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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

#Brasileirão: Balanço Geral – Caiu

Fechando a análise sobre cada time do Brasileirão, vamos aos últimos. O fim triste dos quatro rebaixados para Série B. Que não é o inferno. Mas é o purgatório dos grandes.
Sport: Sonhou tão alto que caiu. Achava que tinha um timaço. Não tinha. Achava que poderia brigar até por um G4. Não podia. Apostava na mística da Ilha do Retiro. A Bombonilha não existiu neste Brasileirão. Até lutou no fim e quase escapou. Porém, acabou caindo aos pés do grande rival. Não merecia um castigo tão ruim.
Palmeiras: O triste fim de um ano que poderia ser redentor. A conquista da Copa do Brasil iludiu. O time, limitado e fraco, parecia ter super poderes. Dependia demais da bola parada de Marcos Assunção e dos gols de Barcos. Como ambos não jogavam sempre e não resolviam em todo jogo, a má campanha foi acumulando. O time tropeçava em campo e batia cabeça para reforçar. Agonizou no segundo turno. Sofreu até cair faltando duas rodadas. A Série B está de volta, dez anos depois. A Copa do Brasil acabou sendo um acaso.
Atlético (GO): Não terminar como lanterna foi a grande conquista do péssimo Atlético (GO). Diferente dos últimos anos, quando até chegava a incomodar, o Dragão foi mansinho, franzino e inofensivo. A única aparição foi a vitória contra o campeão Fluminense, fora de casa. Para quem ficou na última posição por mais que meio campeonato (22 rodadas não-consecutivas), a queda “fez bem” e deixou o time ao menos em penúltimo.
Figueirense: A impressão é que poderia ser diferente. Contando com alguns bons valores (principalmente o ótimo atacante Aloísio), reforçado pelos renegados botafoguenses Loco Abreu (nada fez) e Caio (pouco fez), o torcedor não esperava um fim tão triste. Mas com uma defesa pífia e um meio-campo sem criatividade, o Figueira rolou ladeira abaixo. Não foi tão ruim a ponto de uma lanterna. Mas caiu tanto que chegou lá. Nem o Orlando Scarpelli fez efeito.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

#Brasileirão: Balanço Geral – do meio para baixo

O penúltimo post analisando os clubes no Brasileirão 2012 é para aqueles que ficaram entre a corda do pescoço e o meio do caminho. Alguns aliviados. Outros frustrados.
Flamengo: Ganhou 12, perdeu 12. Sem um bom time, com poucos reforços à altura da camisa e uma diretoria confusa e sem prestígio (as eleições no clube foram prova disso), o Flamengo se arrastou pelo Brasileirão. Teve que se preocupar para fugir da degola. No fim, Vagner Love resolveu. Agora é esperar 2013.
Náutico: O Aflitos foi a grande arma para fazer o Timbu ficar na Série A. Dentro do seu estádio, raramente foi surpreendido (perdeu apenas três jogos). Desta forma, escapou da degola. Além disso, teve como destaques o volante Souza, que volta ao Palmeiras, e o atacante Kieza.
Coritiba: Começou pensando na Copa do Brasil. Perdeu a taça e o rumo. Marcelo Oliveira caiu e Marquinhos Santos chegou para tentar aliviar a barra. Venceu os jogos decisivos contra a degola e escapou com ajuda de Deivid e Lincoln. Termina o ano com a sensação de que poderia bem mais, e de que jogou bem menos.
Ponte Preta: Salvo. Mesmo sem ter um bom time e muito menos um bom elenco, a Macaca não caiu. Nem a saída de Gilson Kleina no meio do caminho afetou tanto. Pode-se dizer que se salvou muito mais pela fraqueza dos outros do que por si próprio.
Bahia: O tricolor de aço sabia que não seria tão fácil – tanto que a melhor posição em todo o campeonato foi o 11º lugar, na 1ª rodada (!). Teve três treinadores. Falcão fez o que pode, Caio Junior fez o de sempre. Jorginho chegou e conseguiu fazer com que a equipe ao menos não se entregasse. Escapou.
Portuguesa: Não teve nada de "BarceLusa". Oscilou do início ao fim. Entrou no segundo turno consciente: iria brigar para não cair até o fim. Faltando dez rodadas, parecia que o alívio estava próximo. Mas o time parou e chegou nas últimas rodadas no desespero. Porém, venceu o Internacional fora de casa e garantiu um lugar na elite em 2013.

