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sexta-feira, 10 de abril de 2009

As estrelas e o coadjuvante

Análise dos jogos de quarta-feira da Champions League, com muito atraso. De um lado, o trio-fantástico só não fez chover na Espanha, enquanto um lateral improvisado roubou a cena no clássico inglês.

- Começamos pelo passeio do Barça sobre o Bayern Munique. Incrível como joga esse time catalão. Como disse na prévia do jogo, lembra muito o futebol ofensivo daquele Barcelona que foi campeão em 2006. Uma equipe criativa, solta, vibrante e bem postada taticamente. Sem muita badalação, vem sendo um dos - senão o - melhores times da Europa.

Quanto ao jogo, o Barcelona começou com tudo. Henry já perdeu um gol aos 5 minutos, com Van Bommel salvando em cima da linha. Mais três minutos e Eto'o achou Messi entre a zaga: 1 a 0. Conte mais quatro minutos e os papéis no espetáculo se invertem: Messi acha Eto'o, que não perdoa: 2 a 0. O time espanhol mandava no jogo. Aos 37, Henry fez bela jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para Messi fazer: 3 a 0. Oitavo gol do argentino em oito jogos na Liga. Quem achava que já estava bom, o craque argentino devolveu mais uma vez a gentileza do companheiro. Messi tocou para Henry marcar o seu: 4 a 0. Parecia treino, amistoso, qualquer coisa, menos um confronto entre Barcelona x Bayern. Vale lembrar: tudo isso aconteceu no primeiro tempo.

Depois foi só administrar. Podia ter sido muito mais, se Iniesta, Xavi, Messi, Eto'o e Henry não abusassem de perder boas chances. Enfim, saiu o primeiro semifinalista. É difícil pensar que o Bayern irá devolver a goleada na Alemanha. Não vou ficar em cima do muro e já vejo o Barça nas semifinais. Por fim, acho que Klinsmann teve respondida a pergunta que deixou no ar: "Hoje (no Nou Camp) vocês verão que é melhor: Messi ou Ribéry". Tem razão. Já não existem dúvidas.

- Mais uma vez, um confronto eletrizante. Como de costume, Liverpool e Chelsea fizeram um jogaço. Enquanto muita gente falava dos craques consagrados que poderiam decidir o jogo, um certo alguém, improvisado na defesa, fez questão de roubar a cena em Anfield Road.

O jogo começou a mil por hora. Os dois times vieram com formações muito ofensivas: o Liverpool explorando muito as subidas de Arbeloa e Fábio Aurélio; o Chelsea somente com Essien e volante. Só se podia esperar um jogo com muitas chances. Já no comecinho, Kuyt bateu de longe e Ivanovic - guarde esse nome - desviou para escanteio. A bola tinha endereço certo. O gol saiu já aos 6 minutos: Arbeloa cruzou rasteiro e Fernando Torres não deu chances a Peter Cech: 1 a 0 Liverpool. O jogo ficou melhor ainda após o gol. Drogba perdeu duas ótimas oportunidades. Os Reds quase fizeram o segundo com Torres, após bobeada de Lampard. Aos 39, os Blues empataram: após escanteio, Ivanovic cabeceou e fez: 1 a 1. E assim fechou o primeiro tempo.

A segunda etapa foi menos movimentada, mas com boas chances. Gerrard criou boa chance. Drogba perdeu mais um gol, salvo dessa vez pelo zagueiro Carragher. Aos 17, a confirmação de que um coadjuvante roubaria a cena do jogo. Novo escanteio, nova cabeçada, Ivanovic vira para o Chelsea: 2 a 1! Cinco minutos depois, depois de um contra-ataque rápido, finalmente Drogba não desperdiçou: 3 a 1. O Liverpool tentou reagir, mas em vão.

Os Blues estão quase lá. O que me deixa um pé atrás é saber que os Reds tem total capacidade de reverter o placar em Stanford Bridge. Mas a vantagem de perder por até 2 a 0 é muito boa, principalmente se quem tem a vantagem é Guus Hiddink. Estamos muito perto de ter Barça x Chelsea nas semifinais. Muito perto mesmo.

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