Raposa Bicampeã Invicta

Clítia Milagres

A Bela e a Bola - especial para o PB

Com a “mão na taça”, devido a vantagem que o Cruzeiro conseguiu no 1° jogo da decisão do Campeonato Mineiro, Adilson Batista montou um time misto e os jogadores que entraram tentaram apenas administrar o resultado. E assim foi. Em alguns momentos apenas o time celeste empolgou a grande “china azul” presente no Mineirão - foram 36 mil cruzeirenses que fizeram a festa, deixando o Mineirão inteirinho azul, com suas bandeiras, fumaças, chapéus e demais adereços...

Mas voltando ao jogo... Cruzeiro entrou em campo desatento e pouco preocupado, ao contrário do Atlético, que foi com tudo pra cima. A pressão deu resultado aos 16 minutos o estreante Fabiano abre o placar, depois de um belo passe feito por Éder Luiz. A torcida alvinegra vai à loucura e passa acreditar ainda mais em milagre. Será?

Porém, a empolgação durou pouco. Cinco minutos depois Soares sofre pênalti. Kléber bate bem e empata para o Cruzeiro. E assim termina o 1° tempo. Pausa para o ataque histérico do técnico Emerson Leão, que mais uma vez, foi reclamar da arbitragem e acabou sendo expulso. Resultado: 24hs depois da perda do título, Leão foi demitido. Celso Roth assume o Galo.

Começa os 45 min finais e o jogo continua na mesma, Atlético vai com tudo pra cima e fazendo várias faltas. Diante disso, o volante Carlos Alberto acaba sendo expulso, depois de uma falta em Wagner. Situação piora para o time alvinegro, agora com menos um. O Cruzeiro então ficou apenas no toque de bola sem maiores preocupações. Para abrilhantar ainda mais a festa e fazer a alegria da torcida azul, Adílson Batista coloca Sorín, que faz a galera solta de vez o grito de “É Campeão!”.

Tudo estava literalmente “azul” até Welton Felipe acertar Kléber de maneira dura, surge uma pequena confusão perto da área e Wellington Paulista acaba sendo expulso também.
Mas esse fato não foi suficiente pra tirar a alegria, empolgação e entusiasmo da torcida e do time celeste. CRUZEIRO BICAMPEÃO MINEIRO. E o melhor: invicto.

PB: Olho na Raposa. Um elenco forte do goleiro Fábio ao atacante Kléber. Um meio campo com jogadores com capacidade de chegar a Seleção, como Ramires e Wagner. Além de um esquema tático muito bem colocado por Adílson Batista, que consegue fazer variações durante a partida. Com tudo isso, o título mineiro foi mereceidamente invicto. Aposto na Raposa para a Libertadores e na briga do Brasileirão - isso se a janela européia não levar meio time. Parabéns Cruzeiro!