Publicidade

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Coadjuvantes

Coadjuvante. Que coadjuva, auxilia, coopera com outro. No cinema, ator (atriz) coadjuvante é aquele que dá base, participa direta ou indiretamente com o ator (atriz) principal. Quantas vezes não vemos um coadjuvante roubar a cena? No futebol também é assim. Ontem, enquanto todos esperavam show das duplas R9-RC6 e Love-Adriano, quem roubou a cena foram dois jogadores que muitas vezes ajudam demais o time, mas sem muitos holofotes,

Elias fez mais do que os gols da vitória corintiana. Foi ele, ao lado de Tcheco, quem deu saída de jogo e abriu pequenos espaços contra o retrancado time uruguaio do Racing. Se já não existiam dúvidas de sua importância no time, ontem isso ficou ainda mais evidente. Consegue fechar o meio e sair com velocidade e aparecer como elemento surpresa. E foi justamente isso que fez a diferença ontem, no Pacaembu.

Léo Moura não fez os dois gols do Flamengo, mas podemos dizer que fez "um e meio". Abriu o placar quando o Flamengo ainda encontrava dificuldades e afobação, principalmente após a expulsão de Willians, no comecinho da partida. E foi uma bela cobrança de falta. No segundo tempo, quando o placar ainda era perigoso, fez grande jogada e deu um ótimo lançamento para Adriano marcar.

Dois nomes que não apareciam nos "cartazes" das estreias de Flamengo e Corinthians. Porém, sem eles, o final feliz poderia ser substítuido por uma bela tragédia.

Lá vem Ronaldinho

Confesso que torci o nariz quando todos falavam que Dunga deveria convocar Ronaldinho Gaúcho, principalmente após a exibição contra o Siena, no mês passado. Porém, visto o que o jogador tem apresentado nos últimos jogos e, em geral, na temporada, entro na lista dos que apoiam Gaúcho na seleção de Dunga.

Sim. A mesma seleção que tem os reservas da Roma Doni e Júlio Baptista e um Felipe Melo em má fase. Seleção que tem raros meias de ligação, ou seja, uma opção imediata para substituir ou ajudar Kaká. Se Dunga gosta de jogar com um meia mais recuado - Elano ou até utilizar Ramires como terceiro homem de meio-campo - é escolha dele.

Penso que Ronaldinho tem sim seu lugar. Mas, pelo que (achamos que) conhecemos de Dunga, o treinador pode bancar o orgulhoso e não levar Ronaldinho. Apenas para mostrar que não é movido pela opinião pública. Ele pode sim querer "imitar" Felipão, quando barrou Romário em 2002. Porém, se for para fazer isso, que tenha coerência de perceber a carência de um meia com as características ofensivas de Ronaldinho Gaúcho.

O camisa 80 do Milan tem o principal para ir à Copa: está focado. Essa é a explicação pelo ânimo, a determinação e o bom futebol apresentado nessa temporada, vésperas da Copa. O jogador vem sendo o diferencial na briga do time rossonero pelo título italiano.

Vendo toda a vontade e o bom futebol de Ronaldinho voltando, não tenho dúvidas em aderir a campanha "Convoca ele, Dunga!". O futebol agradece.