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domingo, 31 de maio de 2009

Série B: Bugre líder

Vamos em notas curtas sobre os jogos de sexta e sábado pela quarta rodada da Série B:

- O Guarani segue surpreendendo. Venceu o Bragantino por 3 a 2, no Brinco de Ouro, e segue líder e com 100% de aproveitamento na competição. Para um time reformulado as vespéras da B, vem muito bem. A vitória só veio nos acréscimos, com Maranhão.

- Também na sexta-feira, o Atlético/GO ficou no empate com a Ponte Preta, por 1 a 1, no Serra Dourada. A Macaca saiu na frente com Gum, mas o Dragão foi para cima, acabou conseguindo o empate e por pouco não virou no fim.

- O Vasco foi com uma equipe toda reserva para Curitiba e acabou sofrendo sua primeira derrota: 3 a 1 para o Paraná. Aliás, resultado que tira o tricolor paranaense do sufoco ao conseguir sua primeira vitória na Série B. Porém, se não fosse a expulsão de Enrico no primeiro tempo, as coisas seria diferentes. Destaque para a volta de Dinélson ao Paraná com um gol - mesmo que em posição irregular. E se a zaga titular do Vasco não é uma "brastemp", imagina a reserva... Dorival sabe que precisa de um grupo mais forte.

- O Ipatinga vem crescendo. Chegou a terceira vitória consecutiva com uma goleada sobre o fraco Campinense: 5 a 1, no Ipatingão. O time mineiro tem cara de quem vai brigar pelo retorno a Série A, enquanto os paraibanos devem lutar para não voltar a Série C - não somou nenhum ponto até aqui. O nome do jogo foi Amilton: dois gols e um pênalti sofrido.

- Portuguesa e Bahia ficaram no 0 a 0, no Canindé. O jogo foi marcado pelos vários cartões amarelos, pelas duas expulsões e pelas chances desperdiçadas. Foi uma bola na trave para cada lado: a do Bahia, no começo do jogo, e a da Lusa no finalzinho. O tricolor baiano teve um jogador a mais desde a metade do primeiro tempo, mas não conseguiu aproveitar.

- O São Caetano realmente não é mais o bom Azulão. Neste sábado, perdeu em casa para o América/RN, por 1 a 0. Está certo que o time de Natal "achou" um gol aos 47 do segundo tempo. Aliás, um golaço de Helinho, que mandou no ângulo. Porém, o time vai muito mal das pernas e se não parar para consertar logo os erros, vai amargar um ano complicado. Com o resultado, o técnico Sérgio Soares caiu. Talvez um bom começo.

- Quem vem bem é o Brasiliense, que fez o dever de casa e venceu o Juventude por 2 a 0. O time candango está na quarta colocação e vem mostrando um futebol, se não bom, pelo menos competitivo. O destaque do time? Fábio Júnior, aquele mesmo, com quatro gols na competição. Já o Juventude é outro que precisa arrumar a casa enquanto há tempo.

- Fechando a rodada, o Duque de Caxias parece ter perdido a força do início e perdeu mais uma. Agora, em casa para o Vila Nova, por 2 a 1, de virada. Resultado ruim para o time do Rio, que bobeou e não conseguiu se impor em casa. Já o Vila consegue sua segunda vitória seguida e vê dias melhores desde a chegada do técnico Vágner Benazzi.

- Os quatro primeiros da Série B: Guarani (12), Ipatinga (9), Vasco (9) e Brasiliense (9). Lá embaixo: ABC (3), Cearé (2), Fortaleza (0) e Campinense (0).

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Libertadores: Quando a raça se sobrepõe a técnica

Os primeiros confrontos das quartas-de-final da Libertadores comprovaram isso. Na competição sul-americana, a raça sobrepõe a técnica muitas vezes. Foram quatro jogos de muita pegada, marcação, disputa e poucos gols. Não dá para bobear.

- No Mineirão, o duelo de brasileiros. Em um jogo de muita marcação e poucas chances claras de gol, o Cruzeiro saiu na frente e venceu o São Paulo por 2 a 1. O primeiro tempo foi de muita disputa e poucas chances reais dos dois times. A primeira boa oportunidade foi do Cruzeiro, com Gerson Magrão chutando de fora, mandando a bola rente a trave de Dênis. A Raposa sofria a ausência de Wagner na armação, enquanto o Tricolor não tinha uma boa chegada ao ataque.

Aos 34, Ramires arriscou, Dênis espalmou e a bola quase entrou ao bater em André Dias. Com maior posse de bola, o time mineiro só conseguiu chegar ao primeiro gol aos 44. Henrique bateu de fora e o goleiro do São Paulo mandou para escanteio. Na cobrança, o zagueirão Leonardo Silva subiu mais que todo mundo e fez: 1 a 0 Cruzeiro.

A etapa final foi mais aberta, visto que o São Paulo saiu em busca do empate. O Cruzeiro voltou com Athirson no lugar de Thiago Ribeiro, machucado. Isso deixou a Raposa com pouca movimentação na frente, dando espaços para o time paulista. O gol do tricolor veio aos onze minutos. Dagoberto tentou de cabeça, Fábio espalmou, Washington pegou a sobra, girou e bateu para o gol. Leonardo Silva tentou mas não conseguiu salvar: 1 a 1.

Após sofrer o empate, Adílson Batista desfez a bobagem do intervalo e colocou o atacante Zé Carlos no lugar de Gérson Magrão. Bendita substituição. Aos 19, o atacante recebeu na entrada da área e mandou uma bomba, alto, no meio. O goleiro Dênis ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar: 2 a 1 Cruzeiro!

Muricy resolveu mecher e colocou uma nova dupla de ataque: André Lima e Borges. Porém, quem assustou foi Eduardo Costa, que bateu de fora e obrigou Fábio a fazer bela defesa. O Cruzeiro respondeu com Athirson, em cobrança de falta, onde Dênis defendeu. A última grande chance foi do São Paulo, com André Lima, mas Fábio salvou mais uma vez. Fim de jogo: 2 a 1 Cruzeiro!

Grande resultado da equipe mineira. Totalmente reversível para o São Paulo. Isso significa que teremos um jogão no Morumbi. Vale mencionar os lances lamentáveis de Miranda, ao dar um tapa em Ramires e, principalmente, de Richarlyson chutando Jonathan caído no chão. Lances em que o árbitro Carlos Chandía não poderia deixar barato.

- Em partida complicada, o Grêmio arrancou um bom empate contra o Caracas, na Venezuela, por 1 a 1. Bom porque o Tricolor não jogou bem e sofreu com as investidas dos venezuelanos. O gol do Caracas saiu logo aos dois minutos de jogo. Rey cobrou falta pela esquerda e o lateral Cichero subiu para fazer: 1 a 0.

Através das bola alçadas na área, o Caracas chegava com perigo ao gol de Victor. Na melhor chance, o goleirão gremista fez uma incrível defesa após chute de Cichero, na grande área. Enquanto isso, o Grêmio era um time totalmente desorganizado em campo, com uma defesa mal posicionada, os laterais recuados e os meias Tcheco e Souza sumidos na partida. Com isso, só chegou uma com certo perigo, através de cabeçada de Maxi Lopez, após cruzamento de Jonas. O goleiro Vega fez a defesa.

O intervalo fez bem à equipe gremista. Paulo Autuori deve ter conversado com o time e acertou os erros, principalmente o posicionamento em campo. Mesmo sem dominar a partida, conseguiu chegar duas vezes com perigo. Uma com Fábio Santos, que invadiu a área e mandou por cima. E, a melhor delas, com Souza cobrando falta e acertando caprichosamente a trave de Vega. O gol de empate só veio aos 29 minutos. Em jogada ensaiada, Tcheco mandou falta na área, Fábio Santos veio de trás e fez, de cabeça: 1 a 1. O gol esfriou o jogo, junto com o sistema de irrigação que disparou logo após o empate. Isso mesmo: os irrigadores dispararam e molhava o gramado e os jogadores, que aproveitavam para se refrescar. Como bem disse Paulo Autuori, o futebol venezuelano não tem que evoluir apenas dentro de campo, mas também fora, sendo mais organizado.

