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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quase campeão

A penúltima rodada:
- praticamente tirou o quase campeão São Paulo do título
- apresentou um novo líder e um novo provável campeão: o Flamengo;
- trouxe de volta os esquecidos Inter e Palmeiras;
- viu o Fluminense sair da zona de rebaixamento depois de 27 rodadas;
- rebaixou o Náutico;
- colocou o Botafogo novamente na zona de rebaixamento;
- manteve o Santo André ainda a espera de um milagre;

Foi uma rodada incrível. E, no gol de Zé Roberto, que aconteceu no mesmo momento que o empate do Goiás contra o São Paulo, mudou a direção na briga pelo título. Os olhos se voltavam a quatro jogos na busca pelo título. E em mais quatro na briga contra o rebaixamento. Ah, teve também mais dois jogos. Porém, confesso que esses pouco importam nesse momento. Segue as análises dos jogos. Só vi os 4 que brigavam diretamente pelo título. Do resto, só gols e alguma coisa.

- Corinthians 0x2 Flamengo: Não vou entrar em discussões do tipo "Corinthians facilitou". O Flamengo se mostrou mais ousado no começo do jogo, enquanto o time corintiano errava muitos passes. Mano perdeu Edu e Ronaldo por lesão muscular - o que já não é a primeira vez na temporada - e desestruturou a equipe. Melhor organizado, o Fla, com Zé Roberto, fez 1 a 0, em bom lançamento de Willians e no buraco na zaga corintiana. Aliás, apostar em Escudero e Paulo André na mesma defesa é morte súbita. No segundo tempo, o Corinthians teve maior posse de bola, mas não chutava. Chegava sempre com DeFederico, mas poucas vezes com objetividade. Chicão foi merecidamente expulso. E aí, o Flamengo dominou o jogo e conseguiu o segundo gol, de pênalti, com Léo Moura. Felipe ficou parado no meio. Ao meu ver, esperava um chute ali. Sobre o torcedor que invadiu o campo, não perderei tempo.

O fato é: Flamengo sai de Campinas líder e muito perto do título. O Corinthians jogou em ritmo de férias, e isso não é motivo de culpa, de corpo mole. É apenas um time sem objetivos.

- Goiás 4x2 São Paulo: São Paulo entrou perto do título. Saiu longe. Quando fez 1 a 0, com Washington, e jogando melhor, parecia que o time sairia do Serra Dourada com a mão na taça. Porém, quando Vítor empatou - belo gol - e Richielli virou, o tricolor sentiu a pressão. O jogo era equilibrado, mas o Goias era melhor.Fernandão fez o terceiro, no segundo tempo. Quando Washington descontou, dava sinais de que o São Paulo reagiria. Mas, Léo Lima, um pouco depois, jogou a ducha de água fria.

São Paulo agora vê a situação invertida. Torcerá contra todos para ser campeão. Impossível? Não. Improvável? Sim. E o Goiás acabou "decidindo" o Brasileiro, se analisarmos apenas a reta final.

- Sport 1x2 Internacional: O Inter começou errando muito, afobado e perdeu boas chances, principalmente com D'Alessandro. O Sport abriu o placar, com Vandinho. E o Inter se afobou mais ainda. No intervalo, Mário Sérgio tirou D'Ale e colocou Andrezinho. Isso melhorou o toque de bola e o posicionamento do Colorado, que conseguiu a virada: empatou com Kĺéber e virou com o próprio Andrezinho, e falta.

E o Inter acaba a rodada como vice-líder e garantido na Libertadores 2010. E, por ironia do futebol, depende do Grêmio para ser campeão.

- Palmeiras 3x1 Atlético/MG: Bastou Cleiton Xavier voltar ao time, que o Palmeiras parecia outro. Voltou a ser aquele que muitos davam como provável campeão. Logo no primeiro minuto, o meia aproveitou o cruzamento de Deyvid Sacconi e abriu o placar. Depois, Diego Tardelli mostrou oportunismo e empatou a partida. Mas, não demorou muito para o Palmeiras passar a frente de novo.

