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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Brasileirão - 19ª rodada - Jogos do Domingo (parte I)

- Palmeiras 2x1 Corinthians: Vitória com a mão de Felipão. Um jogo cheio de emoções. O Corinthians começou com a marcação mais adiantada, porém quem chegou primeiro com perigo foi o Palmeiras, duas vezes com Kléber.

Porém, o placar foi aberto pelo Corinthians. Jogada que começou com Ramom na esquerda e, após pressão, acabou com Émerson, que cruzou-chutou e matou Marcos.

O jogo ganhou equilibrio e Felipão resolveu mudar o Palmeiras já no primeiro tempo, tirando Patrik e promovendo a estreia de Fernandão, vindo do Guarani. Três minutos depois, saiu o empate. Marcos Assunção cobrou escanteio, Júlio César saiu mal e Luan deixou tudo igual.

Melhor em campo, o Palmeiras foi atrás da vitória. Seguiu mais ofensivo e chegou a virada no começo da segunda etapa. Gol de Fernandão, que teve categoria e fez um belo gol - méritos também do passe incrível de Marcos Assunção.

O Corinthians, como esperado, foi atrás do empate. Faltou organização e parou em Marcos, seguro no jogo. O Palmeiras ficou perto de ampliar. Faltou pontaria.

Resultado que embola o Brasileirão. Que dá novo ânimo para o Palmeiras. Que ascende a luz amarela no Corinthians, ainda líder. O Verdão venceu com a mão de Felipão. Alteração na hora certa, gol de bola parada - tão ensaiada - e virada através de Fernandão, o novo Jardel de Scolari. Para o Timão, faltou organização no meio. Poucas jogadas criadas. Quando conseguiu, parou no bom sistema de marcação palmeirense. Placar justo que agitará ainda mais o segundo turno.

- Flamengo 0x0 Vasco: No clássico carioca, jogo muito disputado e nada de gols. Começou com chance para os dois lados. Trabalho para Fernando Prass e Felipe, que fizeram grandes defesas. Principalmente o goleiro flamenguista. O Vasco cresceu e chegava com maior perigo.

A justa expulsão de Wellinton - tanto pelo erro quanto pela falta - fez o Vasco crescer ainda mais no jogo. Juninho mandou na trave. Mas, nada de gol.

Com um a mais em todo o segundo tempo, o retrato foi óbvio, com Vasco apertando e Flamengo esperando um contra-ataque. O que resultou em muito trabalho para Felipe. Pelo rubro-negro, o homem mais perigoso era Léo Moura, que aparecia como surpresa mais no meio. Porém, a tarde era de Felipe, que fechou o gol.

O placar atrapalha ambos, que não conseguiram aproveitar a derrota corintiana assumir a liderança. Vasco melhor em grande parte do jogo. Parou em grande atuação de Felipe. E não tem como afirmar se toda a situação da saída de Ricardo Gomes na ambulância atrapalhou os que estavam jogando. Flamengo com Ronaldinho apagado. E ficou evidente: Thiago Neves faz muita falta. Depender de Botinelli e Negueba é complicado.

- Santos 1x1 São Paulo: Mais um empate que não ajuda ninguém. Brecou o Santos, que estava embalando, e o São Paulo, que poderia ficar junto do Corinthians. O Santos dominou o primeiro tempo. Teve mais posse de bola, criou chances, ficou com um homem a mais na expulsão de Carlinhos Paraíba - bateu demais -, mas saiu para o intervalo perdendo. Isso por causa de Lucas. Na única boa chance do tricolor, no finalzinho da primeira etapa. Uma jogada de craque, com direito a meia-lua e bola na rede. Um golaço.

Veio o segundo tempo. Como esperado, Santos no ataque, São Paulo em busca de um contra-golpe para matar o jogo - teve duas chances. O Peixe passou a pressionar. O tricolor parou. Rogério Ceni segurou até onde deu, mas o empate saiu. Gol de Ganso, voltando com seu bom futebol. Belo chute.

Resultado ruim para ambos. Santos foi melhor, mas não acertou o pé. Porém, o Peixe está cada vez mais arrumado. O São Paulo pouco assustou, mas poderia matar o jogo no segundo tempo. Fica no empate com a sensação de bom tamanho por todo o contexto (fora, Santos pressionando e um a menos em 3/4 do jogo).

- Grêmio 2x1 Internacional: E Celso Roth carimbou a faixa colorada. É batido dizer, mas foi um jogo com cara de Grenal. Onde o pressionado Grêmio começou melhor e não demorou para abrir o placar, em gol de Marquinhos. Onde o Inter não demorou para responder. O colorado tem Índio, artilheiro dos Grenais: 1 a 1. Mesmo com o empate, o tricolor seguiu melhor e mais ofensivo.

Teve muita reclamação gremista. Três pênaltis contestados, um marcado. Para mim, o primeiro, de Índio em Saimon, poderia ser marcado. O segundo, de Muriel em Mário Fernandes, o lateral deixou a perna, mas foi tocado. Lance complicado.

Antes do "terceiro" pênalti, o Inter deu trabalho e assustou. Aí veio o pênalti marcado. Escudero entrou na área e Índio foi no corpo do gremista, com o ombro. Pênalti duvidoso, mas que não é errado marcar. O zagueiro não visa a bola. Douglas cobrou e deu a vitória para o Grêmio.

É cedo dizer que o Grêmio está bem e se acertou. Há muito o que fazer no Olímpico. Roth ao menos soube usar suas peças. Armadores muito bem e laterais apoiando e aparecendo como opção. Mesmo com apenas um atacante de ofício, foi mais ofensivo em grande parte do jogo. E também não se pode dizer que o Inter acabou no clássico. Foi dominado, pouco assustou, mas o time vai ganhando a cara de Dorival Júnior. Porém, não se pode esperar grandes feitos neste Brasileiro pelo Colorado.

- Ceará 3x0 Bahia: Fechando a tarde de clássicos, confronto nordestino com goleada cearense. O Vozão soube aproveitar as oportunidades. No primeiro lance de perigo, abriu o placar com Thiago Humberto - belo passe de Boiadeiro. O Bahia foi ao ataque. Fez Diego trabalhar - e muito bem. Foram duas ótimas chances.

O tricolor baiano continuou sua pressão no segundo tempo. Perdeu mais três oportunidades em saídas de contra-ataque ou chutes de fora. Em um dos lances, Diego salvou novamente. O Ceará apostou no contra-ataque. E liquidou a fatura assim. Aos 35, a primeira boa chance pós-intervalo, jogada de Osvaldo e gol de Felipe Azevedo. Logo depois, três boas chances criadas. No fim, gol do experiente Edmílson, de falta.

Venceu quem soube aproveitar as chances. E o Ceará assim o fez. O Bahia pressionou, tentou, mas parou na falta de um bom finalizador e no goleiro Diego, que fez boas defesas. O alvinegro teve duas chances no primeiro tempo, fez 1 a 0. Segurou o quanto pode na segunda etapa e fez mais dois nos 10 minutos finais. Isso garante o Ceará no meio da tabela e o Bahia pertinho da zona de rebaixamento. Precisa ficar esperto. Sem Jóbson, não será simples mudar essa situação.

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