Um empate bom para o Grêmio, que tem tudo para se classificar em casa. O Caracas é um bom time, mas não um bicho-papão. Logicamente que todo cuidado é pouco, se tratando de Libertadores.

- No Uruguai, o Estudiantes deu um importante passo rumo as semifinais, ao vencer o Defensor por 1 a 0. Resultado que deixa o time argentino com boa vantagem para o jogo de volta, em casa.

O Defensor começou o jogo pressionando, mas parou no goleiro Mariano Andújar. Aos poucos, o time argentino foi conquistando espaço e chegou com perigo. Primeiro, aos nove, quando Boselli cabeceou livre para grande defesa de Martin Silva, que salvou mais uma vez no rebote de Desábato. Porém, o goleirão não conseguiu evitar o primeiro gol do Estudiantes. Aos 12, Verón cobrou falta e Desábato aproveitou o desvio para fazer: 1 a 0. O jogo esquentou e, aos 26, Curbelo, do Defensor, e Angeleri, do Estudiantes, foram expulsos após trocarem agressões. Quatro minutos depois da confusão, o time uruguaio quase chegou ao empate com Navarro, que cabeceou com perigo. Aos 32, Boselli quase fez o segundo, mas Martin Silva mostrou a boa fase que vive e fez a defesa.

Após o intervalo, o Estudiantes continuou em busca de ampliar o placar. Logo aos três, Boselli recebeu belo passe de Véron, mas tocou para fora. O atacante argentinou era o melhor em campo. Aos 23, mandou no travessão. O Defensor até tentou o empate, mas na melhor chance, aos 33, parou em Andújar, após chute de Mora.

Resultado justo e que poderia ser ainda maior para o Estudiantes, que apresenta uma evolução muito grande na competição. Passou com méritos pelo Libertad e apresentou um bom futebol frente ao Defensor, mesmo atuando fora de casa. Com isso, põe um pé nas semifinais. Mas, como o Defensor já eliminou o Boca em La Bombonera quando ninguém esperava, é bom ser precavido.

- Por fim, fechando os jogos de ida das quartas-de-final, o Palmeiras ficou apenas no empate contra o Nacional, do Uruguai. Um jogo onde o que mais chamou atenção foram as "invenções" de Luxemburgo durante a partida.

O Palmeiras começou com o esquema que deu certo nos jogos decisivos da equipe, o 3-6-1, com Diego Souza mais adiantado, fazendo companhia a Keirrison no ataque. Com isso, conseguiu iniciar o jogo pressionando o time uruguaio, mas só no início. Aos oito, o volante Souza chutou de fora da área, mas o goleiro fez segura defesa. Depois disso, o Nacional cresceu na partida e por muito pouco não abriu o placar. Primeiro, em um chute de fora da área de Romero, que Marcos defendeu esquisito. Depois, aos 13, Coates cabeceou, após cobrança de escanteio, e obrigou o goleiro palmeirense fazer boa defesa. Logo depois, foi a vez de Romero tentar de cabeça, mandando a bola para fora, assustando a torcida alviverde.

Aos 28, começaram "as invenções do Professor Luxa". Ele resolveu fazer duas alterações de uma só vez: Obina (!) no lugar de Souza e Marquinhos no lugar de Fabinho Capixaba. Obina entrou após pedidos da torcida. Mostrou raça, vontade e só. Porém, o Palmeiras conseguiu adiantar o time e segurou o Nacional no campo de defesa. Aos 40, a grande chance do primeiro tempo. Cleiton Xavier tocou para Diego Souza, que mostrou toda categoria de deixou de letra para Keirrison. O K9 entrou livre e bateu cruzado, com a bola passando perto da trave. O zero persistiu no placar na primeira etapa.

O Palmeiras voltou do intervalo disposto em fazer o primeiro gol. Logo no início do segundo tempo, Marquinhos arriscou de fora da área e mandou para fora. Porém, aos 10, o gol veio: Keirrison recebeu na área e fez o trabalho de pivô, rolando para Diego Souza vir de trás e chutar firme, rateiro. O goleiro Rodrigo Muñoz não conseguiu defender: 1 a 0 Palmeiras! Como era esperado, o gol incendiou a torcida, porém, não o time, que tinha posse de bola, mas não chegava com perigo.

Aí o "professor Luxa" apareceu novamente. Resolveu sacar Keirrison para colocar Jumar (!). Isso fez o time perder poder de frente. O castigo veio aos 35. Santiago García, que tinha entrando um pouco antes, recebeu com liberdade entre os zagueiro e deu um tapa na bola, sem chances para Marcos: 1 a 1. Após sofrer o empate, o alviverde foi com tudo para cima, em busca do segundo gol. O máximo que conseguiu foi mais um chute de Marquinhos para fora. Fim de papo: 1 a 1, vaias e gritos de "burro" para Luxemburgo.

Meus questionamentos: por que Obina? Segundo o "professor" Luxemburgo "Pardal", para motivar o time emocionalmente. Melhor que colocar Ortigoza, que vem entrando bem e está entrosado? Por que colocar Jumar no lugar de Keirrison, muito melhor que Obina no jogo? Aliás, por que Jumar continua no time? Erros que causaram um resultado ruim para o Palmeiras. Mesmo com tudo isso, vale dizer que o Nacional não me parece tão superior assim. São dois times iguais. Só que o alviverde precisa sair da mesmice para conseguir a vaga. Isso se descreve em saber usar os lados dos campos. Se não fizer isso, será vitíma fácil. Meu palpite: novamente, decisão nos pênaltis.

Vantagens diferentes, nada decidido

As semifinais da Copa do Brasil seguem indefinidas, mesmo com a boa vantagem obtida por Corinthians e, principalmente, Internacional. São resultados que podem ser revertidos, embora que Vasco e Coritiba terão alguns detalhes a melhorar se quiserem isso. Vamos aos jogos:

- Mais uma grande festa no Maracanã. Mais de 70 mil pessoas acompanharam um bom, de um primeiro tempo de muita pegada e erros, e uma etapa final eletrizante. O Vasco sentiu muito mais a ausência de Carlos Alberto do que o Corinthians sentiu a de Ronaldo. Faltava organização, sobravam erros de passe e de marcação no time vascaíno. Por incrível que pareça, Souza era o melhor jogador corintiano.

O Vasco teve sua melhor chance aos 26 minutos, com Paulo Sérgio, que recebeu de Élton e chutou para defesa de Felipe. Um minuto depois, o Corinthians também assustou com Dentinho. Aos 29, o gol. Jorge Henrique deu excelente passe nas costas da zaga vascaína para Dentinho, que invadiu a área e mandou para as redes: 1 a 0 Timão.

A saída de Jorge Henrique ainda no primeiro tempo enfraqueceu o Corinthians. Morais não conseguiu manter o mesmo ritmo. Já o Vasco tinha um meio- campo apático, tanto na marcação quanto na saída de jogo. Tanto que Dorival Júnior, logo aos quatro minutos do segundo tempo, tirou Nílton e Jeferson para dar lugar a Mateus e Enrico. Antes disso Élton, aos dois minutos, obrigou Felipe a fazer boa defesa. Morais respondeu, aos três, mas parou em Fernando Prass.

Com as mudanças o Vasco se organizou melhor em campo. Aos 10 minutos, teve uma grande chance de empatar, após Élton receber de frente com Felipe e chutar em cima do goleiro, perdendo uma oportunidade incrível. O time vascaíno começou a sair com velocidade e a pressionar o Corinthians. Deu certo. Aos 19, Élton recebeu na área e deu um incrível passe de calcanhar para Rodrigo Pimpão, que dividiu com William e mandou no canto de Felipe: 1 a 1. Sete minutos depois, Ramon - apagado no jogo - apareceu pela esquerda e bateu para fora, assustando Felipe.

