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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Série A: Curtas da 8ª rodada.

- Barueri 4x2 Atlético/MG: No jogão da rodada, o Barueri goleou o Atlético e derrubou a invencibilidade do líder do Brasileirão. Segunda goleada seguida do caçula do Brasileirão, que tinha despachado o Cruzeiro, na última rodada, pelo mesmo placar. Thiago Humberto e Fernandinho abriram a vantagem no primeiro tempo, o Galo empatou com dois gols de pênalti, ambos de Diego Tardelli. Mas, na superação, o Barueri chegou a vitória, com mais um gol de Thiago Humberto e de Marcos Pimentel. Resultado que deixa o Barueri no G4. O Atlético é líder, ao lado do Inter.

O Barueri dominou o jogo e usou muito bem a movimentação da dupla Thiago Humberto e Fernandinho. Marcos Pimentel não pode ser reserva nesse time. E Estevam Soares mais uma vez volta a surpreender em um início de pontos corridos. Já o Galo não teve criatividade, mas mesmo assim quase arrancou um empate na Arena Barueri, mas teve dois homens expulsos, que deram espaço para os donos da casa matarem o jogo.

- São Paulo 2x0 utico: Na estreia de Ricardo Gomes frente ao Tricolor, uma vitória com a mesma cara de antes. Porém, é um resultado que dá moral para o começo de trabalho. Enquanto isso, o Náutico segue em queda de produção e entrou na zona de rebaixamento. O Timbu é 17°, e o São Paulo, 11°.

Ainda errando muitos passes, mas até criando mais, o São Paulo foi mais perigoso no primeiro tempo. Mas os erros permitiram algumas investidas do time pernambucano. Os gols vieram no segundo tempo, ambos através de Hernanes, que voltou ao time titular. Primeiro, o meia cobrou falta e Jean Rolt completou de cabeça. O segundo gol também veio com Hernanes, em outra cobrança de falta. Desta vez, a bola desviou na zaga e entrou.

Jogando no 4-4-2, com um losango no meio, deixando Hernanes um pouco mais livre e Marlos na criação, o torcedor são-paulino pode conhecer um pouco a ideia de Ricardo Gomes para o time. Washington segue em má fase, teve chances, mas não marcou. E ainda ouviu vaias de parte da torcida. Enquanto isso, o Náutico, tirando um ou outro jogador - como Derley e Gilmar - é um time muito comum, que se não melhorar, vai brigar para não cair.

- Atlético/PR 1x0 Corinthians: Na Arena da Baixada, o Furacão teve dificuldades, mas venceu os reservas do Corinthians. A primeira vitória dentro de casa, que tira o time da zona de rebaixamento. Com a cabeça na final da Copa do Brasil, o Timão quase conseguiu arrancar um pontinho. É o 6° colocado.

A partida foi movimentada, corrida, mas com poucas chances claras de gol. O Atlético usava muito seus laterais para chegar ao gol, principalmente através da correria de Márcio Azevedo pela esquerda. O trio de zaga atleticana fez boa partida, dando pouco espaço a Morais e Souza (!). O melhor jogador corintiano era Marcelinho, que se movimentava mais e buscava espaços. O gol da vitória do rubro-negro veio de bola parada. Paulo Baier cobrou falta com perfeição e fez a alegria da torcida. No segundo tempo, o Furacão quase ampliou em algumas jogadas, enquanto o Corinthians ainda parava na falta de criatividade e de entrosamento. Ficou mesmo no 1 a 0. Resultado justo.

- Botafogo 1x4 Goiás: Em grande partida do time goiano e mais uma atuação fraca do alvinegro, a torcida do Engenhão viu um passeio do Goiás. Digamos que foi "4 a 1, fora o baile". O torcedor botafoguense não tem muitas esperanças com sua equipe, que é o lanterna da competição. Enquanto isso, nos altos e baixos, o Goiás é o oitavo.

Comandado pela dupla Felipe Menezes-Felipe, o Goiás pressionou desde o começo. Até conseguir o primeiro gol, com Felipe Menezes. Depois, o time caiu de produção e sofreu o empate - golaço de Victor Simões. Porém, no finalzinho do primeiro tempo, Felipe fez, de pênalti, o segundo dos goianos. Na segunda etapa, Rafael Tolói e Iarley mataram de vez o jogo. Crise no alvinegro carioca, que não se encontrou desde a saída de Maicossuel e Reinaldo. E Ney Franco, se não vencer na próxima rodada, deve cair. Enquanto isso, o Goiás segue nos altos e baixos, mas tem cara de quem vai surpreender ainda.

- Cruzeiro 1x0 Avaí: Fechando a rodada de sábado, o Cruzeiro, mesmo com um time inteiro de reservas, venceu o Avaí por 1 a 0. Resultado que deixa a Raposa em nono, enquanto os catarinenses seguem na zona de rebaixamento, em 18°.

O jogo foi equilibrado. Zé Carlos fez, de pênalti, o gol do jogo, ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, o goleiro Andrey parou as tentativas do Avaí em chegar ao empate. Mesmo com a garotada, o Cruzeiro conseguiu impor um bom ritmo e conquistou três pontos importantes.

- Palmeiras 1x1 Santos: Sem Luxemburgo e Keirrison, o Verdão ficou no empate com o Santos, em um jogo marcado por ser um tempo para cada equipe. Se o Palmeiras dominou o primeiro, o Peixe foi melhor no segundo. O resultado não poderia ser outro. O Palmeiras agora é quinto e o Santos é o 10°.

Comandados por - quem diria - Obina, o Palmeiras chegava com mais perigo ao gol. O atacante era o que mais incomodava a defesa santista. E foi dele o gol palmeirense. Cleiton Xavier chutou, Douglas rebateu e o centroavante completou: 1 a 0. Resultado justo pelo desempenho do primeiro tempo. Mancini voltou para o segundo tempo com Robson no lugar do apagado Neymar. O Verdão, de maneira errada, tentou segurar o jogo. Com isso, a partida inverteu: o Santos dominava e chegava com maior perigo. O Palmeiras assustava apenas nos contra-ataques. O goleirão Marcos brilhou novamente e fez uma defesaça em chute de Robson. Douglas também apareceu bem em chute de Obina. E, quando tudo caminhava para a vitória alviverde, aos 36, Kléber Pereira recebeu bom passe na área, dividiu com Marcos e, na sequencia, Robson tocou no canto: 1 a 1. Bom resultado para o Santos, que alivia um pouco a corda no pescoço de Vagner Mancini - ainda mais com Luxa no mercado.

- Vitória 4x1 Santo André: O rubro-negro baiano não tomou conhecimento do Santo André e seghue fazendo grande campanha. Ótima atuação e domínio durante boa parte do jogo. Com a goleada, o Vitória é o terceio colocado, colado nos líderes. O Ramalhão é o 12°.
A partida começou com certo equilíbrio, com ambos os times criando jogadas rápidas. De um lado, o Vitória chegava com o garoto Elkeson, o lateral Leandro e o atacante Roger. No Santo André, a dupla Marcelinho Carioca e Pablo Escobar é quem assustava. Porém, os gols só vieram na segunda etapa. Elkeson abriu o placar logo aos quatro. O Santo André teve boas chances de empatar, a melhor delas em pênalti cobrado por Marcelinho, que mandou na trave. Como castigo, veio o segundo gol. Uellinton , de cabeça, ampliou. Na falha da zaga do Ramalhão, Roger recebeu bom passe de Leandro e fez o terceiro. Moraes diminuiu, mas Roger, de pênalti, sacramentou a goleada: 4 a 1. Destaque para Carpegiani, que desacreditado por muitos, vai conduzindo até aqui o rubro-negro em boa campanha, principalmente em casa.
- Fluminense 0x0 Flamengo: No esperado duelo Fred versus Adriano, o Fla-Flu acabou sem gols. O que não significa que não tiveram oportunidades. Com o empate, o Flu segue no meio da tabela, em 13°. O Fla perdeu a chance de se juntar ao G4, e é o sétimo.
O tricolor foi melhor no primeiro tempo. Mais bem posicionado, criava mais, porém com pouco objetivo. O rubro-negro não tinha saída de jogo e poucas vezes chegava. No duelo dos atacantes, Fred nada fez, enquanto Adriano teve duas chances. O atacante do Fluminense deu seu cartão de boas vindas logo no primeiro lance do segundo tempo, quase abrindo o placar. Quem quase marcou foi Émerson, que aproveitou falha de Ricardo Berna e só não abriu o placar graças a Edcarlos. O goleiro tricolor ia das falhas a boas defesas. O Flu não era o mesmo da primeira etapa e pouco fazia. O jogo ficou travado e teve a grande chance de sair do zero aos 46. Ibson cruzou da esquerda e a bola sobrou limpa para Adriano, debaixo do gol mandar... pra fora. Impedido ou não, lance bizarro de quem se esperava mais. Fim de papo e, como diria Nélson Rodrigues, "duas bocas bocejando" no placar do Maraca.
Cuca e Parreira não tem confiança da torcida e não conseguem dar um padrão tático aos seus times. O Flamengo ainda está melhor que o rival, que precisa melhorar se almeja algo essa temporada.
- Sport 3x1 Grêmio: Em Recife, o Sport reencontrou o caminhos das vitórias frente o time reserva do Grêmio. Porém, não teve vida fácil. Os dois times continuam em campanha irregular. O Sport é 15°, uma posição abaixo do tricolor gaúcho.
Os dois times começaram atacando. O Grêmio até chegou a abrir o placar com Jonas, mas o árbitro invalidou o gol, marcando falta na jogada. Melhor organizado em campo e explorando a velocidade de seus jogadores, os pernambucanos abriram o placar com Fabiano, após jogada de Ciro. O primeiro tempo foi muito corrido, lá e cá. O segundo tempo também foi movimentado. O Sport marcava bem e utilizava das laterais para chegar ao ataque. Porém, em uma bobeira da defesa, que tentou fazer linha de impedimento, Jonas ficou livre para empatar. Com a expulsão do próprio Jonas, o Leão pernambucano foi em busca da vitória. Élder Granja, aproveitando rebote, e Fumagalli, deram a vitória ao Sport.
Émerson Leão vai conseguindo colocar seu padrão de jogo no time pernambucano. Usando bem as laterais e rápida movimentação de ataque, o time foi muito bem na partida. Porém, a defesa deixa muito espaço. Enquanto isso, se não fosse a expulsão de Jonas, o Grêmio até poderia arrancar um ponto na Ilha, mesmo que sem merecer.
- Internacional 3x0 Coritiba: Fechando a rodada, os reservas do Inter, conduzidos pelo equatoriano Bolaños, venceu com folgas o Coxa e enconsta novamente no Atlético Mineiro. Só não é líder por causa do saldo de gols. Já o Coxa, segue na gangorra e é 17°.
Apesar do placar, o Coritiba foi melhor no primeiro tempo, com maior posse de bola e com boas chances de abrir o marcador. Com o tempo, o jogo foi se equilibrando. O Coxa mandou uma bola na trave, o Inter respondeu com Alecsandro obrigando Vandereli a fazer grande defesa. Lauro também teve trabalho. Na segunda etapa, porém, o colorado voltou melhor e conseguiu fazer o placar. Se movimentando mais e criando espaços, Bolaños apareceu na partida. Primeiro, recebeu entre os zagueiros para abrir o placar. Depois, recebeu cruzamento rasteiro e completou. Por fim, pegou rebote da zaga e mandou no canto. Festa colorada. Finalmente, Bolaños algo fez desde sua chegada ao futebol brasileiro, no começo da temporada. O Coritiba ainda seguiu tentando, mas parou na falta de pontaria, nas defesas de Lauro e na zaga do Inter. Podemos dizer que foi um resultado "mentiroso", pois o Coxa teve grandes chances de marcar. Porém, foi um resultado justo.
Ps: perdoem o grande atraso na postagem da análisa da Série A. A Série B, ficarei devendo.