No erro de Éder Luís, Vágner Love saiu na cara de Carini, que saiu do gol e cortou, fora da área. A bola espirrou e ia caindo nos pés de Diego Souza. Ia. Ele não esperou. Acertou um chutaço, do meio-campo, dentro do círculo central. A bola voou e, em uma parábola, caiu como que se fosse puxada pelas redes para marcar de vez esse Brasileirão. Sorte? Pode ser. Mas, que foi um golaço-aço-aço!, foi. Palmeiras 2 a 1. No fim do primeiro tempo, Deyvid Sacconi novamente deu grande passe e deixou Love na boa para matar o jogo: 3 a 1.

No segundo tempo, Roth mostrou o velho Roth. Tirou Éder Luís e Márcio Araújo, jogadores leves que não vinham bem, para "travar" o meio com Ricardinho e Corrêa. Sim, tirou um atacante por um meia, e um meia por um volante. Enfim, o Palmeiras apenas trabalhou a bola e esperou o fim.

O Verdão foi outro. Aquele mesmo que era quase campeão, após o jogo contra o Santos. Cleiton e Diego, juntos, dão outra cara ao time. Pode-se dizer: antes tarde, do que nunca. Já o Galo fez uma grande campanha. Pode até parecer que "morreu na praia". Mas, com o elenco que tinha, Celso Roth, apesar de algumas bobagens, levou o time além do esperado.

- Atlético/PR 2x0 Botafogo: Comandado mais uma vez por Paulo Baier, o Furacão venceu o Botafogo, escapou de vez do rebaixamento e jogou o alvinegro pro Z4. O Atlético escapa graças a Antonio Lopes, que mudou a cara da equipe depois de sua chegada. Já o Botafogo, que até parecia tranquilo depois de vencer o São Paulo, tem um grande problema pela frente. Tem que vencer, no Engenhão, o Palmeiras, que sonha com um título e precisa de um ponto para se garantir na Libertadores. Tarefa complicada, amenizada pela volta de Juninho e Jóbson. Será que dá?

- Cruzeiro 4x1 Coritiba: Duas goleadas em dois jogos. Assim, o Coxa chega na última rodada. Saiu na frente, com gol de Jéci (!), mas depois que sofreu o empate, foi dominado pelo Cruzeiro. O time mineiro jogou bem, comandou as ações e goleou. Resultado que deixa o Cruzeiro vivo na briga pela Libertadores. E o Coritiba terá agora uma "final" contra o Fluminense. Não merecia chegar a essa situação. Será a "maldição do centenário"? Se cuida Corinthians...

- Fluminense 4x0 Vitória: Se alguém, como eu, esperava um Flu apático depois da goleada sofrida em Quito, se enganou. O que se viu foi um Fluminense arrasador, com toques rápidos e boas chegadas ao ataque. Alan abriu o placar no começo. Fred ampliou. Conca, no segundo tempo, fez dois e liquidou a fatura. Tricolor fora da zona de rebaixamento após 27 rodadas. Depende apenas de si próprio para escapar da degola e jogará por um empate no Couto Pereira. Incrivelmente merecido. E o Vitória só não cai por causa do bom começo com Carpegiani. Se não...

- Santo André 5x3 Náutico: No duelo dos desesperados, chuva de gols, vitória do Ramalhão e rebaixamento do Timbu. Nunes abriu o placar, Wanderley ampliou, Bala diminuiu, e Wanderely fez mais um: 3 a 1 Santo André, tudo isso no primeiro tempo. No segundo tempo, Romulo fez 4 a 1, Anderson Lessa descontou, Nunes fez o quinto do Ramalhão e Nílson deu números finais: 5 a 3 para o Santo André, que graças as derrotas de Botafogo e Coritiba, ainda tem esperanças de não cair. Para isso, precisa vencer o Inter, no Beira-Rio. Isso de começo. Se conseguir, já estará de bom tamanho. Depois, tem que torcer novamente por derrotas de Coritiba e Botafogo. Impossível? Não. Improvável? Sim. E o Náutico, depois de muito bater na trave, caiu.

- Grêmio 4x2 Barueri: Não valia nada. Douglas Costa, Adílson e Souza abriram 3 a 0 para os gaúchos. Val Baiano fez dois e diminuiu, mas Maxi López matou o jogo.

