As duas primeiras semifinais mostraram que ou o PB precisa acompanhar mais o futebol português, ou o que aconteceu hoje em Old Traford foi algo fora do comum. Já no El Madrigal, nada fora do eixo.
- Primeiro, a partida de Manchester. Foi melhor e recompensado que ousou mais. É o fato da partida. Mesmo jogando fora de casa, o Porto veio a campo com três atacantes e um meia ofensivo. Fizeram a diferença. Está certo que o goleiro brasileiro Hélton fechou o gol em alguns lances, mas a ousadia de Jesualdo Ferreira foi recompensada. E Sir Alex Ferguson me espantou com o time que escalou. Com Park titular e Tevez no banco. Com três volantes (Carrick, Fletcher e Scholes) e Giggs entre os reservas.
Confesso que não assisti o jogo, mas pelo que li e pelo relatório da partida, o Porto começou como ninguém esperava: pressionando. Pressão que era para ser feita pelos Reds Devils - pelo menos se esperava isso. Os porugueses abriram o placar logo aos 4 minutos, com Cristian Rodríguez. Rooney, aos 15, empatou, depois de falha grotesca de Bruno Alves.
Pelo que parece, o Manchester só melhorou quando Ferguson desfez no segundo tempo a bobagem do início. Colocou a dupla Tevez e Giggs no lugar de Park e Scholes. Deu resultado, só que o segundo gol saiu apenas aos 40, depois de toque de calcanhar de Rooney para Tevez, que não perdoou. Porém, três minutos depois, Mariano Gonzalez recebeu cruzamento de Lisandro López e fez: 2 a 2.
Como fica agora: o Porto vai com a vantagem do empate em até 1 a 1 no jogo de volta, no Estádio do Dragão. Bela vantagem. Porém, nada que o Manchester não possa reverter. Mas eu garanto que tem gente na Inglaterra dizendo que acredita em fantasmas. E dizem que são portugueses...
- Dois golaços. Cada um com seu estilo e cada um para uma equipe. Assim terminou empatado o movimentado jogo entre Villareal e Arsenal, no El Madrigal. O jogo começou daquele jeito de sempre: times se arriscando pouco, um lance aqui, outro lá, mas nada de perigo. Até que Marcos Senna, aos 7 minutos, meteu o sapato na bola e mandou no ângulo de Almunia. Golaço! 1 a 0 Villa. O goleiro do Arsenal teve que sair ainda no primeiro tempo por causa de uma contusão, dando lugar para o goleiro Fabianski. Gallas também saiu ainda no primeiro tempo, queimando outra substituição. Os Gunners chegavam pouco, mas quando iam ao ataque eram conduzidos pela boa dupla de meias Fábregas-Nasri. O espanhol chegou a marcar de falta, mas o árbitro não tinha autorizado.
No segundo tempo, os ingleses começaram pressionado e buscando o empate. Os espanhóis se acomodaram. Aos 20 minutos, depois de muito insistir, o Arsenal foi recompensado. Após lançamento de Fábregas - joga demais! -, Adebayor matou no peito, dentro da área, e enmendou uma meia-bicicleta: um golaço! Tudo igual no placar. Por pouco os Gunners não viraram o placar, com Nasri. Por pouco também não sofreram o segundo, em outro belo chute de Marcos Senna.
No fim, 1 a 1. Vantagem para o Arsenal, que pode ficar no zero a zero, em casa, para se classificar. Incrível como a volta de Fábregas faz diferença ao time londrino. A qualidade no toque e na chegada ao ataque é incrível. Van Persie e Eduardo da Silva fizeram falta. Já o Villareal mostrou ter um time bem organizado taticamente, mas falta criatividade, alguém que desequilibre. Isso pode ser o diferencial do confronto.
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