- Sport 0x1 Palmeiras: Com novidades na formação tática e Marcão entre os titulares, o Palmeiras passou apertado pelo Sport na Ilha. O primeiro tempo foi de muitos erros de passe e de poucos lances de perigo. O Palmeiras tentava pelas alas, com Wendel e Armero, e surpreendia com as subidas de Maurício Ramos e Marcão. Demorou para se encaixar em campo, deixando várias vezes um buraco no meio. O Sport perdeu duas boas chances com Fabiano e uma com César.
No segundo tempo, o Verdão voltou melhor organizado e, após a justa expulsão de Hamilton, dominou o jogo. Muricy colocou Willians e Souza. O gol custava a sair mesmo assim, mas veio. Cleiton Xavier - melhor em campo - deu ótimo passe para Obina, que bateu cruzado. Na tentativa de cortar, Bruno Telles fez contra. Depois foi só segurar o placar, já que o Sport pouco fazia.
A nova formação tática de Muricy não deu muito certo. Podemos dizer que ganhou o jogo após a expulsão. Resultado magro, mas de grande importância, pois mantém o Verdão na liderança. Enquanto isso, o rubro-negro segue na zona de degola e sem muitos sinais de mudança. O rubro-negro não perdeu apenas pela saída de Hamilton, mas também por substituições mal feitas por Levi Gomes - como tirar Fabiano, o único atleta lúcido do time em campo. Péricles Chamusca chega quarta. Vai ter muito trabalho pela frente.
- Botafogo 2x1 Barueri: Também apertada e também importante. Assim foi a vitória do Botafogo. E, quem diria, veio nos minutos finais. O primeiro tempo foi de equilíbrio. O Bota começou melhor, mas aos poucos o Barueri equilibrou o jogo. Na base dos cruzamentos, o alvinegro abriu o placar com André Lima, aproveitando rebote após cabeceio de Batista: 1 a 0. O empate veio logo depois. Fernandinho - bom jogador do time paulista - fez jogada pela esquerda e deixou Márcio Careca na boa para fazer: 1 a 1. Na segunda etapa, os dois times arriscavam, principalmente o alvinegro. Porém, o gol só veio no fim. Aos 46, André Lima recebeu de Reinaldo na área e bateu cruzado, para decidir o jogo: 2 a 1. Festa no Engenhão.
Resultado importante, mas que não engana o torcedor botafoguense. O time não é aquela maravilha. Sofre com a falta de criatividade no meio - a torcida vai perdendo a paciência com Lúcio Flávio - e sem saída de jogo pelas alas. O ataque é bom e, pelo menos, o time tem se esforçado. Já é alguma coisa. Mas, sem reforços, fica difícil pensar em algo mais. E o Barueri virou abóbora. De sensação do Campeonato, o time conheceu a terceira derrota seguida e está com dois meses de salários atrasados. Brigas internas na questão política do clube vão prejudicando o rendimento em campo. Uma pena, pois tem bons valores em mãos. Olho no atacante Fernandinho. Rápido e habilidoso.
- Corinthians 0x0 Avaí: Jogo movimentado no Pacaembu. O Corinthians "pós-saídas" não conseguiu vencer novamente, e o Avaí completa seis jogos sem perder. O Timão começou em cima, pressionando, mas parou em Eduardo Martini. O goleiro avaiano fez boas defesas na primeira etapa. Bill mandou uma no travessão. O Avaí também chegou a assustar. Na segunda etapa, o ritmo do jogo caiu um pouco. O time catarinense chegou com perigo duas vezes, parando na trave e no goleiro Felipe. Nos quinze minutos finais, o Corinthians acordou novamente, mas brilhou a estrela de Eduardo Martini. Em três boas oportunidades do alvinegro, ele conseguiu grandes defesas, que garantiram o empate.
Não vai ser fácil para o torcedor corintiano. Talvez com a entrada de Edu no meio, o time ganhe mais mobilidade. Porém, o problema são as laterais. André Santos faz muita falta. O ataque precisa de ritmo e mais oportunidades. Hoje a equipe melhorou, mas não o suficiente. E o Avaí segue com uma nova atitude em campo. Jogou de maneira inteligente e quase arrancou um placar melhor. Ainda não parece que irá muito longe, mas pelo menos cair, não.
