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terça-feira, 13 de outubro de 2009

29ª rodada: ótima para o Flamengo, boa para o Cruzeiro

A 29ª rodada não mudou muito para alguns times. Mas, para Flamengo e Cruzeiro, digamos que ela foi quase perfeita. O rubro-negro encostou de vez no G4 e se candidata seriamente a uma vaga na Libertadores. Se o time carioca bobear, a Raposa entrou também nesta briga. E o principal: são dois times que embalam no momento certo, faltando nove rodadas.

Já na briga pelo título, mais uma vez muita coisa poderia mudar, mas não foi o que aconteceu. No sábado o São Paulo perdeu e o Inter empatou. Ontem, derrotas de Palmeias e Atlético/MG, e empate do Goiás. E, querendo ou não, todos que cederam jogadores à Seleção tropeçaram nas últimas duas rodadas. Menos o Flamengo. Vamos aos jogos:

- No Maracanã, uma vitória justa. O São Paulo pode até reclamar do pênalti defendido por Rogério Ceni que o árbitro mandou voltar. Mas, o Flamengo foi superior durante toda a partida. Comandados desdo o ínico por Petkovic, o rubro-negro perdeu várias oportunidades no primeiro tempo. O São Paulo chegou duas vezes, e abriu o placar. Um lançamento primoroso de Dagoberto para Hernanes, que com toda a calma e categoria fez o gol. No segundo tempo, o mesmo jogo, mas com o tricolor se segurando e apostando em mais um contra-ataque. E veio o pênalti de Jorge Wagner em Toró. Pet cobra, Rogério Ceni defende mas, segundo o árbitro, o goleiro se adiantou - o que fez, de fato, mas em lance que se for marcar, 90% das penalidades voltariam. Pet cobrou de novo e, com categoria, empatou. Tome pressão flamenguista, com a zaga sãopaulina e Rogério segurando. Mas Pet apareceu novamente e fez um belo passe para Zé Roberto virar o placar: 2 a 1 Fla. Festa garantida no Maraca.

- E o Fluminense conseguiu imprtante vitória sobre o Santo André, fora, por 2 a 1. Era um dos típicos jogos de seis pontos. Ainda mais para o Flu. Alan - bom atacante - e Fred, de pênalti, abriram o placar ainda no primeiro tempo. Camilo diminuiu. O Ramalhão até pressionou, principalmente nas bolas paradas, com Marcelinho, mas não conseguiu. A situação tricolor ainda é delicada: está a sete pontos do Botafogo, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Porém, como diria o sambista: sonhar não custa nada. O mesmo pode-se dizer para o Santo André.

- No Pacaembu, Ronaldo marcou, participou no gol de Elias e ajudou o Corinthians a voltar a vencer: 2 a 1 sobre o Grêmio, que vê escorrer pelas mãos a chance de brigar pelo G4. O tricolor gaúcho pressionou em boa parte do primeiro tempo, mas os dois gols corintianos liquidaram a partida. Nem o gol de Tcheco, no segundo tempo, ajudou. E Ronaldo, inchado, gordo, seja o que for, consegue desequilibrar. Porém, penso que o grande trunfo desse jogo foi o retorno da zaga titular - William e Chicão - que deu maior equilíbrio defensivo, o que faltava a tempos no Corinthians.

- Centenário, no Brasil, é quase igual a decepção. Diga o Coritiba, que na partida que praticamente comemorava os 100 anos do clube - o jogo foi dia 10, e o aniversário, ontem - foi marcado por uma derrota para o Barueri, em pleno Couto Pereira. Os gols vieram no segundo tempo. Márcio Careca abriu o placar para os visitantes, Bruno Batata empatou, mas Thiago Humberto fez, no finalzinho, o gol da vitória do Barueri. A falta de regularidade mata o Coxa, que ainda precisa ficar de olho para não cair - o que acho muito improvável.