#Brasileirão: Balanço Geral – No meio do caminho

O Brasileirão acabou. Agora é a vez do balanço dos times que morreram na praia, não fizeram nada ou só passearam.
Vasco: Sonhou com o título. Sonhou com o G4. Ficou ali por muito tempo. Mas foi caindo, caindo... E viu o ano acabar sem graça. Perdeu importantes peças (Diego Souza e Fagner), além da contusão de Éder Luís. O pior: não repôs. Percebeu com o tempo que a culpa não era de Cristovão Borges. Era da direção que trabalhou mal e não montou um elenco forte. Faltou fôlego. Marcelo Oliveira foi o sinal: só em 2013.
Corinthians: Passeou. Jogou com o time reserva pensando na Libertadores. Ganhou a competição tão sonhada. Depois disso, cabeça no Mundial. Com isso, Tite ganhou reforços, fez testes, tentou acertar o time – e não se sabe se conseguiu. Acabou em sexto, mesmo sem compromisso (ou por causa disso).
Botafogo: Oswaldo de Oliveira queria algo. Mas parecia que não sabia bem o que queria. Chutou Loco Abreu e apostou em Rafael Marques (!). No fim, era Seedorf e mais dez. O time oscilou. Sonhou até onde pode. Chegou na posição que poderia. O sétimo lugar ficou de bom tamanho.
Santos: Um time com Neymar, quase nada sem ele. O Santos não teve elenco para brigar pelas primeiras posições. Flertou muito pouco com as últimas. Foi muito bem quando o camisa 11 jogava – quase sempre genial. Porém, a dependência do craque era muito grande. Muricy reclamou (novidade), bateu o pé (novidade 2) e fez o que pode. Acabou em oitavo. Um lucro.
Cruzeiro: Acabar em nono merece comemoração. Começou e até parecia que poderia surpreender. Mas Celso Roth nos iludiu. O time era fraco. Nem Fábio e Montillo deram jeito. Os vários reforços não se acertaram. Acabou sendo um time comum que, sem o bom começo, brigaria contra o rebaixamento.
Internacional: No papel, era um dos favoritos para sonhar com título. Ou pelo menos um G4. Ainda mais com a chegada de Forlán. Porém, assim como o atacante uruguaio, o Colorado pouco fez. D’Alessandro pouco jogou (nos dois sentidos). Leandro Damião também. Dorival caiu e Fernandão (!) fez o time se arrastar ainda mais. Um Brasileirão péssimo para quem sabe que poderia render muito mais.

domingo, 2 de dezembro de 2012

#Brasileirão: Balanço Geral – G4

O Brasileirão, que para muitos já havia terminado, acabou de vez neste domingo. Fim de papo. Hora de fazer um rápido balanço sobre os times, começando pelos melhores: o G4.
Fluminense: Campeão com sobras, justiça e alguns erros favoráveis de arbitragem. Contou com o melhor goleiro (Diego Cavalieri), o melhor camisa 9 e o mais decisivo jogador (Fred) e uma boa defesa. Além disso, teve o que faltou para muitos: bom elenco. Isso fez com que a equipe não sentisse as contusões de Deco e outros.
Atlético (MG): O vice-campeonato foi merecido. É uma conquista para quem nadou e morreu na praia por várias vezes nos últimos anos. Melhor time do primeiro turno, faltou um pouco mais no segundo. Teve Ronaldinho Gaúcho mostrando ótimo futebol e sendo decisivo, enquanto Bernard foi a revelação do Brasileirão. Vale destacar também a dupla de zaga Leonardo Silva e Réver, a melhor da competição.
Grêmio: Em terceiro lugar, chegou na posição que merecia. Sempre esteve próximo dos líderes, mas raramente foi postulante de fato ao título. Mas também não teve grandes ameaças de sair do G4 e perder a vaga na Libertadores. O meio-campo foi o destaque deste time, com Souza, Fernando, Elano e Zé Roberto (este o melhor deles).O ataque, forte no primeiro turno, não funcionou tão bem na reta final. Por fim, Luxemburgo merece elogios.
São Paulo: O tricolor paulista tinha que fechar o grupo que vai para a Libertadores. Pode garantir um lugar direto, se vencer a Copa Sul-Americana. Ney Franco é um dos responsáveis pela ascensão do time na competição. Assim como os retornos de Rogério Ceni e Luís Fabiano. Diferente dos tempos de Leão, o São Paulo conseguiu ter um time, mais tático e bem postado. Vale destacar as atuações de Osvaldo e Rafael Tolói e o crescimento de Jádson.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Copa das Confederações: Bom para o Brasil