domingo, 28 de junho de 2009

No sufoco!

A Copa das Confederações pode ser uma prova do que pode acontecer em gramados sul-africanos ano que vem. Talvez. O fato é: O Brasil passou um sufoco tremendo para vencer os Estados Unidos e chegar ao título. Conquista extremamente merecida. Mais ainda depois da partida de hoje.

Quem esperava moleza, se enganou. Assim como na partida contra a Espanha, os norte-americanos entraram com uma determinação e atuando muito bem taticamente. O Brasil manteve o time do último jogo, mas com muito espaço no meio. Jogando com duas linhas de quatro e dois atacantes mais avançados, os EUA eram melhores do que no confronto da primeira fase. A Seleção Brasileira atacava, até dominava o jogo, mas chegava com pouco objetivo. Quando chegava, parava em boa atuação do goleiro Howard. E o inesperado por muitos, aconteceu. Aos dez, Spector recebeu na direita e mandou para a área, onde Dempsey desviou, sem chances para Júlio César: 1 a 0. Gol que veio em falha de marcação da defesa.

Jogando muito pelas laterais, principalmente pela direita, o Brasil teve boas chances de empatar, mas parou no goleirão estadunidense. Os Estados Unidos se seguravam e buscavam ampliar em um contra-ataque. Que veio aos 26, após bobeira do time brasileiro na sobra de um escanteio. Donovan disparou e tocou para Davies, que devolveu na media. O camisa 10 dos Estados Unidos cortou Ramires e bateu no contra-pé de Júlio César: belo gol, 2 a 0.

Os dois a zero no placar assustaram meio mundo do futebol. Será que os Estados Unidos seriam, disparadamente, a maior zebra da história das competições entre seleções? Poderia. Mas, o gol de Luis Fabiano, logo no primeiro minuto de jogo, mostrou que o Brasil voltou disposto a cumprir seu papel. E um gol digno de centroavante: recebeu na entrada da área, girou sobre o zagueiro já finalizando, no canto. Começou assim uma pressão brasileira, que teve boas chances, como a de Lúcio, de cabeça, obrigando Howard a fazer mais uma grande defesa. Aos 14 minutos, Kaká também tentou de cabeça e o goleiro claramente defendeu dentro do gol. O bandeira e o árbitro não deram.

Os norte-americanos começaram a explorar melhor os contra-ataques e por pouco não ampliaram. Dunga colocou Elano e Daniel Alves nos lugares de Ramires e André Santos. Continuou a dominar. O gol de empate só veio aos 29 minutos. Kaká fez boa jogada pela esquerda, dentro da área, e cruzou rasteiro. Robinho mandou de primeira e a bola explodiu no travessão e pingou na linha. Luis Fabiano não quis saber de dúvidas e cabeceou firme, empatando o jogo: 2 a 2.

Melhor em campo, o gol da vitória parecia questão de tempo. O que não evitou mais um susto ou outro. O gol do título não poderia vir de outro jogador se não o capitão do time. Elano cobrou escanteio, aos 39, e Lúcio subiu mais alto para cabecear e fazer: 3 a 2. A bola ainda tocou na mão do goleiro e na trave antes entrar. Gol chorado como a vitória brasileira, e emocionante como a comemoração do zagueiro! Festa brasileira. No finalzinho, os Estados Unidos deram um último susto após escanteio, arriscando de cabeça. A bola foi para fora. Fim de papo. Brasil Campeão!

Título de um time que mostrou saber jogar em conjunto. Apesar de algumas falhas, como os avanços timídos pela esquerda, o que dimensionava o jogo muito por um lado só, ou a falha de posicionamento e marcação de Gilberto Silva, o Brasil mereceu muito esse título. Mostrou entrega ao buscar resultados no fim, como nos jogos contra o Egito, África do Sul e na decisão. E provou que pode sim dominar uma partida, como fez contra a Itália. Devemos ser justos. Criticamos Dunga quando merecia, elogiemos então quando merece. O treinador já encontrou um time "ideal". Pelo menos em termos táticos. É um bom começo. Se nao for cabeça dura, tirar Gilberto Silva e dar uma chance a Fábio Aurélio na esquerda, pode arrumar um time forte.

Quanto a campanha norte-americana, algo incrível. De eliminados a quase campeões. Ótimo resultado, dando provas da evolução no futebol. Quanto à disputa de terceiro lugar, a Espanha segue sem me convencer. E Joel vai fazendo milagres na África do Sul, tornando um time limitado em, no minímo, competitivo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Nada como esperado


As semifinais da Copa das Confederações não seguiram o que era esperado. A Espanha não venceu os Estados Unidos e o Brasil não teve vida fácil contra a África do Sul. E aquela final esperada entre Brasil e Espanha não irá acontecer.

Não teria lugar mais apropriado para as zebras desfilarem. E os Estados Unidos podem ser considerados os reis do improvável. Ninguém dava nada para eles na primeira fase. Só um maluco colocaria suas fichas nos estadunidenses na última rodada da primeira fase. E eles se classificaram. Depois, pela frente, a poderosa Espanha. Não que eu concorde que o time espanhol é o melhor na atualidade. Talvez tenha sim alguns dos jogadores mais badalados, mas, desde a saída de Aragones, eu não vejo algo diferencial nos espanhóis. Confirmei isso nos jogos da primeia fase, com exibições muito comuns para quem é o primeiro no ranking. Mesmo que ninguém fica invicto 35 jogos sem merecer, o futebol apresentado por Xavi, Torres e cia, pode ser muito melhor.

Os Estados Unidos jogaram como alguém que não tinha o que perder. Mas jogaram de maneira correta. A Espanha entrou como quem pensava que a partida seria fácil. Não foi. Veio o primeiro gol estadunidense, pela frente uma marcação feroz e as oportunidades desperdiçadas. Na segunda etapa, a mesma coisa. E o segundo gol. Aí estava a zebra.

O resultado precaveu o Brasil. Por mais que tudo indicasse, o jogo contra a África do Sul não estava ganho. Viria pela frente um time que se entregaria em cada bola. Veio. Um time muito focado e contando com a pressão das vuvuzelas à seu favor. A seleção brasileira percebeu as dificuldades que teria pela frente desde o começo. Os sul-africanos por pouco não abriram o placar. Era um jogo equilibrado. O Brasil tinha dificuldades na saída de bola. Nem Ramires, nem Felipe Melo, até então destaques da equipe, faziam boa partida. Dunga demorava a mudar no time.

Mas, quando mudou, fez o essencial. Sorte, inteligência, visão futura, não sei. Só sei que deu certo e criou um herói: Daniel Alves. O seu olhar já dizia: ali, nasceria o gol. Olhar concentrado, fixo, sério. Foi para bola, bateu firme, com a perna direita. A bola fez aquela bela curva de sempre e entou, sutilmente, no canto esquerdo do goleiro: 1 a 0. Gol que silenciou o estádio sul-africano. Eram 42 minutos do segundo tempo. Já não havia muito o que fazer. A torcida não deveria ficar em silêncio. Deveria aplaudir um time guerreiro, que por muito pouco não aprontou mais uma surpresa imensa na Copa das Confederações.

Todos comandados por Joel. Aquele que nos ensinou, em pequenos detalhes, a ser um pouco mais brasileiro. Falando um inglês, digamos, engraçado ou não, Joel Natalino Santana mostra sua simplicidade e também a capacidade de surpreender. A Espanha que se cuide na disputa pelo terceiro lugar. O Brasil que se cuide na final. Como diria Émerson Leão, não existe mais bobo no futebol.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Trem Azul em vantagem

O Cruzeiro saiu na frente contra o Grêmio, na disputa por uma vaga na final da Libertadores. Foi uma partida típica da competição sul-americana: muita marcação, pegada, jogadas duras e confusão. Além de uma arbitragem das piores que já vi. E olha que nem era um brasileiro apitando... Com o gol gremista, tudo fica para o Olímpico.

O resultado foi justo. Apesar do Grêmio criar algumas boas oportunidades no começo, o Cruzeiro dominou a maior parte do jogo. Buscando os contra-ataques, o tricolor chegou com perigo e quase abriu o placar. Improvisando na lateral-esquerda, a Raposa falhava na marcação e justamente neste setor que os gaúchos aproveitavam. Na melhor oportunidade, aos 21 minutos, Maxi Lopez aproveitou bobeira da zaga celeste, e, de frente para o goleiro Fábio, tocou no canto e bola caprichosamente beliscou a trave. O Cruzeiro também teve duas boas chances, ambas com Jonathan.

