Na mais disputada decisão desse domingo, o Flamengo conseguiu o tricampeonato carioca. Três vezes em cima do Botafogo, com três pênaltis defendidos por Bruno, o herói do jogo. Uma vitória para a festa na nação rubro-negra, que lotou o Maraca! E vice não é o Cuca. Não dessa vez.
Cuca veio com uma - boa - surpresa: o jovem Erick Flores no lugar de - ultimamente inoperante - Zé Roberto. Ney Franco não pode mesmo contar com a dupla Maicossuel e Reinaldo e escalou o time no 3-6-1, com Eduardo e Túlio Souza titulares. Com isso, o meio-campo ficou congestionado. A primeira boa chance só veio aos 15, com Leandro Guerreiro descendo pela direita com liberdade. Ao chutar, Angelim desviou para fora. Aos 20, a resposta do Flamengo foi fatal. Depois de cobrança de escanteio, Leandro Guerreiro cabeceou para cima. Próximo ao primeiro pau, Kléberson - inteligente - cabeceou encobrindo Renan e fez: 1 a 0 Fla! O gol foi dado ao camisa 15, mas o certo seria para o zagueiro Ronaldo Angelim, que completou antes da bola entrar. Enfim, o que importa é o gol.
O Botafogo sentia falta de seu meia criador e não conseguia chegar organizado ao ataque. Mesmo assim quase chegou ao empate, após falta bem cobrada por Túlio Souza. A bola encobriu Bruno e bateu caprichosamente no travessão, arrancando um "uh" da galera. O Fla também soube explorar as bolas paradas. Primeiro, Juan bate para a área e a bola passa por todo mundo, obrigando Renan a fazer boa defesa. E aos 38, foi certeiro: Kléberson bateu, a bola desviou e entrou quase no ângulo, sem chances para o goleiro botafoguense: 2 a 0! Logo após o segundo gol, Victor Simões chutou da entrada da área, passando muito perto do gol. Depois, Juninho cobrou falta com força e Bruno espalmou. Fim do primeiro tempo e grande vantagem rubro-negra.
Vantagem que fez o Fla se acomodar. Ney veio para o segundo tempo com o meia Jean Carioca no lugar do zagueiro Émerson. No primeiro lance do jogo, Alessandro recebeu cruzamento e bateu de primeira. A bola desviou no braço de Juan e o árbitro corretamente marcou pênalti. Era a chance de mudar o rumo da partida. Victor Simões foi para bola, bateu bem, mas Bruno foi melhor ainda e fez a defesa. O atacante alvinegro teve mais duas grandes chances, principalmente aos 11, quando recebeu lançamento, dominou no peito e bateu por cima, com muito perigo. A pressão do Bota era enorme em busca do gol. O Fla se segurava e apostava nos contra-ataques para liquidar a partida. Quase conseguiu em uma jogada com Emerson, onde o goleiro Renan saiu do gol para cortar e a zaga completou. Tudo isso em menos de 15 minutos. A pergunta era: será que o Botafogo consegue chegar ao gol?
Conseguiu. Aos 16, Thiaguinho sofreu falta perto da área - quase no mesmo local onde Kléberson bateu no segundo gol. Juninho foi para a bola e cobrou com perfeição, no ângulo. Golaço! 2 a 1. Três minutos depois, Leandro Guerreiro rouba bola no meio e lança. Victor Simões desvia e Túlio Souza toca na saída de Bruno: 2 a 2! Empate do Fogão!
O empate fez o Flamengo acordar conduzido por Ibson. Na melhor chance do rubro-negro na segunda etapa, o camisa 7 chutou de dentro da grande área, mas Renan fez uma defesaça e salvou. O Botafogo preferiu conter a pressão. No finalzinho, Fábio Luciano, que fazia seu jogo de despedida do futebol, foi expulso ao tentar desviar uma bola com o braço. Fim de papo e a decisão, como em 2007, foi para os pênaltis.
Brilhou a estrela de Bruno. O camisa 1 defendeu as cobranças de Juninho e Leandro Guerreiro e se tornou mais uma vez o herói do Flamengo na decisão carioca. Kleberson, Juan, Aírton e Léo Moura converteram os quatro do rubro negro (Léo Silva e Gabriel marcaram os seus pelo Bota). Festa no Maracanã! Flamengo penta tri-campeão carioca.
Não pode se iludir com a conquista. Isso não é prova de que o Flamengo foi melhor no Carioca. Não convenceu durante o Campeonato, mas a experiência e o entrosamento pesaram a favor. Os alas Léo Moura e Juan foram mais uma vez a diferença do time. Destaco também a evolução de Kléberson e a importância tática de Ibson no meio. O ataque não foi bem. Émerson melhorou um pouco a produtividade, mas não muito. A zaga foi muito segura com a dupla Fábio Luciano e Ronaldo Angelim e bem protegida por Aírton. No gol, Bruno foi do inferno em falhas ridículas ao céu das defesas nos pênaltis. Enfim, Cuca mostrou que não é vice de novo e levou o rubro-negro ao topo carioca. Parabens Mengão!
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