Aos 29, foi a vez do Corinthians perder sua grande chance. Elias recebeu na marca do pênalti, livre, de frente para Fernando Prass. O meia se atrapalhou ao dominar, chutou e o goleiro salvou com os pés, fazendo um milagre. Felipe também fez uma defesaça depois de cruzamento de paulo Sérgio, que passou por todo mundo e ia direto para o gol, mas o goleiro corintiano espalmou para salvar o time paulista. O jogo perdeu o ritmo e ficou mesmo no 1 a 1.

Como bem destacou Lédio Carmona, foi o jogo de um time movido pela técnica - Corinthians - contra outro movido pelo coração - Vasco. Um ponto a ser discutido é a queda de rendimento do time corintiano no segundo tempo. Foi assim contra o Fluminense, agora contra o Vasco. Além disso, foram três substituições por causa de problemas musculares - Jorge Henrique, Dentinho e Souza. É hora de rever a preparação fisíca. No Vasco, os laterais foram bem marcados e tiveram que marcar para não dar espaço. Sem o apoio deles, o time perde demais a saída de jogo. Com Carlos Alberto na próxima partida, isso pode mudar. O fato é: Corinthians favorito, mas o Vasco ainda pode surpreender.

- No Beira-Rio, a velha pergunta: quem para o Internacional? O Coritiba até parecia que surpreenderia, mas não foi além. Mesmo sem Guiñazu, o colorado seguiu o bom futebol, virou e colocou um pé na final. E como joga bola o garoto Taison.

O Coxa veio fechando os espaços para o trio de frente do Inter - D'Alessandro, Taison e Nilmar. Com isso, o time gaúcho não conseguia sair para o jogo. Aos 14 minutos, em uma jogada rápida o Coritiba abriu o placar. Márcio Gabriel cruzou da direita e a bola sobrou para Marcos Aurélio mandar para o gol: 1 a 0. Foi também na base da velocidade que o Inter conseguiu o empate, aos 21. D'Alessandro mandou para a área, Nilmar não conseguiu dominar e a bola sobrou para Taison, que dominou e bateu rasteiro, no canto de Vanderlei: 1 a 1. O árbitro Sálvio Spínola deixou o Coritiba abusar das faltas violentas sem mostrar ao menos um cartão amarelo. A vítima foi Nilmar, que acabou saindo machucado ainda no primeiro tempo. O torcedor colorado, que lamentou, não sabia que isso mudaria a sorte do Inter.

O retrato do segundo tempo foi o Internacional pressionando e o Coritiba se segurando, apostando nos contra-ataques. Porém, o Inter tem Taison. Aos 14, ele recebeu na esquerda, passou por dois e deixou Alecsandro - que entrou no lugar de Nilmar - na boa para fazer: 2 a 1 Inter! Dois minutos depois, Taison começou a jogada, Alecsandro deu um lindo passe para Andrezinho, que dentro da área dominouno peito e bateu, sem chances para o goleiro: 3 a 1! Após sofrer o terceiro gol, o Coritiba tentou reagir, mas o Inter se segurava muito bem. Ficou nisso: 3 a 1 Internacional.

O Internacional tem elenco, um time encorpado e está voando em campo. Taison está numa fase fantástica e é, de longe, o melhor do Brasil no momento. A vantagem de dois gols é reversível sim, mas o Coritiba precisa de muito mais do que a volta de Marcelinho Paraíba. Precisa de maior disposição em campo para parar o Inter. E isso não se faz dando pontapés. Se faz com a boa marcação do começo do jogo. Porém, vendo que o Coxa terá que sair em busca do resultado, é válido afirmar que o Colorado está com um pé e meio na final. Com todos os méritos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Libertadores: Quartas-de-final

Começam hoje os confrontos pelas quartas-de-final da Taça Libertadores. Dos oito times em disputa, quatro brasileiros. Todos com possibilidades reais de chegar ao título. Junto a eles, os dois bons times uruguaios, a surpresa venezuelana e o único argentino que se salvou. Vamos a uma rápida análise dos confrontos:

- Grêmio x Caracas: O Tricolor gaúcho chega motivado. Agora com Paulo Autuori no comando, o Grêmio chega realmente favorito a essa fase. O experiente treinador, bicampeão na competição, manteve o mesmo esquema que vinha sendo utilizado - com sucesso - por Marcelo Rospide, com três zagueiros. A equipe gaúcha passou com facilidade pelo fraco San Martín, do Peru, nas oitavas, e segue como time de melhor campanha até aqui. Os destaques são o meia Souza, que vem comandando o time, o bom goleiro Victor, em grande fase, e o argentino Maxi Lopez, que vem evoluindo cada vez mais na equipe.

Porém, vale ficar de olho no time venezuelano. Uma equipe rápida, que usa muito as jogadas pelos lados do campo e toques curtos. Com certeza, o jogo de ida, em Caracas, será uma correria só. Olho também nas jogadas de bola parada, principalmente com o zagueiro Rey, que tem um chute forte. O técnico Noel Sanvicente escala o time no 4-4-2, com dois volantes e dois meias de criação. O Caracas eliminou o Deportivo Cuenca nas oitavas - perdeu a primeira, fora, por 2 a 1, e depois goleou em casa, por 4 a 0. Os destaques do time são o goleiro Renny Vega, da seleção venezuelana, Luis Vera, capitão do time, além do meia Darío Figueroa, que tem cinco gols na competição, e do bom atacante Prieto.

Pode-se dizer que o Grêmio é favorito, pelo momento, pela experiência e tradição na Libertadores. Mas, é preciso tomar cuidado no jogo de ida. O time venezuelano vem empolgado demais e, contagiado pela sua torcida, deve dar muito trabalho.

- São Paulo x Cruzeiro: O grande confronto das quartas. Não só por ser um duelo brasileiro, mas por ter em campo dois grandes times. O São Paulo tem a vantagem de fechar no Morumbi. Porém, precisa melhorar. O time não vem empolgando ninguém até aqui. Não apresenta saídas de jogo pelas laterais, o meio cria muito pouco, o que tem prejudicado os bons atacantes Borges e Washington. As principais jogadas são as bolas paradas, através de cruzamentos, e a boa defesa, embora esteja desfalcada. No gol, o goleiro Dênis substitui Rogério Ceni. Aliás, incrível como a ausência do capitão tem feito falta ao time. Vale lembrar que o São Paulo não precisou jogar as oitavas, devido os problemas da gripe suína - o Chivas acabou saindo da competição.

Já o Cruzeiro vem mostrando um futebol empolgante até aqui. A equipe mostra certo equilíbrio em todos os setores do campo e tem jogadores em grande fase, como a dupla Ramires-Kléber. Sabe usar bem as laterais, todos conseguem desempenhar um papel importante na marcação. O grande problema da Raposa é se impor fora de casa. No Mineirão, tudo vem sendo festa, mas fora, as coisas se complicam. A equipe mineira chega as quartas depois de passar pelo Universidad de Chile, com duas vitórias.

O Cruzeiro é, ao meu ver, favorito no confronto, devido a fase que vive e pelo equilíbrio que o time possui. Porém, mesmo em má fase, não dá para menosprezar a capacidade do São Paulo, seja pelo elenco que tem, seja pelo grande treinador que comanda.

- Estudiantes x Defensor: Dois times que chegam as quartas após muita luta. Principalmente os uruguaios. O Estudiantes não começou bem a Libertadores, tomou até um certo sufoco no grupo do Cruzeiro e se classificou em segundo. O único bom momento na primeira fase foi a goleada sobre o time brasileiro, em casa, por 4 a 0. Fora isso, muito pragmatismo e vitórias muito mais pela fraqueza adversária do que pelos próprios méritos. Já nas oitavas, o time argentino mostrou um ótimo futebol frente ao Libertad e se classificou com sobras - venceu em casa por 3 a 0 e empatou fora, por 0 a 0. O grande maestro e referência do Estudiantes é Verón. Quando ele joga, o time joga. Além dele, destaque para Mauro Boselli, atacante de bom posicionamento e que sabe fazer gols.

Os uruguaios são a grande surpresa até aqui. Pode-se dizer que, junto ao Palmeiras, foi quem mais sofreu para se garantir no mata-mata. Se classificou ao vencer o Independente Medelín com um gol aos 46 minutos do segundo tempo, e de virada - vitória por 4 a 3. Foi segundo colocado no grupo do São Paulo. Nas oitavas, teve pela frente o todo-poderoso Boca Juniors. No primeiro jogo, um empate heróico, em casa, por 2 a 2. E em La Bombonera, a surpresa: vitória por 1 a 0, eliminando os Xeneizes. Por fim, ainda dizem que o Defensor não está priorizando a Libertadores, o foco é o Campeonato Uruguaio. Imagine então se quisessem. É uma equipe que tem um postura tática muito boa, sabe defender muito bem e sai para o jogo com rapidez. Os grandes nomes do time são o goleiro Martín Silva, responsável direto pela classificação - fechou o gol contra o Boca- e o meia Diego de Souza, que bate muito bem na bola e aparece com frequencia no ataque.

Espera-se um confronto muito equilibrado entre ambos. Por decidir em casa, o Estudiantes, ao meu ver, leva uma boa vantagem. Mas, com um time como o Defensor sendo adversário, toda surpresa é bem vinda.

- Nacional/URU x Palmeiras: Um confronto de equipes que vivem mosmentos distintos, seja na Libertadores ou não. O Nacional passou tranquilo pelo seu grupo, que tinha o River Plate como grande nome, e vem jogando bem no Campeonato Uruguaio. Não precisou disputar as oitavas de final devido os problemas da gripe suína, e não precisou enfrentar o San Luís, do México. Enquanto isso, o Palmeiras passou apertado pela fase de grupos, conseguindo a classificação no finalzinho do jogo contra o Colo-Colo. Depois, teve uma parada duríssima contra o Sport, só garantindo a vaga na decisão dos pênaltis - graças a uma atuação impecável de Marcos, voltando a ser o velho "santo". Já faz um tempo que a equipe não joga bem.

Porém, o Verdão tem alguns fatores que o colocam bem nessa fase. São Marcos está definitivamente de volta, com a velha forma e os seus "milagres". Os meias Cleiton Xavier e Diego Souza demonstram ter potencial para decidir o jogo em um lance. Keirrison está em má fase, mas tem capacidade de voltar a ser o K9 do início da temporada. Pierre é o cão de guarda. Porém, tem uma defesa fraca e os laterais não convencem, o que trava o time várias vezes pela ausência de variedade nas jogadas. Só que vale lembrar a capacidade de Luxemburgo.

O time uruguaio tem um futebol que agrada a esse blogueiro do PB. Tem um goleiro razoável. Joga com duas linhas de quatro jogadores, com dois volantes mais centralizados e dois meias abertos. Um atacante rápido e outro com fama de matador. Assim deve ser o adversário do Palmeiras. Os grandes nomes do time são o jovem zagueiro Coates, que deve ir para a seleção uruguaia logo logo; a dupla de meias Lodeiro e Fernandez; e o atacante Biscayzacu, esperança de gols e que vive ótima fase. O técnico Geraldo Pelusso tem personalidade e vai comandando muito bem o Nacional até aqui.

Espero duas partidas iguais, com muito duelo no meio-campo e forte marcação de ambos os times. Não seria surpresa dois empates, ou resultados iguais. Um gol fora vai fazer uma diferença enorme. E não me espanto se essa vaga for definida nos pênaltis. São Marcos de novo? Será?

Segunda na terça

Dois jogos deram início a quarta rodada da Série B nesta terça-feira.

- No Castelão, Ceará e Figueirense ficaram no 2 a 2. O Figueira começou muito bem e teve o resultado nas mãos, mas vacilou e permitiu o empate do Vovô. O time catarinense abriu o placar aos 13 minutos com Roger, completando de cabeça o cruzamento da direita. O segundo gol veio aos 10 do segundo tempo. E foi um belo gol. Rafael Coelho recebeu, pasou por dois e mandou uma bomba: 2 a 0 Figueirense.

Dez minutos depois, começou a reação do Ceará. Geraldo tocou para Wellinton Amorim na área, que cruzou para Preto escorar e diminuir: 2 a 1. E aos 24, o empate. Novamente com Preto. Ele recebeu de Geraldo na direita, invadiu a área e mandou a bomba, sem chances para Wilson: 2 a 2! Pelas circunstâncias, bom resultado para os donos da casa. O empate também não foi ruim para o Figueira.

- E em Natal, nem a estréia de Giba melhorou a situação do Fortaleza. Melhor para o ABC, que conseguiu sua primeira vitória na Série B: 2 a 1. Luiz Carlos abriu de pênalti, aos 12 minutos. No fim do primeiro tempo, Gaúcho, também de pênalti, empatou. A virada do ABC só veio aos 36 do segundo tempo. Ivan fez cruzamento da direita e Fábio Silva, na pequena área, completou: 2 a 1.

terça-feira, 26 de maio de 2009

E agora, Obina?

- Realmente essa foi a grande surpresa do dia e até do mês. Obina no Palmeiras. Mais uma aposta de Luxemburgo em recuperar jogadores. Porém, desta vez é diferente. Não dá para comparar Obina com Léo Lima, Denílson, Lenny, entre outros.

Obina é um atacante com carisma e estrela... Estrela em Campeonato Carioca e no gol que salvou o rubro-negro do rebaixamento anos atrás. Foi bom no Vitória. No Flamengo, como dito antes, teve estrela e decidiu. Mas, analisem os jogos dele pelo Flamengo - em geral, não só agora - e veja em quantos ele foi, pelo menos, mediano. Normalmente, Obina tem mais baixos do que médios. Altos são raros.

Analisando de forma teórica, Obina é um atacante de área, trombador e forte, algo que o alviverde não possui e pode ser importante em uma Libertadores. Mas, isso é teoria. Obina não tem sido de área, nem trombador. Só forte e, aparentemente, fora de peso.

Porém, vale ressaltar que um novo time pode fazer bem ao jogador. Entretanto, se a pressão no Flamengo era grande, vejo que no Palmeiras será maior ainda.

É ver o que vai dar. Eu passo...

- Os jornais italianos hoje demontram o interesse da Roma nos jogadores André Santos e Dentinho. Como era esperado, os destaques do Corinthians vão sendo alvo de várias especulações. Elias vem sendo observado pelo Atlético de Madri. Felipe e Chicão já foram sondados pelo Benfica. Por enquanto tudo isso não passa de especulações.

- O goleiro Aranha, da Ponte Preta, está muito próximo de acertar com o Atlético Mineiro. É muito bom goleiro e merece realmente uma chance em uma grande equipe. Tem reflexo, bom profissional, vem de duas boas temporadas pela Macaca. Além disso, o goleiro Juninho não inspira muita confiança no Galo. Se confirmar, será um bom reforço para Celso Roth.

- O Vitória acertou o retorno do lateral-esquerdo Leandro, que vem por empréstimo do Fluminense. É bom jogador, mas tem demonstrado um desinteresse ultimamente que incomoda. Voltando a velha casa, pode dar certo.

- Por fim, o São Paulo apresentou ontem o meia Marlos, revelação do Coritiba. É bom jogador, tem qualidades, mas não me parece ser a salvação do tricolor. Porém, é melhor que Hugo como meio-campo - o que não é muito difícil.

Seleção - 3ª rodada do Brasileirão

Finalmente uma rodada onde os atacantes foram o grande destaque. Os craques do final de semana foram o goleiro Marcos, com atuação impecável, e Molina, que conduziu o Santos na goleada no Maraca. Eis os 11:

Marcos (Palmeiras); Jonathan (Cruzeiro), Domingos (Santos), Léo (Grêmio) e Fábio Santos (Grêmio); Guiñazu (Internacional), Ibson (Flamengo), Molina (Santos) e Madson (Santos); Taison (Internacional) e Kléber (Cruzeiro). Técnico: Vágner Mancini (Santos).

Temos que destacar vários outros que foram muito bem na rodada, como o goleiro Dênis (São Paulo), os zagueiros Sorondo (Internacional) e André Dias (São Paulo), o lateral Júnior (Atlético Mineiro), os volantes Jucilei (Corinthians) e Ramalho (Goiás). Além destes, destaque para os atacantes que fizeram dois gols e foram decisivos em suas partidas: Anderson Lessa (Náutico), Wallyson (Atlético Paranaense), Josiel (Flamengo) e Éder Luís (Atlético Mineiro). Os técnicos Waldemar Lemos (Náutico) e Paulo Autuori (Grêmio) também não poderiam ficar de fora.

E a sua seleção? Qual é? Deixe nos comentários.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Domingo dos visitantes

Um domingo de visitas ingratas no Brasileirão. Dos sete jogos, apenas uma vitória dos donos-da-casa, dois empates e quatro vitórias dos visitantes. O fator casa não prevaleceu.

- O visitante que mais aprontou foi o Santos, que goleou o Fluminense por 4 a 1, em pleno Maracanã. O peixe começou melhor no jogo, mais organizado, porém foi o Fluminense que abriu o placar. Mariano começou jogada pela direita, tabelou com Fred, que tocou para Conca, na esquerda. O meia argentino bateu cruzado e a bola sobrou para o próprio Mariano, na grande área, bater no contra-pé de Fábio Costa: 1 a 0 Flu, aos nove minutos. Com o gol, o tricolor cresceu e nos dois minutos seguintes quase ampliou em duas boas chances com Fred.

Depois disso, o Santos voltou a equilibrar o jogo e quase chegou ao empate, aos 29, em ótima cabeçada de Domingos. Fernando Henrique foi melhor ainda e fez uma fantástica defesa. Aos 37 veio o gol. Molina bateu falta, no canto direito do goleiro: 1 a 1.

Melhor em campo, o Santos não demorou muito para virar na segunda etapa. Logo aos seis minutos, Molina deu um passe incrível para Madson entre os zagueiros. O baixinho driblou Fernando Henrique e fez: 2 a 1 Flu! Para piorar a situação do apático Fluminense, aos 20 minutos Dieguinho foi expulso. Com um a mais, a equipe santista foi para matar a partida. Neymar entrou aos 38 minutos e aos 39 deu um lançamento incrível para Madson, que invadiu a área e bateu cruzado, para Kléber Pereira completar de carrinho: 3 a 1!

Aos 40, Eduardo Ratinho deu uma entrada criminosa em Neymar e foi expulso corretamente. Quero só ver STJD! Um minuto depois, Neymar apareceu novamente, bateu forte da grande área. Fernando Henrique espalmou e Kléber Pereira apareceu para completar e fechar o placar: 4 a 1 Santos. Com louvor!

Foi um passeio santista. Dominou o jogo, bem posicionado e comandado por Molina, que fez o jogo rodar e deu qualidade ao meio-campo santista. Junto a ele, Madson também jogou muito, dando velocidade pelos lados. Por fim, Neymar entrou muito bem e participou de dois gols em quase dez minutos em campo. Quanto ao Fluminense, espero que com a volta de Diguinho e Leandro Amaral o time ganhe maior equilibrio. Com esse time, não dá.


- Em Porto Alegre, o Grêmio fez as honras e venceu em casa o Botafogo, por 2 a 0, na estréia de Paulo Autuori. O tricolor gaúcho dominou o primeiro tempo. Criou várias oportunidades, mas não conseguiu aproveitar as boas chances. Na melhor delas, aos 31, o zagueiro Léo mandou uma bomba na trave, após cobrança de falta. O Botafogo só chegou uma vez, com Juninho cobrando falta, mas Victor estava atento e fez a defesa.

O Alvinegro não tinha ação no ataque. Com Victor Simões isolado, não conseguia criar e chega ao ataque com perigo. Com isso, o Grêmio seguiu mandando no jogo e chegou aos gols. O primeiro veio aos 12, com Jonas, que aproveitou o corte da zaga e mandou de bico, da entrada da área, sem chances para Castillo: 1 a 0! O segundo gol foi um golaço! Aos 33, Douglas Costa cruzou rasteiro pela esquerda, Maxi Lopez tocou de calcanhar e deixou limpa para Fábio Santos completar: 2 a 0 Grêmio!

Vitória justa para quem criou mais e teve maior ação no jogo. A equipe gremista não encontrou maiores dificuldades para bater o Botafogo, que não conseguia chegar ao ataque. Precisa urgente de um companheiro de ataque para Victor Simões e um meia para o lugar de Maicossuel.

- Na Baixada, o jogo dos erros. O Náutico aproveitou e surpreendeu o Atlético/PR, fora de casa, por 3 a 2. E voltou do intervalo perdendo por 2 a 0. No primeiro tempo, Wallyson fez o dois gols do Furacão. Primeiro, aproveitando uma bobeira do zagueiro com o goleiro e deu um toquinho, mandando pro gol, aos 24. No segundo, novo vacilo da defesa alvirubra e o jovem atacante driblou o goleiro Eduardo e fez: 2 a 0.

No segundo tempo, quem passou a errar foi o Atlético. Mais precisamente o bom goleiro Galatto. Aos dois minutos, o goleiro saiu mal em cobrança de falta, rebateu para a entrada da área e não voltou a tempo para pegar o chute de Gladstone (!): 2 a 1. O goleiro voltou a falhar aos 11, deixando a bola escapar após cobrança de escanteio. Anderson Lessa não desperdiçou e empatou: 2 a 2. Por fim, aos 37, Gilmar deu belo passe a Anderson Lessa, que finalizou bem e decretou a virada: 3 a 2 Náutico.

Boa vitória do Timbu, que segue invicto na competição, vem de duas vitórias seguidas e mostra poder de reação pela segunda vez. E o Furacão precisa acordar, se não vai ser tarde.

- Quem também vem em boa fase é o Atlético/MG, que venceu o Sport em plena Bombonilha. O Galo começou com tudo e matou o jogo logo no primeiro tempo. Primeiro, Éder Luís, aos cinco, arrancou do campo de defesa pelo meio e disparou. Ninguém parou o rápido atacante, que driblou três e tocou na saída de Magrão. Golaço! 1 a 0. O próprio Éder Luís fez o segundo, completando cruzamento de Carlos Alberto: 2 a 0 em dez minutos. Márcio Araújo, aos 42, fez o terceiro.

O Sport parecia que reageria no segundo tempo, ao conseguir descontar logo no primeiro minuto. Fumagalli cruzou e Jonílson cabeceou contra o próprio gol: 3 a 1. Porém, o Leão só chegou ao segundo gol aos 45, com Dutra. Fim de jogo: 3 a 2 Atlético.

Celso Roth vai dando uma nova cara ao Galo e, se não consegue fazer o time jogar o fino, dá um bom padrão de jogo a equipe. E o Sport é outro que precisa abrir o olho. Sem reforços, vai ficar difícil.

- Na Ressacada, Avaí e Coritiba ficaram no empate por 2 a 2, e ambos seguem sem vencer na competição. O time catarinense abriu o placar aos 33. Evando recebeu bom passe de Caio, deu um drible incrível em Vanderlei e tocou para Muriqui, que só teve o trabalho de empurrar para as redes: 1 a 0 Avaí. O gol de empate veio no minuto seguinte, logo após a saída de bola. Hugo recebeu na área e tocou na saída de Eduardo Martini: 1 a 1.

No segundo tempo, o Coxa começou melhor e chegou a virada logo aos nove. Marcos Aurélio chutou da grande área, Eduardo Martini espalmou e o próprio atacante pegou a sobra e cruzou para Marcelinho Paraíba fazer: 2 a 1 Coritiba! O Avaí conseguiu o empate aos 29. Evando fez um belo passe para Ricardinho, dentro da área, bater de primeira, no canto: 2 a 2.

Por jogar com um time misto, o Coritiba sai com bom resultado da Ressacada. E o Avaí consegue o terceiro empate em três jogos.