- Avaí 2x2 Santos: Não valia nada. Único empate da rodada. Mesmo com um a menos, o Santos buscou o empate na Ressacada. Cristian abriu logo de cara 2 a 0 para o Avaí. Na segunda etapa, Kléber Pereira descontou e Paulo Henrique, aos 44, empatou.

Imagens: Terra Esportes.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Melhores do Brasileirão 2009

Dunga e Jorginho divulgaram os indicados para o Prêmio Craque do Brasileirão 2009. Os indicados foram escolhidos em votação feita com jogadores, técnicos e jornalistas. Como sempre, nada que agrade a todos. Mas, desta vez, alguns nomes aparecem muito mais pelo que foi feito em 2008, como em 2009. Outros, estão ali sabe-se lá por que. E tem algumas coisas como "volante pela direita", ao invés de primeiro volante, ou jogadores do mesmo time brigando pela mesma posição, que criam uma salada. Enfim, vamos à lista e à análise.

Goleiro: Bruno (Flamengo), Marcos (Palmeiras) e Victor (Grêmio);

- Bruno, ao meu ver, aparece como surpresa. Mais pela fase do time e pelos últimos jogos. Não fez um campeonato tão regular. Marcos fez um bom ótimo primeiro turno, mas caiu um pouco no segundo. Já Victor, vencedor ano passado, apareceu como um dos destaques do tricolor gaúcho, com boas atuações e grandes defesas.

Esqueceram: Glédson (Náutico) - Sem ele, o Timbu tinha ido antes do Sport; Fábio (Cruzeiro) - Teve atuações parecidas com a de Bruno e Marcos, mas foi melhor.

Voto: Victor (Grêmio).

Lateral-Direito: Jonathan (Cruzeiro), Léo Moura (Flamengo) e Vítor (Goiás);

- Jonathan foi bem e merece a indicação. Léo Moura conseguiu a regularidade, foi menos decisivo, mas jogou muito pelo time. Vítor fez um bom primeiro turno, mas não voltou tão bem depois de contusão.

Esqueceram: Ninguém. Se Figueroa (Palmeiras) jogasse mais algumas partidas, entraria fácil. Apodi (Vitória) fez um grande primeiro turno, mas caiu com o time.

Voto: Léo Moura (Flamengo).

Zagueiro Central (ou pela direita): André Dias (São Paulo), Chicão (Corinthians) e Danilo (Palmeiras);

- André Dias aparece mais uma vez na lista, e com justiça. Tem bom posicionamento e tempo de bola. Danilo (embora que Maurício Ramos jogasse mais pela direita. Danilo seria o quarto-zagueiro, ou o que atua pela esquerda) foi muito bem na zaga palmeirense, até mesmo na queda de produção do time. Bem no jogo aéreo e na marcação . Já Chicão, sabe-se lá por que apareceu na lista. Teve um ótimo primeiro semestre (leia bem, semestre), mas no Brasileirão, foi irregular como todo o time corintiano. Tem muita gente melhor que ele.

Esqueceram: Para lembrar alguns que foram melhor que Chicão: Juninho (Botafogo), Álvaro (Flamengo) e André Luís (Barueri). Entre outros.

Voto: Danilo (Palmeiras).

Quarto-Zagueiro (ou pela esquerda): Miranda (São Paulo), Réver (Grêmio) e Ronaldo Angelim (Flamengo);

- Os mesmos três que disputaram o prêmio ano passado. Miranda caiu nos últimos jogos, mas tem crédito pelo geral. Posiciona-se como poucos e tem tranquilidade com a bola nos pés. Réver se firma cada vez mais como um bom zagueiro. Tem inteligência e controle. Já Ronaldo Angelim não fez muito para chegar a lista. Não foi o mesmo do ano passado.

Esqueceram: como nunca se sabe como é feita a análise do posicionamento da zaga, repito aqui Álvaro (Flamengo) e Maurício Ramos (Palmeiras), já que Danilo foi colocado como zagueiro-central.

Voto: Miranda (São Paulo).

Lateral-Esquerdo: Armero (Palmeiras), Júlio César (Goiás) e Kléber (Internacional);

- A posição mais injusta entre todas. Armero teve bons jogos, mas na maioria, foi apático. Não tem regularidade. Kléber mais uma vez aparece muito mais pelo nome do que por méritos. Jogou bem nesta última parte, e em alguns jogos. Já Júlio César foi, ao meu ver, um dos melhores jogadores do primeiro turno, caiu um pouco no segundo, mas merece estar na lista - o que não ocorreu ano passado.