Realizado o sorteio da Copa das Confederações. Deixamos de lado os erros no sorteio (falha muito mais do condutor, que poderia resolver de maneira mais simples). Esqueçamos o nome da bola, a Cafusa (!). Vamos ao que realmente interessa: os jogos
O Brasil fica no grupo A, com Japão, México e Itália. O grupo da morte. Ótimo. Não poderia ser melhor. Até porque o Brasil precisa ser testado. E pegar o Taiti não ajudaria em nada para se preparar à Copa do Mundo.
A estreia será contra o Japão. Boa seleção, mas que o Brasil já derrotou com Mano Menezes por 4 a 0. Era amistoso. Mas serve sim de parâmetro. Depois, o México. Sempre uma pedra no sapato brasileiro. É o jogo chave. O México pode surpreender neste grupo.
Por fim, o clássico com a Itália. Duelo dos favoritos que não andam convencendo. Na teoria, pode ser apenas para decidir o líder da chave. Na prática, pode ser um duelo para definir quem seguirá na competição.
A Espanha caiu na boa. Pega o Uruguai na estreia. Depois o Taiti e por fim o representante da África. Este representante será o medidor se o grupo será tranquilo ou pelo menos um pouco mais disputado. A Celeste depende desta definição para saber como precisará se comportar. O Uruguai não está fazendo uma campanha fácil nas Eliminatórias e deve ficar atenta.
Claramente que os favoritos são as seleções sul-americanas e europeias. Porém, com o Brasil em formação, a Itália longe de convencer – mas sempre competitiva – e o Uruguai irregular, favorita mesmo é a Espanha. O resto corre atrás.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

#Seleção Tetra + Penta = Hexa?

O cálculo de José Maria Marin parece ser esse. Somando o tetracampeão Carlos Alberto Parreira com o pentacampeão Luís Felipe Scolari, teremos o hexa em 2014. Uma soma que pode não ter um resultado exato lá na Copa do Mundo, mas que já mexeu com a confiança do torcedor.
E talvez tenha sido esse o fator principal para a queda de Mano Menezes. Criticado por inúmeras vezes pelas convocações ruins, pelo futebol apático e pela falta de definição de um grupo, Mano não era querido. Ouviu o nome de Felipão ser gritado no Morumbi, contra a África do Sul. O pedido da torcida foi ouvido e atendido tempos depois.
Felipão era o melhor nome. Não é uma aposta. Já deu certo, sabe o que faz, sabe lidar com a pressão e tem experiência. É diferente de colocar um Muricy ou Tite, que teriam que sentir o peso, apesar da experiência. Vai além do sonho de que Guardiola seria o “salvador do futebol arte”, ainda mais com o pouquíssimo tempo para implantar uma filosofia de jogo, por exemplo. Felipão sabe o caminho. E isso foi diferencial.
Já Parreira chega para ser o guarda-costas. Não é o mais amado, porém tem experiência e gerenciamento de sobra para ocupar o cargo de coordenador.
Sinceramente, não vejo que teremos grandes mudanças entre os jogadores ou até mesmo no esquema. A base deve ser a mesma. A defesa dificilmente terá mudanças. O meio pode ter alteração de algum nome – talvez Hulk, que poderia dar lugar para um camisa 9 de ofício. Falta apenas a definição de um goleiro.
Claro que alguns nomes podem começar a sonhar com um lugar, como Ronaldinho Gaúcho – que merece pelo futebol apresentado neste Brasileirão – Fred, Luís Fabiano, Maicon... Só esperamos que Felipão não chame Luan, Marcio Araujo...
A mudança de comando, não entendida no início, fica mais clara agora. Marin aposta no prestígio da dupla escolhida para trazer o torcedor mais confiante à Copa das Confederações e à Copa do Mundo. A soma é da experiência que pode trazer mais um título. No caso, o tão sonhado hexa. É esperar para ver.

domingo, 25 de novembro de 2012

#Brasileirão: Reflexos

O Brasileirão 2012 acabou. Só que não. Faltam ainda duas rodadas. Três times brigam diretamente para fugir da última vaga na degola. Para o restante ficaram o clima de férias e o pensamento em 2013 ou nas decisões que estão por vir (caso de São Paulo e Corinthians).

