Santos 2x2 Atlético
(MG)
O Atlético tinha a briga pelo título. O Santos tinha Neymar. O atacante que jogou no dia anterior pela seleção brasileira, lá na Polônia, desembarcou no Brasil e foi direto para o jogo. Sendo assim, ele não poderia ficar apenas observando. Um artista sempre quer participar da obra.
Eram quase 11 minutos de jogo. Em 20 segundo Miralles fez 1
a 0 para o Santos. A bola encontrou Neymar próximo ao grande círculo. Foram
sete toques nela. O primeiro um tapa de calcanhar, dando uma meia-lua no
zagueiro. Depois, um corte que fez o marcador derrubar o próprio companheiro de
time. Uma limpada no próximo atleticano, uma ameaçada e o tapa no canto, sem
chances para o goleiro. Dizem que é golaço. Mas pode chamar de arte. Ou de
genialidade.
O Galo não se intimidou e conseguiu empatar ainda no
primeiro tempo. Jogava melhor e poderia virar. Mas aí Rafael Marques bateu
cabeça com seu companheiro de time e caiu desacordado. Não conseguiu ver a
lambança e a falta de organização de um estádio que tem tudo tão arrumadinho,
mas coloca degraus onde a ambulância deveria entrar no gramado. Tudo está bem
com o zagueiro. Porém, o respeito ao futebol não anda nada legal.
A partida voltou, mas não era mais a mesma. O ritmo caiu.
Bernard, também do Galo, foi outro a cabecear outro jogador e cair no gramado.
Aprendi que o artista é aquele que consegue apresentar
beleza onde não aparenta haver. Assim, no fim,
Neymar fez mais uma pintura,
dando um chapéu de lambreta, carretilha, ou como preferir. Às vezes, o que é
belo não precisa de nome. Apenas necessita acontecer. O ingresso valeu apena,
mesmo com o palco não sendo digno de tamanha arte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário