Pouco mais de um mês - dia 4 de outubro, para ser mais exato - e o Palmeiras venceu o Santos, na Vila Belmiro, por 3 a 1, com superioridade e boa exibição de Diego Souza e Cleiton Xavier. Ali, o PB disse o seguinte: "o Palmeiras tem cada vez mais cara de campeão". Tinha. Uma rodada depois, o Palmeiras de Muricy Ramalho começou a triste queda. Para quem não lembra: logo após a vitória contra o Peixe, o Verdão empatou em casa contra o Avaí, na raça. A partir daquela vitória na Vila, esperava-se que o time embalasse de vez, para matar o Brasileirão com duas ou três rodadas de antecedência - ou seja, essa. Não aconteceu. Dos 27 pontos disputados após aquele jogo, computou apenas seis. Não derrotou nenhum dos adversários que se encontram na zona de rebaixamento - perdeu para Náutico, Santo André e Fluminense, e empatou no sufoco contra o rebaixado Sport. Caiu diante do Flamengo, em casa, em um dos jogos de "seis pontos". E, na rodada que alguns diziam que seria até de um possível título palmeirense, o que se vê é o contrário: o time sai da briga.
O torcedor mais fanático pode dizer: mas, ainda dá. Matematicamente sim. Estruturalmente e emocionalmente, não. A briga entre Maurício e Obina, na saída para o intervalo, foi apenas o ápice de um elenco que dá sinais de racha algumas rodadas. Nas entrevistas, sempre escapava um "tem gente que não se dedica"ou "pensa que é chegar, ganhar bem, e pronto". Nem Muricy, que sempre conseguiu reverter problemas em elenco, dessa vez não foi capaz.
O Palmeiras merecia ser campeão? Sim. Há um mês atrás. Dali pra frente, se viu um time mal organizado, sem disposição tática. Vale lembrar que o time perdeu três jogadores de referência no time: Maurício Ramos, que vinha em boa fase com Danilo; Pierre, que dispensa comentários e é o melhor volante do campeonato; e Cleiton Xavier, rei das assistências e motor do time. Isso interferiu sim. Porém, são vários pontos que terminam com esse capítulo: o Palmeiras não será campeão.
Agora, resta a Muricy e seus comandados, pelo menos assegurar uma vaga na Libertadores. E olhe que, pela situação, se ela vier, será lucro. Uma certeza já se tem: 2010 começa com muita pressão sobre o Palestra Itália.
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