- Por fim, o Flamengo visitou o Santo André e conseguiu a primeira vitória na competição. E se Souza conseguiu fazer o seu pelo Corinthians no sábado, Josiel tratou de fazer dois pelo rubro-negro e, além disso, um golaço! Primeiro, ele completou de cabeça, aos 32, após escanteio batido por Ibson. O Ramalhão empatou aos 43, com Ricardo Conceição, que mandou de fora da área após passe de Nunes. O gol da vitória rubro-negra foi aos 21 do segundo tempo. Ibson lançou Josiel, que ficou cara a cara com Neneca. O camisa 9 tocou por cobertura e fez um golaço! 2 a 1 Flamengo.

Boa vitória do Flamengo, que jogou bem memso sem contar com Léo Moura e Juan. Destaque para as belas atuações de Ibson e Josiel. O Santo André até tentou, mas pecou demais nos passes errados e nas finalizações.

domingo, 24 de maio de 2009

O clássico dos goleiros


- Palmeiras e São Paulo fizeram uma grande partida no Palestra Itália. O zero a zero no placar não foi por falta de oportunidades, mas devido as grandes atuações de Marcos e Dênis, principalmente do goleiro palmeirense, que teve maior trabalho. Sem Pierre, o alviverde veio com apenas Keirrison no ataque. O tricolo não contava com Borges e Jean e preferiu vir com o habitual esquema 3-5-2, com Richarlyson na zaga e Eduardo Costa como cabeça de área.

O São Paulo começou melhor a partida e tomou a iniciativa de ataque. Aos oito minutos, Hugo cruzou para a área e André Dias cabeceou a queima-roupa, para grande defesa de Marcos. Na sobra, Washington cruzou novamente e Jorge Wagner cabeceou por cima. Quatro minutos mais tarde, Mozart errou passe no meio-campo e deu contra-ataque ao tricolor. Jorge Wagner lançou Dagoberto na cara do goleiro, mas Marcos saiu bem e fechou o ângulo. O Palmeiras só chegou aos 20 minutos. Diego Souza chutou de fora da área e Dênis, substituto de Bosco, espalmou. O alviverde melhorou e aos 31 teve sua melhor chance. Wendel recebeu na direita e cruzou para Keirrison, quase na marca do pênalti, mandar de virada, para espetacular defesa do goleiro são-paulino. Diego Souza quase conseguiu pegar o rebote e completar. O jogo era muito movimentado. Aos 37, Jorge Wagner mandou para a área e, após bate-rebate, Washington deu um "meio-voleio" de frente para o gol, na pequena área. Marcos fez um milagre e salvou o Palmeiras. O São Paulo ainda assustou mais uma vez com Washington, mas Marcos fechou bem e não deixou o camisa 9 concluir.

Luxemburgo percebeu a baixa presença de seu time no ataque e fez duas alterações no intervalo. Tirou Danilo e Mozart (!) para as entradas de Souza e Lenny. Com isso, o time passava a atuar no 4-4-2. A equipe melhorou e logo aos quatro minutos criou a primeira chance, com Cleiton Xavier batendo de fora, para segura defesa do goleiro são paulino. O camisa 10 palmeirense voltou a aparecer aos 11, dando ótimo passe para Keirrison dentro da área, livre, bater cruzado para fora.

O jogo ficou mais morno. Com a expulsão de Maurício Ramos, aos 30, o Palmeiras se recuou e o São Paulo não conseguiu crescer no jogo. A partida ganhou emoção nos últimos seis minutos. Aos 43, Dagoberto recebeu na área e bateu, para boa defesa de Marcos. Três minutos depois, Washington recebeu na área, fez bela jogada, deixando Marcão no chão, e bateu rasteiro. Marcos, com os pés, fez mais uma bela defesa. O tricolor ainda teve Richarlyson expulso, aos 47. A última chance foi do verdão: Lenny cruzou e Diego Souza mandou de cabeça para defesa segura de Dênis. Nada de gols no Palestra: zero a zero.

Um jogo eletrizante. Os dois times criaram, buscaram o gol, mas pararam nos goleiros. Marcos mostra a velha forma que o consagrou. Fez mais uma atuação nota 10. Por outro lado, Keirrison não vive bom momento, saiu vaiado de campo hoje e precisa voltar a decidir. No São Paulo, ainda faltam saídas de jogo, apesar de o time ter criado mais, principalmente com a boa partida de Dagoberto, sempre com velocidade. Dênis deu conta do recado no gol e fez boas defesas.

Vale mencionar que o árbitro Rodrigo Braghetto deixou de marcar pênalti claro de Miranda em Diego Souza. Querendo ou não, já é o segundo jogo em que o Tricolor é beneficiado pela arbitragem. Os dois times agoram miram as atenções nos duelos pelas quartas-de-final da Libertadores. O Palmeiras recebe o Nacional, do Uruguai; o São Paulo pega o Cruzeiro.

Liderança colorada


- Três jogos abriram a 3ª rodada neste sábado. Mesmo com um time misto, o Internacional venceu o Goiás, por 1 a 0, em pleno Serra Dourada. Com isso, mesmo poupando alguns jogadores nos últimos dois jogos, o Inter segue 100% e assume a lideraça isolada do Brasileiro.

Tite mandou a campo apenas três titulares. O Goiás veio completo, em busca da primeira vitória. E chegou com perigo logo no primeiro minuto de jogo, com Felipe. O atacante bateu cruzado e Lauro espalmou, fazendo boa defesa. O Esmeraldino ia dominando oo jogo, com maior posse de bola e presença no campo de ataque. O Inter sofria com a visível falta de entrosamento e tentava muito pelo meio, sendo parado pelo defesa goiana. Porém, em ambos os times faltava o último passe, mérito das defesas.

No segundo tempo, o jogo continuo o mesmo: muita troca de passes e marcação. O Goiás chegou duas vezes com perigo nos primeiros dez minutos, mas não aproveitou. Aí Tite resolveu, aos 11, colocar Taison, no lugar de Andrezinho. O jogo ganhou em movimentação. Aos 20, Sandro quase marcou contra, mas Lauro salvou o Inter. O Colorado respondeu dois minutos depois. Alecsandro partiu pela direita e achou Taison no meio, que tocou fraco, na saída de Harley. O zagueiro João Paulo sallvou. Taison voltou a aparecer aos 32, e para decidir a partida. Ele puxou com velocidade pelo meio e abriu para Marcelo Cordeiro. O lateral cruzou na cabeça do jovem atacante, que fuzilou Harley, sem chances de defesa: 1 a 0 Inter!

O Goiás quase chegou ao empate com Eduardo Ramos, de cabeça, mas a bola foi por cima. E Taison ainda aprontou mais uma, deixando Leandrão na cara de Harley, mas o jogador colorado finalizou mal, mandando por cima do gol. Fim de jogo, Inter 100%.

Uma bela vitória colorada, que mostra ter um grupo forte, capaz de dar conta do Brasileirão. Se a janela de tranferências não for cruel com a equipe gaúcha, o Colorado vai chegar. O Goiás jogou bem, mas não conseguiu deixar os atacantes em boa situação, e segue sem vencer, após ter empatado nas duas primeiras partidas. E Taison está jogando muita bola. Solto, com liberdade, tem hanbilidade e é criativo. Tudo para ser a revelação do Brasileiro.

- Quem também garantiu três pontos neste sábado, mesmo jogando com um time misto, foi o Corinthians, que bateu o Barueri por 2 a 1 , no Pacaembu. Mano Menezes veio com cinco titulares a campo e deu uma chance a Souza (!) no ataque. Os dois times começaram buscando ao ataque no início, mas depois pararam na falta de criatividade. Até que, aos 17, o Timão achou o primeiro gol. Jorge Henrique fez jogada na área e o árbitro Wilson Luis Serene marcou pênalti. Lance contestado, mas aceitável devido a visão do árbitro. E sabe quem bateu? O contestado Souza, que tirou de Renê e fez: 1 a 0 Corinthians. Primeiro gol do alvinegro no Brasileirão. O Barueri tentava surpreender, sempre com Fernandinho, mas não conseguia chegar com maior perigo ao gol de Felipe.

