O torcedor santista teve um 2008 sofrível. E isso já era esperado desde o começo, visto pelas contratações duvidosas e uma "louca" aposta nas categorias de base. Já 2009 começa muito diferente. Boas contratações, a manutenção dos principais atletas do elenco e do técnico Márcio Fernandes fazem do Santos uma das apostas para brigar por títulos. O que é melhor: entra sem pressão da imprensa e da torcida, que apenas não quer sofrer tanto como no ano passado.
O grande problema pode ser a saída de Kléber. Apesar de não vir jogando bem, é bom jogador. Fora ele, quem saiu não foi nada demais. Talvez Bida, bom volante que retornou ao Vitória após empréstimo, ou Wendel, que voltou ao Palmeiras. Mas nada que não seja substituível. Dos reservas, tem mais gente que podia sair para dar uma "enxugada" na folha salarial do time.
Já os reforços, foram muito bem escolhidos. Chegaram o lateral-esquerdo Triguinho, do Botafogo; o zagueiro Paulo Henrique, do Goiás; o jovem lateral-direito Luizinho, do Flamengo; o volante Germano, ex-Londrina e que estava no Japão; o meia Madson, vindo do Vasco; e Roni, atacante ex-Flu e que também vem do Japão. Fora os ótimos meias Lúcio Flávio, ex-Botafogo, e Bolaños, ex-LDU. Também volta Léo, lateral-esquerdo que estava no Benfica, mas que ainda não se sabe em que nível chega.
Márcio Fernandes ainda tem a desconfiança de muitos torcedores, mesmo com o bom trabalho no limitado time que tinha em mãos, no Brasileiro ano passado. Ele deve mandar a campo o time no 4-4-2, com Fábio Costa; Luizinho, Adaílton, Fabiano Eller (Paulo Henrique) e Léo (Triguinho); Roberto Brum (Germano), Rodrigo Souto, Mádson (Molina) e Lúcio Flávio; Bolaños (Roni) e Kléber Pereira. Muito melhor que o do ano passado. Muito melhor mesmo.
Fábio Costa é ótimo goleiro e deve ficar no Santos até encerrar a carreira. Luizinho ainda não teve como mostrar seu futebol, devido ser reserva de Léo Moura no Fla. Terá sua grande chance, embora que não deva ser a solução. A zaga com Adaílton e Fabiano Eller não é ruim, mas Paulo Henrique é melhor que os dois. O grande problema é aquela velha palavra: irregularidade. Tem jogo que vão bem, tem jogo que não. Léo na esquerda ainda é uma incógnita. Ele foi mal no Benfica e não é nem sombra do Léo que arrebentou em 2002. Ainda fica a dúvida. O mesmo serve para Triguinho, que precisa voltar a ser o bom lateral do tempo de São Caetano.
O meio campo é bom. Roberto Brum é o mais fraquinho e deve dar lugar a Germano, que tem raça e boa pegada. Rodrigo Souto espera o julgamento do caso de doping que foi pego ano passado. Se for absolvido, tem toda a qualidade de saída de bola que um volante precisa no futebol moderno. Na criação, Madson não deve ser titular por muito tempo. Penso que Molina é muito melhor que o baixinho. Madson é muita correria, disposição. Molina tem qualidade, posicionamento, toque de bola. Ao lado de um deles, estará o cérebro que faltava ao Peixe: Lúcio Flávio. O velho camisa 10, tão raro no futebol. Arma, tem visão de jogo, bate bem na bola e bom passe. Deve ser o grande nome dessa equipe.
No ataque, o artilheiro Kléber Pereira finalmente ganhou um parceiro à altura. Seja Bolañou ou Roni, o Santos finalmente terá uma "dupla de atacantes", e não um jogador que carrega o time todo no ataque. Porém, deve ser destacado que Bolaños não é atacante, e sim meia. Pode dar certo se exercer uma função parecida com a que Alex exerce no Inter. Porém, tanto ele como Roni serão parceiros ideais a Kléber Pereira, pois ambos caem para os lados, deixando Pereira como o centroavante.
Um Santos animador para a torcida. Vale dize que ainda falta um zagueiro mais confiável e um lateral-direito, que pode ser Élder Granja. Mesmo assim, esse blogueiro aposta o Peixe como grande surpresa nas competições e irá muito mais longe que todos pensam. Tem qualidade no meio campo e um ataque perigoso. É esperar pra ver.
Um comentário:
Oi Rodrigo
meu e-mail é solraccjr@hotmail.com
pode mandar pra la
e vc merece os creditos
ficou otima a materia sobre nossos vices
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