- Vitória 0x1 São Paulo: E lá vem o tricolor. Conseguiu uma grande vitória fora de casa, e ainda mais sobre o rubro-negro baiano, que não tinha perdido no Barradão até aqui. O time baiano começou em cima, sempre com a velocidade de Apodi pela direita e com chutes de fora da área. O São Paulo conseguiu equilibrar a partida e teve três boas oportunidades: duas com Borges e, a melhor delas, com Jorge Wagner mandando uma falta no travessão. Na segunda etapa, os dois times amarraram a partida. O tricolor paulista só conseguiu melhorar quando colocou a bola no chão, igual fez contra o Grêmio. E foi dessa maneira que fez o gol do jogo. Dagoberto recebeu de Hugo na área, cortou o zagueiro e mandou no ângulo: 1 a 0. Belo gol são-paulino. O Vitória tentou o empate, mas parou na zaga tricolor.
Ricardo Gomes conseguiu encaixar seu estilo de jogo e achar o melhor do São Paulo. Com isso, o tricolor vai vencendo e subindo na tabela. São cinco jogos sem perder e uma equipe cada vez mais confiante. Olho no tricolor. E o Vitória não apresentou o mesmo futebol dos outros jogos. Parou na boa marcação são-paulina e na falta de um homem de referência no ataque. Nada a desesperar. O time baiano ainda dará trabalho.
- Atlético/PR 1x0 Fluminense: No confronto dos desesperados, aqui em Londrina, melhor para o Atlético, que afundou ainda mais o Flu. Com onze jogos sem vencer, o time carioca ocupa agora a lanterna do Brasileiro. O jogo foi fraco, do mesmo nível dos dois times até aqui na competição. O gramado do Estádio do Café, vale dizer, também não ajudava muito. O gol veio aos 41, com Paulo Baier, em cobrança de falta: 1 a 0. O segundo tempo foi igual. Poucas oportunidades e muitos erros. O Flu, no final, quase empatou. Roni mandou na trave, aos 45, e depois Edcarlos cabeceou para defesaça de Gallato.
Jogo ruim demais. Retrato fiel a situção que se encontram Atlético e Fluminense. Mas, entre os dois, o tricolor parece que terá mais trabalho para se reerguer. Apostar em Roni e Kieza é complicado. No time paranaense, Antônio Lopes, como disse José Ilan, terá realmente "um caso de polícia" pela frente.
- Flamengo 1x1 Náutico: No Maracanã, o Flamengo não repetiu as boas atuações dos últimos jogos e ficou apenas no empate contra o Náutico. Empate sofrido, diga-se. O Fla começou bem, dando sinais que dominaria a partida, mas aos poucos deu espaços ao time pernambucano. Aos 24, o Náutico abriu o placar. Gilmar recebeu na área, cortou para o meio e bateu cruzado: 1 a 0. Com Petkovic no segundo tempo, o rubro-negro melhorou. Mesmo assim, o Náutico quase ampliou. Mas, com a saída de Zé Roberto - mais uma péssima atuação - e a expulsão bizarra de Vágner Silva, que trocou de calção dentro do gramado, o Fla conseguiu crescer no jogo. O gol de empate veio aos 36. O zagueiro do Náutico, Cláudio Luiz, quis sair driblando dentro da área e perdeu a bola. Pet ficou com ela, bateu cruzado, o goleiro espalmou e Léo Moura completou: 1 a 1. O jogador saiu resmungand com a torcida, que vinha pegando no seu pé. O Fla ainda tentou a virada, mas sem sucesso.
Foi só Andrade ser efetivado e o time volta a jogar mal. Também, com Zé Roberto no ataque, é complicado. O time não jogou bem e o empate saiu justo. Isso porque o Náutico fez duas lambanças que custaram o placar. Primeiro, a expulsão infantil e bizarra de Vágner Silva. Depois, a jogada de Cláudio Luiz. Tá certo que ele fez três dribles legais, mas exagerou. Custou caro. Para quem está em má fase, o negócio é o bom chutão pro mato. Pelo menos, o Timbu não é mais lanterna.