O segundo gol corintiano saiu logo no início do segundo tempo. Aos três minutos, Wellington Saci cobrou falta e Jean subiu de cabeça para conferir: 2 a 0! Primeiro gol do zagueiro pelo Timão. Após sofrer o segundo gol, o Barueri se lançou a frente. Aos 13, Thiago Humberto mandou de voleio, e Felipe fez uma grande defesa. O camisa 1 do Corinthians ainda salvou outras vezes, como na cabeçada do zagueiro Leandro Castán. A bola ainda tocou na trave. O goleiro René também teve que trabalhar, aos 27. Morais recebeu de Souza e bateu cruzado, para boa defesa do arqueiro, que também salvou em outro lance, após bom chute de Jucilei. No finalzinho, o Barueri descontou. Aos 47, Daniel Marques subiu e mandou de cabeça, no canto de Felipe, após escanteio: 2 a 1.

O Corinthians volta todo seu foco agora para a Copa do Brasil, onde quarta-feira enfrenta o Vasco. E vai mais tranquilo, após conseguir a primeira vitória no Brasileiro. Enquanto isso, o Barueri mostra que vai precisar melhorar muito se não quiser brigar contra o rebaixamento.

- No outro jogo da noite, festa de Kléber. O Gladiador foi o nome do jogo, na vitória do Cruzeiro sobre o Vitória, por 2 a 0. Jogando no Mineirão, o Cruzeiro criava mais, mas pouco chegava ao gol do time baiano. O primeiro gol veio aos 22 minutos. Kléber recebeu bom passe de Thiago Ribeiro, entrou na área e não desperdiçou: 1 a 0! Melhor em campo, a Raposa nçao demorou muito para ampliar. Seis minutos depois, em contra-ataque, Athirson recebeu na esquerda e cruzou para Kléber, na área. O Gladiador cortou o zagueiro e bateu cruzado, de esquerda, sem chances para Viafára: 2 a 0! Ainda na primeira etapa, Ramires e Kléber perderam boas oportunidades de ampliar ainda mais a vantagem.

O Vitória não conseguia reagir na partida e contou com a boa atuação de Viáfara e com a sorte para não ser goleado. Logo aos dois minutos, Athirson recebeu de Fabrício e chutou rente a trave. Mais dois minutos e Jonathan bateu de fora, Viáfara espalmou. No rebote, Thiago Ribeiro não conseguiu aproveitar. O goleiro rubro-negro fez mais boas defesas, como aos 17, quando salvou em cabeçada de Kléber. O time cruzeirense ainda chegou mais algumas vezes com Jonathan e Ramires, mas parou na boa atuação do goleiro. O Vitória não deu nenhum trabalho a Fábio durante a partida.

Vitória tranquila do Cruzeiro, em partida com cara de treino. Esperava-se mais do Vitória, que vinha de duas vitórias no Brasileiro. Porém, o que se viu foi uma partida toda dominada pela Raposa, que poderia ter saído com uma goleada do Mineirão. Kléber jogou demais e chegou a marca de um gol por jogo. Athirson, mais adiantado como meia, e Ramires, como já de costume, também jogaram muito bem. O Cruzeiro agora se prepara para o jogão de quarta-feira, contra o São Paulo, pela Libertadores. Já o Vitória tenta se arrumar para o próximo confronto, domingo, contra o Grêmio, em casa.

sábado, 23 de maio de 2009

Série B: Quem para o Vasco?

- Mais uma boa vitória do Vasco na Série B. E mais uma vez uma partida complicada, apesar do placar de 3 a 0 sobre o Atlético/GO. O time goiano mostrou ser perigoso e que pode chegar. Porém, enfrentou um Vasco que soube se impor e aproveitar bem as oportunidades na partida.

O primeiro lance de perigo foi da equipe goiana. Aos 12 minutos, Elias invadiu pela esquerda e bateu cruzado, para boa defesa de Fernando Prass. O jogo era de forte marcação e com algumas tentativas para ambos os lados, mas sem maior perigo. O Vasco só conseguiu uma chance real de gol aos 41. Élton dominou a bola na área, após chute de Paulo Sérgio, girou e mandou por cima, assustando o goleiro. O Atlético abusava das faltas para parar o time vascaíno. Isso acabou rendendo a expulsão de Pituca, após falta violenta, aos 44. Logo depois da expulsão, saiu o primeiro gol. Paulo Sérgio mandou na área e Élton apareceu atrás da zaga para cabecear: 1 a 0 Vasco.

O Vasco não soube aproveitar a vantagem de um homem a mais em campo e viu o Atlético chegar com perigo no segundo tempo. Em pouco mais de 20 minutos, a equipe goiana quase chegou ao empate em São Januário. Fernando Prass salvou em duas e viu a bola passar por cima do travessão na terceira oportunidade do Dragão.

Porém, quem chegou ao gol foi o Vasco. Nílton puxou contra-ataque gigante, fez boa jogada e tocou para Edgar. O atacante carregou e, dentro da área, chutou forte, sem chances para o goleiro Márcio: 2 a 0. Com o segundo gol, a partida esfriou e o time cruzmaltino foi deixando o tempo correr. Liquidou a fatura aos 47. Ramon partiu pela esquerda, entrou na área, foi a linha de fundo e, querendo ou não, mandou direto pro gol e deu números finais a partida: 3 a 0!

Vasco 100%. O foco agora é a Copa do Brasil. Quarta-feira, tem jogão contra o Corinthians. O Atlético/GO jogou muito bem, mas sem Pituca, bom jogador do time, não conseguiu chegar ao gol de empate e se rendeu depois de tomar o segundo. O Dragão dá sinais de que vai longe e incomodar na Série B.

- A Lusa vai dando mostras de que também deve retornar a Série A. Em Florianópolis, bateu o Figueirense, por 2 a 1, e segue invicta na competição. O jogo começou estudado, com boa marcação de ambas equipes. A Lusa abriu o placar aos 14 minutos. Cristhian recebeu pela esquerda, entrou na área, cortou o zagueiro e chutou. Wilson espalmou e Fellype Gabriel apenas empurrou para as redes: 1 a 0. O time catarinense foi em busca do empate e perdeu boas chances com Schwenk e Rafael Coelho.

Na segunda etapa, a Portuguesa voltou a atacar e chegou aos segundo gol logo aos nove minutos. Anderson Paim iniciou jogada pelo meio, abriu na direita para Christian e apareceu na área para completar ao gol: 2 a 0. O Figueirense pouco fazia na partida e parava nas marcação da Lusa. Só conseguiu diminuir aos 43, com Rafael Coelho, de pênalti. Porém, o placar final ficou 2 a 1 para a Portuguesa.

Importante vitória do time paulista, que chega a sete pontos e vence um possível adversário direto na briga pelo acesso. A Portuguesa tem um bom time, e mesmo sem seu principal jogador - Edno - venceu e jogou bem. O Figueirense vinha bem na competição, mas parou no bom esquema montado pelo adversário. Também deu sinais de que precisa de alguém criativo no meio.

- Em Salvador, o Bahia venceu o Ceará por 1 a 0, gol de Evaldo, aos 16 minutos do primeiro tempo. O zagueiro aproveitou a cobrança de escanteio de Léo Medeiros e fez, de cabeça. O Bahia começou melhor, fez o gol, e deixou o Ceará crescer no jogo. O Vovô por pouco não conseguiu o empate. Marcelo, goleiro tricolor, salvou o time algumas vezes e saiu do estádio de Pituaçu como herói. Segunda vitória do Bahia, segunda derrota do Ceará.

