Foram nada menos que oito equipes com a cabeça em outras competições. Grêmio, Santos, Vitória e Atlético/GO pensando na Copa do Brasil. São Paulo, Cruzeiro, Internacional e Flamengo, pensando na Libertadores. Só o Inter se deu bem. Vamos à rodada.
Os dois time estavam muito mais com a cabeça no meio de semana. Mas vale lembrar que o Vitória contava com um time muito mais misto que o Flamengo. E a camisa nova do Fla, não dá. Por mais que tenha um sentido, é estranho demais.
- Fluminense 1x0 Atlético/GO: Primeira vitória de Muricy no Flu. Sofrida, contra o mistão do Atlético/GO. O tricolor pressionou e dominou desde o começo. Foi um show de oportunidades desperdiçadas, das mais variadas maneiras. Era quase um "ataque contra defesa". Mas, aí lembramos que o atacante era André Lima. E no fim da 1ª etapa, o Atlético quase fez, parando em boa defesa de Rafael. O segundo tempo seguiu a mesma coisa. Flu tentando, tentando. Desta vez o gol saiu, com Marquinho, após descida rápida de Mariano. Com um jogador a mais, o tricolor pelo menos conseguiu segurar o 1 a 0. No fim, vaias.
Muricy Ramalho terá trabalho para acertar o Fluminense. Time depende muito de Conca e Fred. Já o Atlético/GO, com a cabeça nas semifinais da Copa do Brasil, vai fazer um bom Brasileirão. Podem me cobrar.
- Grêmio Prudente 4x0 Atlético/MG: Bastou um só tempo. O Prudente se impôs e massacrou o Atlético no 1º tempo. Fruto da escalação de Luxmburgo, que inventou de colocar três zagueiros e sacar Ricardinho, um dos melhores na vitória contra o Vasco, na 1ª rodada. Preço disso: primeiro minuto, e 1 a 0 para o Prudente, com Araújo. Mais uma bobeira da zaga do Galo e Flavinho ampliou, completando escanteio. O domínio do ex-Barueri seguiu. Luxa colocou Ricardinho, tirando um zagueiro. Não adiantou. Aos 40, Jairo Campos fez pênalti em Marcelo Oliveira. Henrique Dias fez 3 a 0. Ainda teve tempo para o 4º, com Diego. Depois do intervalo, só protocolo. Atlético tentou algo, Prudente se segurou, tocando a bola. Fim de papo, e 4 a 0.
Luxemburgo pagou o preço pela alteração na formação tática. Zaga confusa, mal armada, que influenciou nos 4 a 0. Além disso, péssimo jogo do time. Erros e mais erros de passe. Prudente não tem nada de mais, mas soube jogar nos espaços e nos erros. Venceu fácil.
- Grêmio 1x2 Corinthians: O Timão esqueceu de vez a Libertadores e mostrou estar focado no Brasileirão. No Olímpico, diante do mistão gremista, o Corinthians jogou bem e manteve os 100% de aproveitamento. Começou mais organizado e dominando o meio. Com isso, abriu logo o placar, com Ralf. O Grêmio sentia a falta de entrosamento e os desfalques. E a zaga tricolor aprontava as suas. A entrada de Jonas melhorou um pouco o time, mas não foi o diferencial. Para ajudar, Victor e Bruno Colaço (!) se atrapalharam, deixando a bola limpinha para Souza ampliar. Maylson, em bom passe de Jonas, entrou bem e diminuiu para os gaúchos. A dupla melhorou o ritmo, o tricolor pressionou, mas não conseguiu o empate.
Corinthians não jogou bem, mas foi inteligente. Por isso saiu com os três pontos do Olímpico. Em pontos corridos, importante vitória fora de casa. Gosto mais do Corinthians sem Ronaldo. O problema é a infinidade de volantes que Mano Menezes escala. Quanto ao Grêmio, Silas optou pela Copa do Brasil. VIctor falhou no segundo jogo seguido. E esse Bruno Colaço, meu Deus... Por outro lado, Maylson entrou muito bem e Jonas mostrou estar em boa fase. O Grêmio vai chegar entre os primeiros, sem dúvida.
