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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vantagens diferentes, nada decidido

As semifinais da Copa do Brasil seguem indefinidas, mesmo com a boa vantagem obtida por Corinthians e, principalmente, Internacional. São resultados que podem ser revertidos, embora que Vasco e Coritiba terão alguns detalhes a melhorar se quiserem isso. Vamos aos jogos:

- Mais uma grande festa no Maracanã. Mais de 70 mil pessoas acompanharam um bom, de um primeiro tempo de muita pegada e erros, e uma etapa final eletrizante. O Vasco sentiu muito mais a ausência de Carlos Alberto do que o Corinthians sentiu a de Ronaldo. Faltava organização, sobravam erros de passe e de marcação no time vascaíno. Por incrível que pareça, Souza era o melhor jogador corintiano.

O Vasco teve sua melhor chance aos 26 minutos, com Paulo Sérgio, que recebeu de Élton e chutou para defesa de Felipe. Um minuto depois, o Corinthians também assustou com Dentinho. Aos 29, o gol. Jorge Henrique deu excelente passe nas costas da zaga vascaína para Dentinho, que invadiu a área e mandou para as redes: 1 a 0 Timão.

A saída de Jorge Henrique ainda no primeiro tempo enfraqueceu o Corinthians. Morais não conseguiu manter o mesmo ritmo. Já o Vasco tinha um meio- campo apático, tanto na marcação quanto na saída de jogo. Tanto que Dorival Júnior, logo aos quatro minutos do segundo tempo, tirou Nílton e Jeferson para dar lugar a Mateus e Enrico. Antes disso Élton, aos dois minutos, obrigou Felipe a fazer boa defesa. Morais respondeu, aos três, mas parou em Fernando Prass.

Com as mudanças o Vasco se organizou melhor em campo. Aos 10 minutos, teve uma grande chance de empatar, após Élton receber de frente com Felipe e chutar em cima do goleiro, perdendo uma oportunidade incrível. O time vascaíno começou a sair com velocidade e a pressionar o Corinthians. Deu certo. Aos 19, Élton recebeu na área e deu um incrível passe de calcanhar para Rodrigo Pimpão, que dividiu com William e mandou no canto de Felipe: 1 a 1. Sete minutos depois, Ramon - apagado no jogo - apareceu pela esquerda e bateu para fora, assustando Felipe.

Aos 29, foi a vez do Corinthians perder sua grande chance. Elias recebeu na marca do pênalti, livre, de frente para Fernando Prass. O meia se atrapalhou ao dominar, chutou e o goleiro salvou com os pés, fazendo um milagre. Felipe também fez uma defesaça depois de cruzamento de paulo Sérgio, que passou por todo mundo e ia direto para o gol, mas o goleiro corintiano espalmou para salvar o time paulista. O jogo perdeu o ritmo e ficou mesmo no 1 a 1.

Como bem destacou Lédio Carmona, foi o jogo de um time movido pela técnica - Corinthians - contra outro movido pelo coração - Vasco. Um ponto a ser discutido é a queda de rendimento do time corintiano no segundo tempo. Foi assim contra o Fluminense, agora contra o Vasco. Além disso, foram três substituições por causa de problemas musculares - Jorge Henrique, Dentinho e Souza. É hora de rever a preparação fisíca. No Vasco, os laterais foram bem marcados e tiveram que marcar para não dar espaço. Sem o apoio deles, o time perde demais a saída de jogo. Com Carlos Alberto na próxima partida, isso pode mudar. O fato é: Corinthians favorito, mas o Vasco ainda pode surpreender.

- No Beira-Rio, a velha pergunta: quem para o Internacional? O Coritiba até parecia que surpreenderia, mas não foi além. Mesmo sem Guiñazu, o colorado seguiu o bom futebol, virou e colocou um pé na final. E como joga bola o garoto Taison.

O Coxa veio fechando os espaços para o trio de frente do Inter - D'Alessandro, Taison e Nilmar. Com isso, o time gaúcho não conseguia sair para o jogo. Aos 14 minutos, em uma jogada rápida o Coritiba abriu o placar. Márcio Gabriel cruzou da direita e a bola sobrou para Marcos Aurélio mandar para o gol: 1 a 0. Foi também na base da velocidade que o Inter conseguiu o empate, aos 21. D'Alessandro mandou para a área, Nilmar não conseguiu dominar e a bola sobrou para Taison, que dominou e bateu rasteiro, no canto de Vanderlei: 1 a 1. O árbitro Sálvio Spínola deixou o Coritiba abusar das faltas violentas sem mostrar ao menos um cartão amarelo. A vítima foi Nilmar, que acabou saindo machucado ainda no primeiro tempo. O torcedor colorado, que lamentou, não sabia que isso mudaria a sorte do Inter.

O retrato do segundo tempo foi o Internacional pressionando e o Coritiba se segurando, apostando nos contra-ataques. Porém, o Inter tem Taison. Aos 14, ele recebeu na esquerda, passou por dois e deixou Alecsandro - que entrou no lugar de Nilmar - na boa para fazer: 2 a 1 Inter! Dois minutos depois, Taison começou a jogada, Alecsandro deu um lindo passe para Andrezinho, que dentro da área dominouno peito e bateu, sem chances para o goleiro: 3 a 1! Após sofrer o terceiro gol, o Coritiba tentou reagir, mas o Inter se segurava muito bem. Ficou nisso: 3 a 1 Internacional.

O Internacional tem elenco, um time encorpado e está voando em campo. Taison está numa fase fantástica e é, de longe, o melhor do Brasil no momento. A vantagem de dois gols é reversível sim, mas o Coritiba precisa de muito mais do que a volta de Marcelinho Paraíba. Precisa de maior disposição em campo para parar o Inter. E isso não se faz dando pontapés. Se faz com a boa marcação do começo do jogo. Porém, vendo que o Coxa terá que sair em busca do resultado, é válido afirmar que o Colorado está com um pé e meio na final. Com todos os méritos.

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