E o gol veio aos 37. Kléber recebeu na direita e cruzou para Wellington Paulista cabecear firme, sem chances para Marcelo Grohe: 1 a 0. A resposta gaúcha veio quatro minutos depois, com Souza, que arriscou de longe e obrigou Fábio a fazer boa defesa. O primeiro tempo chegou ao fim, e com uma arbitragem horrível do chileno Henrique Osses. Sem critério nas faltas e advertências, não deu cartão em várias entradas violentas e por muito pouco não permitiu que o jogo virasse uma grande confusão.

No segundo tempo, o jogo seguiu a mesma linha: pegada, marcação e boas chances de gol. E não deu nem para respirar. Logo no primeiro minuto, Wagner recebeu na entrada da área e bateu pro gol. A bola desviou e matou o goleiro gremista: 2 a 0. Com Tcheco apagado, o Grêmio não conseguia criar. Quando chegava, pecava nas finalizações. Paulo Autuori colocou Herrera no lugar de Alex Mineiro, buscando melhorar o ataque. A Raposa, com a boa vantagem, tocava a bola e buscava espaços para chegar ao terceiro gol. E conseguiu. Aos 21, Marquinho Paraná cruzou na cabeça de Fabinho, que subiu livre e mandou no canto: 3 a 0.

Mas, um lance incomum mudou o retrato do jogo. O Cruzeiro domininava a partida até que, aos 27, o árbitro da partida se contundiu e foi substituido pelo quarto árbitro, o também chileno Jorge Osório. Aproveitando da paralisação que esfriou o jogo, o Grêmio voltou melhor e conseguiu chegar ao gol. Aos 34, Souza bateu falta com categoria, sem chances para Fábio: 3 a 1. O tricolor gaúcho cresceu e por pouco não fez o segundo. Mas, a partida ficou mesmo em 3 a 1.

Um gol fundamental para deixar o Grêmio vivo na competição. E que deve deixar o Cruzeiro muito mais atento para a partida de volta. O problema entre Maxi Lopez e Elicarlos deve ser tratado com cuidado, pois pode fazer da próxima partida um campo de batalha. Que o espetáculo seja preservado acima de tudo. Com o gol de Souza, o confronto fica aberto. Quem segue rumo ao tri? Cruzeiro? Grêmio? Mais uma vez, façam suas apostas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Seleção da 7ª Rodada

Em rodada de muitos gols e com vários volantes em destaque, a formação desta rodada veio no 4-3-3, com um meio-campo formado sem nenhum armador de ofício. Vamos aos escolhidos.

Eduardo (Náutico); Apodi (Vitória), Marcel (Santo André), Chicão (Corinthians) e Márcio Careca (Barueri); Jucilei (Corinthians), Carlos Alberto (Vitória) e Ibson (Flamengo); Marcos Aurélio (Coritiba), Pedrão (Barueri) e Adriano (Flamengo). Técnico: Estevam Soares (Barueri).

Os reservas: o goleiro Vanderlei (Coritiba); o lateral-direito Élder Granja (Sport); os zagueiros Wallace (Vitória), Wellinton e Ronaldo Angelim (Flamengo); o lateral-esquerdo Léo (Santos); os volantes Cristian (Corinthians) e Léo Gago (Avaí); os meias Pedro Ken e Carlinhos Paraíba (Coritiba), e Douglas (Corinthians); e os atacantes Fred (Fluminense), Obina (Palmeiras), Diego Tardelli (Atlético/MG) e Roger (Vitória). Vale mencionar o bom trabalho feito pelos treinadores Cuca (Flamengo) e Mano Menezes (Corinthians).

Concorda? Não? Opine.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Muitos gols, erros de arbitragem e Galo líder

Vamos às rápidas análises da rodada do Brasileirão, marcada pelos erros de arbitragem e muitos, muitos gols. Média de 4,3 por jogo.

- Atlético/PR 2x2 Palmeiras: Em bom jogo e com um final alucinante, Atlético e Palmeiras ficaram no empate. O jogo foi marcado pelos erros de arbitragem do senhor Alício Pena Junior, que anulou um gol legal de Obina e não marcou falta em Vinícius na jogada que originou o gol de empate do Verdão.

No primeiro tempo, os dois times tinham dificuldades para criar. O Palmeiras perdeu algumas boas chances, o mesmo que o Furacão. Na segunda etapa, Luxemburgo mandou o time ao ataque, com Obina e Ortigoza nos lugares de Diego Souza e Willians. Porém o Atlético saiu na frente, com gol de Rafael Santos, completando de cabeça a falta cobrada por Paulo Baier, aos seis minutos. O empate do alviverde veio aos 22. Vinicius recebeu recuou de Paulo Baier, tentou dominar e acabou chutando em cima de Obina, que foi pressiona-lo. A bola espirrou e o atacante deu um belo toque e empatou o jogo. Com Deyvid Sacconi no lugar de Jumar, no Palmeiras, e Wesley no lugar de Paulo Baier, no Atlético, o jogo ganhou maior velocidade e criação. Aos 34, Furacão chegou mais uma vez de bola parada. Marcinho cobrou falta por cima da barreira, sem chances para Marcos: 2 a 1 Atlético.

Se os critérios da arbitragem já eram contestados, se complicou mais ainda aos 39. Obina recebeu lançamento, matou no peito e mandou de voleio, fazendo um golaço. Porém, foi dado impedimento na jogada - a posição era muito legal, quem estava impedido era outro jogador. O Palmeiras foi na base do abafa em busca do empate. Aos 46, depois de confusão na área, Ortigoza chutou e Rodolfo, em cima da linha, salvou de cabeça, com a bola tocando ainda no travessão. Porém, aos 48, nova confusão na área e a bola sobrou para Keirrison, que não desperdiçou: 2 a 2. Festa alviverde, reclamação rubro-negra. No lance que originou o escanteio, um chutão de Marcos pra frente, que quase entrou, o goleiro Vinicius reclamou de falta. Nada marcado.

O resultado acabou saindo bom para o Palmeiras, que fica na quarta colocação. Já o Atlético, que viu a primeira vitória em casa escapar no último lance, é o lanterna do Brasileirão.

- Vitória 4x3 Botafogo: Em Salvador, jogo muito movimentado e também gol no finalzinho do jogo. A partida começou num ritmo fantástico, com cinco gols só no primeiro tempo. O Vitória abriu 2 a 0, com dois gols do atacante Roger, ambos em falha da defesa alvinegra. O Botafogo diminuiu com Juninho, cobrando falta. Porém, Adriano aproveitou rebote de Renan e ampliou novamente para o rubro-negro: 3 a 1. Aos 36, Batista completou de cabeça o cruzamento de Alessandro e diminuiu novamente.

No segundo tempo, o Botafogo foi para cima em busca do empate. Só conseguiu aos 26. Victor Simões recebeu ótimo passe de Renato e não perdoou: 3 a 3. O Vitória errava muitos passes e não chegava com muito objetivo ao gol de Renan. Mas, aos 44, o goleiro botafoguense saiu mal no cruzamento de Carlos Alberto e Apodi completou de cabeça: 4 a 3 Vitória.

Jogo marcado pela boa atuação de Carlos Alberto no meio-campo baiano e pelas falhas na defesa carioca. O Vitória manteve os 100% de aproveitamento no Barradão, sobe na tabela e já é o terceiro colocado. Enquanto isso, o Botafogo perder mais uma e é o 18° colocado, na zona de rebaixamento.

- Santo André 2x1 Sport: Mais uma partida com gol no finalzinho e erro da arbitragem. O Sport começou melhor, dominando a partida e criando boas oportunidades - boa parte delas com o estreante Élder Granja, pela direita. O gol, porém, veio em jogada pela esquerda. Aos 23, Dutra mandou para a entrada da área e o meia Hugo bateu firme, a bola quicou e matou o goleiro Neneca: 1 a 0 Sport. O técnico Sérgio Guedes mecheu no time logo depois, colocando o experiente Rodrigo Fabri em campo, buscando mais ofensividade. Deu certo. Na primeira jogada de ataque do Ramalhão, Cicinho foi ao fundo e tocou rasteiro para o meio da área, onde Élvis dominou e fez: 1 a 1.

O Sport continuou mais ofensivo durante todo o segundo tempo, criando mais e perdendo várias chances. Ou parava nas falhas de finalização ou nas defesas do goleiro Neneca. Mas, mais uma vez, o Santo André chegou ao gol em uma das raras chances criadas no jogo. Aos 48, Ricardo Conceição mandou para a área, Nunes desviou mandando na trave e Marcel, impedido, completou de cabeça o rebote: 2 a 1 Santo André. Erro da arbitragem que deixa o Ramalhão na oitava colocação e o Sport em penúltimo.

- Grêmio 2x2 Goiás: Mais um jogo decidido nos acréscimos. O Grêmio não teve vida fácil em casa, não jogou bem e por pouco não saiu com uma derrota do Olímpico. O Goiás foi melhor na primeira etapa e comandou as ações do jogo, com destaque para o meia Felipe Menezes. Porém, o Esmeraldino não conseguia concluir a gol. O mesmo aconteceu com o ataque gremista, que poucas vezes apareceu na partida. Tirando algumas conclusões, como a de Tcheco, parando no goleiro Harlei, e algumas descidas do ataque goiano, o primeiro tempo foi de poucas emoções.

Paulo Autuori veio do intervalo com duas alterações - Jadílson no lugar de Fábio Santos e Rafael Marques no de Adílson - buscando melhorar o posicionamento no meio e melhorar a saída de jogo. Mas, quem conseguiu voltar melhor foi o Goiás, que saiu na frente logo aos sete minutos. Iarley cobrou falta rapidamente e encontro Júlio César livre na esquerda, que cruzou para a área e Felipe completou: 1 a 0 Goiás. O empate veio aos 14. Herrera, em jogada típica de raça, invadiu a área e foi derrubado por Leandro Euzébio. Pênalti marcado e bem batido por Tcheco: 1 a 1. O Grêmio cresceu com o gol de empate, mas aos 23 minutos, Réver falhou no campo de defesa, perdeu a bola para Felipe, que tocou para Felipe Menezes, que bateu cruzado: 2 a 1 para os goianos. O gol de empate só veio na pressão e no final. Aos 47, bola alçada na área por Joílson, e Maxi Lopez completou de cabeça: 2 a 2. Alívio no Olímpico.