- Santo André 1x2 Goiás: O Goiás segue a subida, venceu fora de casa o Santo André e é o terceiro. O primeiro tempo do jogo foi ruim, com poucas emoções. O Goiás foi melhor, sempre com a dupla Júlio César-Iarley. O Santo André quase nada fazia. Alexandre Gallo, que estreiava no comando do Ramalhão, voltou com Pablo Escobar no segundo tempo. Deu certo. Ele melhorou o time, criou oportunidades e conseguiu abrir o placar, aproveitando rebolte de Harley após chute de Marcelinho: 1 a 0. A resposta goiana porém não demorou a vir. Dez minutos depois, aos 32, Júlio César desceu rápido pela esquerda e cruzou rasteiro para Iarley completar: 1 a 1. O gol da vitória veio nos acréscimos. Após mais um contra-ataque, Júlios César recebeu de Bruno Meneghel e fez: 2 a 1. Placar justo.
Bem organizado e vencendo fora de casa. Assim é o Goiás, que já é o terceiro colocado, sem alarmes. Vai incomodar mais uma vez. Tem um bom lateral-esquerdo - para mim, o melhor do Brasileirão até aqui - e uma dupla de ataque eficiente: Iarley e Felipe. Além disso, uma boa estrutura. Olho no Esmeraldino. E o Santo André parou. Vai brigar pela parte de baixo da tabela.
- Grêmio 4x1 Cruzeiro: O Grêmio vence e sobe novamente. Se fora de casa a campanha tricolor é péssima, dentro de casa é muito boa. Porém, o resultado contra o Cruzeiro não foi tão simples, apesar da goleada. O time mineiro teve Jonathan expulso logo aos 18 minutos. Com isso, Paulo Autuori tirou Thiego e colocou Douglas Costa, buscando pressionar. E tomou o gol. Wellington Paulista sofreu e cobrou o pênalti: 1 a 0. Depois do intervalo, o tricolor gaúcho foi para cima, em busca do gol a qualquer custo. Para ajudar, Thiago Ribeiro deixou o Cruzeiro com dois a menos. Pronto. Caminho aberto. Em escanteio, Réver foi muito alto e empatou: 1 a 1. Com os mineiros abatidos, Tcheco virou: 2 a 1. Jonas ampliou, de cabeça: 3 a 1. E Maxi López deu números finais: 4 a 1. Festa no Olímpico.
Não foi simples, mas o time gaúcho jogou de forma inteligente para conquistar mais três pontos e se aproximar de vez do G4. A equipe comandada por Autuori já é sexto colocada. Poderia estar melhor posicionado, se não fosse o fato de não ter ganho nenhuma fora de casa. O Grêmio tem time para chegar. E o Cruzeiro, volto a dizer, precisa acordar. Também possui time para chegar e brigar no minímo por Libertadores. Mas, precisa se colocar nos eixos logo. Com a estréia dos reforços e a volta de alguns lesionados, isso pode acontecer.
- Atlético/MG 3x2 Coritiba: O Galo quase deixou a vitória escapar, mas conseguiu garantir os três pontos no finalzinho. Com o Mineirão mais uma vez contando com bom público, o Atlético tomou um pequeno susto no começo, mas comandou as ações no primeiro tempo. Parou em Edson Bastos, que pegou muito. Mas, aos 14, Evandro cobrou falta da direita e Jonílson apareceu livre, por trás da zaga, para cabecear e abrir o marcador: 1 a 0. Logo depois, Thiago Feltri cruzou da esquerda e Diego Tardelli mandou para as redes: 2 a 0. Também pelo alto, o Coxa conseguiu diminuir: Marcelinho Paraíba cobrou escanteio e Demerson fez: 2 a 1. A partir daí, o jogo teve chances dos dois lados, parando nos goleiros.
Depois do intervalo, o Galo veio para liquidar o jogo. E perdeu muitos gols. Muitos mesmo. O experiente Júnior entrou no meio e agitou o jogo. Criou oportunidades, mas parou no goleiro Edson Bastos. E a velha máxima se fez no Mineirão. Em contra-ataque, Leozinho empatou para o Coritiba, aos 36. Celso Roth colocou Renan Oliveira. E o bom garoto, aos 41, recebeu na área, tirou do marcador e mandou no canto: 3 a 2. Vitória garantida para o alvinegro.
Ainda com a desconfiança de muitos, o Atlético segue em perseguição ao Palmeiras, brigando pela liderança. Volto a dizer: por mais que eu também não me convença, o Galo lembra muito o Grêmio de 2008, onde poucos acreditavam. O time tem procurado se superar, e isso é um bom sinal. O Coxa não tem time para ficar perto da zona de rebaixamento - e nem dentro dela. Porém, a irregularidade faz com que o alviverde esteja nessa situação.
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