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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Grandes defesas, vitória magra e goleada

Os jogos de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil foi um prato cheio para os torcedores. No Pacaembu, um jogo equilibrado, com boas chances para os dois lados e um "coadjuvante" roubando a cena no duelo dos camisas 9. No Maracanã, o duelo foi dos camisas 1, que fizeram tudo para o placar não sair do zero. E em São Januário, uma goleada que deixa o Vasco muito perto das semifinais.
- Começando pelo jogaço do Maracanã. Uma partida movimentada, corrida, disputada. Flamengo e Internacional fizeram um grande duelo. O resultado de zero a zero engana quem pensa que foi um jogo de poucas chances de gols. Foram três bolas na trave - duas do Fla e uma do Inter - e grandes defesas de Bruno e Lauro.

Cuca tirou o garoto Wellinton do time e colocou Toró, recuando Willians quase como um terceiro zagueiro. Tudo para parar o trio D'Alessandro-Taison-Nilmar. Com isso, Ibson, Kléberson e os alas tinham maior liberdade para apoiar. Tite veio com a força máxima, contando com o retorno do volante Sandro. No início, o colorado fazia uma forte marcação na saída de bola do Fla e buscando a velocidade dos atacantes. Porém, a defesa rubro-negra, comandada por Ronaldo Angelim, estava muito bem postada. Com isso, o Fla conseguiu se soltar e partir ao ataque. Aos 11, a primeira grande chance do jogo. Léo Moura cobrou falta e Everton mandou de cabeça, acertando a trave de Lauro. Um minuto depois, Everton cruzou e Kléberson cabeceou com perigo.

O Inter era pressionado e não conseguia subir com eficiência. Já o Fla, buscava nos cruzamentos abrir o placar. Quando conseguia chegar, parava no goleiro Lauro, como aos 16 minutos. Léo Moura mandou para a área e a bola sobrou nos pés de Ronaldo Angelim, quase na pequena área. O zagueiro mandou uma bomba e Lauro, a queima-roupa, fez um milagre, salvando o Inter.

A primeira boa chance dos gaúchos foi só aos 22. D'Alessandro cobrou falta e Bruno, ao tentar defender em dois tempos, quase deu um presentão para Nilmar, mas salvou a tempo. No minuto seguinte, Nilmar fez boa jogada e deixou Bolívar livre, mas o lateral não aproveitou. O Flamengo tentava responder, mas esbarrava na boa defesa colorada. Porém, quando chegou, parou na trave. Léo Moura, mais uma vez, cruzou e achou Juan na marca do pênalti, aos 36. O camisa 6 cabeceou cruzado, consciente. A bola bateu caprichosamente na trave, com Lauro já vendido no lance. A última chance do primeiro tempo foi do Inter: Kléber cobrou falta e Sandro mergulhou, obrigando Bruno a fazer bela defesa.

A segunda etapa continuou o mesmo retrato. O Flamengo marcava bem e conseguia subir bem ao ataque, sempre comandado pelos seus laterais. O Inter tentava um contra-ataque para surpreender. O rubro-negro criava bem, mas faltava alguém para concluir. A primeira boa chance da segunda etapa veio aos 23. Kléberson recebeu grande passe de Ibson, mas mandou para fora, com a bola passando perto do gol. E continuavam as chances, todas deserdiçadas. Obina quem o diga.

Se o Flamengo não fazia, o Inter resolveu tentar, comandado por Andrezinho, nos minutos finais. E por muito pouco não saiu com a vitória do Maraca. Por muito pouco não. Por causa de Bruno. Primeiro, aos 41, o meia colorado bateu falta direto, quando todos esperavam cruzamento, e tentou surpreender Bruno. Mas, o goleiro estava esperto e fez bela defesa, mandando para escanteio. Aos 45, o lance mais incrível do jogo: Andrezinho chutou de fora e acertou em cheio a trave. No rebote, com Bruno caído, Nilmar cabeceou mas o goleiro rubro-negro fez o seu milagre e ainda conseguiu chutar a bola, evitando novo rebote do atacante. Fantástico.

Um zero a zero injusto, de certa forma, porque foram criadas grandes oportunidades. Porém, justo, pois nem Bruno e nem Lauro mereciam sofrer gols depois da grande atuação de ambos. Os dois vivem grande fase e mostram que bons goleiros não faltam como opção para Dunga. Alguns pontos ficaram claros. O Flamengo mostrou, no segundo jogo seguido, a falta de um finalizador e a defesa foi impecável, com grande destaque para Toró, que retornou ao time jogando muito bem. O Inter mostrou ter inteligência para jogar um mata-mata, só que explorou pouco o espaço deixado pelos laterais e também marcou mal as subidas de Léo Moura e Juan.

- Enquanto todo mundo falava no duelo entre Ronaldo e Fred, quem brilhou mesmo na partida foram Dentinho e Fernando Henrique. Os dois foram os responsáveis pelo placar de 1 a 0, que dá a pequena mas valiosa vantagem ao Corinthians sobre o Fluminense.

O retrato do primeiro tempo foi o Corinthians pressionando e o Fluminense recuado, sem força ofensiva. O alvinegro abriu o placar logo aos 11 minutos. Cristian achou Dentinho livre no meio da zaga, em posição legal. O atacante invadiu a área e bateu forte, na saída de Fernando Henrique: 1 a 0 Corinthians. Ainda no primeiro tempo, o Timão poderia ter feito o segundo. Chances não faltaram. Dentinho carimbou a trave, aos 19. Ronaldo parou em Fernando Henrique em duas oportunidades - a melhor delas aos 44, quando o camisa 9 bateu forte e o goleiro fez bela defesa.