- São Paulo 1x2 Botafogo: Grande vitória do alvinegro sobre o mistão são-paulino. São Paulo que começou melhor e abriu o placar com Léo Lima. Não entendo Jorge Wagner na reserva desse time. Já Washington mostrou porque não está entre os 11, com boas oportunidades desperdiçadas. O Botafogo foi equilibrando e chegando aos poucos com jogadas de bola parada. E foi assim que empatou o jogo, com Antônio Carlos. Primeiro ele fez, mas não valeu. Depois, desviou cruzamento e deixou tudo igual. Na segunda etapa, o mesmo retrato, com o tricolor dominando o meio e criando chances. Novamento, o alvinegro equilibrou. Perdeu duas chances incríveis, com Caio e Fahel. Mas a virada veio, com Renato Cajá, que entrou muito bem no jogo e garantiu a vitória.
Botafogo faz o que havia dito: vai acumular gordura. Nada melhor do que vencer o São Paulo no Morumbi. Não jogou bem, é fato. Joel pediu reforços. Fato. Ao menos o sistema defensivo segue bem. O São Paulo jogou com o mistão, e mais uma vez conseguiu ganhar o meio, assim como contra o Flamengo. Hora de Ricardo Gomes perceber as peças que tem. Já Washington segue fazendo seu barulho por uma vaga. Precisa jogar mais bola.
- Santos 1x1 Ceará: Quem esperava facilidade para o Peixe, se enganou. Viu um Ceará muito bem armado por PC Gusmão, que arrancou um ótimo empate na Vila Belmiro e não saiu vitorioso devido aos erros de arbitragem a favor do time santista. E não tinha time reserva não. Apenas Robinho e Léo não jogaram.
Os visitantes começaram levando perigo, duas vezes com o estreante Washington (ex-Palmeiras, Portuguesa). Em uma delas, de cabeça, ele guardou o seu. O Vozão ampliou, mas o árbitro (muito) erradamente anulou o gol. Nos dois lances, falhas da zaga santista, para variar. O Santos encontrava dificuldades para passar pela boa marcação adversária e via o Ceará chegar nos contra-ataques. Sem jogar bem, o Peixe viu o árbitro novamente ajudar, dando pênalti inexistente em cima de Neymar (zagueiro toca primeiro a bola). Paradinha dupla e gol de Neymar.
Na segunda etapa, o Santos voltou melhor, com a velocidade de Madson. O Ceará seguiu no mesmo ritmo, bem armado na marcação e chegando com perigo ao ataque. E aí, o árbitro marcou novo pênalti para o Santos. Lance duvidoso. Neymar na bola novamente, paradinha, e chute para fora. No finalzinho, o Ceará quase conseguiu o gol da vitória.
Depois de uma vitória em casa sobre o Flu, o Ceará conseguiu jogar bem mais uma vez e só não venceu devido os erros do árbitro. PC Gusmão arma muito bem o time. Boa marcação, saída de bola tranquila. O Vozão começa o Brasileirão com bom futebol. Santos com a cabeça na Copa do Brasil. Até pode ser. Mas, Dorival já assume a queda de rendimento do Peixe.
- Goiás 2x3 Internacional: Único mistão que deu certo. Grande virada do colorado contra o fraco Goiás, no Serra Dourada. Jogo de tempos distintos. O Goiás começou com mais perigo, mas parou nas boas defesas de Lauro. Pela insistência, abriu o placar com Éverton Santos, melhor do time até ali, em belo chute de fora. O Inter tentou equilibrar, mas Amaral ampliou. A reação colorada começou no 2º tempo, com um pênalti convertido por Walter. Ele que já tinha perdido vários gols até ali. O Inter dominou o jogo. E Walter fez um golaço-aço, mandando na gaveta uma bomba. Novo pênalti e Giuliano, em duas cobranças, decretou a virada: 3 a 2. E poderia ser mais.
Fossati conseguiu mudar o jogo no intervalo. Outra atitude do time, que virou o placar. Inter tem elenco e isso faz diferença em Brasileiro. Por outro lado, Goiás muito fraco. Leão não fica até a Copa do Mundo. Estava analisando: quatro jogadores que eram reservas no Palmeiras estão lá. Lovinho é titular. Se a situação dos titulares do Palestra não anda boa, dá para entender a fase do Goiás.