O sábado teve dois clássicos. Poderiam ser decisivos, marcantes ou pelo menos bem disputados. Acabaram sendo apenas reflexo do que os times viveram até aqui.
No Rio, Vasco e Flamengo fizeram uma partida digna de suas campanhas. O time cruzmaltino, em queda livre contra um rubro-negro buscando reconstruir após péssimo Brasileirão.

Resultado: empate e jogo morno. O Vasco abriu o placar, numa bomba de Nilton, e manteve o placar até perto do fim. O Flamengo tinha maior posse de bola, viu Prass salvar em três oportunidades e conseguiu o empate aos 41 do segundo tempo, com Marcos González e leve falha do goleiro vascaíno.
Ou seja: um Vasco que começou melhor, mas não soube administrar a vantagem e viu a vitória escapar; um Flamengo que teve que batalhar muito para não ficar no zero. Fatos que aconteceram em todo o campeonato.
Já no Pacaembu, o clássico era Corinthians x Santos. Foi jogo movimentado. O Corinthians fez sua “despedida” da torcida rumo ao Mundial. Público excelente e partida bem disputada, apesar de Paulinho e Neymar não jogarem.
O retrato da partida: Corinthians chegando muito mais ao ataque, mas sem criar oportunidades claras de gol, enquanto o Santos raramente chegava. Quando chegou, abriu o placar com Felipe Anderson. No segundo tempo, o time corintiano seguiu chegando muito mais ao ataque. Insistiu até empatar com Wallace.
Ou seja: um Corinthians que jogou sem pressão, foi buscando espaço e conseguiu chegar ao empate; um Santos sem criatividade, sem Neymar e que conseguiu o que deu. Igual a história dos dois neste Brasileirão.

sábado, 24 de novembro de 2012

#Seleção: A queda na hora errada

Poderia ser depois das Olimpíadas. Ou após a péssima atuação contra a África do Sul. Isso pensando apenas em 2012. Tirando Copa América, derrotas para Argentina, entre outras. Oportunidades não faltaram para a CBF demitir Mano Menezes. Porém, preferiu fazer na hora em que as coisas começaram a dar certo.
Mano não era unanimidade. A torcida pegava no pé. O futebol jovem e alegre, prometido pós-Dunga, raramente apareceu. Foi irregular, perdeu os principais jogos, mudava mal a equipe durante os jogos. O tempo foi passando. E pouca coisa acontecia.
Porém, quando parecia que a queda seria um fato a ser consumado, o técnico da seleção conseguiu achar a peça que faltava. Tirou o centroavante, camisa 9, para colocar Kaká e deixar Neymar mais solto. Apostou numa dupla de volantes mais solta. Parecia caminhar para um camisa 1. Pronto. O trabalho de achar um time ideal parecia quase concluído. 2012 acabava bem para começar 2013 apenas fazendo alguns pequenos ajustes.
Mas quem tem CBF, tem medo. Dois das após o Brasil conquistar o “superclássico”, o aviso: Mano Menezes não é mais o técnico da Seleção Brasileira.
Por que agora? Para que a mudança neste momento? Quem virá?  Dará sequência no que Mano deixou? Ou mudará tudo? A CBF ousará com Pep Guardiola?
Nada foi respondido. O fato é: se 2012 parecia acabar com alguma luz após dois anos de preparação, ele terminará mesmo sem nenhuma clareza. Viva a CBF.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

