- Primeiro, o Brasil. Uma vitória importante. Não pelo placar de 3 a 0 sobre os Estados Unidos, mas porque Dunga deve manter as alterações feitas para essa partida. Uma atuação para dar moral ao elenco e mostrar forças importantes no elenco.
A seleção brasileira dominou a partida, e fez 2 a 0 logo no primeiro tempo: primeiro com Felipe Melo, aos seis minutos, completando de cabeça ótimo cruzamento de Maicon; e Robinho, que recebeu um passe açucarado no contra-ataque puxado por Ramires desde o campo de defesa e teve apenas o trabalho de mandar para as redes. Fora isso, vários bons momentos com Kaká, Luís Fabiano e nos avanços de Maicon pela direita. Os norte-americanos até tentavam, mas ou paravam na marcação brasileira, ou na própria deficiência técnica.
Na segunda etapa, o Brasil manteve o ritmo, a posse de bola, mas passou a utilizar mais o lado esquerdo do campo, com Robinho ajudando mais o timído André Santos. Os Estados Unidos até começaram assustando, em dois lances de Altidore. Robinho e Kaká responderam, obrigando o goleiro Howard trabalhar. Com a expulsão de Kjestan, aos 12 minutos, ficou ainda mais fácil para a Seleção. Cinco minutos após a expulsão, veio o terceiro gol. Em triangulação de Maicon, Ramires e Kaká, o lateral recebeu na área, invadiu pelo fundo e bateu sem chances para o goleiro: 3 a 0. Gol para coroar a grande atuação de Maicon na partida. Depois disso, Dunga fez alguns testes, com Júlio Baptista no lugar de Kaká, Nilmar no de Luís Fabiano e Luisão na vaga de Lúcio. A partir daí, foi só administrar. No fim, os EUA quase diminuiram, mandando uma bomba no travessão de Júlio César e arriscando em chutes de fora. Mas, o gol não veio: 3 a 0 Brasil.
Os pontos: Júlio César foi tranquilo e pouco exigido. A dupla de zaga formada por Miranda e Lúcio foi segura. Miranda merece mais a vaga do que o cansado e sem ritmo Juan - nessa competição. Maicon deve voltar a ser titular. Marca e apoia como ninguém. André Santos foi timído, seja pelo posicionamento, seja pela estreia como titular. Gilberto Silva até jogou bem - está certo que o adversário não exigiu muito, mas merece o elogio. Felipe Melo ganha cada vez mais a vaga, contestado ou não. Ramires foi de longe um dos melhores em campo. Correu, marcou, ajudou e participou de dois gols. Por mim, ganharia a vaga de Elano. Kaká fez as suas jogadas de velocidade de sempre e foi importante. Robinho apareceu mais no jogo, em comparação à partida contra o Egito. Fez boa atuação, participando e levando perigo no ataque. Luís Fabiano mostra que merece a camisa 9, mas ainda tem alguns apagões durante o jogo. Os que entraram, pouco tempo tiveram para algo. Espero que Dunga mantenha esse time como titular no restante da competição.
- No outro jogo desta quinta-feira, a primeira grande zebra em campos africanos. O Egito venceu a Itália por 1 a 0 e aprontou a primeira surpresa na Copa das Confederações. A Itália comandou o jogo, atacou quase todo o tempo, mas pecou nas finalizações e nos cruzamentos. O goleiro El Hadary só foi exigido em dois chutes, dos nove realizados pelos italianos no primeiro tempo. Na melhor chance, aos 25, o goleirão voou para defender belo chute de Rossi, de fora. Porém quem abriu o placar foi a seleção egípicia. Aos 39, Rabbou chutou de fora e Buffon deu um tapinha, mandando para escanteio. Na cobrança, Hommos subiu livre e mandou no canto direito de Buffon, sem chances para o goleiro italiano: 1 a 0 Egito!
No segundo tempo, como esperado, a Itália pressionou o tempo todo e o Egito só se defendeu. E brilho a estrela do goleiro El Hadary. Foi um bombardeio. Quando não era o goleiro, a bola passava perto, como em falta cobrada por Pirlo, aos 17. Aos 28, Montolivo saiu na cara do goleiro, mas chutou em cima do camisa 1. Três minutos depois, o Egito quase ampliou com Aboutrika, em chute de fora. No minuto seguinte, Pirlo cruzou e Iaquinta chutou para mais uma defesa de Hadary, quase em cima da linha. Aos 40, Iaquinta foi cruzar e acabou acertando o travessão. Até Buffon foi para a área tentar o empate. Mas não era o dia dos italianos. Era sim, o dia de El Hadary e do Egito: 1 a 0.
Agora, o Egito pode eliminar de vez os atuais campeões mundiais. Se os campeões africanos vencerem os Estados Unidos e a Itália não vencer o Brasil, teremos mais uma grande surpresa na competição. Será? Eu acredito no Egito!
- Sobre os dois jogos da quarta-feira. A Espanha custou a passar pela barreira criada pelo Iraque. Venceu por 1 a 0, gol de David Villa, aos nove minutos do segundo tempo. Está certo que o time espanhol veio sem quatro titulares e enfrentou uma equipe toda fechada. Mas, a dificuldade em sair da marcação iraquiana - que não é aquelas coisas - e a falta de jogadas pelas laterais complicaram ainda mais a partida. E o Iraque até se soltou e por pouco não arrancou um empate. Porém, 1 a 0 e classificação garantida para a Espanha.
- E a África do Sul venceu a Nova Zelândia, fraca demais, por 2 a 0. Resultado que alivia a pressão sobre Joel Santana. Os dois gols foram marcados pelo atacante Parker, o primeiro aos 21 do primeiro tempo, e o segundo gol aos sete da segunda etapa. Os Bafanas-Bafanas abusaram de perder gols. Pecam pelo individualismo em algumas jogadas, e pelo preciosismo em outras. Porém, os africanos não devem ficar de fora. Tomara né, Joel?!
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