Os jogos de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil foi um prato cheio para os torcedores. No Pacaembu, um jogo equilibrado, com boas chances para os dois lados e um "coadjuvante" roubando a cena no duelo dos camisas 9. No Maracanã, o duelo foi dos camisas 1, que fizeram tudo para o placar não sair do zero. E em São Januário, uma goleada que deixa o Vasco muito perto das semifinais.
- Começando pelo jogaço do Maracanã. Uma partida movimentada, corrida, disputada. Flamengo e Internacional fizeram um grande duelo. O resultado de zero a zero engana quem pensa que foi um jogo de poucas chances de gols. Foram três bolas na trave - duas do Fla e uma do Inter - e grandes defesas de Bruno e Lauro.


A primeira boa chance dos gaúchos foi só aos 22. D'Alessandro cobrou falta e Bruno, ao tentar defender em dois tempos, quase deu um presentão para Nilmar, mas salvou a tempo. No minuto seguinte, Nilmar fez boa jogada e deixou Bolívar livre, mas o lateral não aproveitou. O Flamengo tentava responder, mas esbarrava na boa defesa colorada. Porém, quando chegou, parou na trave. Léo Moura, mais uma vez, cruzou e achou Juan na marca do pênalti, aos 36. O camisa 6 cabeceou cruzado, consciente. A bola bateu caprichosamente na trave, com Lauro já vendido no lance. A última chance do primeiro tempo foi do Inter: Kléber cobrou falta e Sandro mergulhou, obrigando Bruno a fazer bela defesa.

Se o Flamengo não fazia, o Inter resolveu tentar, comandado por Andrezinho, nos minutos finais. E por muito pouco não saiu com a vitória do Maraca. Por muito pouco não. Por causa de Bruno. Primeiro, aos 41, o meia colorado bateu falta direto, quando todos esperavam cruzamento, e tentou surpreender Bruno. Mas, o goleiro estava esperto e fez bela defesa, mandando para escanteio. Aos 45, o lance mais incrível do jogo: Andrezinho chutou de fora e acertou em cheio a trave. No rebote, com Bruno caído, Nilmar cabeceou mas o goleiro rubro-negro fez o seu milagre e ainda conseguiu chutar a bola, evitando novo rebote do atacante. Fantástico.
Um zero a zero injusto, de certa forma, porque foram criadas grandes oportunidades. Porém, justo, pois nem Bruno e nem Lauro mereciam sofrer gols depois da grande atuação de ambos. Os dois vivem grande fase e mostram que bons goleiros não faltam como opção para Dunga. Alguns pontos ficaram claros. O Flamengo mostrou, no segundo jogo seguido, a falta de um finalizador e a defesa foi impecável, com grande destaque para Toró, que retornou ao time jogando muito bem. O Inter mostrou ter inteligência para jogar um mata-mata, só que explorou pouco o espaço deixado pelos laterais e também marcou mal as subidas de Léo Moura e Juan.

O retrato do primeiro tempo foi o Corinthians pressionando e o Fluminense recuado, sem força ofensiva. O alvinegro abriu o placar logo aos 11 minutos. Cristian achou Dentinho livre no meio da zaga, em posição legal. O atacante invadiu a área e bateu forte, na saída de Fernando Henrique: 1 a 0 Corinthians. Ainda no primeiro tempo, o Timão poderia ter feito o segundo. Chances não faltaram. Dentinho carimbou a trave, aos 19. Ronaldo parou em Fernando Henrique em duas oportunidades - a melhor delas aos 44, quando o camisa 9 bateu forte e o goleiro fez bela defesa.

Com a entrada de Conca, o Fluminense melhorou e apareceu mais no ataque. Aos 39, o meia argentino deu um passe fantástico, de calcanhar, para Alan. O jovem atacante cruzou e Fred não conseguiu alcançar. Nos minutos finais, o goleiro tricolor fez mais duas grandes defesas. Primeiro, aos 42, em chute de Cristian, da meia-lua. E na última jogada, depois de chute de fora da área de Boquita, obrigando Fernando Henrique a defender mais uma com os pés. Fim de papo: 1 a 0 Corinthians.
O Corinthians segue muito bem organizado na marcação e parou na grande atuação do goleiro carioca. Se não, sairia do Pacaembu com uma vantagem maior. Já Parreira precisa arrumar o Fluminense, que tem criado poucas oportunidades. O resultado é sim fácil de reverter, mas para isso é necessário fazer gols. Aliás, o 1 a 0 saiu bom para os dois lados: para o Corinthians, que não sofreu gol em casa; para o Flu, que viu o um a zero ficar barato e de bom tamanho. Semana que vem tem mais.

Aos 27, Nilton cobrou falta de longe. A bola desviou na zaga e ia sobrando limpa para a defesa baiana. Mas, Luciano Henrique se atrapalhou todo de deu um presente para Carlos Alberto na área. O meia limpou o marcador e bateu firme, sem chances para Viáfara: 1 a 0 Vasco. O segundo gol veio aos 44 minutos. Paulo Sérgio cobrou escanteio pela direita e, depois do bate- rebate na área, a bola caiu nos pés de Léo Lima. O meia achou Élton livre na pequena área, que só teve o trabalho de empurrar para as redes: 2 a 0!


É muito difícil acreditar que a equipe cruzmaltina não irá se garantir nas semifinais. Uma por ter um time compacto. Outra porque o Vitória não me convence. O Vasco não tem um grande elenco, mas tem um técnico que sabe extrair o melhor de cada jogador. Dorival Júnior vai fazendo no Vasco o mesmo que Mano Menezes fez no Corinthians no ano passado. E deve colher os mesmos frutos. Já o Vitória, veio recuado, começou bem, mas e atrapalhou depois de sofrer o primeiro gol. Agora, ficou em situação difícil.

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