- Fechando os jogos de sábado, o Internacional apenas empatou com Atlético/PR, por 1 a 1, e perdeu a chance de encostar nos líderes. O Colorado foi melhor durante boa parte do jogo, tinha mais volume e pressionava mais. Dominou o primeiro e o segundo tempo e via o time rubro-negro apenas se segurar. Porém, Patrick abriu o placar para o Furacão, aos 33 dos segundo tempo. O empate veio na base da pressão e do sufoco, com Alecsandro, aos 44. Mudou o técnico, mas pouca coisa mudou no Inter nesses dois jogos, mas pelo menos se mantém no G4. E o Atlético virou especialista em segurar e complicar jogo fora.

- Em Recife, o líder e desfalcado Palmeiras não teve chances contra o Náutico: 3 a 0. Com sobras. Com muitos desfalques, o alviverde sofreu com a falta de entrosamento. Além disso, pegou um Timbu motivado, bem disposto em campo e jogando bem. Com isso, o placar se tornou justo. Cláudio Luiz abriu o placar no começo, Bruno Mineiro ampliou ainda na primeira etapa e sacramentou o placar no segundo tempo. O único destaque do Palmeiras foi o goleiro Marcos. No Náutico, a zaga foi muito bem e o ataque com velocidade. Uma derrota que só foi "tranquila" para o Verdão porque todo mundo tropeçou. Já o Náutico, venceu na hora certa para tentar escapar da zona de rebaixamento.

- Jogando no Pacaembu, o Santos não passou de um zero a zero com o Vitória. O Peixe pressionou e cansou de desperdiçar chances. O Vitória chegou muito pouco. A torcida santista, que lotou o estádio, perdeu a paciência e pediu a cabeça de muita gente. E Luxemburgo segue acreditando no G4. Vai entender.

- O Goiás empatou com o Sport, em casa, por 1 a 1, e vai dando sinais que perdeu o bom pique que estava antes. E, no Serra Dourada, mais uma torcida perdeu a paciência, desta vez com o treinador Hélio dos Anjos. Injusto, ao meu ver. Léo Lima abriu o placar no começo do segundo tempo, mas Luciano Henrique empatou. Resultado ruim para o Goiás, mais ou menos para o Sport, que precisa de mais para escapar da Série B.

- No Engenhão, uma aula de amadorismo da direção botafoguense, que não esperava a sua torcida em peso no estádio, liberou gente sem ingresso e deixou gente que pagou, fora. Enfim, tirando isso, uma grande partida entre Botafogo e Avaí. Mais uma vez o time catarinense começou muito bem e abriu 2 a 0 de cara, com Émerson e William, ambos no fim do primeiro tempo. No segundo, Estevam Soares apostou em Victor Simões e o "pantera" salvou o alvinegro. Dois gols que garantiram o empate: 2 a 2. E o Bota quase virou. Resultado bom para o Glorioso, pelas circustâncias. E o Avaí não consegue, mais uma vez, aguentar a pressão, assim como aconteceu contra o Palmeiras na quinta. Mas, Silas sabe incomodar. Isso sabe.

- No Mineirão, tudo azul. Com gol de Wellington Paulista e para alegria da blogueira e amiga do PB, Clítia Milagres, o Cruzeiro derrotou o Atlético/MG e entrou de vez na briga pelo G4. São só cinco pontos que separam a Raposa (6°) do Galo (4°). Confesso que não esperava. E tinha gente já pedindo a cabeça de Adílson Batista. O Cruzeiro foi melhor no primeiro tempo, e fez o gol do jogo com Wellington Paulista, aos 11. Na segunda etapa, o Atlético melhorou, mas sentiu falta de Diego Tardelli. Fábio fez boas defesas e garantiu a vitória cruzeirense. A briga pelo G4 vai ficando cada vez mais emocionante. Se no fim do primeiro turno, acreditava que ficaria entre cinco times, Flamengo e Cruzeiro resolvram esquentar essa disputa. Façam suas apostas.

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