#Seleção: Evolução

Mano Menezes chega ao fim de 2012 com a corda frouxa no pescoço. A pressão diminuiu. A equipe finalmente apresentou alguma melhora. É o que pode ser chamado de “Efeito Kaká”.
A aposta no meia, reserva do Real Madrid, acabou sendo o diferencial para que Mano desse uma cara nova ao time. Um tratamento de choque após o fiasco nas Olimpíadas – não pela medalha de prata, mas pelo péssimo futebol apresentado – e na péssima exibição contra a África do Sul, no Morumbi. Ali foi a gota d’água.
Faltam definições nesta seleção de Mano Menezes. No gol, Diego Cavalieri foi bem no Superclássico e pode entrar na briga com Diego Alves. Jefferson perdeu espaço.
A defesa, que no papel é uma das melhores do mundo. Na zaga, Thiago Silva é absoluto, jogando o que sabe. David Luiz ainda não passa confiança, mas tem potencial para ser titular. Nas laterais, Daniel Alves está muito abaixo do que se espera dele, principalmente do que apresenta no Barcelona. Marcelo é o dono da camisa 6. Adriano será a sombra.
A dupla de volantes é “moderna”, ofensiva, mas pode ser um problema na marcação. Paulinho ganhou a vaga nos últimos amistosos e pelo que tem feito no Corinthians desde o ano passado. Ramires é um motorzinho, que sai bem para o jogo. Porém, o fato de ambos saírem para o jogo precisa ser corrigido por Mano.
Aí vem o trio ofensivo, com Kaká, Oscar e Hulk. Kaká, de incógnita a solução, tem tudo para ser o referencial que faltava ao time. Com Oscar cada vez melhor no Chelsea, a dúvida fica em relação a Hulk, agora no Zenit.
Ganso, se voltar a jogar o bom futebol no São Paulo, e Lucas, que não aproveitou bem as chances que teve, brigam por um lugar neste trio. Outros nomes ganham espaço, como Giuliano. Hernanes segue bem na Itália, mas não se sabe se encaixaria neste esquema de Mano. Ronaldinho Gaúcho, o do Atlético (MG), seria ao meu ver a melhor “sombra”. Porém, é mais um que não aproveitou as chances que teve. Ficar fora do entediante Superclássico mostra que dificilmente ele terá vez.
No ataque, Neymar. No banco, um camisa 9 de ofício. Leandro Damião foi muito abaixo de 2011. Fred e Luís Fabiano parecem ser os melhores nomes para conquistar um lugar. O primeiro precisa ganhar a simpatia de Mano. O segundo, precisa jogar mais e machucar menos.
Foram 11 jogos. Começou em uma péssima atuação e vitória apertada contra a Bósnia, num time que tinha Julio César no gol (falhou feio), Fernandinho como segundo homem de meio, Hernanes e Ronaldinho Gaúcho na armação. Não deu.
Depois, os amistosos que “empolgaram”: 3 a 1 sobre a Dinamarca, 4 a 1 sobre os EUA. Oscar entrou ali para não sair mais. Hulk ganhou confiança. Em junho, o fim da empolgação. Derrota para o México, com praticamente o time das Olimpíadas. Contra a Argentina, derrota em show de Messi por 4 a 3. Porém, por ser uma seleção praticamente olímpica, não foi um resultado ruim. Muito pelo contrário. Depois dos Jogos Olímpicos, goleada sobre a Suécia por 3 a 0 e um pequeno alívio. Ali Paulinho e Ramires jogaram juntos pela primeira vez, ainda com a companhia de Rômulo.
O reencontro com a torcida brasileira, no magro e irritante 1 a 0 contra a África do Sul no Morumbi mostrou que Mano precisava mudar. A goleada sobre a China nem pode ser considerada, devido a fraqueza do adversário. Assim como os “superclássicos” não tem nada de super.
Mano mudou. Trouxe Kaká. Goleou o fraco Iraque e o bom Japão. Mais do que isso. Ganhou um time e confiança numa nova postura.  O empate contra a Colômbia serviu de alerta: tem que melhorar. Mas deixou claro: está no caminho certo.
A grande evolução de Mano é fazer o torcedor conseguir escalar a seleção, o que não era fácil até aqui. Muito mais do que resultados, o que faltava era um novo comportamento. E isso aconteceu. Um bom sinal de que sim, podemos ter algo diferente na Copa do Mundo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

#Brasileirão: A queda


2012. Era para ser um ano marcante para o torcedor palmeirense. Ano do despertar de um gigante que voltou a conquistar um título de expressão após vários anos.
Ah, a Copa do Brasil. Tão importante e tão ilusória. O time, fraco e limitado, parecia ser poderoso. Mas não era. O Brasileirão seria apenas uma competição até o começo da Libertadores. E não foi.
Diferente da Copa do Brasil, a bola parada de Marcos Assunção e os gols de Barcos não resolveram sozinhos. A bola não entrava tão facilmente. Não teve jogadores iluminados como Betinho. Contusões, suspensões, limitações, crises. Esses fatores sim foram maiores e mais frequentes.
“Vamos reforçar”, disse a diretoria. Veio Corrêa, Obina, Tiago Real, Leandro... Jogadores que não tem culpa do desespero de uma direção que não soube trabalhar.
Felipão caiu antes. Apenas uma prévia do que viria pela frente. O time agonizou o quanto pode. Até mais do que pode. A chegada de Kleina, as vitórias sobre Figueirense e Ponte Preta. O Palmeiras lutou. Acreditou o quanto pode e não pode. Mas não deu.
Dez anos depois, a queda. O Palmeiras volta para Série B. O ensinamento de 2002 não se tornou aprendizado. Depois de passar pelo céu, o paraíso dos campeões, o time cai direto ao purgatório.
Sim, purgatório. A Série B não é nenhum inferno. Grêmio, Corinthians, Vasco. Esses times não estariam entre os grandes hoje se ficassem apenas agonizando na elite. A queda faz bem. Para quem sabe se reerguer.
O Palmeiras pode fazer isso. Mostrar que 2013 pode ser sim o grande ano do palmeirense, mesmo com a Série B. Fazer com que seja o ano da Libertadores, da Arena e principalmente, do acordar definitivo de um gigante que jamais será pequeno. Que é alviverde imponente pelo hino e pela história.

