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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Galo líder, Timão no G4 e erros de arbitragem

- Avaí 1x0 Grêmio: Incrível a arrancada do Avaí. Terceira vitória seguida e o time pulou da lanterna para a 12ª posição, temporariamente. A vítima da vez foi o irregular Grêmio, que não venceu como visitante- pior ainda, no máximo foi um empate, em seis jogos fora. O tricolor gaúcho começou bem, mas cedeu espaço ao time avaiano. Comandado por Marquinhos no meio-campo, a equipe catarinense chegou ao gol da vitória no segundo tempo, com Ferdinando. O meia cobrou falta e fez a festa da torcida. O próprio Ferdinando foi expulso depois, mas o Grêmio não conseguiu pressionar de maneira objetiva. Vitória do Avaí, que tira de vez a corda do pescoço de Silas. O resultado foi justo. Mesmo com o time gaúcho tendo algumas chances de marcar, o volume de jogo do Avaí foi maior.

A arbitragem apareceu nesta partida. O árbitro Felipe Gomes da Silva amarelou nada menos que nove jogadores e expulsou dois, um para cada lado. A reclamação gremista - com razão - é que não havia critério. Por mais que pode não ter influenciado diretamente no placar, a reclamação é justa.

- Santo André 0x2 Cruzeiro: Parece que tudo vai voltando ao normal para o Cruzeiro. Mesmo com dois volantes improvisados na zaga, a Raposa não teve maiores problemas para bater o Santo André e quebrar o jejum de seis jogos sem vitória. O time dominou o jogo desde o início, sofreu poucos sustos e conseguiu a vitória no segundo tempo, com gols de Kléber, após receber ótimo passe de Thiago Ribeiro, e Diego Renan, que tinha acabado de entrar, correu, tabelou pela esquerda, cortou para a área e mandou no canto: 2 a 0. Vale dizer que o Ramalhão também estava desfalcado, principalmente sem Marcelinho Carioca, que faz diferença no time.

Boa vitória do Cruzeiro que, para mim, inicia uma subida na tabela. Time para isso tem. Deixo uma pergunta: por que a diretoria cruzeirense investe tanto em joagdores para a lateral-esquerda - Gilberto, ex-Seleção, vem aí - e não em zagueiros, onde o time precisa com urgência devido as contusões? Coisas do futebol.

- Flamengo 1x1 Barueri: No Maracanã, a paciência do torcedor rubro-negro parece ter chego ao fim com Cuca (novidade!). O Barueri mostrou mais uma vez ter um bom time e, bem posicionado em campo, travou o rubro-negro, que por sua vez ainda não se encontrou após a saída de Ibson. O Fla começou chegando com perigo, mas tomou um sufoco no final do primeiro tempo. Bruno teve trabalho para salvar o time. Os gols vieram na segunda etapa. Aos seis, Márcio Careca cruzou e o jovem zagueiro Marlon cortou com o braço. Pênalti bem cobrado por Val Baiano, artilheiro do Brasileirão com nove gols: 1 a 0 Barueri. O empate do Fla veio aos 24. Depois da cobrança de escanteio, Émerson aproveitou a sobra na área para marcar. O jogo ganhou equilíbrio, mas ficou mesmo no 1 a 1. E o "Adeus Cuca" virou o hit do Maraca.

Com o resultado, o que era esperado aconteceu: Cuca caiu. Os prováveis nomes: Parreira, sonho de alguns dirigentes, ou Vagner Mancini, que foi contactado antes mesmo da saída de Cuca. Será que a mudança de treinador deixará a direção satisfeita? E a torcida? O Flamengo tem um bom elenco. Mas, a pressão é imensa e, na maioria das vezes, desnecessária. Vale dizer: Ibson era realmente um diferencial no time que, somado a ausência de Juan, sofre para criar. Enquanto isso, o Barueri entra momentaneamente no G4 e deve seguir incomodando muita gente.

- Santos 1x0 Atlético/PR: Na volta de Luxemburgo ao comando do Santos, nada melhor que uma vitória. Em jogo fraco tecnicamente, o Peixe se reencontrou com a vitória. Novamente graças a Neymar, que entrou para mudar e decidir a partida. O primeiro tempo foi muito fraco. Nada de emoções. Na volta do intervalo, Luxa desfez o esquema com três volantes e colocou Neymar e Paulo Henrique, tirando Robson e Roberto Brum. O time demorou a engrenar, mas chegou ao gol da vitória. Aos 27, Neymar tabelou com Roni (!), driblou Rhodolfo e mandou para as redes. E foi só. O jogo não teve muita coisa além disso.

Se o esquema com três volantes melhora o time santista defensivamente, atrapalha na parte de criação. Não dá para entender porque estão apostando tanto na dupla Robson-Roni nos últimos jogos, sendo que Neymar e Paulo Henrique são, de longe, os mais criativos do elenco. Já o Atlético segue na gangorra e precisa acordar logo.

- Internacional 2x2 São Paulo: Jogo movimentado no Beira-Rio, com vários erros de arbitragem e treinador na pressão. Cada time teve seu tempo. O primeiro foi do Inter, que começou pressionando e abriu vantagem. Aos 29, Alecsandro - impedido - completou de cabeça a falta bem cobrada por Kléber. Sete minutos depois, num lance muito parecido, Alecsandro - novamente impedido, mas desta vez, o lance era mais complicado - fez novamente de cabeça. O São Paulo quase nada fazia e, por muito pouco, não levou o terceiro. Mas, no finalzinho do primeiro tempo, Guiñazu roubou a bola de Richarlyson na área, mas o árbitro Rodrigo Nunes de Sá viu pênalti. Washington cobrou, Lauro defendeu e, no rebote, o camisa 9 viu Sandro salvar em cima da linha. Porém, já não valia mais nada.

O segundo tempo foi do São Paulo. Com Jorge Wagner no lugar do apagado Marlos, o time era outro. Logo aos três minutos, Hernanes tabelou e tocou na saída de Lauro: 2 a 1. Jean, aos 25, foi cruzar e mandou na gaveta: 2 a 2. O Inter, que até ali tentava nos contra-ataques, buscou algumas chances, mas em vão. Tite demorou para colocar Taison em campo e foi vaiado. O garoto entrou aos 43 e quase conseguiu o gol da vitória. Mas, o empate era o mais justo.

Dois times que não vem mantendo aquela palavrinha mágica para competições de pontos corridos: regularidade. O Inter não está mal, é o terceiro, mas a pressão por resultados e sobre Tite cresce a cada dia. A direção deve mante-lo ainda mais algumas rodadas - o que penso que é correto, visto que não há opções melhores no mercado. E o São Paulo vai tentando se encontrar na mão de Ricardo Gomes. Tomara que ele tenha percebido que apostar em Marlos não é o caminho.

- utico 2x2 Botafogo: Em mais uma partida marcada pelas lambanças da arbitragem, Náutico e Botafogo ficaram no empate. Resultado que não foi bom para nenhum dos lados, já que ambos seguem na zona de rebaixamento. Juninho abriu o placar, cobrando falta. No lance, André Lima, impedido, estava na direção da bola, deixou ela passar e matou o goleiro. A partida seguiu equilibrada, com o Náutico chegando com um pouco mais de perigo. No segundo tempo, o Bota teve um gol mal anulado de Fahel. Logo depois, Anderson Santana caiu na área, em disputa com Renato. O árbitro marcou pênalti, que não houve. Gilmar cobrou e empatou. O próprio Gilmar virou, completando lance de Carlinhos Bala. Aílton quase ampliou, mas quem chegou ao gol foi o Glorioso. Juninho cobrou bem mais uma falta e, no rebote, Reinaldo marcou: 2 a 2.

O Timbu vai mostrando uma certa reação, mas os limites técnicos ficam evidentes. Sem reforçar o time, a Série B vai ficar cada vez mais perto. O Botafogo foi guerreiro, mas ainda é limitado. Porém, deve sair logo da situação incomoda que se encontra.


- Goiás 2x1 Palmeiras: O Goiás conseguiu a virada e quebrou a série de 12 jogos invictos do Palmeiras, além de emplacar a primeira derrota de Jorginho no comando do time palestrino. Na primeira etapa, os dois times tinham um bom volume de jogo, mas pouco se finalizava. Com isso, o zero a zero foi justo. Já no segundo tempo, as duas equipes tentaram ser mais objetivas. Logo aos sete minutos, Diego Souza dominou no meio, driblou o marcador e mandou no ângulo. Golaço: 1 a 0 Palmeiras. O time goiano foi em busca do empate. Léo Lima, estreante, tentou uma, mas Danilo salvou. Logo depois, o primeiro lance polêmico: Wendel dividiu com Júlio César na área e o árbitro Evandro Rogério Roman marcou pênalti. Para mim, não foi. O lateral palmeirense vai na bola. Léo Lima cobrou e empatou. O Palmeiras até tentou o segundo gol, mas quem fez foi o Goiás. Em rápido contra-ataque, Bruno Meneghel recebeu lançamento, invadiu a área, cortou um e mandou para o gol: 2 a 1.