O Grêmio não jogou bem, sentiu a ausência de Souza no meio e os atacantes Herrera e Jonas pouco produziram. O Goiás tem um bom time, toca bem a bola, mas peca no chamado último passe. Enfim, empate que deixa o Grêmio em nono e o Goiás, em 13°.

- Náutico 0x1 Coritiba: Finalmente um jogo sem erro (aparente) de árbitro e nem gol no final. O Coritiba foi até os Aflitos, embalado pela goleada sobre o Flamengo na última rodada e conseguiu um grande resultado, que dá ânimo ao Coxa. Enquanto isso, o Náutico viu uma possível vitória escapar em uma paradinha.

O primeiro tempo foi de poucas chances. A melhor delas foi aos 13. Hugo arriscou de longe e Eduardo fez bela defesa, salvando o Timbu. René Simões voltou para o segundo tempo com Marcos Aurélio no lugar de Renatinho, buscando mais força ofensiva. Quem teve a primeira grande chance de abrir o placar foi o Náutico. Aos quatro minutos, Gilmar recebeu lançamento de Carlinhos Bala e foi derrubado por Pereira na área: pênalti. O próprio Gilmar foi para a cobrança, fez a paradinha, o goleiro Vanderlei não foi na dele e o atacante acabou mandando para fora. Prova de que "paradinha é para quem sabe".

O Coxa cresceu com isso, comandado por Marcos Aurélio. Primeiro, aos 12, ele fez fila e chutou para o gol, mas Gladstone salvou em cima da linha. Cinco minutos depois, o atacante mandou de fora e Eduardo defendeu. Aos 18, a bola entrou. Marcos Aurélio deu um belo drible em Gladstone na entrada da área e mandou para as redes: 1 a 0 Coritiba. Melhor organizado em campo, o time paranaense poderia ampliar o placar, mas parou em boa atuação de Eduardo.

Boa vitória do Coritiba, que sobe e é 14°. O Náutico perdeu a terceira seguida e, após bom início, é o 12°.

- Avaí 3x2 Fluminense: Fechando os jogos do sábado, na Ressacada, o Avaí venceu o Fluminense com um gol... nos acréscimos. O jogo começou com equilíbrio entre as equipes, mas o Flu chegava com maior perigo ao gol de Eduardo Martini. Quem abriu o placar, porém, foram os donos da casa. Aos 13, Muriqui fez tabela rápida com Uendel na entrada da área e tocou na saída de Ricardo Berna: 1 a 0 Avaí. Dois minutos depois, Marquinhos pegou a sobra fora da área e bateu firme, o goleiro tricolor tocou na bola, mas não evitou o gol: 2 a 0. O Fluminense teve algumas chances, mas parou novamente no goleiro Eduardo Martini.

Com Mariano e Leandro Amaral nos lugares de Diogo e Marquinho, Parreira conseguiu organizar melhor o Flu, que dominou o segundo tempo. Aos 13 minutos, Fred recebeu na área e tentou de "meia-bicicleta", mas a bola bateu no braço de André Turatto: pênalti. O próprio Fred, com paradinha, cobrou e fez: 2 a 1. Assim como Avaí fez no primeiro tempo, o tricolor demorou apenas dois minutos para chegar ao empate. Mariano cruzou para a área, Thiago Neves desviou para trás e Fred não perdoou: 2 a 2. O time catarinense criou boas oportunidades, mas parou em grandes defesas do goleiro Ricardo Berna. O Flu tentava de bola parada, mas sem sucesso. Aos 39, Maurício recebeu o segundo amarelo e deixou o time carioca com um a menos. Quando tudo caminhava para mais um 2 a 2 na rodada, aos 47, Léo Gago teve espaço e mandou uma bomba do meio da rua. A bola morreu no ângulo. Golaço! 3 a 2. Muita festa na Ressacada. Gol da primeira vitória do Avaí.

Justo ou não, venceu quem foi mais persistente. Enquanto o Fluminense parecia satisfeito com o empate, o Avaí foi atrás e acabou recompensado com um golaço de Léo Gago. O time catarinense ainda segue na zona de rebaixamento, na 17ª posição. O Flu é o 11°.

- Santos 2x3 Atlético/MG: Em jogo onde o árbitro Djalma José Beltrami Teixeira foi a grande "estrela", o Galo mantem a ótima fase, venceu o Santos em plena Vila Belmiro e é líder sozinho. A partida começou com cara de que o Santos dominaria. Logo no primeiro lance, Neymar, que começou no lugar de Molina, mandou uma bicicleta no travessão. O garoto estava inspirado. Aos 28, ele recebeu passe do estreiante Wagner Diniz e mandou por cobertura, mas Werley salvou. N final do primeiro tempo, saiu o gol. Aos 45, Neymar dominou a bola com estilo, na entrada da área e chutou, sem chances para o goleiro Aranha: 1 a 0.

O Galo voltou para o segundo tempo mais à frente, pressionado a saída de bola santista. A pressão deu resultado. Aos 15, depois de bola alçada na área, a zaga do Santos tentou cortar e Diego Tardelli pegou de primeira, fazendo um belo gol: 1 a 1. Após o gol, o jogo melhorou, e a virada atleticana demorou apenas cinco minutos. Evandro recebeu na entrada da área, deu um corte seco em Roberto Brum e mandou no canto. Outro belo gol! 2 a 1 Galo. Dominando a partida, o Atlético aproveitou que o Santos foi com tudo ao ataque e fez o terceiro. Aos 29, Aranha lançou Carlos Alberto, livre na direita, que aproveitou o espaço, invadiu e tocou na saída de Douglas - que entrou no lugar de Fábio Costa no primeiro tempo: 3 a 1. Para piorar as coisas para o Peixe, Maikon Leite machucou o joelho e não voltou. Como Vagner Mancini já havia feito as três alterações, o time ficou com dez em campo, aos 40 minutos.

No sufoco, o Santos conseguiu o segundo gol. Aos 43, Roberto Brum mandou para a área, Kléber Pereira ganhou no alto e a bola sobrou para Léo, que encheu o pé: 3 a 2. No fim, apareceu a "lambança" do árbitro Djalma Beltrani. Ele tinha marcado quatro minutos de acréscimo, mas encerrou aos 47. O time santista e o se treinador reclamaram - com razão - e, percebendo o erro, o Beltrani mandou recomeçar a partida. Para piorar, aos 50, após cobrança de falta, Molina fez de cabeça o gol de empate, mas o árbitro marcou falta - no minímo duvidosa - de Kléber Pereira no lance. Mais reclamação. Fim de jogo: 3 a 2 para o Atlético, que lidera sozinho, invicto e três pontos a frente do Inter. Dá para acreditar? O Santos é o décimo e sofre a segunda derrota seguida. E é incrível como o árbitro Djalma Beltrani arruma confusão em seus jogos. Penso que chegou a hora de manda-lo para a Série D. Ou nem isso.

- Corinthians 3x1 São Paulo: No Pacaembu, o Corinthians afundou o São Paulo ainda mais em crise. Porém, é mais um jogo - o quarto - com erro de arbitragem. O tricolor começou o jogo com um meio-campo 'congestionado", contando com Jean, Eduardo Costa e Richarlyson, além do trio de zaga, e apenas Borges na frente, sendo auxiliado por Hugo (de volta ao time) e Marlos. Foi essa a tática escolhida pelo interino - será que posso dizer assim? - Mílton Cruz. O Corinthians não contava apenas com Alessandro e Dentinho, que deram lugar à Diogo e ao jovem Marcelinho.

Como esperado, devido a tática escolhida pelo tricolor, o jogo começou com muita pegada e erros e mais erros de passe. O São Paulo foi quem chegou assustando, arriscando de fora da área, mas parando nas defesas de Felipe. Aos 20 minutos, o lance da discórdia. Marlos entrou na área em boa jogada individual e, ao driblar Diogo, foi derrubado, em lance claro de pênalti, ignorado pelo árbitro - que tinha boa visão da jogada. Como o tricolor tinha maior posse de bola, mas não fazia, o alvinegro começou a arriscar mais. E chegou ao primeiro gol aos 37. Cristian fez boa tabela com Douglas, saiu na cara de Dênis e fez: 1 a 0 Timão. O volante teve que sair logo após o gol, por problema muscular, dando vaga a Jucilei.

No segundo tempo, o jogo continuou igual. O São Paulo começou arriscando, mas sem sucesso. E o Corinthians cresceu e chegou a mais um gol. Aos 12, Chicão cobrou falta com maestria: 2 a 0. Com gritos de olé e vendo um adversário perdido e sem reação em campo, o Timão foi atrás do terceiro. Aos 26, Jucilei fez boa jogada e obrigou Dênis a mandar para escanteio. Na cobrança, o próprio Jucilei cabeceou, a bola quicou no chão e entrou no ângulo: 3 a 0. O tricolor ainda conseguiu o de honra, com Richarlyson, em belo chute, aos 35. Porém, nada que mudasse o jogo: 3 a 1 Corinthians.

Alguns pontos do clássico. O Corinthians segue com um padrão de jogo muito bom. Porém, volto a mencionar aqui: é de se analisar as seguidas lesões musculares que os jogadores corintianos sofrem nas partidas. No clássico, foram mais dois em menos de 40 minutos - Marcelo Oliveira e Cristian. Algo a ser analisado. Enquanto isso, o São Paulo precisa de mecher. Um time que tem Richarlyson como destaque, é de se repensar. Já não é novidade: o time precisa de reforços, visto que o pacote do começo de ano não funcionou. O Timão é o 5°, e o Tricolor, 16°, uma posição acima da zona de rebaixamento.