domingo, 28 de outubro de 2012

#Brasileirão: Pílulas 32ª rodada

- Fluminense 2x1 Coritiba: Sem nenhuma facilidade, o Fluminense ganhou no embalo de Wellington Nem – um gol e uma assistência para Thiago Neves. No fim, o Coritiba diminuiu e sufocou. O tricolor segurou as pontas e a ponta, continuando líder absoluto e muito perto do título.
- Santos 0x0 Náutico: A reclamação de Neymar virou notícia, mas não tem nada de novidade. A dependência santista em torno do craque é evidente. Assim como a falta de um time que produza. O Peixe não perdeu graças a falta de pontaria de Kieza e já pode pensar em 2013.
- Ponte Preta 1x0 Cruzeiro: A Macaca venceu e praticamente se salvou da degola. O Cruzeiro segue um time apático, sem graça e sem objetivo. A diretoria insistirá em Celso Roth?
- Corinthians 1x0 Vasco: O Corinthians jogou em busca de melhorar a defesa e achar um atacante de referência. Não sofreu gols e viu Guerrero fazer o gol da vitória. Pode ser o caminho. Já para o Vasco, em queda livre na reta final, o caminho do G4 ficou distante. Fato que era previsto desde que o time perdeu bons jogadores e não soube repor. Desde que trocou um técnico por nada. Feliz 2013, fora da Libertadores.
- Internacional 2x1 Palmeiras: O jogo do gol que não valia, mas valeu e foi anulado de uma forma que talvez não valha. O Palmeiras teve tudo para liquidar o jogo no primeiro tempo. Fez 1 a 0, mas perdeu três grandes chances de gol. Falhou na marcação, tomou a virada e viu a confusão ser feita no gol de mão de Barcos. Lance em que o gol foi irregular, a anulação foi irregular, mas irregular mesmo é o árbitro Francisco Carlos do Nascimento apitar pela CBF e pela FIFA. Isso sim é errado.
- Botafogo 4x0 Atlético (GO): Goleada do alvinegro, que ainda sonha com uma distante Libertadores. Depois de tanto procurar, Oswaldo de Oliveira finalmente achou seu homem-gol. Bruno Mendes, em cinco jogo, já pode ser a grande revelação deste Brasileirão. Ao Atlético (GO), feliz Série B em 2013.
- Figueirense 0x0 Portuguesa: Jogo sem gols, sem graça e sem mudanças para nenhum dos times. O Figueira fica mais perto da B em 2013. A Lusa, se não acordar, pode ir para o mesmo caminho. Sorte que a rodada ajudou.
- Sport 2x4 São Paulo: A rodada ajudou, o goleiro ajudou, o zagueiro adversário ajudou. Tudo foi favorável ao São Paulo, que aumentou a vantagem no G4 com um hat-trick de Lucas. Para o Sport, o resultado não foi bom, o time foi horrível, mas pelo menos a rodada não foi tão trágica.
- Bahia 1x1 Grêmio: Placar que não ajudou em nada os dois times. O Bahia, cinco pontos a frente do Z4, segue ameaçado. O Grêmio viu o São Paulo colar e a terceiro posição ficar ameaçada.
- Atlético (MG) x Flamengo: Se o Galo não ganhar,o Fluminense garante o caneco. Se o Flamengo não ganhar, a corda pode apertar.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

#Brasileirão: Digno de final

Atlético (MG) 3x2 Fluminense

Tinha cara de decisão. E foi um jogo digno de final de campeonato. Atlético (MG) e Fluminense mostraram que não estão a toa brigando pelo título do Brasileirão 2012. A partida em Belo Horizonte deixou claro que o caneco ficará em boas mãos.

