O Palmeiras vêm muito desfalcado para o jogo decisivo. O muito não siginifica quantidade, mas qualidade. Os titulares Cleiton Xavier, suspenso, e Edmílson, que ficará cerca de quatro meses fora por lesão no cotovelo, são jogadores que poderiam fazer a diferença. O meio-campista pela qualidade no passe e o desempenho tático. Já o zagueiro pela experiência e raça. Sandro Silva, que seria a melhor opção para substitui-lo, está suspenso. Completam a lista de desfalques Willians, machucado, e Marquinho, também suspenso. Os substitutos devem ser Jumar e Evandro. Luxa pode surpreender com três atacantes. Caso venha com apenas dois, Lenny e Ortigoza brigam por uma vaga para jogar ao lado de Keirrison, sempre a esperança de gols verde.
Pelos lados do Peixe, praticamente força máxima. A única baixa será o volante Rodrigo Souto, suspenso e machucado. Luizinho e Fabiano Eller voltam depois de suspensão. Acho difícil Maykon Leite jogar hoje. Vágner Mancini faz mistério para a partida. Pode vir com três zagueiros e dois volantes, ou com Pará jogando no lugar de Rodrigo Souto na cabeça de área e mantendo o 4-4-2. O trio de frente deve ser formado mais uma vez por Madson, Neymar e Kléber Pereira. Os três já deram bastante trabalho a zaga alviverde na semana passada e podem repetir no Palestra. Principalmente porque o time, independente da formação, deve atuar explorando os contra-ataques. E velocidade não falta para Neymar e, principalmente, Madson.
A previsão do jogo: o Palmeiras deve mais uma vez começar pressionando. Isso não é suficiente. Percebe-se que a falta de experiência pesa nos ombros do time quando o gol demora a sair. Sair com tudo já deu problemas contra o Colo-Colo e o Sport, ambos confrontos no Palestra. A zaga sendo protegida por dois volantes pode soltar os laterais, principalmente Pablo Armero como arma pelo lado esquerdo, onde o Santos não tem bom poder de marcação. Talvez essa seja a saída para o alviverde conseguir o resultado. E, logicamente, esperando uma boa atuação dos destaques da equipe: Diego Souza e K9. São os que podem decidir.
O Santos não pode deixar o Palmeiras sufocar. Não possui uma zaga boa o suficiente para aguentar uma pressão. Tem um goleiro que costuma aparecer nas decisões, o que pesa a favor. Mas depender de mais uma grande tarde de Fábio Costa pode custar caro. A melhor formação seria manter o esquema, com Germano ou Pará no lugar de Rodrigo Souto. Jogar com três voltantes pode fazer o time perder saída de jogo. Seria bom, caso Pará caísse pela direita e jogasse nas costas de Armero. O diferencial está certamente nos três homens da frente, como dito antes. Madson e Neymar tem velocidade e habilidade para conduzir a equipe nos contra-ataques. Kléber Pereira é o homem-gol.
O fato da partida será: se o Peixe passar, Mancini vai ganhar uma moral enorme, por ter pego um time desacreditado e levar a uma decisão. A eliminação deixará o time com foco apenas na Copa do Brasil, o que não é tão ruim. Para o Verdão, a desclassificação pode custar caro, visto que a Libertadores vai, aos poucos, escorrendo entre os dedos. Penso eu que Luxemburgo não resistirá uma queda nas duas competições.
Não gosto de ficar em cima do muro, mas é uma decisão imprevisível. Principalmente por causa do Palmeiras. Não se sabe como a equipe se comportará mais uma vez em decisão. Porém, meu palpite segue sendo para o Verdão, pela maior regularidade dos atletas, o que falta para o Santos de Mancini. Enfim, um jogo imperdível. Daqueles de tirar o fôlego, em um Palestra Itália lotado.
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