- No Moisés Lucarelli, o Ipatinga surpreendeu a Ponte Preta e venceu por 2 a 1. O time mineiro abriu o placar aos 18 minutos. Márcio Diogo recebeu de Marcelo Ramos, invadiu a área e bateu cruzado: 1 a 0. A Ponte tentava o empate, mas parava nos vários passes errados e nas falhas de finalizações. O Ipatinga se aproveitou disso e fez o segundo, aos oito minutos da etapa final, mais uma vez com Márcio Diogo. O camisa 10 entrou na área pela esquerda, dançou em frente o marcador e bateu para o gol. Aranha não conseguiu cortar e a bola entrou: 2 a 0! A Ponte descontou dois minutos depois, com Rogerinho, aproveitando confusão na área: 2 a 1. A Macaca fez de tudo para chegar ao empate, mas seguia errando demais. A pequena torcida que compareceu ao estádio não perdoou, vaiando e protestanto contra o time campineiro. Fim de jogo: 2 a 1 para o Ipatinga. Boa vitória do time mineiro, que vence a segunda seguida. E a Ponte tentou mais, mas pecou nas várias falhas. Venceu quem errou menos.

- E o Fortaleza perdeu a terceira seguida na Série B. Em casa, foi derrotado pelo Brasiliense, por 3 a 2. os visitantes começaram melhor e, logo aos dois minutos, abriram o placar. Chimba recebeu passe nas costas da zaga e não perdoou: 1 a 0. A zaga tricolor dava muitos espaços e o Brasiliense ampliou aos 23. Éder tabelou com Chimba e fez: 2 a 0. O técnico Mirandinha mecheu na equipe em seguida e arrumou a casa. Com mais um meia - Saulo entrou no lugar do zagueiro Danilo - o time passou a criar mais. Aos 33, Eusébio recebeu belo passe na entrada da área e bateu com categoria. Belo gol. 2 a 1. O tricolor conseguiu o empate aos 40. Depois de cobrança de escanteio, Sílvio desviou e Bambam apareceu livre na pequena área para empatar.

A segunda etapa não teve tantos gols e nem tantas emoções. O gol da vitória do Brasiliense veio aos 21 minutos. Edinho partiu com velocidade pela esquerda, invadiu a área e foi derrubado por Eusébio. Pênalti bem marcado e convertido por Fábio Júnior - aquele. Vitória importante do Jacaré, fora de casa, por 3 a 2. E o Fortaleza se afunda na vice-lanterna. Hora de acordar.

- Fechando a rodada, o Juventude recebeu o ABC, em Caxias do Sul, e venceu por 2 a 0. O jogo foi quente. O Ju abriu o placar com Léo Dias, aos 12 minutos. Ainda no primeiro tempo, duas expulsões: Fabiano, do ABC, por falta dura em Kito, aos 21; e Mendes, do Juventude, também foi pro chuveiro mais cedo, aos 31. Revoltada, a torcida gaúcha começou a atirar objetos no gramado. Lamentável...

O gol que sacramentou a vitória do alviverde veio aos 27 minutos da etapa final. Tiago Reinz cobrou falta de não deu chances a Raniere: 2 a 0. O Juventude ainda teve chances de ampliar, como a bola na trave após chute de Luóis Felipe. Primeira vitória do Ju, terceira derrota do ABC, lanterninha da B.

Série B: Fator Casa

Dois jogos deram continuidade a terceira rodada da Série B nesta sexta-feira. Nas duas partidas, quem jogou em casa se deu bem e respirou na classificação.

- Em Natal, o América finalmente conseguiu a primeira vitória no Campeonato. Venceu o Paraná, no Machadão, de virada, por 3 a 1. O tricolor paranaense saiu na frente, aos 22 minutos, com Bebeto, completando de cabeça o cruzamento de Wellington Silva. Após o gol, o América cresceu no jogo e conseguiu o empate aos 38. Após escanteio, Édson Rocha subiu mais alto e mandou para o gol: 1 a 1. A virada veio aos 44. Sandro Hiroshi - é, aquele - sofreu pênalti, que Lúcio bateu bem e fez: 2 a 1.

No segundo tempo, o Dragão resolveu matar o jogo logo no início. No primeiro minuto, Fábio Neves recebeu cruzamento na área entre os zagueiros, dominou e bateu na saída do goleiro: 3 a 1 América. Primeira vitória e primeiros três pontos do time potiguar na Série B. Já o Paraná segue sem vencer na competição.

- No Serra Dourada, o Vila Nova fez seu primeiro g
ol na Série B 2009 e, com ele, bateu o São Caetano, por 1 a 0. O gol da vitória foi marcado no segundo tempo, aos nove minutos. William cruzou da esquerda e Wanderley entrou livre para cabecear e fazer. Bom resultado para o Vila, que tenta embalar.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Adiós, Boca!

O último confronto das oitavas-definal da Copa Libertadores reservou a maior surpresa. O Defensor, do Uruguai, venceu o Boca Juniors por 1 a 0, em plena La Bombonera, e se classificou para as quartas-de-final da competição. E olha que o time uruguaio dizia que a prioridade era o campeonato nacional. Ganhou, surpreendeu e jogou o Boca em uma crise. fez, o que vários jornais sul-americanos estão chamando, de "Bombonerazo", ou "Bomboneraço" - alusão parecida ao Maracanaço, de 1950.

Como de costume, o estádio estava lotado, com muita festa e pressão da trorcida xeneize. O Boca precisava apenas de um empate por 0 a 0 ou 1 a 1 para se classificar, mas começou o jogo a todo vapor. Logo aos dois minutos, o primeiro ataque perigoso: Riquelme - de volta ao time após contusão - rolou para Chávez, que bateu forte. O goleiro Martin Silva iniciava ali a primeria de várias defesas. No rebote, Forlín cabeceou e a bola passou perto.

O Boca dominava a partida, mas parava no bom posicionamento da defesa uruguaia. Com isso, o Defensor foi gostando do jogo e adiantou a marcação e se arriscou algumas vezes no ataque. Até que aos 27, Diego de Souza bateu firme e não deu chances a Abondanzieri: 1 a 0 Defensor. Gol que calou a incendiada Bombonera.

Com a desvantagem no placar, o time argentino se lançou ao ataque em busca do empate ainda no primeiro tempo. Aí apareceu a estrela do goleiro Martin Silva, que iniciou seus "milagres". Primeiro, aos 38, após chute de Chavez, onde mostrou reflexo e bom posicionamento. Depois, aos 42, em cabeçada firme de Forlín, Silva fez uma defesaça.

Se a pressão já era grande, no segundo tempo o técnico Carlos Ischía trocou três homens de marcação por jogadores mais ofensivos. Porém, que começou assustando foi o Defensor, que teve duas boas chances. O Boca tinha posse de bola, mas não acertava o último passe, ou finalizava para fora. E quando acertava o gol, parava na grande atuação do goleiro uruguaio.

Os últimos dez minutos foram de ataque contra defesa. Aos 37, Palácio recebeu na área e chutou, mas Martin Silva espalmou. O lance mais incrível da partida foi aos 41. Gracían arriscou um lindo voleio, mas o goleirão fez mais um milagre. Não era o dia do Boca: 1 a 0 Defensor, classificado para as quartas.

Eu dizia aqui que o Boca era favorito, mas não podia bobear frente Defensor. Os uruguaios é daqueles times chatos, que se posiciona muito bem em campo, tem saída rápida e um atacante que se movimenta muito. Sem muitas comparações, parece o Once Caldas, campeão da Libertadores em 2004. Além disso, o time uruguaio bate o Boca, em Bombonera, o que não acontecia desde 2003. Pela frente, terá o Estudiantes, de Verón - primeiro jogo no Uruguai.

As coisas pelo lado do Boca Juniors não andam fácil. O time é apenas o 16° colocado no Campeonato Argentino e a torcida perdeu a paciência com o treinador Carlos Ischía, que deve cair. Como bem destacou o diário argentino "Olé", essa derrota deve marcar o fim do ciclo de alguns jogadores na equipe e, assim, dar início a uma reestruturação.

O certo é: caiu o 'Bicho-papão" da Libertadores. Caminho livre para os brasileiros? Quase. Olho nos uruguaios.