- Flamengo 4x0 Internacional: Em grande atuação de Ibson e Adriano, e em partida fraca do mistão colorado, o Fla não teve dificuldades para golear. E aliviou a pressão sobre Cuca.

O Flamengo começou melhor a partida. Aos 12, Ibson fez belo lançamento para Adriano que, livre, invadiu a área e tocou na saída de Lauro: 1 a 0. O rubro-negro criava boas chances e via o Inter chegar apenas em lances isolados e de bola parada. O segundo gol veio aos 35. Léo Moura cruzou para Ibson na área, e o meia deu um belo toque de calcanhar para Émerson, que não perdoou: 2 a 0. O terceiro veio ainda no primeiro tempo. Aos 46, Adriano cobrou falta, sem chances para o goleiro: 3 a 0.

A partida seguiu o mesmo retrato no segundo tempo. Tite mecheu no ataque, tirando Bolaños e Giuliano, mas nada adiantou. O Flamengo dominava e liquidou a partida aos 20. Léo Moura foi derrubado na área por Glaydson. Pênalti que gerou mais uma "guerra de vaidades" no time. Ibson, cobrador oficial, queria bater, Juan também, mas Adriano pegou a bola e foi para a cobrança. Bateu bem e fez o seu terceiro no jogo: 4 a 0. O inconformado Ibson acabou, quinze minutos depois, dando lugar a Petkovic, que voltou ao rubro-negro. Festa no Maraca e fim de papo: 4 a 0 Mengo.

O rubro-negro se recupera da goleada sofrida contra o Coritiba e sobe para a sexta colocação. Já o Inter conhece sua primeira derrota na competição e cai para a segunda posição.

- Cruzeiro 2x4 Barueri: O Barueri surpreendeu o time misto do Cruzeiro em pleno Mineirão e conseguiu um ótimo resultado. Adílson Batista poupou vários titulares, visando o confronto de quarta-feira, pela Libertadores. Mas, teve um começo de jogo empolgante. Logo aos dois minutos, Jonathan recebeu na área e abriu o placar para a Raposa: 1 a 0. O Barueri não se abateu com o gol e buscou o empate, que veio aos dez minutos. Fernandinho disparou pela esquerda, passou por Anderson e cruzou rasteiro para Thiago Humberto completar: 1 a 1. Percebendo o melhor momento na partida, o time paulista foi para cima e conseguiu a virada. Aos 25, Pedrão aproveitou desvio no primeiro pau e fez, de cabeça: 2 a 1 Barueri. O Cruzeiro ainda conseguiu chegar ao empate na primeira etapa. Aos 43, Wagner cruzou e Wellington Paulista cabeceou no contrapé de René: 2 a 2.

A defesa do Cruzeiro voltou disposta a entregar o jogo no segundo tempo. Se Léo Fortunato tentou na primeira, aos três minutos, o zagueiro Anderson conseguiu. Ele dominou mal no campo de defesa e foi desarmado por Márcio Careca, que entrou na área e tocou na saída de Fábio: 3 a 2. Com a fraca atuação de seu time, Adílson Batista colocou Kléber e Bernardo, buscando mais movimentação e ofensividade. Em vão. Aos 17, Fabinho foi expulso e complicou ainda mais a situação da Raposa. Fora algumas jogadas de ataque do Cruzeiro, o Barueri dominava a partida e explorava a saída rápida para matar o jogo. E foi assim que começou o quarto gol. Fernandinho mais uma vez disparou pela esquerda e foi derrubado por Léo Fortunato na área. Pênalti batido por Pedrão, artilheiro do Brasileiro com seis gols: 4 a 2. E por pouco não saiu o quinto. Fim de longa invencibilidade do Cruzeiro no Mineirão e quarto jogo seguido sem vencer no Brasileirão, que faz time ficar apenas na 15ª posição. Para o Barueri, foi a segunda vitória seguida, que deixa o time em sétimo.

Imagens: TerraEsportes.com

Curtas da Série B

A sétima rodada da Série B deixou o Bugre mais líder e marcou algumas surpresas.

- Começou na terça-feira, com dois jogos. Destaque para o Brasiliense, que venceu a Portuguesa, em pleno Canindé, por 1 a 0. O gol foi marcado por Cláudio Luiz, de cabeça, completando cobrança de falta aos 25 minutos do primeiro tempo. Grande vitória do time candango, que é vice-líder e vem jogando um futebol "certinho". A Lusa é 10ª colocada, mas apenas um ponto atrás do G4.

- No outro jogo da terça, o Ceará finalmente conseguiu a primeira vitória, ao bater o São Caetano, por 2 a 1. O alvinegro saiu na frente, com o zagueiro Erivélton completando cobrança de escanteio, aos 22 da primeira etapa. O empate do Azulão veio aos 17 minutos do segundo tempo, e um belo gol. Vandinho cobrou escanteio fechado e fez, olímpico: 1 a 1. Porém, outro zagueiro deu a vitória para os cearenses. Aos 40 minutos, após levantamento para a área, a bola sobrou para Fabrício que encheu o pé: 2 a 1. Os dois times não estão em boa situação: o Ceará é 18° e o São Caetano, 19°. Aliás, eu vejo cada vez mais o Azulão na Série C.

- Na sexta-feira, o Vasco voltou a tropeçar em casa, ao ficar no zero a zero contra o Duque de Caxias. A torcida vai perdendo a paciência com o jejum de gols do time. E que gol perdeu Élton? Com o goleiro batido, fez o mais difícil e mandou para fora. Philipe Coutinho estreiou bem, mas vejo que se criou um peso enorme sobre o garoto. O Vasco precisa acordar: é o quarto zero a zero, e o time está na quinta posição. Por mais cedo que seja, é bom ligar o alerta. O Duque é oitavo.

- Com gol do experiente Zé Carlos - aquele, ex-Botafogo - aos 27 do primeiro tempo, o Juventude venceu o Bragantino por 1 a 0, e respira na competição. Aliás, vale dizer que foi um jogo sem grandes chances de gol. Com a vitória, o Juventude saiu da zona de rebaixamento e está na 16ª posição. O Braga é 12°.

- Ainda na sexta-feira, o Figueirense venceu o Paraná, também por 1 a 0. Rafael Coelho recebeu um bom passe no meio da zaga, passou pelo goleiro e fez o gol da vitória. O Figueira se recupera e agora é 11°. O Paraná segue na gongorra e é o 14°.

- O sábado foi marcado pelos clássicos. No Moisés Lucarelli, o Derby Campineiro. O Guarani, mesmo na casa do adversário, venceu a Ponte Preta por 1 a 0 e é mais líder do que nunca. O gol da vitória veio logo no primeiro minuto. Caíque arriscou do meio da rua e o goleiro Gilson não chegou: 1 a 0. Vitória muito comemorada pelo Bugre, que abre quatro pontos de vantagem na liderança. A Ponte continua fora do G4, na sexta posição.

- No Serra Dourada, o Atlético/GO venceu o Vila Nova: 3 a 2. O Atlético começou com tudo e abriu 2 a 0 em 16 minutos. Marcão abriu o placar, aproveitando a sobra após cobrança de falta do goleiro Márcio. Depois, Robston invadiu a área e ampliou: 2 a 0. O Vila diminuiu com o zagueiro Gil, ainda no primeiro tempo, e chegou ao empate aos 36 do segundo, com Washington, chutando forte, sem chances para o goleiro. O gol da vitória veio aos 46. Gilson pegou a sobra do escanteio e chutou rasteiro, no canto: 3 a 2. Bela vitória do Dragã, terceiro colocado na Série B. O Vila é o 13°.

- Em Campina Grande, o Fortaleza venceu o Campinense por 4 a 2 e saiu da zona de rebaixamento. O jogo foi belos gols, como o de Eusébio, que chutou forte da entrada da área e abriu o placar para o time cearense. Marcelinho, em gol olímpico, empatou. O Campinense chegou a virada ainda no primeiro tempo: Jaílton mandou um balaço de fora, a bola ia no ângulo, bateu no travessão e no chão - dentro dol gol - e, no rebote, Marcelinho completou, para não ficar dúvidas: 2 a 1. Sílvio, aproveitando cobrança de falta, empatou novamente: 2 a 2. O segundo tempo foi de Marcelo Nicácio, que fez dois gols - um de pênalti e outro em contra-ataque - e deu a vitória ao tricolor cearense: 4 a 2. O Fortaleza agora é 15° e o Campinense, o lanterna.

- Em Natal, clássico entre América e ABC. Deu Dragão: 1 a 0, gol de Sandro Hiroshi - ele mesmo! O América vai surpreendendo e já o quarto colocado. Para melhorar, deixou o rival ABC em 17°, na zona de rebaixamento.

- Fechando a rodada, Bahia e Ipatinga ficaram no 1 a 1. Os gols da partida vieram apenas no segundo tempo. O tricolor saiu na frente, aos seis minutos, com Joãozinho, aproveitando a sobra do escanteio. O empate do Tigre veio aos 13, com Amilton, aproveitando cruzamente de Cláudio. Os dois times ficam com 11 pontos, um a menos que o América, quarto colocado. O Bahia é nono, e o Ipatinga é sétimo.

A artilharia da Série B é de Edivaldo, do Duque de Caxias, com oito gols. Um a mais que Bill, do Bragantino, e Rafael Coelho, do Figueirense.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A Raposa e os argentinos

Definidos os dois últimos semifinalistas da Copa Libertadores. E lá vem dois times de chegada.

- No Morumbi, o Cruzeiro não deu chances ao São Paulo e liquidou a fatura: 2 a 0. Fim da história de que a Raposa só vence em casa. Fim de papo para o atual elenco tricolor? Não sei. Mas, é evidente que algumas coisas precisam mudar.

O jogo foi todo do Cruzeiro. O que se viu foi um São Paulo perdido em campo, contra um Cruzeiro que jogou melhor e de forma inteligente. Muricy errou ao lançar Richarlyson na zaga e Hernanes no banco. Ou pior, deixar Dagoberto no banco e não colocar o atacante pela direita. O tricolor até tinha posse de bola e pressionava no campo de ataque, mas não era objetivo, sem finalizar. Na primeira etapa, foram três boas conclusões mineiras contra apenas uma dos donos da casa. Na melhor chance da Raposa, Kléber chutou de fora e Dênis se esticou todo para fazer a defesa. E aos 43, o fator decisivo da partida: Eduardo Costa fez falta dura em Jonathan e, como já tinha amarelo, foi corretamente expulso.

