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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Champions League - Ruim, porém eficiente

Por João Pedro Almeida (Total Football)

O Arsenal venceu hoje a Udinese pelos playoffs da Liga dos Campeões da Europa por 1 a 0, com um gol de Walcott. Jogando em casa, o resultado foi ótimo para os Gunners e ruim para os bianconeros, mais pelo jogo em si do que pelo próprio resultado.

O começo não foi um retrato fiel do que foi o jogo, pois foi arrasador. Após bom cruzamento de Ramsey pela esquerda, Theo Walcott completou de primeira para o gol, sem chances para Handanovic, logo aos 3 minutos de jogo. A partir daí, o Arsenal continuou a pressionar, mas de uma hora para outra, cansou. O jogo ficou morno, até porque a Udinese hora nenhuma escondeu sua tática de jogar apenas em erros do adversário ou (principalmente) em contra-ataques.

E foi exatamente em um deles que surgiu a melhor chance dos friulli. Armero recebeu passe atrás do meio de campo, botou a bola na frente, aproveitou sua velocidade e disparou, levando três jogadores do Arsenal e encheu a bomba. Parou em Szcesny. Aliás, o arqueiro polonês estava inspirado no jogo, teve boa atuação e parece que deve se manter como titular até o fim da temporada se o time não contratar outro goleiro.

A outra boa chance do primeiro tempo veio em cobrança de falta de Di Natale, que carimbou o travessão. Como todo time retrancado, a Udinese teve suas melhores jogadas em bolas paradas e contra-ataques. O jogo se manteve razoável até o fim do primeiro tempo. O Arsenal sentia claramente falta de Van Persie e Fabregas, já que Chamakh e Rosicky, seus substitutos, respectivamente, não faziam boa partida. Sentia falta de um centroavante e de um armador.

O segundo tempo veio e a tônica da partida foi outra. Logo no primeiro minuto da etapa complementar, Wenger tirou Gibbs para a entrada de Djorou. A Udinesemostrou claramente que tinha mudado seu objetivo. Desde o começo pressionou, principalmente com Isla, que fazia papel de Sánchez, enquanto o brasileiroNeuton e Ekstrand faziam as laterais e Armero cumpria um papel parecido com o do chileno, só que do lado esquerdo. Enquanto a Udinese começava a pressionar, o Arsenal se mostrou muito fraco na segunda etapa. Um apagado Gervinho, foi quem mais se movimentou no primeiro tempo, mas pouco fez e sumiu em campo. Enquanto isso, Rosicky fazia partida horrorosa, onde só fazia chutar de fora da área e Chamakh não fazia rigorosamente nada no ataque.

A Udinese teve uma chance de ouro logo no começo, em que, após bom passe de Armero(sempre ele), Di Natale surgiu livre, tirou de Szcesny e parou emDjorou, de carrinho. O suíço, que salvou a pátria nesse lance foi baixa após nove minutos em campo. Sentiu uma contusão e em seu lugar, entrou Jenkinson, jovem lateral de 19 anos recém contratado junto ao Charlton.

Essa substituição foi extremamente prejudicial para o Arsenal, já que o jogador entrou muito mal e ficou na marcação de Isla. O ponta chileno da Udinese fazia o que queria nas costas do jogador dos Gunners e fez várias jogadas de perigo em cima dele.

Deu para ver pelo começo que o segundo tempo foi todo do time italiano. Bom, quase isso. Tiveram uma boa chance em cobrança de falta de Di Natale, excelentemente defendida pelo goleiro do time inglês, que voou para pegar a bola. Mas depois daí, o jogo não foi mais o mesmo. Mesmo com as excelentes jogadas de Armero, Isla e Di Natale, os três melhores do jogo, os bianconeros pareceram se conformar com o resultado de derrota, talvez pelo fato de ser fora de casa e pelo placar mínimo.

Depois disso, a Udinese voltou a se retrancar e o jogo passou a ser do Arsenal. As melhores jogadas dos londrinos vinham dos pés de Ramsey e Walcott, os dois melhores jogadores do lado dos Gunners. Ramsey estava muito bem nas assistências e as jogadas de velocidade pela direita, feitas por Walcott levavam bastante perigo. O jogo seguiu até os 90 minutos sem muito mais emoção, mas com o Arsenal reclamando de 2 pênaltis inexistentes.

Quando chegou aos acréscimos, os ingleses tiveram a chance de fechar o caixão em relação à classificação, em uma jogada diferente da maioria dos ataques deles. Gervinho foi quem trabalhou (e muito bem) na assistência e deixou Walcott cara a cara com Handanovic, só que dessa vez pelo lado esquerdo do ataque. O jovem atacante tentou tirar do goleiro, mas o esloveno fez uma defesa simplesmente espetacular, que renovou as esperanças dos italianos para o segundo jogo, que será disputado em seus domínios.

A Udinese jogou melhor de uma forma geral e merecia no mínimo um empate, mas a vaga está em aberto. Já o Arsenal conseguiu uma vitória e não tomou gol em casa, mas não jogou bem. Portanto foi ruim, mas eficiente. O time ainda precisa urgentemente de contratações para suprir as ausências de Fabregase Nasri, pois não está jogando nada bem. Sua defesa, como sempre, foi muito mal, enquanto na da Udinese, devemos destacar o brasileiro Danilo, absoluto como homem da zaga dos friulli.

Outros jogos

Também nesta terça-feira, pela fase preliminar da Champions, destaque para a vitória do Lyon sobre o Rubin Kazan, por 3 a 1. Dyadyun fez o gol dos russos, mas Bafétimi Gomis garantiu a virada francesa em casa. Briand deu números finais.

O Benfica ficou no empate com o Twente, da Holanda, por 2 a 2, fora de casa. De Jong abriu o placar para os holandeses. Cardozo empatou e Nolito virou para os Encarnados. Mas nem mesmo a boa atuação do goleiro Arthur salvou o time português. Depois de muito insistir, o Twente empatou com Ruiz, após jogada de John.

Na Dinamarca, o Viktoria Plzen surpreendeu o FC Copenague e venceu por 3 a 1. Kolar, Ottesen (contra) e Fillo marcaram para os visitantes, enquanto Ottesen fez o gol do time da casa. Na Bielorrússia, o BATE Borisov empatou com o Sturm Graz por 1 a 1. Weber abriu o placar para o Graz, mas os donos-da-casa evitaram a derrota com Simic.

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