Esqueceram: Eltinho (Avaí), Diego Renan (Cruzeiro) e Márcio Careca (Barueri). O primeiro, principalmente, fez um grande campeonato e merecia estar na lista. Diego Renan foi a grata revelação da Raposa, e Márcio Careca foi regular. Tudo o que Kléber e Armero não foram ou fizeram.

Voto: Júlio César (Goiás).

Volante pela direita (deveria ser primeiro volante): Hernanes (São Paulo), Pierre (Palmeiras) e Willians (Flamengo);

- Só para a CBF - ou sei lá quem - que Hernanes e Pierre jogaram na mesma posição nesse Brasileiro. Hernanes foi muito mais meia que volante. E jogou bem. Aliás, o São Paulo cresceu quando ele evoluiu. Fez o time jogar. Pierre foi o bom e velho guerreiro, com marcação e disposição incríveis. Willians foi muito bem, não tanto como Pierre, mas também marca e desarma muito.

Esqueceram: Ninguém, já que os três merecem a indicação. Mas, o certo seria colocar ou Sandro ou Guiñazu (Internacional) aqui, e Hernanes como volante pela esquerda, ou seja, segundo volante. Principalmente Sandro. Porém, alguém acha que os dois jogam na mesma posição dentro do mesmo time, e Hernanes é quase um cabeça-de-área. Então...

Voto: pela posição (primeiro volante), seria Pierre (Palmeiras). Mas, entre os três, fico com Hernanes (São Paulo).

Volante pela esquerda (deveria ser segundo volante): Guiñazu (Internacional), Maldonado (Flamengo) e Sandro (Internacional);

- Repito que colocar Sandro e Guiñazu na mesma posição é uma burrice. Os dois jogam juntos. Como atuariam na mesma posição? Enfim... Guiñazu fez um bom primeiro turno, mas sumiu no segundo. Não vejo muitos méritos. Sandro foi bem, marca com eficiência e aparece na saída de jogo. Foi lembrado por Dunga justamente por isso. Maldonado é o bom e velho das outras passagens pelo país. Dá um equilíbrio incrível ao meio-campo. Já disse algumas vezes que vejo o chileno como grande responsável pela ascenção do Flamengo. Prova disso é a má atuação do rubro-negro sem ele, contra o Goiás.

Esqueceram: Pode parecer loucura, mas Léo Lima (Goiás) merecia um lugar nessa lista, ao invés de Guiñazu.

Voto: Maldonado (Flamengo).

Meia-Direita: Cleiton Xavier (Palmeiras), Diego Souza (Palmeiras) e Souza (Grêmio);

- Os dois meias palmeirenses brigando como meia-direita é mais um fato dos que só a organização da premiação pode explicar. Mas, os três nomes estão aí com justiça. O PB colocou Cleiton Xavier como craque do primeiro turno. Pelos pés dele, o Palmeiras chegava ao gol. E sua saída do time provocou, junto com outros fatos, a queda de rendimento na competição. Foi o garçom e o homem de equilíbrio. Diego Souza tem o Brasileiro dividido entre "antes da Bolívia" e "depois da Bolívia". O jogador não conseguiu render o mesmo depois da passagem pela Seleção. Logicamente que isso também se dá pela mudança tática, após a saída de CX. Porém, no geral , Diego mais desequilibrou do que sumiu. E Souza entra com méritos na lista. Mesmo com o Grêmio não mantendo um bom futebol, o meia seguiu fazendo seu papel com honra.

Esqueceram: Se um dos dois palmeirenses saíssem dessa parte e fossem para o lado esquerdo, Paulo Baier (Atlético/PR) e Marquinhos (Avaí) mereciam a lembrança.

Voto: Cleiton Xavier (Palmeiras).