O São Paulo voltou com Dagoberto no lugar de Washington - mais uma fraca atuação - e Hernanes no de Junior Cesar - erro de Muricy, ao meu ver, que insistiu em Zé Luís, fraco na partida. Mas parou em um Cruzeiro bem posicionado e com boa saída de bola. O que se via erea um tricolor abusando em errar passes e com excesso de preciosismo na criação. Melhor em campo, a Raposa conseguiu matar a partida aos 21 minutos. Henrique recebeu na direita e mandou uma bomba, no ângulo de Dênis: golaço! 1 a 0 Cruzeiro. Silêncio no Morumbi.

Adílson Batista mecheu no time, tirando Wagner e Jonathan e colocou Jancarlos e Thiago Heleno. Com isso, equilibrou a defesa, mas não deixou de dominar o jogo. Aos 30, Kléber bateu cruzado e por pouco não ampliou. Muricy, vendo a dificuldade de sua equipe chegar ao ataque, fez uma última tentativa: tirou Zé Luís e colocou André Lima. Porém, aos 35, o Cruzeiro liquidou o jogo. Bernardo chutou da entrada da área e André Dias saltou colocando a mão na bola. Pênalt e expulsão do capitão sãopaulino. Kléber cobrou bem e fez: 2 a 0. A partir daí, o que se viu foi o São Paulo abusando de entradas violentas, como as de Renato Silva e Borges - essa, digna de STJD - em Kléber. Wellington Paulista ainda mandou uma bola na trave. Fim de jogo: Cruzeiro classificado. São Paulo fora, novamente frente a um time brasileiro.

Venceu quem foi mais inteligente, quem teve uma equipe mais compacta e que soube aproveitar melhor os espaços dados pelo adversário. O resultado apenas deixa evidente o que se comenta aqui em toda a temporada: o São Paulo está cm um time muito inferior do que era esperado. Não tem variação de jogadas, seus dois principais atletas estão em baixa (Hernanes e Jorge Wagner) e alguns problemas com jogadores ficaram evidentes, como o caso de Borges. Além disso, a contusão de Rogério Ceni fez o elenco sentir muito a falta de seu capitão e líder. Já o Cruzeiro vem sendo elogiado desde o início por esse blog e com razão chega as semifinais. É um time com variação de jogadas, sabe usar bem as laterais como os meias. Tem dois volantes que sabem apoiar com qualidade. O único defeito, que era saber jogar bem fora de casa, parece ter sido exorcizado. E tem um dos principais jogadores do país: Kléber. Um atleta com cara de Libertadores. Possui raça e técnica. E se segurou bem, apesar das entradas duras da zaga são-paulina.

Enfim, chega o Cruzeiro e vai agora enfrentar o Grêmio, em duas partidas eletrizantes. Quando todos falam de São Paulo, Internacional, Corinthians, etc., Cruzeiro e Grêmio tem tudo para conquistar o mais desejado torneio das Américas.

- E os argentinos chegaram. Depois do fracasso na primeira fase, a queda do Boca Juniors, o então contestado Estudiantes chega as semifinais. O time de Verón precisava apenas de um empate, mas despachou o surpreendente Defensor com mais uma vitória, agora em casa. Aos 13 minutos, após cruzamento para a área, a zaga uruguaia cortou mal e Benitez mandou pro gol: 1 a 0. Agora, o Estudiantes pega outro time uruguaio: o Nacional.

Façam suas apostas.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Novos titulares, a zebra, o aperto e os bafana...

Quatro pontos importantes na segunda rodada da Copa Libertadores. Os novos titulares de Dunga, a zebra egipicia, a vitória no sufoco da Espanha e a festa dos Bafana Bafana. Vamos lá, em uma análise que vai de hoje pra ontem.

- Primeiro, o Brasil. Uma vitória importante. Não pelo placar de 3 a 0 sobre os Estados Unidos, mas porque Dunga deve manter as alterações feitas para essa partida. Uma atuação para dar moral ao elenco e mostrar forças importantes no elenco.

A seleção brasileira dominou a partida, e fez 2 a 0 logo no primeiro tempo: primeiro com Felipe Melo, aos seis minutos, completando de cabeça ótimo cruzamento de Maicon; e Robinho, que recebeu um passe açucarado no contra-ataque puxado por Ramires desde o campo de defesa e teve apenas o trabalho de mandar para as redes. Fora isso, vários bons momentos com Kaká, Luís Fabiano e nos avanços de Maicon pela direita. Os norte-americanos até tentavam, mas ou paravam na marcação brasileira, ou na própria deficiência técnica.

Na segunda etapa, o Brasil manteve o ritmo, a posse de bola, mas passou a utilizar mais o lado esquerdo do campo, com Robinho ajudando mais o timído André Santos. Os Estados Unidos até começaram assustando, em dois lances de Altidore. Robinho e Kaká responderam, obrigando o goleiro Howard trabalhar. Com a expulsão de Kjestan, aos 12 minutos, ficou ainda mais fácil para a Seleção. Cinco minutos após a expulsão, veio o terceiro gol. Em triangulação de Maicon, Ramires e Kaká, o lateral recebeu na área, invadiu pelo fundo e bateu sem chances para o goleiro: 3 a 0. Gol para coroar a grande atuação de Maicon na partida. Depois disso, Dunga fez alguns testes, com Júlio Baptista no lugar de Kaká, Nilmar no de Luís Fabiano e Luisão na vaga de Lúcio. A partir daí, foi só administrar. No fim, os EUA quase diminuiram, mandando uma bomba no travessão de Júlio César e arriscando em chutes de fora. Mas, o gol não veio: 3 a 0 Brasil.

Os pontos: Júlio César foi tranquilo e pouco exigido. A dupla de zaga formada por Miranda e Lúcio foi segura. Miranda merece mais a vaga do que o cansado e sem ritmo Juan - nessa competição. Maicon deve voltar a ser titular. Marca e apoia como ninguém. André Santos foi timído, seja pelo posicionamento, seja pela estreia como titular. Gilberto Silva até jogou bem - está certo que o adversário não exigiu muito, mas merece o elogio. Felipe Melo ganha cada vez mais a vaga, contestado ou não. Ramires foi de longe um dos melhores em campo. Correu, marcou, ajudou e participou de dois gols. Por mim, ganharia a vaga de Elano. Kaká fez as suas jogadas de velocidade de sempre e foi importante. Robinho apareceu mais no jogo, em comparação à partida contra o Egito. Fez boa atuação, participando e levando perigo no ataque. Luís Fabiano mostra que merece a camisa 9, mas ainda tem alguns apagões durante o jogo. Os que entraram, pouco tempo tiveram para algo. Espero que Dunga mantenha esse time como titular no restante da competição.

- No outro jogo desta quinta-feira, a primeira grande zebra em campos africanos. O Egito venceu a Itália por 1 a 0 e aprontou a primeira surpresa na Copa das Confederações. A Itália comandou o jogo, atacou quase todo o tempo, mas pecou nas finalizações e nos cruzamentos. O goleiro El Hadary só foi exigido em dois chutes, dos nove realizados pelos italianos no primeiro tempo. Na melhor chance, aos 25, o goleirão voou para defender belo chute de Rossi, de fora. Porém quem abriu o placar foi a seleção egípicia. Aos 39, Rabbou chutou de fora e Buffon deu um tapinha, mandando para escanteio. Na cobrança, Hommos subiu livre e mandou no canto direito de Buffon, sem chances para o goleiro italiano: 1 a 0 Egito!

No segundo tempo, como esperado, a Itália pressionou o tempo todo e o Egito só se defendeu. E brilho a estrela do goleiro El Hadary. Foi um bombardeio. Quando não era o goleiro, a bola passava perto, como em falta cobrada por Pirlo, aos 17. Aos 28, Montolivo saiu na cara do goleiro, mas chutou em cima do camisa 1. Três minutos depois, o Egito quase ampliou com Aboutrika, em chute de fora. No minuto seguinte, Pirlo cruzou e Iaquinta chutou para mais uma defesa de Hadary, quase em cima da linha. Aos 40, Iaquinta foi cruzar e acabou acertando o travessão. Até Buffon foi para a área tentar o empate. Mas não era o dia dos italianos. Era sim, o dia de El Hadary e do Egito: 1 a 0.

Agora, o Egito pode eliminar de vez os atuais campeões mundiais. Se os campeões africanos vencerem os Estados Unidos e a Itália não vencer o Brasil, teremos mais uma grande surpresa na competição. Será? Eu acredito no Egito!

- Sobre os dois jogos da quarta-feira. A Espanha custou a passar pela barreira criada pelo Iraque. Venceu por 1 a 0, gol de David Villa, aos nove minutos do segundo tempo. Está certo que o time espanhol veio sem quatro titulares e enfrentou uma equipe toda fechada. Mas, a dificuldade em sair da marcação iraquiana - que não é aquelas coisas - e a falta de jogadas pelas laterais complicaram ainda mais a partida. E o Iraque até se soltou e por pouco não arrancou um empate. Porém, 1 a 0 e classificação garantida para a Espanha.

- E a África do Sul venceu a Nova Zelândia, fraca demais, por 2 a 0. Resultado que alivia a pressão sobre Joel Santana. Os dois gols foram marcados pelo atacante Parker, o primeiro aos 21 do primeiro tempo, e o segundo gol aos sete da segunda etapa. Os Bafanas-Bafanas abusaram de perder gols. Pecam pelo individualismo em algumas jogadas, e pelo preciosismo em outras. Porém, os africanos não devem ficar de fora. Tomara né, Joel?!

Timão na frente

Com grande atuação de Felipe e gols de Jorge Henrique e Ronaldo, o Corinthians saiu na frente e abriu boa vantagem na final da Copa do Brasil. A vitória corintiana foi justa, apesar do domínio colorado na segunda etapa. Venceu quem foi mais eficiente. A boa vantagem também se deve a Felipe, que fechou o gol e deixa o Timão perto do tricampeonato da Copa do Brasil.

