Publicidade

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

#Brasileirão: Digno de final

Atlético (MG) 3x2 Fluminense

Tinha cara de decisão. E foi um jogo digno de final de campeonato. Atlético (MG) e Fluminense mostraram que não estão a toa brigando pelo título do Brasileirão 2012. A partida em Belo Horizonte deixou claro que o caneco ficará em boas mãos.

Foi um dos melhores, se não o melhor jogo do Brasileiro. De um lado um futebol ofensivo, provocante, que marcava bem e saia para o jogo. Do outro, uma equipe mais pragmática, se defendendo e esperando a hora certa de dar o bote, apostando na velocidade e no contragolpe.

Partida com vários destaques. Diego Cavalieri fez uma baita partida. Sofreu sim os três gols, mas salvou em outras quatro oportunidades. Ronaldinho não deixou o seu – apenas o gol anulado – mas deu duas assistências e conduziu o Galo como maestro. Os dois times contam com velocistas: Wellington Nem e Bernard, ambos em grande fase. Também têm seus matadores: Jô e Fred.

Além dos personagens, o jogo teve quase todos os elementos de uma decisão. Bom público (mais de 20 mil pagantes), polêmica com arbitragem (que acertou), três bolas na trave, virada e gol nos últimos minutos. Quer mais?

Os números traduzem um pouco do jogo. O Fluminense finalizou quatro vezes, marcou dois gols. Já o Galo chutou 27 vezes, parou seis em Cavalieri e fez três gols, além de três bolas na trave. O alvinegro mineiro marcou bem e roubou mais bolas. Por isso conseguiu pressionar. Flu destruiu mais, com 20 faltas contra nove do Atlético. 

No geral, a partida foi toda do Galo. Ofensivo, comandado por Ronaldinho, Bernard e as boas descidas de Marcos Rocha, o Atlético abusou de perder gols. Chegou a fazer 1 a 0 em bela cobrança de falta de Ronaldinho. Porém, o árbitro anulou corretamente o gol, já que Leonardo Silva empurra a barreira, o que foi desnecessário, já que nada bloquearia a cobrança do R49.

Diego Cavalieri foi aparecendo. Salvou o Fluminense até onde pode, em pelo menos três chances claras. Contou com a ajuda da trave duas vezes – uma de Bernard e outra de Jô. O gol do Atlético não saia.

Veio o segundo tempo. E decisão precisa de uma velha máxima. Desta vez, valeu o “quem não faz, toma”. Eram dez minutos. A primeira boa descida do Fluminense, em contra-ataque. A bola caiu nos pés de Fred. O camisa 9 tricolor sabe decidir. Seja finalizando ou, como desta vez, deixando o companheiro na cara do gol. O beneficiado foi Wellington Nem, que mandou no canto. Fluminense 1 a 0, duas mãos na taça.

O Atlético não tinha outra saída. Pressionou, mandou mais uma na trave (Leandro Donizete) e finalmente chegou ao empate. Após jogadaça de Ronaldinho, ele puxou pelo meio, esperou e tocou para Jô fuzilar: 1 a 1. Eram 23 minutos. Tudo ficou na mesma.

Bastaram 13 minutos para a partida pegar fogo de vez. Bernard fez bela jogada pela esquerda e cruzou de forma perfeita para Jô virar o placar: Galo 2 a 1. Temos um campeonato.

Porém, o Fluminense é o líder. Foi ao ataque e na segunda boa jogada, chegou ao segundo gol. Troca rápida de passes e a bola veio da esquerda, rasteira, para encontrar os pés de Fred e morrer nas redes:  2 a 2. Fluminense seguia com uma mão na taça.

Para muitos, jogo decidido. Não para o Atlético, que carregava ainda mais o trecho do seu hino que diz “vencer, vencer, vencer, esse é o nosso ideal”. Ideal transformado em realidade aos 47 minutos do segundo tempo.

A bola estava no ataque e voltou um pouco para encontrar Ronaldinho. Olhar para a área. Eram dois homens lá dentro. Mas o herói do jogo não aparecia ainda. Vinha correndo de fora, já consciente do ponto futuro. A bola foi cruzada. Leonardo Silva correu e foi de encontro. Um cabeceio forte como um chute estufou as redes. O gol da vitória. O gol que reabre o Brasileirão.

Nenhum comentário: