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sábado, 14 de julho de 2012

#CopadoBrasil: O despertar de um gigante


É campeão! O grito que estava engasgado finalmente saiu. Como o urro de um gigante que esperava por muito tempo despertar. Um berro de quem quer mostrar para todos que está vivo. Esse é o grito de campeão do Palmeiras.

Não é o time dos sonhos de nenhum palmeirense. É um time mediano, quase fraco, mas com peças que superam todos os limites. É a prova de que grandes qualidades podem superar muitos defeitos. O Palmeiras foi assim.

O melhor de tudo isso: consagra mais uma passagem do comandante alviverde. É um título com a cara de Luis Felipe Scolari. Felipão é copeiro. O time jogou todas as fases de forma inteligente. Esperava para matar o jogo fora. Jogava com o regulamento em casa. O vice-versa. O resultado: campeão invicto. Nada simples em uma competição apenas de mata-mata.

O time tinha o jeito de Felipão. Explorava a bola parada, marcava muito bem. Se faltava um bom cabeça-de-área, na hora mais difícil, o técnico bigodudo teve a ousadia de colocar Henrique como volante. A loucura para alguns mostrou-se sabedoria para todos. Henrique foi um dos principais jogadores nas partidas decisivas.

Disse anteriormente que o Palmeiras era um time com mais sorte do que juízo. Sorte? Quem vê apenas as vésperas das finais vai achar isso uma piada. Apêndice de Barcos, expulsão maluca de Henrique contra o Grêmio. Depois, o Mago vai de herói a expulsão na primeira partida. Thiago Heleno lesionado no primeiro tempo da final em Curitiba. 

Sim, mesmo com tudo isso, o Palmeiras é um time de sorte. Sorte por ter uma escola de goleiros que faz justiça a “defesa que ninguém passa”. Bruno entrou e sofreu a desconfiança de muitos. E garantiu um título para todos. 

Sorte de ter Betinho no ataque. Sim, sorte. Por mais limitado que seja, quando as coisas apertavam na final, ele decidiu. Arrumou um pênalti no primeiro jogo após o Coritiba dominar todo o primeiro tempo. Desviou uma cobrança de falta para acabar com qualquer pressão do Coxa em busca do 2 a 0 e sacramentar o título palmeirense. Bendito apêndice.A prova de que, quando a qualidade falta, a linha atacante palmeirense é feita de raça.

Quem mais sorte do que ter Marcos Assunção? Ouso dizer que ninguém bate na bola como ele nas cobranças de falta ou escanteio. Cada cobrança era um terror para os adversários. Um alívio para os palmeirenses. Ele merecia esse título. Chegou sob uma baita desconfiança. Um velho que estava no Grêmio Prudente. Foi vaiado, criticado. Porém, ele mostrou que passar por barreiras é justamente sua especialidade. Se o Palmeiras conseguiu, foi graças a bola parada. Mais uma vez. Há 14 anos, a arma era com Arce. Hoje, o trunfo é Assunção.

Ninguém merecia erguer mais este troféu do que ele. Ninguém. Os pés dele comandavam o time. Ele queria esse título. Não só pelo filho. Por uma torcida imensa, que canta e vibra.Por um alviverde inteiro que sabe 
ser brasileiro. Sabe ser o maior campeão nacional, com 11 conquistar. 

Vale lembrar que o caminho teve outros personagens de sorte. A predestinação de Mazinho, o iluminado do Olímpico. A volta da magia de Valdívia, que marca presença importante em mais um título palmeirense. Os gols de um pirata que ganhou a 9 e o respeito dos torcedores. 
O gigante Palmeiras despertou pela vivência do seu hino. Para provar que ressurge o alviverde, sempre imponente. E mostrar que de fato é campeão!

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