- Vasco 0x0 Palmeiras: No pior jogo da rodada e do ano, o zero a zero foi justo. Aliás, nunca a falta de gols em uma partida foi tão justa. Quando o gol parecia certo, a bola caia nos pés de Caíque, Souza, Robert. No lance mais emblemático da partida, Cleiton Xavier e Marcos trombaram (relembrando, de leve, a trombada entre Dida e Aldair nas Olimpíadas-96) e a bola sobrou para o volante Souza, do Vasco, mandar para o espaço. O Vasco foi melhor. Ou menos pior. Pelo menos buscou o ataque. Diferente do Palmeiras, que foi para "não perder", conforme disse Robert no fim do 1º tempo.
Dois times fracos. Com treinadores fracos. Vasco desorganizado. Palmeiras, idem, e com Cleiton Xavier de volante e Vítor de zagueiro pela direita. Ambos claramente com pensamento de time pequeno. Ou arrumam logo a casa, ou a Série B é logo ali.
- Cruzeiro 2x2 Avaí: Mais um mistão que se complicou, mas saiu no lucro. Cruzeiro começou bem, mas a expulsão de Leonardo Silva (falta criminosa, por menor que seja a intenção) complicou. Logo após, o Avaí conseguiu abrir o placar, em belo gol de Pará. Jogando com saída rápida de bola, o time catarinense chegou ao segundo gol, aproveitando um buraco na zaga mineira. Quando tudo parecia definido, o Cruzeiro voltou diferente do intervalo. E o gol de Wellington Paulista acendeu ainda mais a equipe. Chegando sempre me jogadas pela direita, a Raposa conseguiu o empate. Gilberto sofreu pênalti do goleiro Zé Carlos, que acabou expulso. Welington Paulista cobrou e empatou. O Cruzeiro por pouco não virou o placar. E merecia. Mas também quase perdeu, no fim, quando Roberto mandou na trave, livre de marcação.
Assim como o Inter, Cruzeiro tem elenco para brigar pelo título. Prova disso é que, mesmo com desfalques, foi bem. Expulsão de Leonardo Silva atrapalhou, mas a equipe soube se virar e quase venceu um jogo "perdido". Avaí começa o Brasileirão muito bem. Por mais que deixou escapar três pontos, empatar no Mineirão nunca é fácil. Olho nos catarinenses.
- Atlético/PR 2x2 Guarani: Jogo equilibrado na Arena da Baixada. Os dois times foram iguais, tanto que o placar acabou em empate. O Atlético ditava o ritmo, mas o Guarani também chegava. E abriu o placar, com Roger. Netinho, em boa cobrança de falta, empatou. No segundo tempo, Roger sofreu pênalti e converteu: 2 a 1. Pênalti de um lado, pênalti do outro. Alex Mineiro voltou a marcar um golzinho, após cobrança. Os dois times foram em busca do terceiro gol, mas pararam nos goleiros.
Atlético precisa de um bom treinador e opções. Guarani, por ser um time montado praticamente agora, vai indo bem. Mas é limitado. Resta saber se terá fôlego para seguir assim.
2 comentários:
O início de Brasileiro é sempre assim, chato, desmotivante, insosso, graças, é claro, ao péssimo calendário adotado pela CBF, que difere de quase todo o Mundo.
Em ano de Copa do Mundo, essa diferença fica ainda mais nítida, e mais preocupante, por sinal.
Mas vamos falar de futebol...
Nesta segunda rodada, vale a pena relatar a promessa que é este atual time do Ceará. Depois de vencer o Fluminense com muita eficiência em casa, o time mostrou saber jogar fora de casa e empatou com o Santos em plena Vila Belmiro, mesmo prejudicado pela arbitragem, em partida na qual merecia sair com os três pontos.
Vale a pena também relatar a melhoria do Botafogo, que se mostra, a cada dia, menos dependente das bolas aéreas. Com Renato Cajá ou Edno em campo, ao lado de Caio e Herrera, o time ganha uma nova cara..
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Abraços
pq gremio prudente fico me azul se o time ´é amarelo vermelh e azul mas nao td azul
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