Meia-Esquerda: Conca (Fluminense), Marcelinho Paraíba (Coritiba) e Petkovic (Flamengo);

- Outra lista em desacordo. Conca foi bem, mas penso que não o suficiente para aparecer na lista de melhores. Marcelinho Paraíba foi muito mais atacante do que meia. Jogou muito, mas aparece na posição errada. Já Petkovic é o que todo mundo tem falado. O cara que deu a qualidade de criação e o homem que desequilibrou quando o Flamengo precisou. Se ser craque é desequilibrar nas decisões, o prêmio é dele. Basta lembrar o que ele fez contra São Paulo, Palmeiras e Atlético/MG.

Esqueceram: penso que Diego Souza (Palmeiras) competiria aqui, e não como meia-direita. Entrariam aqui: Giuliano (Internacional), Jorge Wagner (São Paulo) e Gilberto (Cruzeiro). O primeiro foi esquecido talvez pela ausência em parte do Brasileiro, devido à Seleção Sub-20. Jorge Wagner é, junto com Hernanes, os grandes responsáveis pelo crescimento e chegada do São Paulo. Já Gilberto, que chegou para ser lateral, vestiu a camisa 10 e levou o Cruzeiro para uma arrancada incrível.

Voto: Petkovic (Flamengo).

Primeiro atacante: Diego Tardelli (Atlético/MG), Fernandinho (Barueri) e Fred (Fluminense);

- Diego Tardelli foi bem durante todo a competição. É sim um dos grandes responsáveis pelo Galo estar até agora brigando pela parte de cima da tabela. Não só fez gols, mas jogou pelo time, brigando, voltando para marcar e dando bons passes. Fernandinho entra na lista pelo primeiro turno. Rápido e ousado, caiu depois do afastamento devido problemas de contrato. Já Fred está pelo que fez no segundo turno. Foi chamado de decepção, por ter saído do time no meio do campeonato (devido uma contusão). Hoje é visto, com razão, como peça fundamental para o tricolor carioca ainda estar vivo na luta contra o rebaixamento. Porém, Fernandinho foi bem no primeiro, Fred foi bem no segundo. Mas, Tardelli foi bem nos dois turnos.

Esqueceram: Dagoberto (São Paulo). Foi mais regular e decisivo do que Fernandinho. Marcelinho Paraíba (Coritiba) também entraria aqui, mas foi colocado como meia.

Voto: Diego Tardelli (Atlético/MG).

Segundo Atacante: Adriano (Flamengo), Iarley (Goiás) e Ronaldo (Corinthians);

- Artilheiro e decisivo. Assim foi Adriano nesse Brasileiro. A referência que faltava ao ataque rubro-negro nos últimos anos. Cada dia mais se aproxima de ser o bom e velho Imperador. Por isso, ajudou muito o Fla a estar na briga pelo título. Iarley alternou bons e mals momentos. Porém, mais bons do que mals. Ronaldo não jogou muitos jogos e o elenco corintiano também não ajudou. Mas, ele resolveu sempre que pode, com boas jogadas e gols. Não foi o mesmo do primeiro semestre. Porém, merece aparecer aqui.

Esqueceram: Alecsandro (Internacional). Foi melhor que Iarley, apesar de não mostrar muita regularidade.

Voto: Adriano (Flamengo).

Treinador: Andrade (Flamengo), Celso Roth (Atlético/MG) e Silas (Avaí).

- É justo que os três estejam na lista. Andrade pegou um Flamengo desorganizado, superou a impaciência de torcida e alguns dirigentes, para levar o time a lutar pelo título até o fim. Celso Roth mais uma vez repetiu o que vez com o Grêmio ano passado. Começou bem, caiu de produção, deixou os rivais chegarem e pode ver até a Libertadores escapar. Mas, nenhum dos dois conseguiram fazer o que Silas fez. Levar um time tecnicamente fraco a brigar, matematicamente, por um G4 até as últimas rodadas, não é pouco. Passou por cima de toda desconfiança do péssimo começo para provocar uma arrancada incrível.

Esqueceram: Ricardo Gomes (São Paulo). Mais um que enfrentou desconfiança de torcida e imprensa e fez o tricolor jogar um futebol, no mínimo, competitivo.

Voto: Silas (Avaí).

Revelação: Fernandinho (Barueri), Giuliano (Internacional) e Paulo Henrique (Santos).

