Corinthians e Boca Juniors começam a decidir a final da
Libertadores. Para os corintianos, o fim de uma espera de mais de meia década,
desde o início da competição. Para os argentinos, chegar mostra que o gigante
está de volta.
O Boca joga no ritmo de seu maestro: Riquelme. O camisa 10 é
quem faz o Boca jogar. Além dele, a equipe conta com a boa dupla de ataque
formada por Mouche, sempre acionado nos contra-ataques, e Santiago “El Tanque”
Silva, que tem faro de gol. Ledesma aparece bem no meio, junto com Ervitti,
saindo mais pelos lados. Com Riquelme, formam um excelente trio.
Por outro lado, a defesa é lenta. Os laterais raramente vão
ao ataque. Mas Orión mostrou que está em boa fase e com sorte.
Além disso, há uma camisa acostumada com decisões – e com
títulos. Uma torcida conhecidamente apaixonada. E um estádio mítico – não tanto
como antes, mas ainda mítico. Todos estes ingredientes esperam o Corinthians na
final.
O Corinthians está na final da Libertadores por méritos. Não
chegou a toa. Não chegou por acaso. Não chegou por causa de um jogador. Chegou
porque tem time. E é isso que faz a diferença. Não sei se existe mesmo uma
“cara de Libertadores”. Mas, se existir, penso que o Corinthians está com esta
cara.
Cássio mostra estrela no gol. Os laterais são competentes
taticamente. A zaga passa segurança. Os volantes fazem a diferença. Ralf
destrói, Paulinho é o motor. Danilo faz a diferença. Emerson tem decidido.
O que o Corinthians tem de especial? Tem um grupo focado.
Diferente de outras Libertadores, é um time que se entrega e está focado no que
quer. Não vejo uma crise de egos em caso de fracasso na decisão. É uma equipe
muito bem organizada e comandada por Tite. Sabe marcar e sabe decidir. E tem a
sorte ao seu lado por algumas vezes.
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