Boa vitória do Goiás, que precisa se impor mais dentro do Serra Dourada. Com os três pontos, se aproxima do G4. Tem um bom time, principalmente nas laterais. E o Palmeiras se foca agora no clássico de domingo, contra o Corinthians. Os desfalques pesaram. E fica cada vez mais evidente que o time precisa de um bom atacante. Confiar em Willians e Lovinho, é complicado.


- Corinthians 2x1 Vitória: O que parecia tranquilo no começo, se tornou um sufoco até o fim. A vitória corintiana não foi fácil e o time baiano deu sinais de que vai dar trabalho. Foi o jogo das assistências. O Timão começou marcando bem e saindo com perigo ao ataque. Viafára teve trabalho. Felipe também fez boa defesa, em chute de Roger. Aos 20, porém, o Corinthians abriu o placar. Ronaldo deu um belo passe para Dentinho dentro da área, que matou no peito, dominou e fuzilou: belo gol. Dez minutos depois, Douglas colocou o zagueiro Jean, que estava no ataque, cara a cara com o goleiro. O zagueiro tocou na saída de Viafára, em gol digno de atacante: 2 a 0. O Vitória ia insistindo, principalmente na correria de Apodi. E ele mesmo fez o primeiro dos baianos: Leandro deu ótimo passe e o ala direito mandou pras redes: 2 a 1. No segundo tempo, pressão baiana. Usando bem as laterais, o time rubro-negro chegava com perigo e obrigou Felipe a fazer grandes defesas, salvando o Corinthians. O Timão, sem o mesmo padrão de jogo do primeiro tempo, chegava pouco, mas também obrigou o goleiro do Vitória a trabalhar. No fim, vitória sufocada do alvinegro.


Foi um Corinthians bom no primeiro tempo, apagado no segundo. O time sentiu a falta de André Santos na esquerda. Sem ele, não tinha variação nem saída de jogo. Aliás, as laterais foram o sofrimento do torcedor corintiano. Diego não marcava pela esquerda, Diogo bobeava pela direita. Com eles, não dá. No Vitória, falta ainda um bom atacante. Roger tem vivido boa fase, mas precisa de companhia. Pelo menos ontem, William nada fez. E como corre e joga bem o ala Apodi.


- Coritiba 1x1 Sport: No jogo onde os dois times ainda não convenceram até aqui, nada mais que um empate. O Coxa começou pressionando, mas foi o Sport que abriu o placar, com Dutra. Ainda na primeira etapa, Bruno Batata sofreu pênalti, bem cobrado por Marcelinho Paraíba: 1 a 1. No segundo tempo, o alviverde paranaense seguiu melhor e pressionando, sempre conduzido pela dupla Marcelinho e Carlinho Paraíba. O Sport buscava assustar nos contra-ataques. Mas, o placar insistiu em ficar no 1 a 1.


O Coxa é melhor que o Sport. Não tenho dúvidas. Mas, ambos são limitados. Até por isso, a irregularidade até aqui na competição. O Coritiba depende demais de Marcelinho. O Sport, não tem um jogador criativo. Com isso, a campanha até aqui não é das melhores para ambos.


- Atlético/MG 2x1 Fluminense: Em uma rodada, digamos, perfeita, o Galo cumpriu seu papel. Venceu e voltou a abrir três pontos na liderança. O jogo começou com muito equilíbrio. O estreante Renato Gaúcho armou bem o Flu. Os dois times chegaram com perigo no primeiro tempo, obrigando os goleiros Aranha e Fernando Henrique a trabalharem. Na etapa final, quase abriu o placar com Fred, mas Aranha fez um bela defesa. O Atlético começou a pressionar e abriu o placar. Serginho cabeceou e a bola entrou chorando: 1 a 0. O tricolor carioca foi em busca do empate, mas era a noite do goleiro atleticano. E o Galo ampliou. Thiago Feltri cruzou e Diego Tardelli mandou para as redes: 2 a 0. Kieza ainda diminuiu para o Flu, que por muito pouco não chegou ao empate. Mas a noite era do goleiro Aranha, que fez mais uma defesa e garanitu a vitória atleticana.

Por mais que todo mundo ainda torça o nariz, o Atlético é líder, tem apresentado um bom futebol e, principalmente, tem conseguido resultado. Meu detalhe é: o time ainda não enfrentou nenhuma, digamos, "pedreira". Os outros times do G4 ainda não se confrontaram com o Galo. Para mim, aí será a hora da verdade. Outro detalhe: vale lembrar que ninguém botava fé no Grêmio de Celso Roth ano passado, e ele se manteve na briga até o fim. Quanto ao Flu, se apresentou com mais vontade e chegou mais ao ataque do que nos últimos jogos. Porém, ainda me custa a acreditar em melhorar. Quem sabe.

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