- Gratas revelações. Fernandinho encantou no primeiro turno, com velocidade, ousadia e dribles. Deu muito trabalho para defesas adversárias. Giuliano teve que conquistar seu espaço aos poucos. Tem qualidade técnica incrível. Paulo Henrique foi o único que salvou no fraco time do Santos nesse Brasileiro. Tem tudo para despontar como cerébro do time na próxima temporada. Mas, ainda falta regularidade (palavrinha mágica e quase escassa nesse post).

Esqueceram: Dois que não foram superiores aos três da lista, mas merecem lembrança. Diego Renan (Cruzeiro), bom lateral, que tem qualidade e apoia muito bem. E Jucilei (Corinthians), que jogou sem os holofotes, mas fez um ótimo Brasileiro.

Voto: Fernandinho (Barueri).

Árbitro: Héber Roberto Lopes, Leonardo Gaciba e Paulo César Oliveira.

- Não sou especialista, por isso, serei breve. Héber não comprometeu em seus jogos. Gaciba não foi nada demais. E Paulo César voltou a boa fase.

Voto: Héber Roberto Lopes.

Opine. Amanhã, posto os indicados para a Seleção do PB, onde você poderá votar e participar também.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Quem quer ser campeão?

Entenda. A pergunta acima não quer saber quem vai ser campeão. Mas, a dúvida é saber quem quer levantar o caneco. Incrível o número de tropeços da turma de cima da tabela. Principalmente nesse segundo turno. A rodada esquentou ainda mais a briga pelo título. Principalmente, serviu para trazer de volta o Internacional. E o colorado ganhou um fôlego e tanto. Vamos aos jogos.

- No sábado, o Náutico surpreendeu, saiu na frente, sofreu a virada para o Corinthians, mas foi atrás e conseguiu a vitória no último minuto: 3 a 2. Porém, com os resultados de Fluminense e Botafogo, é pouco provável que o Timbu fique na Série A. Já o alvinegro, como já tinha dito, está de férias desde o clássico contra o Palmeiras (ou até antes) e perdeu um semestre para arrumar o time para 2010.

- Na Arena da Baixada, um bom jogo com um empate ruim para Atlético/PR e Cruzeiro. O Furacão segue com risco de rebaixamento. A Raposa deixou o G4 abrir vantagem. Ou seja: quase um "morrer abraçado". Mas, entre os dois, teoricamente o resultado acabou sendo pior para o Cruzeiro, que dificilmente conquistará uma vaga na Libertadores do ano que vem.

- O grande jogo da rodada foi no Engenhão. O Botafogo errou menos e, por isso, venceu o São Paulo. Não foi um grande jogo tecnicamente. Porém, foi muito brigado, disputado, como uma decisão. Jóbson abriu o placar com um golaço. Washington empatou no último minuto do primeiro tempo. O gol fez o tricolor voltar melhor para a segunda etapa. Jorge Wagner fez o segundo. Mas, quando alguns davam o Botafogo como morto, o alvinegro adiantou a marcação, foi para cima e logo depois chegou ao empate, com Renato completando jogada de Jóbson. O São Paulo ainda perdeu duas boas chances de liquidar a partida. Quem fez isso foi o nome do jogo: Jóbson. Após um tiro-de-meta que seria escanteio (no lance, Hernanes chutou de fora e Jefferson desviou com a ponta dos dedos), Victor Simões desviou de cabeça, Jóbson dominou, cortou Miranda e fuzilou: 3 a 2 Bota. Vale dizer que, nessa altura, Richarlyson e Juninho haviam sido expulsos. Depois, o time carioca perdeu mais dois (Jóbson, logo após o gol, e Rodrigo Dantas, no finalzinho). Uma vitória comemorada no Engenhão e no Maracanã. E em mais um monte de lugar.

Botafogo continua respirando fora do Z4. Se não vencesse, ficaria na zona de rebaixamento. Mesmo com a derrota, o São Paulo segue líder e depende só de si mesmo para ser tetra. Porém, o time sentiu os desfalques. Resta saber se Ricardo Gomes encontrará solução durante a semana.

- Outro resultado importante na parte de baixo da tabela foi a boa vitória do Fluminense sobre o Sport, na Ilha. Um 3 a 0 que só começou após o rubro-negro ficar com um a menos, após a expulsão de Moacir. O tricolor por pouco não saiu da zona de rebaixamento. Uma coisa é fato: o Flu merece estar ali pelo que fez em boa parte do Brasileiro. Mas, essa arrancada no fim é digna de se livrar da situação. E o Sport mostra cada dia mais porque caiu.

- O Santo André venceu o Avaí, por 4 a 2, e ainda respira. Por aparelhos, mas respira. Porém, não escapa. E o Avaí já conseguiu muito. Uma Libertadores seria demais.

- Na Vila, o Santos finalmente resolveu jogar bola: 4 a 0 sobre o Coritiba. E o Coxa vê a zona de rebaixamento mais perto. Pelo time e o treinador que tem, não merece. Porém, quem perde de 4 a 0 para esse time do Santos...

- Mais de 83 mil pessoas. Mosaico, festa, comemoração desde a vitória do Botafogo. Estava tudo pronto pro Flamengo chegar a liderança. Só esqueceram de avisar que, para isso, tinha que vencer o Goiás. O Esmeraldino deu um sufoco no primeiro tempo, obrigando Bruno a fazer boas defesas. Do outro lado, Harley também tinha trabalho. O rubro-negro abusou de perder gols. Pet não estava em bom dia. Adriano também não. E o time percebeu como Maldonado faz diferença na parte tática. Ele controla o meio. Com tudo isso, zero a zero que não valeu muita coisa para o Fla. Agora o Goiás tentará travar o caminho do São Paulo.

- Com gols de Leandro Domingues e Roger, o Vitória bateu o Barueri e lançou fora qualquer possibilidade de cair. Ambos vão apenas "curtir" o fim do Brasileiro.

- Fechando a rodada, outra decisão. No Mineirão, o simples 1 a 0 colocou o Internacional de novo na briga pelo título e deixa o Atlético/MG mais longe da vaga pela Libertadores. Jogando de maneira inteligente, o Inter fez 1 a 0, em boa troca de passes até sobrar para Giuliano completar. Depois, os gaúchos travaram o Atlético, que pouco conseguiu fazer. O colorado não depende de si, mas pode chegar na última rodada com grandes chances de ser campeão. Por incrível que pareça, isso é fato. E o Galo ainda depende de si para chegar ao G4. Pela frente, mais uma "final", agora contra o Palmeiras. É "só" vencer.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

E o Verdão deu adeus ao título

A derrota de 2 a 0 do Palmeiras para o Grêmio não foi incomum. Perder no Olímpico não é anormal, já que o tricolor gaúcho está a mais de um ano invicto em sua casa. O resultado no Olímpico apenas acaba com o sonho palmeirense de ser mais uma vez campeão brasileiro. Título que, muitas vezes, era claro para muitos. Mas, que escapou pelas mãos.

Pouco mais de um mês - dia 4 de outubro, para ser mais exato - e o Palmeiras venceu o Santos, na Vila Belmiro, por 3 a 1, com superioridade e boa exibição de Diego Souza e Cleiton Xavier. Ali, o PB disse o seguinte: "o Palmeiras tem cada vez mais cara de campeão". Tinha. Uma rodada depois, o Palmeiras de Muricy Ramalho começou a triste queda. Para quem não lembra: logo após a vitória contra o Peixe, o Verdão empatou em casa contra o Avaí, na raça. A partir daquela vitória na Vila, esperava-se que o time embalasse de vez, para matar o Brasileirão com duas ou três rodadas de antecedência - ou seja, essa. Não aconteceu. Dos 27 pontos disputados após aquele jogo, computou apenas seis. Não derrotou nenhum dos adversários que se encontram na zona de rebaixamento - perdeu para Náutico, Santo André e Fluminense, e empatou no sufoco contra o rebaixado Sport. Caiu diante do Flamengo, em casa, em um dos jogos de "seis pontos". E, na rodada que alguns diziam que seria até de um possível título palmeirense, o que se vê é o contrário: o time sai da briga.

O torcedor mais fanático pode dizer: mas, ainda dá. Matematicamente sim. Estruturalmente e emocionalmente, não. A briga entre Maurício e Obina, na saída para o intervalo, foi apenas o ápice de um elenco que dá sinais de racha algumas rodadas. Nas entrevistas, sempre escapava um "tem gente que não se dedica"ou "pensa que é chegar, ganhar bem, e pronto". Nem Muricy, que sempre conseguiu reverter problemas em elenco, dessa vez não foi capaz.

