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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Começa a dança dos treinadores

Após o zero a zero entre Vasco e Palmeiras, um dos piores jogos do ano, a previsão do PB se concretizou. Nem Gaúcho, nem Antônio Carlos Zago conseguiram se manter no cargo. Os primeiros que inauguram a dança da cadeira entre os treinadores no Brasileirão.

Gaúcho entrou no lugar de Vágner Mancini, que não conseguiu bons resultados e armar o Vasco no começo do ano. Não fez grande coisa. Não deu ao time o tão esperado padrão. Foi tropeçando. Não chegou às finais do Carioca. Foi eliminado na Copa do Brasil. Começou mal o Brasileiro. Caiu. Queda esperada, aliás.

Para o lugar de Gaúcho, chega Celso Roth. Treinador sem estrela, para o qual meio mundo torce o nariz. Nos últimos Brasileiros, foi muito bem. Vice-campeão com o Grêmio em 2008, sétimo colocado com o Atlético/MG ano passado. Já passou pelo Vasco, onde foi bem em 2007. Ano do "São Januário, meu caldeirão", onde a equipe conseguiu uma ótima sequência em casa, caindo de produção após derrota para o São Paulo (campeão naquele ano). Roth foi demitido no melhor estilo "Eurico Miranda". Está de volta. O torcedor vascaíno ainda está um pé atrás. Dentro das opções, eu gostei da escolha. Pode sim dar certo.

No Palmeiras, Antônio Carlos Zago chegou com prazo de validade. Conseguiu sim vitórias importantes contra São Paulo, na estreia, e contra o Santos, na Vila. Parecia que as coisas entrariam nos eixos. Leve engano. Na Copa do Brasil, o Palmeiras foi no arrasto. O time não ia bem com Muricy, e não mudou nada com Zago. Assim como o Vasco, o Palmeiras não ganhou um padrão de jogo. Foi eliminado na Copa do Brasil, mas sem culpa. O elenco perder quatro cobranças de penalidades, não é culpa de técnico algum. O elenco é limitado. Até demais. E, com as escolhas mal feitas pelo treinador, o torcedor palmeirense sofreu. A demissão pode ter vindo por causa de uma discussão com Robert. Nada confirmado. Fico com a opção de que não é o treinador ideal para o Palmeiras.

O problema no Palmeiras é: mudar treinador não basta. Faltam atacantes, uma zaga de confiança, um novo homem decisivo para o lugar de Diego Souza. O clima político atrapalha demais o trabalho. Diretores vivem dando explicações e o time não se reforça. Quem vem? Tudo indica que esperarão uma resposta de Felipão, que viria após a Copa. Se ele não vir, vários nomes ganham força, como Paulo Autuori, Abel Braga e até Cuca, que foi especulado antes de Zago chegar. Falaram também em Jorginho. De todos esses nomes, uma certeza: trazer apenas treinador não muda muita coisa. Ou chega acompanhado de reforços, ou a dança da cadeira continuará no Palestra.

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