O Corinthians começou a partida pressionando a saída de bola do desfalcado Internacional. A chave corintiana eram as jogadas pelos lados. Os laterais Alessandro e, principalmente Marcelo Oliveira, que substituiu André Santos, mesclavam apoio e marcação muito bem. A primeira grande chance do jogo foi de Ronaldo. Aos 22, o camisa 9 recebeu cruzamento de Dentinho, mas Lauro fez grande defesa. O primeiro gol veio aos 26. Marcelo Oliveira apareceu bem na esquerda e cruzou rasteiro para Jorge Henrique completar: 1 a 0. O Inter pressionou e incomodou várias vezes a defesa do Corinthians, mas parou na zaga ou no goleiro Felipe. O time colorado criava mais pelo lado esquerdo, com Marcelo Cordeiro e Taison, sempre buscando Alecsandro na área.

No segundo tempo, o Colorado dava sinais que buscaria o empate. Porém, aos oito minutos, tomou um banho de água fria. em jogada irregular, o Corinthians chegou ao segundo gol. Elias cobrou falta com a bola rolando e lançou Ronaldo, que fez o que sabe: ganhou na corrida, invadiu a área, cortou Índio e bateu de canhota, sem chances para Lauro: 2 a 0. Quanto ao lance: Elias percebeu sim que o árbitro Héber Roberto Lopes marcou falta. O árbitro, muito perto do lance e observando a cobrança, deveria ter visto que o meia corintiano cobrou a falta com a bola rolando. Pegou toda a defesa colorada de surpresa e acabou chegando ao gol. A reclamação do Inter faz sentido e é válida.

A partir daí, começou a brilhar o goleiro Felipe e o domínio do Inter. Primeiro, aos 16, Andrezinho cobrou falta muito bem e obrigou o goleiro se esticar todo e fazer bela defesa. Aos 28, Taison recebeu ótimo passe de Andrezinho nas costas da zaga e saiu cara-a-cara com Felipe, que fez mais uma bela defesa. Três minutos depois, Guiñazu arriscou e o camisa 1 apareceu mais uma vez. Porém, aos 34, Leandrão (!) foi expulso e acabou esfriando a pressão gaúcha. Dali em diante, fora uma tentativa ou outra, o jogo foi no banho-maria. Fim de papo: 2 a 0.

Alguns pontos: os desfalques do Inter prejudicaram sim o time. Para ajudar, Tite mecheu mal ao colocar Leandrão no lugar de Alecsandro. Não só porque o atacante que entrou foi expulso, mas porque o titular vinha bem. Assim como também mecheu mal ao tirar Andrezinho após a expulsão. Desnecessário. Era só recuar Magrão e/ou Guiñazu para a posição de cabeça-de-área. Enfim. Já o Corinthians não foi tão bem, mas jogou para matar em cada chance. Conseguiu. E isso deve dar o título ao time. Por mais que segue aberta a briga, o Timão dá um passo importante rumo ao título.

Tricolor segue. Verdão fica.

Dois empates. Dois zero a zero que deram rumos diferentes à Palmeiras e Grêmio na Libertadores. O Alviverde está fora. Os gaúchos seguem em frente. Vamos aos jogos que definiram os primeiros semifinalistas da competição.

- A Espera de Um Milagre. Esse seria o filme que traduziria a campanha palmeirense até aqui. Foi dessa maneira que o time passou pelo Colo-Colo na primeira fase e que eliminou o Sport, nas oitavas. Porém, os milagres cessaram. Porém, como bem descreveu o santo do time, Marcos, o Palmeiras caiu diante de um time inferior. Tanto que a equipe palmeirense dominou e teve grandes chances de fazer o sonhado gol, que daria um rumo diferente ao jogo.

Virou o jogo do "se". Há, se aquela bola de Cleiton Xavier não batesse na trave e fizesse um golaço olímpico. Se Obina não perdesse aquela grande chance no fim do jogo. Se o goleiro Muñoz não conseguisse voltar quando Cleiton Xavier tentou encobri-lo. Se o goleirão Marcos conseguisse cabecear aquela bola no último lance... Nada disso aconteceu. O Nacional fez sua parte. Jogou com o regulamento debaixo do braço e deixou o tempo correr. E foi feliz no fim.

Foi uma partida de início nervoso, com erros de passes. O Palmeiras passou a apostar em jogadas pelos lados do campo, e o Nacional buscava chegar em chutes de fora da área. Os dois times reclamaram pênalti em possíveis toque de mão na área. Ambos não marcados. No segundo tempo, o time uruguaio voltou amarrando o jogo, com catimba, demora e muitas faltas. Com a entrada de Ortigoza e Obina no time, o Palmeiras foi para o sufoco. O paraguaio deixou Obina duas vezes na boa para fazer o gol, principalmente aos 39, quando o atacantes estava livre, na pequena área, mas cabeceou à esquerda do goleiro Muñoz. O Nacional por pouco não matou o jogo em um contra-ataque, com Garcia mandando à esquerda do gol. No último lance, por pouco Marcos não faz mais um milagre, agora tentando marcar o gol da classificação. Não deu. Zero a zero no placar. Nacional classificado, Palmeiras fora.

A culpa da eliminação não está nessa partida, mas nos erros do primeiro jogo. Erros de escalação e vacilo da zaga quando o time vencia por 1 a 0. Custou mais caro do que se esperava. O Nacional não é nenhuma maravilha, mas é um time que pode chegar. Joga no estilo de duas linhas de quatro, com os meias abertos pelos lados e dois atacantes que se movimentam bem. Porém, volto a dizer a frase usada por Marcos: das classificações conquistadas, essa seria a mais justa. Acabou o sonho do bi da Libertadores. Começa a caça as bruxas. O time não é ruim, teve muita luta e disposição, mas faltou um pouco mais de maturidade e experiência. Algo que já era colocado desde o início como ponto negativo do time. Que fique claro: antes de achar culpados, o Palmeiras precisa encontrar soluções.

- No Olímpico, o Grêmio não teve a vida fácil que esperava. Apesar do domínio, o time gaúcho não conseguiu chegar ao gol e tomou alguns sustos. Porém, a vitória seria mais justa para os tricolores do que para os venezuelanos.

Paulo Autuori veio de 4-4-2, saindo de vez do sistema com três zagueiros. Isso deu maior liberdade a Souza e Tcheco no setor de criação. O argentino Maxi Lopez perdeu gols e mais gols. Só na primeira etapa foram quatro oportunidades desperdiçadas. Tcheco e Souza também tiveram suas oportunidades. O ponto negativo do sistema tático gremista ficou por conta pelo atuação fraca dos laterais Ruy e, principalmente, Fábio Santos. O Caracas teve duas grandes chances de surpreender ainda na primeira etapa. Na melhor delas, Lucena mandou de fora da área e Marcelo Grohe fez uma grande defesa. A bola tinha destino certo.

No segundo tempo, o Grêmio seguiu com maior posse de bola e desperdiçando chances.Com a entrada de Herrera no lugar do apagado Alex Mineiro, o time ganhou maior movimentação da dupla de frente. Com a boa atuação dos volantes Túlio e Adílson, o Caracas não conseguia criar. Porém, aos 39, arrancou um frio na espinha da torcida gremista. Castellín cabeceou para fora, quase embaixo do gol. Maxi Lopez mais uma vez teve oportunidades, mas não aproveitou. Na segunda etapa, foram duas chances claras. Ainda bem que não fez falta.

Não foi fácil. O Caracas fez uma ótima campanha, inesperada para muitos. Mostra que o futebol venezuelano evolui cada vez mais. Porém, o Grêmio foi superior e se classifica com justiça. Agora, espera por São Paulo ou Cruzeiro nas semifinais. E, de um time desacreditado no início do ano, após a queda de Celso Roth e críticas da torcida, o tricolor gaúcho tem tudo para chegar a final da Libertadores mais uma vez. E com chances reais de ser campeão.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Seleção da 6ª Rodada

Uma rodada onde tivemos algumas unanimidades. Aliás, não foi uma seleção complicada de se escolher. O goleiro, a dupla de zaga, a ala esquerda e um dos meias não tiveram concorrentes. Em outra posições, uma certa dúvida, mas nada improvável. Vamos aos onze e o treinador da rodada:

Felipe (Corinthians); Rodrigo Heffner (Coritiba), Rafael Santos (Atlético/PR), Marcão (Palmeiras) e Júnior (Atlético/MG); Batista (Botafogo), Éverton (Barueri), Márcio Araújo (Atlético/MG) e Marcelinho Carioca (Santo André); Keirrison (Palmeiras) e Bruno Batata (Coritiba). Técnico: Celso Roth (Atlético/MG).

Os "reservas"foram poucos: na lateral-direita, Marcos Pimentel (Barueri) e Wendell (Palmeiras); o volante Pierre (Palmeiras); os meias Marquinho (Avaí) e Cleiton Xavier (Palmeiras); e o atacante Diego Tardelli (Atlético/MG). O treinador que também merece ser mencionado é René Simões, do Coritiba.

Opinem.

domingo, 14 de junho de 2009

Curtas da Série A

- Botafogo 2x0 Santos: jogo fraco tecnicamente, com muitos erros de passes. Venceu quem arriscou mais. Primeira vitória dos botafoguenses, primeira derrota dos santistas.

- São Paulo 1x1 Santo André: Golaço de Marcelinho Carioca! E Borges fez mais um! O São Paulo parece ter encontrado sua pedra no sapato.

- Sport 0x1 Atlético/PR: O Furacão vence a primeira, após a saída de Geninho e na estreia de Waldemar Lemos. Já o Sport parecia que ia em frente depois da virada sobre o Flamengo, mas não conseguiu fazer o papel em casa.

- Coritiba 5x0 Flamengo: Goleada inesperada do Coxa. Mais uma série de panes na defesa rubro-negra. Não entendi a expulsão de Aírton e Ariel. Bruno não segurou uma. Adriano não fez nada. Não se impressionem se Cuca for demitido nas próximas semanas.

- Goiás 0x0 Corinthians: Resultado injusto para os goianos que pararam em Felipe, na trave e no azar. Que lance foi esse da bola batendo no travessão, na trave e na linha? Incrível.

- Fluminense 0x0 Grêmio: Fora um lance ou outro, o resultado não foi tão injusto no Maraca.

- Atlético/MG 3x0 Náutico: O Galo vem jogando bem e mostra que a mudança de treinador fez as coisas melhorarem. E Celso Roth, tão criticado, novamente está nas cabeças do Brasileirão. E o Náutico deve começar a descer a ladeira.

- Barueri 3x1 Avaí: Boa vitória do Barueri, a primeira na Série A. E o Avaí, único que não venceu até aqui, é o lanterna.

- Internacional 0x0 Vitória: Com o time reserva, o colorado saiu no lucro. Se não fosse o goleiro e as falhas na finalização, o Vitória poderia ter saído com três pontos do Beira-Rio.

- Palmeiras 3x1 Cruzeiro: Grande vitória alviverde! De virada, sobre um forte adversário, ganha moral para o jogo de quarta-feira e vê K9 voltar a jogar bem e fazer gols. Incrível como a entrada de Willians muda a cara do time.

Bugre segue líder

Curtinhas da Série B:

- Na sexta-feira, Paraná e Ceará fizeram o jogo das viradas. E acabaram no empate. Wellinton Amorim abriu o placar para o Ceará. Alex Afonso e Adoniram - em um golaço! - viraram ainda na primeira etapa. No segundo tempo, o Vovô reassumiu a vantagem, com mais um gol de Wellington Amorim e outro de Preto, mesmo com um a menos em campo. Porém, o tricolor paranaense chegou ao empate com Wellinton Silva, em posição irregular. O Paraná é o 13° e o Ceará, o lanterninha, sem nenhuma vitória até aqui.

- No Castelão, outro jogo das viradas. O Fortaleza bateu o Juventude, por 3 a 2, e conquistou sua primeira vitória na Série B. Marcelo Nicácio fez 1 a 0 para o tricolor logo aos três minutos. Porém, com dois gols de Jandson, aos 20 e aos 25, o time gaúcho virou o placar. Aos 30, veio o empate, com Luís Carlos. O gol da vitória só veio no segundo tempo, aos 33, com Cleisson. O Fortaleza agora é 16°, uma posição acima do Juventude, que abre a zona de rebaixamento.

- No sábado, a Ponte Preta manteve o embalo dentro da competição e venceu o São Caetano, fora de casa, por 2 a 0. Márcio Mexerica abriu o placar no primeiro tempo e Danilo Neco fechou o placar na etapa final. Os dois gols sairam dos pés do meia Tinga - não é aquele. O Azulão segue mal das pernas e é o 18°. A Macaca chegou ao 3° lugar.

- Em Mesquita, o Duque de Caxias goleou o América/RN por 4 a 1, de virada, em tarde inspirada do atacante Edivaldo, que marcou os quatro gols do time carioca. Apesar do placar, o time de Natal fez alguma pressão durante a partida e poderia ter complicado mais o jogo. Embalado com três vitórias consecutivas, saiu na frente, com Fábio Neves, logo aos cinco minutos. Porém, era o dia de Edivaldo. O atacante fez dois em cada tempo e decretou a goleada. O Duque de Caxias segue fazendo boa campanha e é o sexto colocado. O América/RN é o 12°.

- No jogo mais esperado da rodada, Guarani e Vasco ficaram no 0 a 0. A partida começou truncada, sem muitas chances, porém só o time vascaíno criou oportunidades de gol. Carlos Alberto foi expulso ainda no primeiro tempo. Com um a mais em campo, o Guarani melhorou e foi mais objetivo no segundo tempo. A partir dos 30 minutos, os dois times foram pra cima. O Bugre buscava o ataque e o Vasco tentava no contra-ataque. Mas, o placar acabou mesmo no zero a zero. O Guarani perde os 100% de aproveitamente, mas se mantem na liderança, enquanto o Vasco segue em quarto, mas vê muita gente se aproximando. A equipe cruzmaltina não vence a três jogos na Série B.

- O ABC venceu o Vila Nova, por 1 a 0, e saiu da zona de rebaixamento. O gol foi marcado por Fábio Saci, ainda no primeiro tempo. O ABC é 16° e o Vila, 11°.

- No Serra Dourada, o Atlético/GO se reabilitou e venceu o Figueirense, por 3 a 2. Pituca fez 1 a 0 para os donos da casa. Juninho ampliou. Schwenk diminuiu para o Figueira, no começo do segundo tempo. Anaílson fez o terceiro, em frango do goleirão Wilson. Porém, não decidiu o jogo. Roger diminuiu para 3 a 2. E, aos 40 minutos, o Figueirense teve um pênalti a seu favor. Rafael Coelho bateu, mas o goleiro Márcio fez a defesa, ganrantindo a vitória para o Atlético. Os goianos estão em décimo, enquanto o Figueira é apenas o 14°. Algo me diz que Roberto Fernandes deve cair logo logo.

- Fechando a rodada, o Bragantino venceu o Campinense, também por 3 a 2. Destaque para o bom atacante Bill, que marcou duas vezes. Léo Jaime fez o outro do Braga, enquanto Henrique e Giuliano marcaram para os paraibanos. O Bragantino é o nono colocado, porém um ponto a menos que o Vasco, quarto. Já o Campinense, do técnico Argel, é o penúltimo.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Rumo à África do Sul

- Não foi convincente, nem empolgante. Mas, a Seleção venceu. E não foi um time qualquer, mas a boa seleção paraguaia. A vitória por 2 a 1, de virada, deixa o Brasil praticamente garantido na Copa de 2010. Maravilha. Porém, algumas coisas ainda continuam iguais.

Como já era esperado, o jogo contra o Paraguai seria mais complicado. Jogo truncado, adversário fechado e buscando um espaço para o contra-ataque. E, assim, ficou mais uma vez evidente a dificuldade da Seleção de Dunga abrir espaços. O Brasil tentava demais pelo meio e parava na marcação do Paraguai. Elano não abria espaços, Daniel Alves era bem marcado e Kléber era modesto no apoio. Sendo assim, ficava difícil para o trio Kaká-Robinho-Nilmar conseguir furar a barreira paraguaia.

O jogo foi passando, o Paraguai adiantou a marcação, começou a assustar e chegou ao gol. Aos 25 minutos, Cabañas - justo ele - cobrou falta, a bola desviou em Elano e entrou: 1 a 0 Paraguai. O que foi fundamental para o Brasil foi a paciência. Mesmo errando passes e parando na marcação adversária, o time teve calma para chegar. E chegou. Aos 40, Daniel Alves pegou sobra na direita e mandou na área para Robinho, que bateu de primeira, sem chances para o goleiro: 1 a 1.

O gol de Nilmar, logo no começo do segundo tempo, resolveu o jogo. Logo aos nove minutos, Felipe Melo lançou para Nilmar, que tentou tocar de peito para Robinho. A bola bateu na zaga, sobrou para o próprio camisa 9, que tocou na saída do goleiro e viu a bola entrar mansamente: 2 a 1! Com isso, o jogo ficou mais aberto e a Seleção conseguiu criar mais e chegar com maior facilidade. Fora alguns sustos, o Paraguai foi dominado e o Brasil por pouco não ampliou a vantagem durante o segundo tempo.

A defesa foi muito bem. Falar de Júlio César já nem é necessário. Juan e Lúcio formam uma dupla impecável. Daniel Alves foi bem, mas tem apagões na partida e não marca tão bem quanto Maicon. Kléber não convence. Gilberto Silva também não. Felipe Melo, ao meu ver, jogou muito bem, preenchendo muito bem seu espaço taticamente e fazendo papel de volante, que gira o jogo. Elano foi apagado e até por isso o time demorou a abrir espaços. O trio de frente foi razoável. Custou a sair da marcação e forçou demais pelo meio.

Mesmo com tudo isso, Dunga merece os aplausos. Tem hoje, ao menos, um time competitivo. Com alguns ajustes e menos teimosia, deve ir longe. Domingo começa a Copa das Confederações. Uma pequena prévia do que pode vir ou não.

- Nos outros jogos, o grande destaque, lógico, vai para a derrota da Argentina na altitude de Quito, para o Equador, por 2 a 0. Os hermanos estão em quarto, dois pontos a frente do Equador, que é quinto colocado. Faltam quatro rodadas e a equipe de Maradona tem três pedreiras pela frente: o Brasil, em casa, e Paraguai e Uruguai fora. Os argentinos tem um poder ofensivo invejável, mas uma defesa sofrível e falta criação. Será que vai ficar pelo caminho? Precaução nunca é demais.

- O Chile fez seu papel e goleou a Bolívia, por 4 a 0, e é vice-líder. A Colômbia venceu o Peru, por 1 a 0, e segue vivo. Assim como a surpreendente Venezuela e o irregular Uruguai, que ficaram no empate por 2 a 2, em Caracas.

- Falta um ano pra Copa do Mundo! Quatro seleções estão garantidas: Japão, Coréia do Sul, Austrália e Holanda. Tem gente boa que, se não acordar agora, vai ficar de fora:

- Na Europa, Portugal, Suécia, Turquia, Bélgica, República Tcheca. Estão perigando e podem ficar fora.

- Na América Central, o México vai tentando fisgar, pelo menos uma repescagem.

- Na Ásia, Coréia do Norte (Sim!), Arábia Saudita e Irã brigam por uma vaga direta para a Copa e uma para a repescagem. Falta uma rodada e a Coréia do Norte leva vantagem no confronto direto contra os arábes. O Irã torce pelo empate nesse jogo e vai tentar vencer os sul-coreanos.

- E na África, supresas para Gabão, que vai deixando Marrocos e Camarões de fora, Tunísia, que vai tirando a Nigéria, e Argélia, que lidera o grupo do Egito. Porém, ainda não tem nada definido (foram duas rodadas de seis).

Está chegando! Um aninho só... para quem esperou quatro, não é nada.