um sacode histórico. Só trocou o time de Caxias do Sul. Ano passado, foi sobre o Juventude. Esse ano, sobre o Caxias. De maneira incrível, o primeiro tempo terminou em 7 a 0 para o Colorado! Magrão (2), Taison, Nilmar (2), D´Alessandro, Guinazu e Alvaro fizeram os gols do massacre de 8 a 1. Uma goleada que apenas confirma tudo o que o time aprontou nesse Gauchão. Não venham dizer que foi fácil, pois nos dois turnos a equipe teve que passar pelo rival Grêmio. Pode-se sim dizer que o Campeonato Gaúcho não é aquela maravilha. Mas ser campeão invicto, da maneira que foi, não é para qualquer um. Independente do estadual que queira comparar.

Com grandes destaques individuais (Nilmar, D'Alessandro, Guiñazu), uma promessa se confirmando (Taison) e boas opções no banco (Andrezinho, Alecsandro), o Inter desponta como grande favorito a Copa do Brasil e ao Brasileirão. Mais uma vez. Assim foi ano passado. Aí veio a queda na Copa do Brasil frente ao Sport, a saída de alguns atletas e pronto: tudo por água abaixo. Como os dois destaques já saíram no começo do ano (Alex e Edinho), espera-se que no minímo 90% da base seja mantida. Caso assim acontecer, veremos em campo uma equipe muito bem postada em campo e com um padrão tático dado por Tite desde o ano passado. Some isso a raça e entrega em campo, e chegará ao melhor time do Brasil - na opinião do PB.

Nada melhor que começar um centenário assim.

- Outro campeão invicto foi o Sport, que ficou no zero a zero com o Náutico, nos Aflitos, e conquistou o tetracampeonato pernambucano. Outro que também arrematou os dois turnos e evitou a final. Pode não ser um time incrível, mas é uma equipe operária. Tem também seus destaques individuais (Paulo Baier, Magrão e Durval), uma grande promessa se confirmando (Ciro). Nelsinho Batista vem fazendo ótimo trabalho. O time ainda precisa de acertos, não é do tipo que irá brigar por título no Brasileirão, mas deve incomodar.

A princípio, parecia que o Náutico incomodaria. O Timbu montou um bom grupo, mas a demissão de Roberto Fernandes colocou muito do planejamento por água a baixo. A demora na escolha do novo treinador influenciou e o alvirubro deixou o caminho livre para o Leão pegar o tetra. Merecido, muito merecido. O título não poderia cair, mais uma vez, em melhores mãos.

Ambos invictos. Tanto Inter como Sport tem muito a mostrar na Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente. E podem ir mais longe do que esperam.

Timão não para

O Corinthians, com todos os méritos, eliminou o São Paulo e está na final do Paulistão. O que é melhor para o torcedor: de forma invicta! Com a vitória, o Timão pega o Peixe, jogando com a vantagem de fazer o segundo jogo no Pacaembu e de jogar por dois resultados iguais.

O jogo: os dois times vieram a campo com três atacantes, fato em que Muricy surpreendeu, lançando Dagoberto no ataque e Rodrigo como lateral - ou Junior Cesar como meia. Mano veio com o time esperado. O que não surpreendeu foi as inúmeras jogadas de ataque iniciadas pela esquerda, com a dupla Jorge Wagner e Junior Cesar. Washington e Borges iam levando a melhor sobre a zaga corintiana, mas parava nas más finalizações ou nas boas defesas de Felipe. O Corinthians tentava levar o jogo no "banho-maria", já que tinha a vantagem de empate. A melhor chance veio com Ronaldo, mas Bosco fez boa defesa. O alvinegro travava o meio-campo e esperava um contra-ataque, mas nenhum com perigo apareceu na primeira etapa.

No segundo tempo, os primeiros quinze minutos valeram por todo o jogo. Logo no primeiro minuto, Borges mandou uma cabeçada certeira no travessão de Felipe. O São Paulo cresceu, mas ainda não saia das mesmas jogadas: aberto pela esquerda ou buscando um lance de pivô da dupla de ataque. O contra-ataque que o Corinthians esperava veio aos 10 minutos: Douglas pegou uma sobra de escanteio tricolor e conduziu a bola para o ataque. Ele dividiu com Dagoberto e a bola sobrou para Ronaldo na esquerda, que encontrou Jorge Henrique livre pelo lado direito. O baixinho atacante invadiu a área e mandou na trave. Na sobra, Douglas, que havia iniciado a jogada, completou pro gol escancarado: 1 a 0 Corinthians! Nem deu tempo para o tricolor sentir o baque do gol. Dois minutos depois, Cristian acertou grande lançamento para Ronaldo, que numa arrancada, digna dos bons tempo do Fenômeno, ganhou de Rodrigo na corrida e deu um tapa na bola antes de Bosco chegar: 2 a 0 Timão! O gol matou o jogo. O São Paulo buscava o ataque de maneira desorganizada, sem conseguir escapar da marcação. O Corinthians abusava das trocas de passes, mas não chegou com perigo. Entre um "olé" e outro da torcida, Rodrigo entrou de forma dura em Dentinho e foi expulso, aos 38 minutos. Foi só esperar acabar. Corinthians na final.

A partida mostrou uma fragilidade no São Paulo que venho apontando algum tempo aqui: o time joga muito igual e depende demais das alas. Não é a falta de um camisa 10, mas alguém precisa chamar mais o jogo no meio. Não sei se é opção tática de Muricy atuar assim. Outro ponto é que Zé Luis faz falta a equipe nessa variação pelos lados. No Corinthians, Mano ousou e parece ter achado o melhor do time, com três atacantes. Douglas voltou a jogar o que sabe. Ronaldo mostrou - e calou a boca de muitos - que ainda é decisivo. Com tudo isso, a torcida pode voltar a gritar o "não para, não para, não para". É nesse ritmo que o invicto Corinthians chega a final do Paulistão.

domingo, 19 de abril de 2009

Campeões e classificados

Domingo dos bons:

- Inter campeão de novo ganhando de 8;
- Flamengo desbancando o Bota;
- Corinthians dando adeus ao São Paulo;
- Atlético/PR perto do título;

Muito mais.

Comente sua visão dos resultado. Volto amanhã com os posts.

Abraço.