Com Fred e Thiago Neves apagados, devido a forte marcação, ficava difícil para o Flu. sendo assim, se Felipe não trabalhava no gol corintiano, o goleiro tricolor continuou mostrando serviço no segundo tempo. Aos cinco minutos, André Santos bateu bem uma falta, e o goleiro saltou apra espalmar. A primeira chance real do Fluminense foi aos 20 minutos. Marquinho deixou Thiago Neves na cara de Felipe, mas o meia mandou no peito do goleiro corintiano. A resposta corintiana veio com Elias, que bateu de fora e Fernando Henrique defendeu. Logo depois, André Santos recebeu grande passe de Ronaldo e chutou firme. Com os pés, o camisa 1 carioca fez mais uma grande defesa.

Com a entrada de Conca, o Fluminense melhorou e apareceu mais no ataque. Aos 39, o meia argentino deu um passe fantástico, de calcanhar, para Alan. O jovem atacante cruzou e Fred não conseguiu alcançar. Nos minutos finais, o goleiro tricolor fez mais duas grandes defesas. Primeiro, aos 42, em chute de Cristian, da meia-lua. E na última jogada, depois de chute de fora da área de Boquita, obrigando Fernando Henrique a defender mais uma com os pés. Fim de papo: 1 a 0 Corinthians.

O Corinthians segue muito bem organizado na marcação e parou na grande atuação do goleiro carioca. Se não, sairia do Pacaembu com uma vantagem maior. Já Parreira precisa arrumar o Fluminense, que tem criado poucas oportunidades. O resultado é sim fácil de reverter, mas para isso é necessário fazer gols. Aliás, o 1 a 0 saiu bom para os dois lados: para o Corinthians, que não sofreu gol em casa; para o Flu, que viu o um a zero ficar barato e de bom tamanho. Semana que vem tem mais.

- Em São Januário, o Vasco goleou o Vitória por 4 a 0 e está pertinho, mas com quase os dois pés nas semifinais da Copa do Brasil. O time cruzmaltino não começou bem o jogo, errando muitos passes e parando na forte marcação armada por Carpegiani. O time carioca se limitava a levar perigo nas jogadas de bola parada. E foi justamente por elas que veio a goleada.

Aos 27, Nilton cobrou falta de longe. A bola desviou na zaga e ia sobrando limpa para a defesa baiana. Mas, Luciano Henrique se atrapalhou todo de deu um presente para Carlos Alberto na área. O meia limpou o marcador e bateu firme, sem chances para Viáfara: 1 a 0 Vasco. O segundo gol veio aos 44 minutos. Paulo Sérgio cobrou escanteio pela direita e, depois do bate- rebate na área, a bola caiu nos pés de Léo Lima. O meia achou Élton livre na pequena área, que só teve o trabalho de empurrar para as redes: 2 a 0!

O segundo tempo veio e o Vasco continuou se aproveitando da bola parada para marcar os gols. O Vitória veio mais ofensivo e pressionando a saída de bola vascaína. Com isso, o rubro-negro baiano quase marcou o primeiro com Adriano, que chutou de fora, a bola desviou na zaga e passou pertinho do gol de Fernando. Só que aos 11, veio o terceiro gol vascaíno. Paulo Sérgio bateu falta próximo a área. A bola foi, com categoria, no canto direito de Viafára: 3 a 0! O quarto não demorou muito. Cinco minutos depois, Luciano Almeida foi expulso, ao colocar a mão na bola. Na cobrança, Paulo Sérgio deixou para Nílton, que mandou um balaço: 4 a 0!

Os dois times ainda tiveram chances de marcar. A melhor chance do Vitória foi aos 24. Adriano recebeu na área, deu belo corte em Gian e bateu firme. Porém, na noite das belas defesas, o goleiro vascaíno também fez a sua, se esticando todo e salvando. O Vasco quase fez o quinto com Alan Kardec, que recebeu ótimo passe de Léo Lima, mas chutou em cima do goleiro baiano. Fim de papo: 4 a 0 Vasco.

É muito difícil acreditar que a equipe cruzmaltina não irá se garantir nas semifinais. Uma por ter um time compacto. Outra porque o Vitória não me convence. O Vasco não tem um grande elenco, mas tem um técnico que sabe extrair o melhor de cada jogador. Dorival Júnior vai fazendo no Vasco o mesmo que Mano Menezes fez no Corinthians no ano passado. E deve colher os mesmos frutos. Já o Vitória, veio recuado, começou bem, mas e atrapalhou depois de sofrer o primeiro gol. Agora, ficou em situação difícil.

- Por fim, o jogo que abriu as quartas-de-final. Em jogo muito disputado, o Coritiba arrancou um empate contra a Ponte Preta, em Campinas, por 2 a 2. O Coxa saiu na frente no primeiro tempo, com Márcio Gabriel. Na segunda etapa, a Ponte conseguiu a virada, com gols de William, cobrando falta, e Jean, de cabeça. Isso aos 18. A partir daí, a equipe paranaense acordou e foi em busca do empate, mas só conseguiu o gol aos 40, com Marcelinho Paraíba, após bela troca de passes do meio-campo do Coxa. Dois a dois que dá pequena vantagem ao Coritiba, semana que vem, no Couto Pereira.

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