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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dunga sem sombras

O ano de 2008 não foi fácil para Dunga. Derrotas para times como Venezuela, empates sem gols pelas Eliminatórias contra Bolívia e Colômbia, e a queda nas Olímpiadas frente a rival Argentina fizeram o torcedor brasileiro dizer várias vezes: "Adeus, Dunga!". Porém, a goleada sobre Portugal deu um pequeno "ufa!" para o treinador.

E, se Dunga começou o dia do primeiro jogo em 2009 com a sombra de Felipão, terminou tranquilo. A vitória sobre a Itália confirmou o que se viu contra Portugal. Um time mais solto, com (quem diria) um padrão tático e uma equipe aguerrida.

O time brasileiro teve um grande adversário pela frente, que não a toa é o atual campeão do mundo. Uma Itália que sabe jogar de maneira tática, correta, contra um Brasil com importantes desfalques, como Kaká e Luís Fabiano.

As escalações de certa forma surpreenderam. Dunga veio com Felipe Melo como segundo volante, ocupando a posição que vinha sendo de Anderson, além da já esperada entrada de Elano no lugar de Kaká. Já Marcelo Lippi "me surpreendeu" ao deixar no banco Luca Toni, Camoranesi e Perrota.

O Brasil ganhou pelo que jogou no primeiro tempo, tanto que os gols sairam nos primeiros 45 minutos, com Elano e Robinho - dois belos gols. A Itália não foi tão bem no começo, mas na segunda etapa melhorou a marcação e saída de jogo, levando mais perigo ao gol de Júlio César. Mas, nada demais: 2 a 0 no placar e bom começo de temporada para o Brasil.

Não quero analisar o jogo em si, mas sim os jogadores brasileiros. Júlio César é o camisa 1 da Seleção com méritos, e apagou os pedidos de Rogério Ceni, Marcos e etc. O goleiro é um dos melhores do mundo na posição. Maicon é melhor que Daniel Alves dentro do esquema utilizado por Dunga. A zaga com Juan e Lúcio é firme e segura. Marcelo mostra que é a melhor opção pela esquerda, apesar da falta de experiência e não marcar muito bem.

O meio-campo tem alguns problemas a serem analisados. Gilberto Silva foi bem, mas não é tão seguro como deveria. Felipe Melo jogou hoje e fez o simples. Nada demais. Anderson e Hernanes jogam mais que ele. Ronaldinho atuou de maneira diferente do que vem jogado no Milan e não foi bem hoje. O grande nome do jogo foi Elano. Objetivo, solto e autor do primeiro gol, após belo passe de Robinho.

Elano lembra - repito, lembra - Mazinho em 94. Explico no que: é um jogador contestado, muita gente torce o nariz pra ele, mas é o típico jogador-tático. Exerce muito bem aquilo que o time precisa. sabe tocar a bola, abrir a marcação e chega ao ataque. Foi muito bem contra Portugal e hoje. Merece mais um lugar entre os 11 do que Ronaldinho, por exemplo.

No ataque, Adriano não foi tão bem e não vem sendo na Seleção. Luís Fabiano está em melhor fase, tanto no clube como com a amarelinha. Pato é uma ótima sombra e está em grande fase no Milan. Merece uma chance, assim como Keirrison merece muito mais do que Adriano. Robinho é outro que não pode sair. Gosta de jogar pela seleção e isso é fundamental. Além disso, joga bem, o que é necessário.

Por fim, Dunga. O time ganhou ritmo, corpo e padrão. Tudo o que parecia improvável antes da vitória contra Portugal. A grande questão é: o Brasil sabe jogar contra os grandes, mas e contra os pequenos? Sabe jogar contra times que jogam abertos, de igual, mas não sabe furar retrancas. Essa é a próxima missão de Dunga esse ano. Se conseguir furar as retrancas sulamericanas, nçao há sombra de Muricy, Luxemburgo e Felipão que o tire do cargo.

Sempre fui crítico de Dunga no comanda da Seleção. Porém, penso que chegou a hora de ser justo e admitir que ele começou a dar certo. Não sei até quando continuará bem, mas hoje merece os elogios.

Um comentário:

Pâm Cristina LF* disse...

Bom dia tudo bem?
Ótimo blog =D

A seleção ontem jogou bem, mas não tanto que nem jogou contra Portugal, dá pra ver sentir as ausências de Luis Fabiano e Kaká.
Os dois estão em grandes Fase, o Fabuloso marcando muitos gols e Kaka como sempre arrasar no meio!

Ótimo post!
Parabéns