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sábado, 7 de julho de 2012

#CopadoBrasil: Sorte ou juízo?



O Palmeiras deu um passo muito grande para conquistar a Copa do Brasil. Apesar de tudo o que aconteceu (expulsão sem lógica de Henrique contra o Grêmio, apendicite de Barcos no dia da decisão, entre outros), o palmeirense tem que concordar: o alviverde não é um time com muito juízo, com rara qualidade; mas possui uma sorte imensa.

Como toda decisão, a partida teve seus personagens. Começando por Bruno. O goleiro rodou, esperou sua hora e mostrou seu valor para todo torcedor palmeirense. Não teve dúvidas ao sair nos pés de Junior Urso e salvar logo no começo do jogo. Salvou em outras três oportunidades. Saiu como o nome da partida e herói. Se não fosse ele.

Isso porque o Coritiba pressionou em todo o primeiro tempo. Marcou bem a saída de bola palmeirense, aproveitou os erros de passe e falhas da defesa para chegar ao ataque. As oportunidades apareceram. Um time com juízo, mas sem sorte.

Outro personagem desta final já era esperado. Marcos Assunção e sua arma letal, a bola parada, decidiram o jogo. O Palmeiras praticamente não atacou no primeiro tempo. Quando chegou, foi com ele. Falta pelo lado direito, bola na área e Betinho agarrou e foi agarrado por Jonas. O árbitro deu pênalti.

Uma pausa para falar de outro personagem. O árbitro Wilton Sampaio teve atuação horrível. Sem critérios ao marcar as faltas, ao dar cartões, estava mais perdido que a marcação palmeirense no começo do jogo. Uma arbitragem pífia. Nem tanto pelos lances polêmicos: o pênalti em Betinho é duvidoso, assim como o reclamado em cima de Tcheco; o impedimento – se é que houve – no toque de Thiago Heleno é complicadíssimo, já que desvia em Lincoln primeiro. Mesmo assim, foi uma arbitragem fraca.

Voltamos ao jogo. Voltamos a bola parada. Tão decisiva na era Felipão e nesse limitado Palmeiras. Valdívia cobrou e fez. Mostrou decisão. Era ele quem chamava o jogo e tentava dar alguma lucidez no primeiro tempo. Porém, foi tolo ao cair na bobeira de fazer faltas e reclamar com o árbitro. Resultado: cartão vermelho e fora da final em Curitiba.

O segundo tempo tinha o mesmo retrato do primeiro, com o Coxa muito melhor, porém com um Palmeiras um pouco mais organizado na parte defensiva. Isso até a entrada de Lincoln e a saída de Everton Ribeiro. O Coritiba perdeu velocidade. O Palmeiras cresceu no jogo. E conseguiu o segundo gol com o fator já citado antes: bola parada, Marcos Assunção. A bola desviou em Lincoln e Thiago Heleno mandou para o gol.

Fatura liquidada? Poderia ser se Maikon Leite não perdesse um gol feito. Um 3 a 0 praticamente colocaria a faixa no peito dos palmeirenses. A expulsão de Valdívia também não deixou a vitória ficar definida. Mas o Coritiba estava nervoso e não conseguia chegar ao ataque. 

Um time com mais sorte do que juízo. Você pode se perguntar: como pode ser sorte, se o Palmeiras perdeu Barcos no dia da final, teve Valdívia expulso e Maikon Leite perdeu um gol feito que poderia sacramentar o título? É que nem a sorte palmeirense tem juízo.

O Palmeiras foi o de sempre. Felipão fez o time jogar dentro do seu limite. E esperou a chance aparecer. Chance descrita como bola parada.  Desta forma, o alviverde de Palestra Itália colocou sim uma mão na taça. Mas ficou evidente que, se jogarem desta forma, o Coritiba pode reverter o placar. Basta saber quem terá mais sorte. E juízo.

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