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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Crônica do hexa: a Nação, o Imperador, o Sérvio e o Tromba


Antes tarde do que nunca, começo a análise do fim do Brasileirão. E dou início com o Flamengo campeão brasileiro. Aliás: hexacampeão. Um título digno de crônica. Mas, não será isso que farei aqui.

A campanha rubro-negra não começou da melhor forma. Goleadas sofridas para Coritiba e Sport desencadeavam um clima de desconfiança na Gávea. O pior veio em agosto. Mais precisamente, a última rodada do primeiro turno e as duas primeiras do segundo turno. Derrotas para Grêmio, Cruzeiro (no Maracanã) e Avaí, com o time jogando muito mal, colocaram a prova o então interino Andrade. Porém, foi a parti da derrota para o time catarinense que as coisas mudaram,

A arrancada começou contra o Santo André? Não. A sequência invicta sim. A arrancada começou quando a diretoria manteve Andrade. Depois, o Flamengo mostrou que poderia ser campeão brasileiro em uma partida em especial. No dia 10 de outubro, no Maracanã, contra o São Paulo. O rubro-negro saiu perdendo, mas conseguiu a virada, mesmo sem Adriano, que estava com a seleção. Conseguiu a virada graças a um nome: Pet. Foi ali que se percebeu: o sérvio voltou a apresentar um grande futebol. Foi ali que o Flamengo mostrou que queria ser campeão.

É evidente que Andrade conseguiu organizar o time aos poucos, e chegou a, digamos, perfeição. Álvaro e Maldonado chegaram sem alarde, mas deram um equílibrio as duas maiores deficiências do time: a zaga e o meio. Maldonado, principalmente. Ele conseguiu equilibrar o meio-campo, coisa que não acontecia desde a saída de Ibson. Foi o companheiro que faltava ao bom marcador Willians. Outro detalhe importante: o retorno de Léo Moura e Juan ao time foi fundamental. Principalmente pela mudança de postura tática de ambos. Não eram mais um ala, como nos últimos anos. Aprenderam a ser laterais de fato.

Pet deu o toque de craque que faltava ao time. Adriano chamou para si o poder ofensivo. E até Zé Roberto começou a ser regular. Tudo isso foi reflexo do trabalho de Andrade. Ele ganhou o grupo e soube ajustar a equipe.

O rubro-negro não tinha um elenco forte. Longe disso. Tinha sim 11 titulares que se completaram taticamente. A ausência de lesões e desfalques na reta final - com exceção de Adriano - ajudaram muito nessa arrancada. Some a tudo isso uma nação apaixonada, que cresce com o time e faz o time crescer.

No fim, Pet acabou começando os dois gols, da virada contra o Grêmio. Um novo herói também surgiu no fim: Ronaldo Angelim. Em uma partida que parecia fácil. Mas, se fosse assim, qual seria a graça? Melhor de virada, na raça. Reflexo fiel do que ocorreu em todo Brasileirão.

O Flamengo é Hexa. Graças a quatro "personagens". Uma nação que agiu como "fermento", empolgada por um certo Imperador, que deixou a Europa para comandar por aqui. Esse Imperador tinha ao seu lado um "velho" sérvio, capaz de trazer a mágica ao time. E comandando tudo isso, o "Tromba" Andrade, sem marketing, mas com tranquilidade e eficiência. Uma crônica com um final feliz para todo torcedor rubro-negro.

Imagens: TerraEsportes e YahooEsportes

Um comentário:

O autor disse...

Felicidade de quase 35 milhões de pessoas, o hexa realmente vem dando o que falar. Fiz uma postagem sobre as semelhanças do esquema tático rubro-negro com o da seleção brasileira. COmenta lá: http://diarioesportivogolaco.blogspot.com

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