O Palmeiras merecia ser campeão? Sim. Há um mês atrás. Dali pra frente, se viu um time mal organizado, sem disposição tática. Vale lembrar que o time perdeu três jogadores de referência no time: Maurício Ramos, que vinha em boa fase com Danilo; Pierre, que dispensa comentários e é o melhor volante do campeonato; e Cleiton Xavier, rei das assistências e motor do time. Isso interferiu sim. Porém, são vários pontos que terminam com esse capítulo: o Palmeiras não será campeão.

Agora, resta a Muricy e seus comandados, pelo menos assegurar uma vaga na Libertadores. E olhe que, pela situação, se ela vier, será lucro. Uma certeza já se tem: 2010 começa com muita pressão sobre o Palestra Itália.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um final de semana daqueles - Parte I

Depois de uma 33ª rodada, onde tivemos um jogo disputado entre Palmeiras e Corinthians, vitória apertada do São Paulo sobre o Barueri, Bruno salvando o Flamengo contra o Santos, Atlético/MG vencendo no sufoco o Goiás e Inter e Cruzeiro tropeçando em casa, a briga pelo título ganhou novos ares de emoção em mais uma rodada. Some também a briga na parte de baixo da tabela, com as ótimas vitórias de Botafogo, no Beira-Rio, e Fluminense, no Mineirão, e do Santo André, sobre o Grêmio. além do Náutico derrotando o Sport no clássico pernambucano.

Depois disso, a 34ª rodada começou com tudo, em um jogo travado entre Grêmio e São Paulo, no Olímpico. Com direito a três expulsões do tricolor paulista, Rogério Ceni salvando em cima da linha e o Grêmio abusando de errar. No fim, 1 a 1, e São Paulo líder. Pelo menos por enquanto.

O final de semana promete. Em destaque, dois jogos. Dois grandes confrontos, com cara de decisão. Mais dois "mata-mata". Além de outros duelos interessantes.

- No Mineirão: Atlético/MG e Flamengo. Duelo dos artilheiros Diego Tardelli e Adriano. Confronto com casa cheia, lotada. Dois times que conquistaram uma vitória suada. Um empate não é bom para ninguém. Além disso, um duelo a parte entre Celso Roth e Andrade. Treinadores que muitos queriam que caíssem, mas seguiram e estão na briga pelo título.

- No Maracanã, um jogo de opostos. Fluminense jogando a vida e tentando ganhar fôlego para escapar da Série B. Palmeiras também joga tudo para voltar a liderança e, com uma vitória, abrir dois pontos. Flu vem embalado pela virada contra o Cruzeiro, domingo, e a classificação na Sul-Americana. Verdão sem Marcos, conseguiu um heróico empate no clássico e teve semana inteira livre. Jogaço.

Além dos dois duelos com cara de final, quase todo jogo vale muito - pelo menos para um.

- Santos x Náutico: Peixe só tenta garantir uma vaguinha na Sul-Americana. Para o Timbu, vale a fuga do rebaixamento;

- Vitória x Avaí: Vale muito pouco. Só Sul-Americana em jogo. E os dois estão quase lá;

- Sport x Cruzeiro: Sport praticamente cai para a B se não vencer. Cruzeiro tem que ganhar se quiser continuar com o sonho de G4;

- Corinthians x Santo André: Timão em férias. Ramalhão, embalado com duas boas vitórias, tenta fugir do Z4;

- Barueri x Internacional: O Inter sonha com o G4. Falar em título é complicado mas, a rodada pode sim recolocar o Colorado na briga. Para o Barueri, vale apenas complicar.

- Atlético/PR x Goiás: Furacão quer dizer tchau para qualquer perigo de rebaixamento. Goiás tenta vencer uma depois de sete jogos e sair da ladeira.

- Botafogo x Coritiba: jogo fundamental para o Botafogo provar que a eliminação na Sul-Americana não afetou o time. Se vencer, dá um bom passo para fugir do Z4.

É só o primeiro de cinco finais de semana geniais. Prepare-se.