Como de costume, o estádio estava lotado, com muita festa e pressão da trorcida xeneize. O Boca precisava apenas de um empate por 0 a 0 ou 1 a 1 para se classificar, mas começou o jogo a todo vapor. Logo aos dois minutos, o primeiro ataque perigoso: Riquelme - de volta ao time após contusão - rolou para Chávez, que bateu forte. O goleiro Martin Silva iniciava ali a primeria de várias defesas. No rebote, Forlín cabeceou e a bola passou perto.
O Boca dominava a partida, mas parava no bom posicionamento da defesa uruguaia. Com isso, o Defensor foi gostando do jogo e adiantou a marcação e se arriscou algumas vezes no ataque. Até que aos 27, Diego de Souza bateu firme e não deu chances a Abondanzieri: 1 a 0 Defensor. Gol que calou a incendiada Bombonera.
Com a desvantagem no placar, o time argentino se lançou ao ataque em busca do empate ainda no primeiro tempo. Aí apareceu a estrela do goleiro Martin Silva, que iniciou seus "milagres". Primeiro, aos 38, após chute de Chavez, onde mostrou reflexo e bom posicionamento. Depois, aos 42, em cabeçada firme de Forlín, Silva fez uma defesaça.
Se a pressão já era grande, no segundo tempo o técnico Carlos Ischía trocou três homens de marcação por jogadores mais ofensivos. Porém, que começou assustando foi o Defensor, que teve duas boas chances. O Boca tinha posse de bola, mas não acertava o último passe, ou finalizava para fora. E quando acertava o gol, parava na grande atuação do goleiro uruguaio.
Os últimos dez minutos foram de ataque contra defesa. Aos 37, Palácio recebeu na área e chutou, mas Martin Silva espalmou. O lance mais incrível da partida foi aos 41. Gracían arriscou um lindo voleio, mas o goleirão fez mais um milagre. Não era o dia do Boca: 1 a 0 Defensor, classificado para as quartas.
Eu dizia aqui que o Boca era favorito, mas não podia bobear frente Defensor. Os uruguaios é daqueles times chatos, que se posiciona muito bem em campo, tem saída rápida e um atacante que se movimenta muito. Sem muitas comparações, parece o Once Caldas, campeão da Libertadores em 2004. Além disso, o time uruguaio bate o Boca, em Bombonera, o que não acontecia desde 2003. Pela frente, terá o Estudiantes, de Verón - primeiro jogo no Uruguai.
As coisas pelo lado do Boca Juniors não andam fácil. O time é apenas o 16° colocado no Campeonato Argentino e a torcida perdeu a paciência com o treinador Carlos Ischía, que deve cair. Como bem destacou o diário argentino "Olé", essa derrota deve marcar o fim do ciclo de alguns jogadores na equipe e, assim, dar início a uma reestruturação.
O certo é: caiu o 'Bicho-papão" da Libertadores. Caminho livre para os brasileiros? Quase. Olho nos uruguaios.
Um comentário:
hahhahahaahahha....
bem feito!
Postar um comentário