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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Palmeiras: Classificação épica!

Jogo travado, sufoco, desespero, um a menos. De repente, um chute. Um golaço! Assim, o Palmeiras conseguiu de maneira heróica a classificação para as oitavas-de-final da Taça Libertadores. Aliás, com todo o espírito de raça e entrega que a competição exige. O que parecia improvável para alguns, aconteceu: o Palmeiras classificou. Agora, que se segurem, pois o time vem voando.

A partida foi como esperada. Luxemburgo congestionou o meio-campo e fez duas opções louváveis: sacou o fraquissímo Fabinho Capixaba e deu chance a Wendel na direita, e colocou o jovem Souza como segundo volante, tirando o também fraco Jumar. Apostas certeiras. Outra boa opção foi vir com três zagueiros. Já o Colo-Colo veio com a formação tradicional, no 4-4-2, visando explorar os ótimos Macnelly Torres e Lucas Barrios.

O primeiro tempo foi travado. Muito travado. Com cara de mata-mata. Porém, o Palmeiras perdeu três boas chances de gol. Duas com Keirrison - uma no travessão e outra na trave do goleiro Muñoz. Barrios também quase marcou para a equipe chilena. O alviverde marcava muito bem Torres - que acabou saindo contundido ainda no primeiro tempo - e Barrios, o que fazia o time chileno sem muita força ofensiva. O que se destacava no Palmeiras era a entrega dos jogadores em cada lance. Se o objetivo de Luxemburgo era sair do primeiro tempo sem tomar gols, conseguiu.

Ao meu ver, Luxemburgo mecheu mal ao tirar Wendel para colocar Willians, visto que o time se portava bem em campo. Porém, se a idéia era por outro atacante, não teria quem tirar a não ser o lateral. E o segundo tempo virou um teste para cardíacos. O jogo ficou aberto. Quem começou melhor foi o Colo-Colo, aproveitando das bobeadas palmeirenses no meio. Aos 13, a melhor chance chilena, com Barrios, que chutou e Pierre, com o peito, salvou o alviverde. Cinco minutos depois, Marcão foi expulso - tomou dois amarelo em três minutos.

Os chilenos resolveram administrar o resultado, visto que o empate os classificava. Assim, o Palmeiras foi para o sufoco, mesmo com um a menos. Luxemburgo teve que tirar Pierre e Diego Souza por problemas, colocando Evandro e Ortigoza. Aí começou a pressão palmeirense. O paraguaio quase fez o gol, aos 38, após receber ótimo lançamento de Willians. O goleiro Muñoz fez grande defesa. Dois minutos depois, Maurício Ramos cabeceou por cima, com perigo.

A cada gol perdido e vendo o tempo passar, o desespero palmeirense só aumentava. Um gol separava o time entre céu e inferno. Classificar ou não. Aí a bola caiu nos pés de Cleiton Xavier. O relógio marcava 42 minutos do segundo tempo. O árbitro paraguaio Carlos Torres já indicava três minutos de acréscimo. Ou seja, eram apenas mas seis minutos de jogo. Antes de chegar a Cleiton, a jogada começou na esquerda, e a marcação chilena fez o Palmeiras voltar o jogo, até o meio. O camisa 10 palmeirense recebeu e estava marcado por dois jogadores do Colo-Colo. Ele dominou, foi para cima, driblou o primeiro e mandou o chute. Um pombo sem asas. A bola viajou, o goleiro Muñoz saltou e se esticou todo, tocando de leve nela. E morreu no ângulo. Golaço!

Se o relógio passava rápido demais para os palmeirenses, parecia a ser o mais devagar possível pós o gol. O teste final para os cardíacos veio aos 46. Colo-Colo no ataque, a bola sobra na área palmeirense e acaba espirrando em direção ao gol. Marcos saltou e bola passou caprichosamente ao lado da trave. Ufa! Foi só esperar o fim.

Uma vitória com cara de Libertadores: sofrida, suada e gostosa. O gol no fim valeu mais para o Palmeiras do que uma goleada. Dá muita moral para um equipe que andava desacreditada. Não se pode esquecer de dizer que a vitória foi justa, pois o alviverde foi melhor. Mas, é fato que o time tem problemas a ser resolvidos. Keirrison precisa aparecer nos jogos decisivos, o que não fez - mesmo tendo mandado duas na trave, sumiu na maior parte da partida. A zaga ainda não é confiável, mas vem melhorando. Mesmo com tudo isso, eu coloco o Palmeiras como um dos semifinalistas. Podem cobrar.

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