"Voltamos a ter espírito de Libertadores da América." Essa frase de Vanderlei Luxemburgo retrata o Palmeiras desta quarta-feira. Não foi um time genial, criativo. Foi um time guerreiro, forte e determinado. Determinação que recoloca o time na briga pela Libertadores e, principalmente, dá uma força incrível para a equipe. E Belluzzo, presidente do clube, disse que "os jogadores cantaram até o hino no ônibus". Retrato de um time que absorveu a grandeza que é o Palmeiras. Isso é cara de quem quer ser campeão.
A Ilha do Retiro estava lotada, como era esperado. A pressão das arquibancadas era imensa. Todso se perguntavam: será que o jovem time do Palmeiras aguentará? Aguentou. Luxemburgo colocou a equipe para marcar e jogar no contra-ataque. Nelsinho fez o esperado: mandou o time para cima, explorando as alas. O início do jogo foi muito travado, com empurrões, entradas mais duras e muitas faltas. Fora um lance ou outro, o primeiro chute a gol com perigo aconteceu somente aos 20 minutos, com o Sport. O zagueiro Igor deu uma de atacante, deu dois belos cortes em Pablo Armero e bateu forte, da entrada da área, obrigando Marcos a fazer boa defesa e mandar para escanteio. O lance soltou a partida. Três minutos depois, o Palmeiras respondeu e com eficiência: Cleiton Xavier cobrou falta da intermediária e mandou para área. Depois de devio de Diego Souza, o zagueiro Maurício Ramos mandou pro gol e Keirrison completou: 1 a 0 Palmeiras. Quando o K9 tinha chutado, a bola já havia ultrapassado a linha, mas o ótimo árbitro paraguaio Carlos Torres deu o gol para o atacante.
O gol não mudou a postura dos dois times. O Sport seguiu pressionando e o Verdão se defendendo e explorando a saída rápida. Aos 27, Paulo Baier bateu de longe e Marcos fez mais uma boa defesa. Dez minutos depois, Ciro recebeu bom cruzamento, mas cabeceou fraco, para fora. Aos 41, em rápido contra-ataque, Cleiton Xavier cruzou e Fabinho Capixaba quase fez o segundo do Palmeiras.
Nelsinho veio para o segundo tempo com duas alterações: colocou Luciano Henrique e Sandro Goiano no lugar de Moacir e Daniel Paulista, buscando mais criatividade e pegada. Porém quem ameaçou primeiro foi o Palmeiras. Logo aos 4 minutos, Diego Souza fez grande jogada individual, mas parou nas mãos do goleiro Magrão. Era o ensaio do que aconteceria depois. Aos 12, Vandinho cabeceou e Marcos mais uma vez salvou. Os dois times criavam mais oportunidades na etapa final. Diego Souza, aos 17, mandou uma pancada em cobrança de falta e Magrão fez ótima defesa. Paulo Baier respondeu aos 20. O camisa 10 do Leão bateu da entrada da área, e Marcos operou um milagre.
E, aos 27, veio o golpe final do alviverde. Diego Souza fez mais uma grande jogada individual, limpou três marcadores e tocou com estilo, por cima do goleiro do Sport: golaço! Palmeiras 2 a 0. Silêncio na "Bomboniha". O Sport até tentou diminuir, mas parou mais uma vez em Marcos, após bela cobrança de falta de Luciano Henrique.
Minha avaliação do jogo: o Sport não conseguiu escapar da forte marcação do Palmeiras. Quando conseguiu, principalmente com Paulo Baier, parou na grande atuação de Marcos. Ciro foi muito bem marcado por Maurício Ramos e quase não apareceu na partida. Já no Verdão, uma vitória que pode lançar a equipe muito longe. Era evidente o alívio e a força que o grupo conseguiu com essa vitória. A zaga, tão contestada, foi muito bem, comandada por Edmílson. Os laterais quase não subiam e cumpriram bem o papel de marcadores. Pierre foi, como sempre, incansável. E Diego Souza vai sendo o diferencial dessa equipe, principalmente com a queda de rendimento de Keirrison.
Enfim, uma vitória gigante do Palmeiras, que segue mais vivo do que nunca na Libertadores. Os dois times se enfretam semana que vem, no Palestra. Revanche? Essa será a palavra que vai alimentar o próximo confronto entre alviverdes e rubro-negros.
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