As semifinais da Copa das Confederações não seguiram o que era esperado. A Espanha não venceu os Estados Unidos e o Brasil não teve vida fácil contra a África do Sul. E aquela final esperada entre Brasil e Espanha não irá acontecer.
Não teria lugar mais apropriado para as zebras desfilarem. E os Estados Unidos podem ser considerados os reis do improvável. Ninguém dava nada para eles na primeira fase. Só um maluco colocaria suas fichas nos estadunidenses na última rodada da primeira fase. E eles se classificaram. Depois, pela frente, a poderosa Espanha. Não que eu concorde que o time espanhol é o melhor na atualidade. Talvez tenha sim alguns dos jogadores mais badalados, mas, desde a saída de Aragones, eu não vejo algo diferencial nos espanhóis. Confirmei isso nos jogos da primeia fase, com exibições muito comuns para quem é o primeiro no ranking. Mesmo que ninguém fica invicto 35 jogos sem merecer, o futebol apresentado por Xavi, Torres e cia, pode ser muito melhor.
Os Estados Unidos jogaram como alguém que não tinha o que perder. Mas jogaram de maneira correta. A Espanha entrou como quem pensava que a partida seria fácil. Não foi. Veio o primeiro gol estadunidense, pela frente uma marcação feroz e as oportunidades desperdiçadas. Na segunda etapa, a mesma coisa. E o segundo gol. Aí estava a zebra.
O resultado precaveu o Brasil. Por mais que tudo indicasse, o jogo contra a África do Sul não estava ganho. Viria pela frente um time que se entregaria em cada bola. Veio. Um time muito focado e contando com a pressão das vuvuzelas à seu favor. A seleção brasileira percebeu as dificuldades que teria pela frente desde o começo. Os sul-africanos por pouco não abriram o placar. Era um jogo equilibrado. O Brasil tinha dificuldades na saída de bola. Nem Ramires, nem Felipe Melo, até então destaques da equipe, faziam boa partida. Dunga demorava a mudar no time.
Mas, quando mudou, fez o essencial. Sorte, inteligência, visão futura, não sei. Só sei que deu certo e criou um herói: Daniel Alves. O seu olhar já dizia: ali, nasceria o gol. Olhar concentrado, fixo, sério. Foi para bola, bateu firme, com a perna direita. A bola fez aquela bela curva de sempre e entou, sutilmente, no canto esquerdo do goleiro: 1 a 0. Gol que silenciou o estádio sul-africano. Eram 42 minutos do segundo tempo. Já não havia muito o que fazer. A torcida não deveria ficar em silêncio. Deveria aplaudir um time guerreiro, que por muito pouco não aprontou mais uma surpresa imensa na Copa das Confederações.
Todos comandados por Joel. Aquele que nos ensinou, em pequenos detalhes, a ser um pouco mais brasileiro. Falando um inglês, digamos, engraçado ou não, Joel Natalino Santana mostra sua simplicidade e também a capacidade de surpreender. A Espanha que se cuide na disputa pelo terceiro lugar. O Brasil que se cuide na final. Como diria Émerson Leão, não existe mais bobo no futebol.
Um comentário:
Manera essa nova postagem.Olha que o Brasil tomou um sufoco da "lefti", do medium e da " ráite" de Joel...
Olha lá nossa nova postagem, sobre invencibilidades, tabus e jejuns...Tá super legal, dá uma moral la
Abraço
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