Foi um dos melhores, se não o melhor jogo do Brasileiro. De um lado um futebol ofensivo, provocante, que marcava bem e saia para o jogo. Do outro, uma equipe mais pragmática, se defendendo e esperando a hora certa de dar o bote, apostando na velocidade e no contragolpe.

Partida com vários destaques. Diego Cavalieri fez uma baita partida. Sofreu sim os três gols, mas salvou em outras quatro oportunidades. Ronaldinho não deixou o seu – apenas o gol anulado – mas deu duas assistências e conduziu o Galo como maestro. Os dois times contam com velocistas: Wellington Nem e Bernard, ambos em grande fase. Também têm seus matadores: Jô e Fred.

Além dos personagens, o jogo teve quase todos os elementos de uma decisão. Bom público (mais de 20 mil pagantes), polêmica com arbitragem (que acertou), três bolas na trave, virada e gol nos últimos minutos. Quer mais?

Os números traduzem um pouco do jogo. O Fluminense finalizou quatro vezes, marcou dois gols. Já o Galo chutou 27 vezes, parou seis em Cavalieri e fez três gols, além de três bolas na trave. O alvinegro mineiro marcou bem e roubou mais bolas. Por isso conseguiu pressionar. Flu destruiu mais, com 20 faltas contra nove do Atlético. 

No geral, a partida foi toda do Galo. Ofensivo, comandado por Ronaldinho, Bernard e as boas descidas de Marcos Rocha, o Atlético abusou de perder gols. Chegou a fazer 1 a 0 em bela cobrança de falta de Ronaldinho. Porém, o árbitro anulou corretamente o gol, já que Leonardo Silva empurra a barreira, o que foi desnecessário, já que nada bloquearia a cobrança do R49.

Diego Cavalieri foi aparecendo. Salvou o Fluminense até onde pode, em pelo menos três chances claras. Contou com a ajuda da trave duas vezes – uma de Bernard e outra de Jô. O gol do Atlético não saia.

Veio o segundo tempo. E decisão precisa de uma velha máxima. Desta vez, valeu o “quem não faz, toma”. Eram dez minutos. A primeira boa descida do Fluminense, em contra-ataque. A bola caiu nos pés de Fred. O camisa 9 tricolor sabe decidir. Seja finalizando ou, como desta vez, deixando o companheiro na cara do gol. O beneficiado foi Wellington Nem, que mandou no canto. Fluminense 1 a 0, duas mãos na taça.

O Atlético não tinha outra saída. Pressionou, mandou mais uma na trave (Leandro Donizete) e finalmente chegou ao empate. Após jogadaça de Ronaldinho, ele puxou pelo meio, esperou e tocou para Jô fuzilar: 1 a 1. Eram 23 minutos. Tudo ficou na mesma.

Bastaram 13 minutos para a partida pegar fogo de vez. Bernard fez bela jogada pela esquerda e cruzou de forma perfeita para Jô virar o placar: Galo 2 a 1. Temos um campeonato.

Porém, o Fluminense é o líder. Foi ao ataque e na segunda boa jogada, chegou ao segundo gol. Troca rápida de passes e a bola veio da esquerda, rasteira, para encontrar os pés de Fred e morrer nas redes:  2 a 2. Fluminense seguia com uma mão na taça.

Para muitos, jogo decidido. Não para o Atlético, que carregava ainda mais o trecho do seu hino que diz “vencer, vencer, vencer, esse é o nosso ideal”. Ideal transformado em realidade aos 47 minutos do segundo tempo.

A bola estava no ataque e voltou um pouco para encontrar Ronaldinho. Olhar para a área. Eram dois homens lá dentro. Mas o herói do jogo não aparecia ainda. Vinha correndo de fora, já consciente do ponto futuro. A bola foi cruzada. Leonardo Silva correu e foi de encontro. Um cabeceio forte como um chute estufou as redes. O gol da vitória. O gol que reabre o Brasileirão.

sábado, 20 de outubro de 2012

#Brasileirão: 32ª rodada - Escolha a camisa


O Brasileirão chega à reta final e provoca reações “absurdas” nos torcedores. Se o ano foi dos “antis” secarem, desta fez as coisas vão começar a mudar. As últimas rodadas tem o poder de unir adversários numa só torcida. Ou torcidas pouco ligando para uma derrota do próprio time. Vai entender...

