- A Espera de Um Milagre. Esse seria o filme que traduziria a campanha palmeirense até aqui. Foi dessa maneira que o time passou pelo Colo-Colo na primeira fase e que eliminou o Sport, nas oitavas. Porém, os milagres cessaram. Porém, como bem descreveu o santo do time, Marcos, o Palmeiras caiu diante de um time inferior. Tanto que a equipe palmeirense dominou e teve grandes chances de fazer o sonhado gol, que daria um rumo diferente ao jogo.
Virou o jogo do "se". Há, se aquela bola de Cleiton Xavier não batesse na trave e fizesse um golaço olímpico. Se Obina não perdesse aquela grande chance no fim do jogo. Se o goleiro Muñoz não conseguisse voltar quando Cleiton Xavier tentou encobri-lo. Se o goleirão Marcos conseguisse cabecear aquela bola no último lance... Nada disso aconteceu. O Nacional fez sua parte. Jogou com o regulamento debaixo do braço e deixou o tempo correr. E foi feliz no fim.
Foi uma partida de início nervoso, com erros de passes. O Palmeiras passou a apostar em jogadas pelos lados do campo, e o Nacional buscava chegar em chutes de fora da área. Os dois times reclamaram pênalti em possíveis toque de mão na área. Ambos não marcados. No segundo tempo, o time uruguaio voltou amarrando o jogo, com catimba, demora e muitas faltas. Com a entrada de Ortigoza e Obina no time, o Palmeiras foi para o sufoco. O paraguaio deixou Obina duas vezes na boa para fazer o gol, principalmente aos 39, quando o atacantes estava livre, na pequena área, mas cabeceou à esquerda do goleiro Muñoz. O Nacional por pouco não matou o jogo em um contra-ataque, com Garcia mandando à esquerda do gol. No último lance, por pouco Marcos não faz mais um milagre, agora tentando marcar o gol da classificação. Não deu. Zero a zero no placar. Nacional classificado, Palmeiras fora.
A culpa da eliminação não está nessa partida, mas nos erros do primeiro jogo. Erros de escalação e vacilo da zaga quando o time vencia por 1 a 0. Custou mais caro do que se esperava. O Nacional não é nenhuma maravilha, mas é um time que pode chegar. Joga no estilo de duas linhas de quatro, com os meias abertos pelos lados e dois atacantes que se movimentam bem. Porém, volto a dizer a frase usada por Marcos: das classificações conquistadas, essa seria a mais justa. Acabou o sonho do bi da Libertadores. Começa a caça as bruxas. O time não é ruim, teve muita luta e disposição, mas faltou um pouco mais de maturidade e experiência. Algo que já era colocado desde o início como ponto negativo do time. Que fique claro: antes de achar culpados, o Palmeiras precisa encontrar soluções.
- No Olímpico, o Grêmio não teve a vida fácil que esperava. Apesar do domínio, o time gaúcho não conseguiu chegar ao gol e tomou alguns sustos. Porém, a vitória seria mais justa para os tricolores do que para os venezuelanos.
Paulo Autuori veio de 4-4-2, saindo de vez do sistema com três zagueiros. Isso deu maior liberdade a Souza e Tcheco no setor de criação. O argentino Maxi Lopez perdeu gols e mais gols. Só na primeira etapa foram quatro oportunidades desperdiçadas. Tcheco e Souza também tiveram suas oportunidades. O ponto negativo do sistema tático gremista ficou por conta pelo atuação fraca dos laterais Ruy e, principalmente, Fábio Santos. O Caracas teve duas grandes chances de surpreender ainda na primeira etapa. Na melhor delas, Lucena mandou de fora da área e Marcelo Grohe fez uma grande defesa. A bola tinha destino certo.
No segundo tempo, o Grêmio seguiu com maior posse de bola e desperdiçando chances.Com a entrada de Herrera no lugar do apagado Alex Mineiro, o time ganhou maior movimentação da dupla de frente. Com a boa atuação dos volantes Túlio e Adílson, o Caracas não conseguia criar. Porém, aos 39, arrancou um frio na espinha da torcida gremista. Castellín cabeceou para fora, quase embaixo do gol. Maxi Lopez mais uma vez teve oportunidades, mas não aproveitou. Na segunda etapa, foram duas chances claras. Ainda bem que não fez falta.
Não foi fácil. O Caracas fez uma ótima campanha, inesperada para muitos. Mostra que o futebol venezuelano evolui cada vez mais. Porém, o Grêmio foi superior e se classifica com justiça. Agora, espera por São Paulo ou Cruzeiro nas semifinais. E, de um time desacreditado no início do ano, após a queda de Celso Roth e críticas da torcida, o tricolor gaúcho tem tudo para chegar a final da Libertadores mais uma vez. E com chances reais de ser campeão.
Um comentário:
Acredito no meu Cruzeiro...depois dele o grêmio tem grandes chances.
É hoje o grande dia!
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