A 32ª rodada vai fazer palmeirense torcer pelo Corinthians. E não adianta o torcedor alviverde dizer que “jamais”, “nunca”, ou outras negações. Vai torcer sim. Até porque uma vitória sobre o Cruzeiro e a derrota do Bahia coloca o Verdão na boca para escapar da degola.

O mais engraçado é que, pelo visto, teremos mais palmeirenses e torcedores do Sport – que também secará o Bahia e pega o lanterna Atlético (GO) – querendo a vitória do Corinthians do que muitos corintianos.

Da mesma forma, os vascaínos serão Flamengo desde pequeno contra o São Paulo. O Vasco joga na quarta-feira contra o Internacional e precisa do tropeço tricolor para colar de novo no G4.

Aliás, não serão apenas os vascaínos que torcerão pelo Flamengo. Tem botafoguense, colorado, cruzeirense, santista...

O grande jogo
Sem dúvidas, Atlético (MG) x Fluminense é o grande jogo da rodada. Partida que pode definir o Brasileirão em caso de vitória do tricolor carioca, ou dar novo ânimo na briga ao título caso o Galo vença. O empate deixa tudo na mesma, com o Flu perto do tetra.

O Grêmio até secará e provavelmente torcerá por um empate ou até derrota do Fluminense. Pega um dos melhores visitantes possíveis, o Coritiba, no Olímpico. O empate contra o Flu deu um ânimo tremendo ao time gremista. O título é improvável. Mas, se já o chamam de Imortal, porque não sonhar?

Sim, há outras partidas
Reta final também dá um certo desânimo. Náutico e Portuguesa pode até ser um bom jogo, ambos precisam ficar ligados para não cair (!)... Porém, é quase um jogo para cumprir tabela.

Ponte Preta x Santos é um pouco mais agitado, já que a Macaca sabe que se vacilar, cai. Já o Peixe ainda quer acreditar que tirará 13 pontos de diferença para o São Paulo em sete rodadas. Nem com três Neymar.

Por fim, Figueirense x Botafogo. Um diz que ainda pode sair do Z4. Outro, que ainda dá para chegar no G4. Sonhar? Não custa nada, dizia o sambista.

Escolha sua camisa. Torça a vontade pelo seu time. Pelo time do vizinho. Ou contra o seu próprio time.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

#Brasileirão 31ª rodada – Mais perto, mais longe


São Paulo 2x0 Atlético (GO) – Botafogo 3x2 Vasco

Dois jogos. Duas equipes com o mesmo foco: o G4. A vaga na Libertadores é obsessão. A América é o destino preferido de todos. O São Paulo encarava o lanterna. O Vasco tinha um clássico. Partidas que fizeram um ficar mais perto do lugar esperado. O outro, viu a distância aumentar.

Por mais respeito que exista (o Atlético já venceu o líder Flu, fora de casa), o torcedor são-paulino foi ao Morumbi contando três pontos garantidos. Porém, com um minuto de jogo, a bola bateu no travessão e chacoalhou o São Paulo. Assim, o tricolor paulista matou o duelo ainda no primeiro tempo, com gols de Paulo Miranda e Osvaldo, ambos merecedores por fazerem uma grande partida. Dois gols que deixam o São Paulo a dois passos do paraíso.

Dois gols que não bastaram para o Vasco. Melhor em campo, fez 1 a 0 com Carlos Alberto. Sofreu o empate, mas novamente com Carlos Alberto fechou o primeiro tempo em vantagem. Resultado que mantinha a mesma vantagem ao São Paulo, que também vencia.

Porém, o nome do jogo não foi Carlos Alberto. O cara da partida – e da rodada, junto com Neymar – foi Bruno Mendes. Garoto que já havia aprontado em sua estreia contra o Internacional. Que já fizera a jogada que terminou no primeiro gol botafoguense. Que sumiu durante quase todo o segundo tempo. Ficou tão esquecido que apareceu como uma surpresa no meio da zaga para escorar o cruzamento da direita.

Os dois times já se contentavam com o empate. Bruno Mendes, o sumido, apareceu novamente para soltar uma bomba na entrada da área e virar o placar para o Botafogo. Para dar a vitória ao Botafogo. Para cair nas graças e virar o novo xodó da torcida botafoguense.

O gol de Bruno Mendes estufou as redes vascaínas e ecoou no Morumbi. Gol que impulsiona o São Paulo e empurra o Vasco. Tudo em dois jogos. Tudo por um gol. Que pode nem valer tanto para o Botafogo. Mas vale demais para Bruno Mendes. E para o tricolor paulista.